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quinta-feira, 30 de junho de 2011

NOITE DE AUTÓGRAFOS EM JOINVILLE, HOJE


Os três autores: Mary, eu e Célia




Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


É hoje, em Joinville, na Biblioteca Rolf Colin, à Rua Anita Garibaldi, 79, a noite de autógrafos de três dos escritores do Grupo Literário A ILHA: este cronista, Célia Biscaia Veiga e Mary Bastian.

Será à noite, 19h30min, e os livros s serem lançados são “O Rio que ficou triste” – infanto-juvenil, da Mary; “Palavras & Exemplos” – poemas, da Célia e “Cocô de Passarinho” – crônicas, deste que vos escreve.

As promotoras de mais esta noite literária são Célia Biscaia Veiga e Mary Bastian, a quem agradeço o convite para a participação. Agradeço também às administradoras da Biblioteca Municipal de Joinville, por nos acolherem mais uma vez. No ano passado, fizemos, lá, o lançamento da Coleção Letra Viva – quatro livros de crônicas – em comemoração ao trigésimo aniversário do Grupo Literário A ILHA. Foi uma noite memorável.

Este ano, aproveite o ensejo, já que os lançamentos acontecem no mês de aniversário do grupo, e digo que esta noite também comemora os 31 anos de atividades d´A ILHA, a agremiação literária mais longeva de que se tem notícia.

Então, escritores, leitores, amigos da região de Joinville, todos estão convidados. Serão muito bem vindos ao nosso encontro.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

URDA NO LITERANOITE

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor - http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/

Volto agora do Teatro Adolpho Melo, em São José, onde aconteceu a primeira edição do Literanoite, promovido pela Fundação Municipal de Cultura de São José. A escritora convidada desta estréia do projeto foi Urda Alice Klueger, de Blumenau, um ícone da literatura catarinense.

Eu não poderia deixar de prestigiar a minha Urda, de tanto tempo e a superintendente da Fundação Cultural de São José, Dona Rosinha, pela criação de evento tão importante em prol da literatura de nossa região. Promover o encontro dos escritores da terra com os leitores, sejam eles estudantes ou não, é um ação meritória, que merece todo o nosso apoio.

E ouvir Urda falar da sua vida, falar de literatura, com aquela sua simplicidade que lhe é tão peculiar e que cativa a gente, não tem preço.

Levei meu novo livro, aquele que vai ser lançado nesta quinta-feira em Joinville e sexta em Jaraguá, “Cocô de Passarinho”, pois ela não vai poder comparecer em nenhuma das duas cidades, em função da correria que é a sua vida, com um doutorado, uma editora e incursões semanais em escolas do Estado. E mais, levei mais uma anchova defumada, que eu mesmo defumo, de presente para ela, que ela adora.

Parabéns aos organizadores do Literanoite, pela promoção do evento.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

PREMIOS LITERÁRIOS DE MANAUS

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


Nos dia 3 e 10 de outubro de 2009, publiquei, aqui no blog, crônicas sobre os Prêmios Literários Cidade de Manaus. É que o resultado do referido concurso, cujo edital de lançamento foi publicado no Diário Oficial da Cidade de Manaus, previa que o resultado seria publicado, naquele mesmo jornal, no dia primeiro de outubro de 2009. Mas o resultado não saiu, nada foi publicado a respeito e, apesar de meus vários telefonemas à prefeitura de Manaus, ninguém me deu nenhuma informação.

Eis que fico sabendo, ontem, que aquele concurso de 2009 foi invalidado e o prefeito de Manaus, através do decreto 881, de 17 de maio de 2011, lança novo edital para a edição 2011 do mesmo. O concurso é o mesmo, na verdade é a reedição daquele de 2009.

Os prêmios serão atribuídos às seguintes categorias, no âmbito nacional: melhor romance ou novela; melhor livro de contos; melhor livro de poesia; melhor livro de crônicas; melhor texto teatral para adultos; melhor texto de teatro infantil; melhor livro de ensaio socioeconômico; melhor ensaio sobre tradições populares (folclore); melhor ensaio histórico; melhor ensaio sobre literatura (Letras); melhor ensaio sobre cinema; melhor livro de memória; melhor texto de jornalismo literário; melhor livro de Literatura Infantil.Os prêmios, no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) seriam conferidos a cada uma das categorias acima citadas, ficando, ainda, as obras premiadas inscritas no programa editorial do Conselho Municipal de Cultura para publicação, até a concessão da premiação subsequente. As inscrições ficaram abertas até o dia 20 de junho de 2011, mas foram prorrogadas para até 20 de julho de 2011 e o regulamento anuncia que o resultado será publicado no dia 10 de outubro de 2011 no Diário Oficial de Manaus.

Esperemos que desta vez o concurso tenha um resultado. Até 2008 o concurso funcionou muito bem, era um dos maiores certames literários do país. Em 2009, infelizmente, os escritores que responderam ao chamamento do edital, que enviaram suas obras para concorrer, ficaram a ver navios, porque até o endereço de remessa dos originais mudou no meio do prazo para inscrição e no final tudo deu em nada.

Em tempo: há, também, prêmios regionais, para quem mora há mais de cinco anos em Manaus.

domingo, 26 de junho de 2011

AUTORES CATARINENSES NA FEIRA DO LIVRO DE JARAGUÁ DO SUL

               Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://luizcarlosamorim.blogspot.com/

No próximo dia primeiro de julho, três integrantes do Grupo Literário A ILHA estarão lançando seus livros em Jaraguá do Sul, em mais uma edição de uma das melhores feiras do livro de Santa Catarina. Mary Bastian estará autografando seu livro infanto-juvenil “O Rio que Ficou Triste”, Célia Biscaia Veiga estará lançando a segunda edição de seu primeiro livro de poemas, “Palavras e Exemplos” e este cronista estará lançando seu novo livro de crônicas, “Cocô de Passarinho”, que conta, inclusive, com crônicas publicadas neste espaço.

Todos livros das Edições A ILHA, que estão sendo lançados no mês do trigésimo primeiro aniversário do Grupo A ILHA. A comemoração dos trinta e um anos de atividades do grupo literário mais perene do Estado estará, assim se estendendo à Jaraguá do Sul, cidade em que os poetas da praça participaram da Feira de Arte e Artesanato por vários anos, presentes com o seu Varal da Poesia e o seu Recital de Poemas todos os meses, colocando literatura no caminho dos jaraguaenses.

O lançamento dos três livros dos integrantes do Grupo A ILHA, na quinta primeiro de julho, acontecerá a partir das 15 horas, na Feira do Livro de Jaraguá do Sul, no estande da Livraria Ilha Mágica.

O Grupo Literário A ILHA, como já dissemos, é um velho conhecido do público leitor de Jaraguá. Além da participação na Feira de Arte e Artesanato, já foram promovidos lançamentos de livros de autores do grupo por lá e vários escritores da cidade já passaram pelo grupo ou ainda fazem parte dele, já publicaram na revista Suplemento Literário A ILHA ou em alguma das várias antologias já organizadas, como Selma Franzoi de Ayala, Carlos H. Schroeder, Gil Salomon, Sonia Pilon, a saudosa Geraldina da Silva Pereira, entre outros.

Então, convidamos todos os amantes da leitura e da literatura de Jaraguá e da região para comemorarem conosco os 31 anos de atividades do Grupo A ILHA em prol da divulgação da literatura e da criação de espaços para os escritores da terra, prestigiando nossa tarde de autógrafos.

O grupo literário mais longevo das nossas letras continua firme e forte promovendo a literatura catarinense e brasileira para o país e para o mundo, através da sua revista, através dos livros e antologias publicados pelas Edições A ILHA e através do seu portal Prosa, Poesia & Cia., em Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br .

sexta-feira, 24 de junho de 2011

A CULTURA OFICIAL DE SANTA CATARINA E O MINC

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


Venho lendo há alguns dias nos jornais a notícia de que a Representação Regional Sul do Ministério da Cultura convidava para o evento “Encontros com o Ministério da Cultura – SE”, evento que contaria com a presença do Secretário Executivo do Ministério da Cultura, Vitor Ortiz. O evento era aberto à participação dos diversos segmentos da sociedade – artistas, produtores e gestores, coletivos e grupos do setor cultural, veículos de comunicação e universidades.

O objetivo do encontro era refletir sobre caminhos para as políticas públicas na área cultural. (Bem que estamos precisando que se reflita, e muito, sobre cultura, aqui no Estado. E que se faça alguma coisa a respeito.)

O encontro do MINC com a cadeia produtiva da cultura em Santa Catarina aconteceu hoje à tarde, as 15h30min. Infelizmente eu tinha um compromisso inadiável naquele horário e não pude comparecer. Então, à noite, comecei a procurar na internet para ver se encontrava alguma notícia que informasse como foi o evento, mas já é quase meia noite e não encontrei nada. Nem mesmo nos sites dos jornais, que atualizam as notícias a toda hora.

É muito revelador – ou é só confirmação? – a importância que se dá à cultura em nossa Santa e bela Catarina. O Minc veio ao Estado para tratar de cultura e nem a mídia está interessada no que foi tratado lá. Sintomático. Numa capital onde a cultura não tem o apoio nem do Estado nem do município, deveríamos estar mais atentos ao que está acontecendo, ao que precisa ser feito.

Sinto-me culpado por não ter podido comparecer e, assim, não poder repassar o que aconteceu por lá. Mea culpa.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

LITERANOITE EM SÃO JOSÉ

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://luizcarlosamorim.blogspot.com/


A Fundação Municipal de Cultura de São José instituiu e apresenta o seu primeiro LITERANOITE, no dia 29 de junho, as 19 horas, no Teatro Adolpho Melo, no Centro Histórico de São José. É um projeto novo da cultura oficial de São José, cujo objetivo é difundir a ideia de leitura de literatura no município de São José; promover a presença dos escritores de literatura catarinense no Município; e estimular o exercício dialógico entre literatura, leitura, cultura, escritores, publicações, editoras, alunos e público participante.

Na primeira edição do projeto, a escritora convidada é a romancista e cronista de Blumenau, Urda Alice Klueger, com quase vinte livros publicados, alguns chegando perto da décima edição. Urda é, com certeza, uma das escritoras da terra que mais vendeu livros nas últimas duas ou três décadas.

Importante a parceria da Fundação Cultural com a Universidade Municipal de São José e Academia Josefense de Letras, na criação deste espaço para propiciar a aproximação escritor/leitor. O Estado não está fazendo o seu trabalho neste sentido, então os municípios, pelo menos alguns deles, estão sanando a lacuna.

O evento literário terá uma edição mensal e é um exemplo para outras cidades que queiram seguir o exemplo. O desenvolvimento do Literanoite será da seguinte maneira, segundo os organizadores: O autor convidado abre a noite, falando da sua obra e da sua vida; depois um outro escritor convidado falará sobre a obra do autor convidado; em seguida, será feita uma releitura de textos do autor convidado, com dramatização de textos, declamação, etc.; por fim, será aberto debate do autor com os espectadores.

Um projeto literário e cultural como este sempre é bem vindo. Sucesso.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

LIVROS PARA COMEMORAR OS 31 ANOS D´A ILHA

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor - http://luizcarlosamorim.blogspot.com/


O Grupo Literário A ILHA lança, em Joinville, no dia 30 de junho, as 19h30min, na Biblioteca Pública Rolf Colin, os livros “O Rio que ficou triste”, infanto- juvenil de Mary Bastian, “Palavras & Exemplos”, poemas, de Célia Biscaia Veiga e “Cocô de Passarinho”, deste cronista.

A exemplo do ano passado, quando aconteceu, na Biblioteca Municipal de Joinville, a festa de lançamento da Coleção Letra Viva, em comemoração aos 30 anos de atividades do Grupo Literário A ILHA, neste ano os escritores da terra voltam para festejar 31 (trinta e um) anos de existência em prol da divulgação da literatura catarinense e brasileira.

A ILHA, grupo que resultou da reunião de escritores francisquenses em 1980, migrou para Joinville em 1982 para congregar também os autores da região de Joinville. E na Manchester Catarinense permaneceu por quase vinte anos, levando a poesia para as praças, escolas, festas, bancos, festivais, etc. No ano de 2000, transferiu para outra ilha, Florianópolis e lá continuou o trabalho de divulgação da literatura produzida aqui no Estado, agregando mais escritores do sul, do oeste e de todo os cantos do Estado.

É o grupo literário que mais tem resistido na missão de criar espaços para a literatura de nossos escritores, sejam eles novos ou não. As Edições A ILHA publicam a revista Suplemento Literário A ILHA, também com 31 anos de circulação, tem publicado antologias e livros solos de integrantes do grupo, sanfonas poéticas e pacotes de poesia. O portal PROSA, POESIA & CIA., em Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br, janela do Grupo Literário A ILHA para o mundo, mantém espaços como “Todos os Poetas” e “O tema do poema”, de contos, como “Feira de Contos”, de crônica, como “Crônica da Semana”, além de seções como Mestres da Poesia, Autores Catarinenses, Literatura Infantil, a revista literária eletrônica Literarte e muito mais.

A nova noite de autógrafos na Biblioteca Municipal, no próximo dia 30, com a organização da escritora multimídia Célia Biscaia e da cronista Mary Bastian promete repetir o sucesso do evento do ano passado. Haverá, claro, performance artística com dramatização de textos dos livros em lançamento e declamação.

No dia primeiros os três autores estarão na Feira do Livro de Jaraguá do Sul, as 15 horas.

terça-feira, 21 de junho de 2011

CHEGOU O INVERNO

Por Luiz Carlos Amorim – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/  


Hoje o inverno chegou. Com cara de inverno: dia nebuloso, começou com chuva e frio, teve até um momento de sol tímido, mas continuou cinza pela tarde e anoiteceu com um ventinho gelado, como quem diz: “não parecia tão frio para um dia de inverno, mas agora estou aqui”.

Foi um primeiro dia de inverno bem típico da estação, dia pra se fazer bolinho de chuva, chocolate quente, uma sopa caprichada, pão de queijo com café bem quente, até um quentão ia bem.

Um caldo de tainha, então... Por falar em tainha, a safra deste ano começou ruim, não se pescou quase nada nas primeiras semanas, mas nesta última, tivemos a redenção: segunda a mídia, quase setenta toneladas só neste último final de semana. Não é uma beleza?

Amanhã vou ao mercado, mesmo que chova e faça frio, para comprar tainhas, camarão e ovas para fazer algumas recheadas e guardar no freezer e do resto fazer cambira – tainha escalada, salgada e seca no sol. Se não fizer sol, guardo elas já salgadas na geladeira, até que tenhamos tempo bom de novo. E, claro, reservo uma ou duas para fritar e fazer um caldo, que é tudo de bom, também.

Inverno é assim, aqui no litoral de Santa Catarina: frio com tainha. Se não der tainha, é inverno pela metade. Abençoada terra, abençoado mar, abençoada natureza, que tão maltratada por nós, a despeito de nosso desrespeito para com ela, nos presenteia com o que ela tem de melhor. Não é à toa que ela é chamada de Mãe Natureza.

domingo, 19 de junho de 2011

JUNHO - ANIVERSÁRIO DE FERNANDO PESSOA

No dia 30 de novembro deste ano de 2011, completar-se-á 76 anos da morte de Fernando Pessoa. Ao desaparecer, com 47 anos - ele nasceu em Lisboa, em 13 de junho de 1888 e completaria 123 anos neste aniversário, se vivo fosse - deixava uma grande obra em prosa e verso.

Para construir seu singular e complexo universo poético, Fernando Pessoa parte do fingimento e da associação entre o pensar e o sentir, exprimindo-os em versos logo tornados verdadeiros emblemas: "O poeta é um fingidor. / Finge tão completamente / Que chega a fingir que é dor / A dor que deveras sente."

Os heterônimos - personagens imaginários, dotados de estilos diferentes, através dos quais o "poeta fingidor" passou a se expressar literariamente - podem ter nascido na Cervejaria Jansen. Na mesma casa e época, Fernando Pessoa concebeu a revista Orfeu, em parceria com Mário de Sá-Carneiro, outro poeta português. Ambas as criações teriam nascido entre garfadas do famoso bife da casa, que toda Lisboa comentava.

Fernando Pessoa escreveu em seu nome e no dos heterônimos Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Criou ainda um grupo de semi-heterônimos.

O sentido dessas despersonalizações provoca debates. Em todo o caso, era um fingimento prodigioso. No exemplar verbete que a Enciclopédia Mirador Internacional dedica a Fernando Pessoa, Caeiro é apresentado como "poeta das sensações puras, naturalista e cético, hostil às regras métricas"; Reis, como "pagão e estóico, neoclássico que escreve odes horacianas e construção elíptica (...), sustenta a convicção de que o único caminho a se tomar na vida é o de afrontar a sorte com o silêncio"; Campos "cultiva a audácia e a energia, mas contraditoriamente faz a apologia do anti-heroísmo".

Pessoa era um sujeito alto e franzino, tinha pernas longas e o tórax pouco desenvolvido, embora praticasse ginástica sueca. Possuía o rosto comprido e as mãos delgadas. Caminhava em passos rápidos e desconjuntados. Vestia ternos cinzentos, pretos ou azuis. Usava chapéu inclinado para o lado direito. Os óculos eram redondos, com lentes grossas, que corrigiam a miopia e escondiam um pouco os inexpressivos olhos castanhos. Fumava demais, cerca de 80 cigarros por dia, e adquirira o característico pigarrear dos tabagistas. Tomava diariamente vários cafés e diversos tragos de bagaço, nome popular da bagaceira, aguardente feita com o bagaço da uva que acabou de ser usada para o vinho.

É raro um país e uma língua adquirirem quatro grandes poetas em um dia. Foi precisamente o que ocorreu em Lisboa a 8 de março de 1914. Pessoa é um dos maiores poetas da língua portuguesa, senão o maior.

sábado, 18 de junho de 2011

LANÇAMENTOS DAS EDIÇÕES A ILHA

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


No próximo dia 30 de junho, três integrantes do Grupo Literário A ILHA estarão lançando seus livros em Joinville, na Biblioteca Municipal Rolf Colin. Mary Bastian estará autografando seu livro infanto-juvenil “O Rio que Ficou Triste”, Célia Biscaia Veiga estará relançando seu primeiro livro de poemas, “Palavras e Exemplos” e este cronista estará lançando seu novo livro de crônicas, “Cocô de Passarinho”. Todos livros das Edições A ILHA, que estão sendo lançados no mês do trigésimo primeiro aniversário do Grupo A ILHA. Uma bela comemoração.

E no dia seguinte, dia primeiro de julho, os três autores estarão lançando seus livros na Feira do Livro de Jaraguá do Sul, que começa no dia 30 e vai até o dia 10. A Feira de Jaraguá é uma das feiras do livro mais bem sucedidas do Estado, com visitação sempre maior, convidados ilustres e muitas atrações paralelas.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

FLORIPA LETRADA RESISTE

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


Hoje, passando pelo terminal urbano de Florianópolis, parei na estante do Floripa Letrada, projeto que disponibiliza livros e revistas para que os usuários do transporte público leia enquanto espera o ônibus ou leve para casa para ler. A verdade é que os livros nunca voltam, mas se as pessoas que levam os livros efetivamente lerem os mesmos, já será uma grande coisa. Um problema grave que veio à tona há alguns meses foi o fato de algumas pessoas pegarem livros no projeto, às pilhas, para vender. Uma dona de sebo me revelava, outro dia, que já lhe ofereceram livros do Floripa Letrada.

Uma pessoa do projeto estava abastecendo a estante de livros, bem no horário que eu estava passando. Ela estava distribuindo alguns livros, que tirava de um carrinho de compras, e eu entabulei uma conversa com ela. Soube que ela batalha junto a editoras, livrarias, sebos, particulares e consegue muitas doações. Não tem faltado livros. Já foram colocados à disposição dos usuários de ônibus setenta e cinco mil livros até agora. Contou-me ela que, apesar de não haver devolução dos livros, ela sempre tem estoque para abastecer as estantes, pois sempre há doadores.

Contou-me, também, que para coibir a venda, estão colocando mais carimbos nos livros. Antes só se colocava o carimbo do projeto em algumas páginas dos livros. Agora coloca-se mais um, “Não pode ser vendido”, nas lombadas, na contracapa, nas páginas internas. É bom, para que só as pessoas que realmente querem ler, levem os livros.

Eu soube, há alguns dias, que o prefeito andou querendo acabar com o projeto, depois das denúncias de venda de livros do Floripa Letrada. Pensei em falar sobre o assunto com aquela senhora, tão entusiasmada e dedicado ao projeto, mas sei que ela não poderia confirmar, pois poderia ser prejudicada. Então deixei quieto. Felizmente o projeto continua.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

O ESCÂNDALO DO FUNDEB EM SANTA CATARINA

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


O FUNDEB, conforme seu estatuto, existe para atender não só o Ensino Fundamental [6/7 a 14 anos], como também a Educação Infantil [0 a 5/6 anos], o Ensino Médio [15 a 17 anos] e a Educação de Jovens e Adultos. O FUNDEF, que vigorou até o fim de 2006 (antecessor do FUNDEB), permitia investimentos apenas no Ensino Fundamental nas modalidades regular e especial, ao passo que o FUNDEB vai proporcionar a garantia da Educação Básica a todos os brasileiros, da creche ao final do Ensino Médio, inclusive àqueles que nãotiveram acesso à educação em sua infância.

Este é o propósito, a missão do FUNDEB. Mas em Santa Catarina, desde o tempo do Fundef, a lei, que determina que o fundo deve ser aplicado na educação – pagamento dos professores e manutenção das escolas, não é cumprida integralmente. Os recursos do FUNDEB estão sendo colocados na base de cálculo para os repasses para outros Poderes do Estado, sejam eles: Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas, Tribunal de Justiça, Ministério Público. Isto é desvio da verba que tem destino específico, a educação.

Então os professores precisam entrar em greve para exigir o pagamento do piso salarial instituído por lei, mas que não é cumprido aqui no Estado. E os recursos do FUNDEB, que deveriam estar disponíveis para o governo catarinense pagar os professores, tem parte direcionada para poderes que não têm nada a ver com educação.

Grande governo este nosso, que tinha como proposta de governo a melhoria da educação catarinense e, na prática, continua desviando, como o governo anterior já fazia, o dinheiro que diz não ter para pagar o salário dos professores.

FUNDEB significa FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA E DE VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO. Claro e específico. Ele é formado pela destinação de vinte por cento das receitas tributárias estaduais: ICMS, IPVA, ITCMD e dos repasses constitucionais e legais da União: FPE, Lei Kandir, IPI Exportação.

É uma vergonha, um crime, que o Estado diga que não tem dinheiro para pagar o piso salarial aos professores e desvie os recursos do Fundeb para os Poderes, sendo que essa não é a primeira irregularidade. No tempo do FUNDEF, o dinheiro era usado para pagar aposentados. E a Justiça, em ação de 2002, determinou que o Estado abrisse uma conta única para o FUNDO, o que ainda não foi cumprido.

Como querer que os professores trabalhem com dedicação e boa vontade, se não pagam a eles o que é devido, havendo verba destinada a isso, mas com parte dela desviada? Há que se aplique o FUNDEB integralmente na educação, como manda a lei. E não venham dizer que, com as transferências do FUNDEB incluídas no cálculo para definir os repasses para Asembleia, Legislativa, Tribunal de Contas, Tribunal de Justiça e Ministério Público, não há diminuição do valor do fundo destinado à educação, como já declararam por aí. Apesar de tentarem acabar com a escola pública, ainda há quem saiba fazer contas.

terça-feira, 14 de junho de 2011

JORNAL LITERÁRIO DEIXA DE CIRCULAR

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


Hoje, quando o carteiro chegou, fiquei feliz com o envelope que ele entregou, pois o remetente era o Dr. Enéas Athanázio e eu sabia que estava recebendo a edição mais recente do Jornal do Enéas. Abri e comecei a ler, a degustar as páginas do jornal e achei singular o editorial na última página, até porque o Dr. Enéas não costuma fazer editorial no seu jornal.

E foi começar a ler para saber e entender porque um editorial e porque na última página. Dr. Enéas anunciou, infelizmente, que este número que tenho em mãos, a edição de numero 30 é a última, que o jornal do Enéas encerra sua trajetória neste seu décimo ano de existência e deixa de circular.

É uma notícia que me deixa muito triste, pois o jornal tornou-se referência no meio literário e todos esperávamos chegar o próximo número, sempre. A publicação é respeitada em todo o Brasil, por publicar boa literatura de escritores de todo o país. Nunca teve vínculo com a cultura oficial nem com quem quer que seja, por isso o cognome de Boletim Cultural Independente.

Abre-se uma grande lacuna no universo cultural e literário, com o fim do Jornal do Enéas.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

COMEMORANDO CRUZ E SOUSA

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


Cruz e Sousa, o maior poeta catarinense e o maior simbolista brasileiro, completa cento e cinquenta anos do seu nascimento neste ano de 2011. Florianópolis, terra natal do poeta que elevou à categoria de clássica a poesia catarinense, já começa a pensar na comemoração de tão importante data.

Estamos em meados do ano e o aniversário do poeta é no dia 24 de novembro. Uma comissão já foi formada para cuidar da programação comemorativa. Serão feitas palestras, exibição de filmes que enfocam Cruz e Sousa, encontro literário em novembro, resgate de registros históricos e textos, a reedição de “Últimos Sonetos”, obra que passou por revisão para se adequar à nova revisão ortográfica.

E mais atividades devem se somar a essas, para tornar mais conhecido o poeta e a sua obra, pois ainda há quem pense que Cruz e Sousa é apenas um nome de rua. A antiga Desterro deve isso ao poeta, pelo menos fazer com que toda a cidade, quiçá todo o Estado saiba quem ele foi.

Há três ou quatro anos, os restos mortais do Cisne Negro, que estavam enterrados no Cemitério São Francisco Xavier, no Rio, foram transferidos para Florianópolis e colocados no Memorial Cruz e Sousa, finalmente inaugurado no ano passado, ao lado do palácio que leva o nome do poeta. Trazer o poeta para sua terra natal era uma coisa que deveria ter sido feita há muito tempo e finalmente aconteceu.

A nossa homenagem, de todos os escritores catarinenses e brasileiros ao poeta que projeta Santa Catarina no Brasil e no mundo, com a sua poesia.

sábado, 11 de junho de 2011

OITENTA ANOS

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


Sábado, dia 4, estive em Jaraguá do Sul, para uma festa da família Amorim. Meu tio Ovídio Lopes Amorim, que mora em Corupá, estava de aniversário, então fomos comemorar seus oitenta anos. Foi um grande encontro.

Irmãos dele, filhos, netos, bisnetos, sobrinhos, genros, noras, quase toda a família Amorim estava presente, além de amigos. Foi muito bonito, foi muito bom encontrar parentes que a gente não via há muito tempo, pois a família é muito grande. Acorreram ao evento integrantes da família de vários pontos de Santa Catarina e do Paraná também.

Cumpriu-se, mais uma vez, o desejo dos patriarcas, Antônio Lopes Amorim e Paula Lopes Amorim, de manterem a família unida e nunca deixarem de se reunir.

Os dezesseis irmãos estavam lá. Todos os quinze irmãos do aniversariante estava presentes para homenageá-lo e a maioria deles acompanhados de suas famílias. Uma festa muito bonita, pra gente rever e abraçar primos, tios, irmãos, etc. Uma data para não se esquecer tão cedo.

Quase duzentas pessoas estavam presentes. E, a bem da verdade, nem todos os integrantes da família Amorim puderam estar presentes.

Boa comida, música e boa companhia. Parabéns ao aniversariante pelos oitenta anos e pela oportunidade maravilhosa de podermos rever uns aos outros, podermos nos encontrar de maneira tão agradável.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

CLONE DE ESCRITORA!

Hoje não vou escrever nada, vou transcrever denúncia da escritora Urda Alice Klueger, que dizem ter levado para a Feira do livro de Ribeirão Preto, em São Paulo, no final de semana, só que eu estive com ela no domingo, em Blumenau, na casa dela, dia de uma das palestras agendadas na cidade paulista:
 
 
USARAM MEU NOME PARA ROUBAR O SEU DINHEIRO!!!

Ético confrade da Academia Catarinense de Letras (ACL) fez contato comigo a 29 de março deste ano de 2011 d.C., conforme segue abaixo:

Prezada Urda:

1. De 26 de maio a 05 de junho será realizada, em Ribeirão Preto, a 11ª Feira do Livro, sendo, entre outros, homenageado o Estado de Santa Catarina.
2. No dia 28, além de pronunciar palestra sobre “A Literatura Catarinense”, à tarde, após o discurso do Governador Colombo (...)
3. Indiquei o seu nome, a pedido do Secretário de Cultura, para compor uma lista dos escritores convidados (passagem, hotel e comidinha pagos).
4. Gostaria que me confirmasse o convite e eventual aceitação. Em caso positivo, é fundamental a escolha de um dia para lançamento de livros (funcionária da Secretaria de Cultura e Turismo manterá contato para adquiri-los das editoras), sem que haja coincidência.

Dei retorno, disse que ia, e o confrade me retornou dizendo que os organizadores manteriam contato para combinar os detalhes. Ainda bem que tenho uma vida ocupada até demais – já pensou se sou uma velhinha dessas que não têm muito o que fazer, e que talvez fosse fazer vestido novo para o evento, telefonar para os amigos lá da região de Ribeirão Preto marcando encontro, etc.? Minha vida hiper-ocupada não me deu tempo de ficar pensando no assunto, e como nunca ninguém fez o menor contato comigo nem combinou nenhum detalhe, o evento passou batido.
Foi só ontem, dia 07 de junho de 2011 d.C. – portanto, mais de dois meses depois – que comecei a me antenar para o fato de que havia algo errado. Uma ou outra pessoa se comunicou comigo para saber como tinha sido a Feira de Ribeirão Preto, pois tinha lido a respeito da minha ida para lá – ainda bem que existe São Google, infalível informador dos distraídos ou muito ocupados, e foi São Google quem me contou direitinho que eu tinha estado em Ribeirão Preto, na Feira do Livro, bem nos dias em que estava exatamente em Blumenau, cheinha de testemunhas que me viram, falaram comigo ou me visitaram naqueles dias.
Daí pergunto: se eu fui lá, devidamente noticiado pela imprensa do Estado de Santa Catarina, ao mesmo tempo em que estava aqui vendo, sendo vista e interagindo com as gentes daqui, será que sou um caso de dupla personalidade, produto de inexplicável magia ou algo assim? Como é que fui lá e sequer em sonhos consigo recordar tal coisa? Como se explica esta minha capacidade de estar cá e lá ao mesmo tempo? Duma coisa tenho certeza: não saí de Blumenau durante todos os dias da feira e da viagem dos escritores que foram. Como não acredito em alma do outro mundo e minha psicóloga me garante que não tenho dupla personalidade, alguém foi no meu lugar!
Estava certo eu ir? Estava. Sou uma escritora nascida no Estado de Santa Catarina, já publiquei 21 livros e mais umas 600 crônicas, além de artigos acadêmicos e outras e outras coisas – portanto, se Santa Catarina estava sendo homenageada literariamente, era correto eu ter ido representar o meu Estado e o meu povo. Como não fui sequer contatada para combinação de detalhes e depois se noticiou que fui, tal significa que, às custas do rico dinheiro público, alguém foi no meu lugar, e deve ter sido alguém sem o mesmo cacife que eu para representar o Estado, já que se escondeu no anonimato, escudou-se no meu nome para não fazer feio e sabe-se lá o que mais não fez por aí afora às custas do seu imposto, meu caro leitor coestaduano.
Viu só como é que some o suado dinheirinho que você recolhe aos cofres públicos? Sabe-se lá que esbórnias não fez lá em Ribeirão Preto o meu “fantasma”, aquele que era eu sem ser eu, aquele que não era eu, mas disseram que era. Garanto que aquele fantasma não era eu, mas alguém muito sem vergonha na cara que usou meu nome, alguém sem competência para usar a própria identidade para representar Santa Catarina, e que foi fazer turismo às custas do dinheirinho do trabalhador!
Posso ficar quieta? Não posso. Que as autoridades competentes me expliquem como é que o meu nome tem sido usado por aí em vão, para justificar despesinhas e despesonas de seus apaniguados!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

A ILHA - A PERENIDADE DA PALAVRA

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor - http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


Um grupo de pessoas que escrevia e não tinha como escoar a sua produção, não tinha meios de chegar até o leitor juntou-se, em 1980, no norte de Santa Catarina, para preencher uma lacuna que havia na cultura da região. Não existia, na época, um grupo que reunisse os escritores e poetas para discutir e trocar experiências, que estudassem e descobrissem novas formas de divulgação da sua obra e da literatura como um todo. Já existira outrora, e era premente que voltasse a existir.

Esse grupo, fundado em junho de 1980, é o Grupo Literário Literário A ILHA, que começou em São Francisco do Sul, com pouco mais de meia dúzia de escritores, com atividades como a reunião de trabalho, para mostrar e discutir os próprios trabalhos, apreciar e comentar textos de autores consagrados; como a publicação da revista Suplemento Literário A ILHA, que constituiu-se no primeiro espaço conquistado para publicação da sua obra; como o Varal da Poesia, que foi o meio mais rápido de colocar o leitor em contato com a poesia deles: levar a poesia para a praça, para a rua.
A partir de 82, o grupo transferiu sua sede para Joinville, integrando dezenas de escritores, principalmente poetas, daquela cidade e região. Lá as atividades se ampliaram e, além da revista, das reuniões, que passaram a se chamar Oficinas Literárias, e do Varal da Poesia, o grupo passou a fazer incursões pelas escolas, fazendo palestras, fazendo o Recital de Poemas e agregando os novos poetas que surgiam. Livros e antologias foram publicados, eventos literários, como lançamentos de livros, encontros de escritores, concursos, festivais literários a céu aberto e incursões em festas tradicionais da cidade, como a Festa das Flores e o Festival de Dança, foram realizados.

Com o passar dos anos, a tecnologia das mídias para se veicular a obra literária foi evoluindo e novas alternativas foram surgindo. A edição de livros e revistas foi facilitada, podendo ser feita dentro do próprio grupo, surgindo então as Edições A ILHA; a impressão de pequenas tiragens foi possibilitada com o uso das impressoras domésticas e de birôs de impressão rápida; a exibição dos poemas em cartazes já era possível com tipos de imprensa, melhorando em muito a apresentação e o prazer de ler (antes, os poemas do Varal eram escritos a mão, com pincel atômico). O Varal da Poesia transformou-se em Projeto Poesia no Shopping, ocupando um espaço com grande fluxo de público, sem deixar de freqüentar os antigos espaços conquistados, como as festas, escolas, lojas, bancos, praças e feiras. Uma maneira de desencarecer o feitio do livro foi lançada, com o Projeto Pacote de Poesia: ao invés do livro tradicional, o grupo adotou como capa um envelope ou pacote de pão, e dentro iam as páginas interiores, em folhas soltas. O Projeto Sanfona Literária foi criado para a publicação de pequeno volume de poemas: folders com seis, sete, dez poemas, dependendo do tamanho, distribuídos gratuitamente para os freqüentadores do Varal da Poesia do Projeto Poesia no Shopping. Na mesma linha desse projeto, foi criado o Projeto Poesia Carimbada: ao invés dos folders, a poesia impressa em qualquer superfície, impressa no suporte que o leitor preferisse: numa folha qualquer, no caderno, na folha em branco do livro, etc. Com resultados muito abrangentes, o Projeto Poesia na Escola usou a informática que cada vez mais foi invadindo o dia-a-dia de todos nós, inclusive dos estudantes: trata-se de apresentações em Power Point, para serem usadas em sala de aula, nas disciplinas de Literatura ou Língua Portuguesa. E um projeto pioneiro que já foi copiado em vários pontos do país é o Projeto Poesia na Rua: poemas ou trechos de poemas em out-doors, pelas ruas das cidades, possibilitando a todas as pessoas a sua leitura.
O Grupo A ILHA, no decorrer de sua existência, usou de várias mídias para divulgar a sua obra: o papel impresso, o rádio, a televisão, o recital ao vivo, o meio digital. É claro que não poderia deixar de utilizar a Internet, a grande rede, esse veículo que faz com cheguemos a qualquer lugar do mundo. E o portal do grupo, PROSA, POESIA & CIA , hospedado em http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br é um dos veículos mais importantes, fazendo o trabalho realizado chegar a milhares de leitores a cada mês. Lá está a revista Suplemento Literário A ILHA, a seção Literarte, coluna literária com informação e novidades, além de crônicas, contos e poesia atualizados mensalmente, e outras tantas seções como Mestres da Poesia, Autores catarinenses, Literatura infantil, Artigos sobre literatura, Feira de Contos, as antologias "Todos os Poetas" e "O Tema do Poema"com centenas de poemas e aumentando, Livros on-line, Entrevistas com Escritores, Crônica da Semana, etc.

O alcance do grupo ampliou-se a nível nacional, com a participação de escritores de todo o Estado, de outros estados da federação e até de outrospaíses. O intercâmbio fez muito bem ao grupo, que teve participação, inclusive, em publicações internacionais.
Na virada do século, em 2.000 o grupo, que começou numa ilha, voltou a instalar sua sede em outra ilha, desta vez em Florianópolis. E aqui comemora e trigésimo primeiro aniversário.
O projetos mais recentes são “Poesia em CD”, com poemas declamados por comunicadores do rádio catarinense e o livro “A Nova Literaratura Catarinense” – biografia, bibliografia, fortuna crítica e amostra da obra de vários escritores catarinenses que integram ou passaram pelo Grupo A ILHA.

São trinta e um anos de atividades. Sem nenhuma vinculação com a cultura oficial, nem patrocinadores. Apenas com a energia e a determinação dos integrantes do grupo. E serão mais outros tantos, que o Grupo Literário A ILHA é o mais perene da história da literatura catarinense.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A CASA DE URDA

Urda e Atahualpa

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


Estive, neste final de semana, visitando minha amiga Urda, escritora de Blumenau. Estou devendo a visita faz mais de ano, para conhecer a casa nova da moça loura dos dedos cheio de poesia, a dona do Atahualpa, aquela moça romântica dos trinados para o seu passarinho.


Eu sempre me perco em Blumenau, porque não conheço bem a cidade, vou muito pouco para lá. A última vez que havia visitado Urda ela ainda morava no apartamento da região afetada pelas últimas enchentes. Mas ela foi nos encontrar. Então, finalmente, conheci sua nova casa. É um condomínio lindão, numa região alta – Escola Agrícola, não perguntei se é o nome do bairro. A casa dela não é uma casinha, como eu imaginava. É uma casa bonita, que dá a idéia de pequena se olharmos de fora, mas é ampla e bem distribuída do lado de dentro. É branca na frente, com detalhes em rosa, tem uma varanda com cadeiras brancas e uma mesa com begônias. Do lado do portão, um gramadinho para o Atahualpa. Eu ainda vou dar para ela, de presente, um pé de manacá-da-serra, o jacatirão de inverno, para ela plantar no gramadinho – ele estaria todo florido agora. E do lado esquerdo, a entrada da garagem, com uma porta que abre para cima. Atrás, quase encostando na casa, há uma floresta, área de preservação, que deverá permanecer ali ainda por um bom tempo, onde vivem animais silvestres. Os passarinhos vêm no beiral da janela de vidro se exibirem para Urda e fazem cocô por ali, mas ela não se incomoda com isso. Lembrei da minha crônica “Cocô de Passarinho”, que dá título ao meu novo livro, que será lançado dia 30 deste mês em Joinville.

Por dentro, a casa é bem grande, com cômodos amplos e com um porão espaçoso que ela está terminando para ser o seu espaço de lazer.

Batemos papo na varanda branca, que tem vista para quase todo o condomínio e um pouco da cidade mais à frente. Eu já conhecia o Atahualpa, mas refiz a amizade com ele, que é muito tranquilo, muito comportado, um cachorro muito educado e simpático. Não é à toa que o mais recente livro de Urda tem o título de “Meu cachorro Atahualpa”. Falamos de família, de literatura, de Atahualpa. Urda falou-nos da correria por estar fazendo doutorado em Curitiba, o que a fez até parar com sua editora. E falou-nos da bonança que veio depois da tempestade, do quão difíceis foram os tempos pós-enchente no final da década passada, quando ela passou maus bocados, tendo que abandonar o apartamento onde morava, pois o entorno do mesmo oferecia riscos. Agora estava no seu pequeno/grande paraíso, ela e Atahualpa, e isso compensava tudo.

Prazer em conhecer a sua casa, Urda. É um lugar gostoso para se viver. Seja muito feliz nela.

domingo, 5 de junho de 2011

LIXO RECICLÁVEL

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

Gostaria de esclarecer trecho da minha crônica “O lixo e o plástico biodegradável”, publicada no Jornal A Notícia, na última sexta e também aqui no blog. Trata-se de: “E não podemos deixar os sacos na calçada indefinidamente, pois os catadores passam antes do caminhão, procuram somente o que lhes interessa – geralmente latinhas de alumínio – e largam o resto pela rua, às vezes na frente da casa da gente.”

O fato é que me referi aos catadores que passam na minha rua, Celso Bayma, que fazem o relatado, o que tem acontecido repetidas vezes. Não sei se eles são sindicalizados e quero frisar que tenho o maior respeito pelo trabalho que os catadores de lixo fazem, pois eles são parceiros importantíssimos na retirada de recicláveis do meio ambiente para se transformarem em produtos usáveis novamente. Então reitero àqueles que fazem esse trabalho com responsabilidade, todo o meu respeito e admiração e afirmo que não há, na minha afirmativa da crônica, nenhum preconceito contra os trabalhadores que recolhem recicláveis, por exercerem uma atividade tão louvável. Mas que há pessoas que escolhem um ou outro reciclável e espalham nosso lixo pela calçada e pela rua, isso há, na minha rua e nas ruas vizinhas.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

A UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES EM SANTA CATARINA

            Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


Leio nota no jornal que lança a pergunta: por que a União Brasileira de Escritores/SC desapareceu do cenário cultural? A mim a resposta parece um tanto óbvia, pois fiz parte da diretoria em 2002 e vi como a entidade funcionava – ou melhor, como algumas das pessoas que a dirigiam agiam. Naquele ano foi eleito presidente da UBE/SC o escritor Enéas Athanázio e ele dedicou-se com afinco a deixar a casa em dia, para que então pudesse desempenhar plenamente o seu papel, que é dar apoio aos escritores da terra, sejam eles novos ou não.

Mas apesar do empenho e dos resultados, nem toda a diretoria estava satisfeita, o que fez o Dr. Enéas desistir. Entregou a UBE-SC em dia, mas dali para a frente só foi realizado o encontro de escritores daquele ano, mesmo assim, porque o presidente que se retirou deixou encaminhado.

Para entender o que houve e saber a resposta à pergunta formulada lá no início, vejamos como as coisas se passaram: Em julho de 2002, o Dr. Enéas, então presidente desde janeiro daquele ano da UBE-SC, apresenta seu pedido de renúncia do cargo em caráter definitivo. Ele achou que o resultado conseguido até então, em pouco mais de meio ano de gestão, foi muito pequeno, em proporção ao esforço e trabalho exigidos. A verdade é que ele conseguiu fazer muito, praticamente sozinho, pois parte da diretoria, ou quase toda ela, que deveria trabalhar em conjunto, era composta, na sua quase maioria, de pessoas que apenas falavam muito e bonito, mas fazer, realizar concretamente alguma coisa, nem pensar. Presenciei isso e essa é uma das razões porque também me desliguei da diretoria da União Brasileira de Escritores de Santa Catarina. Vi o presidente trabalhar praticamente sozinho para deixar a casa em ordem – a entidade foi entregue para a diretoria eleita em fins de 2001 com diversos problemas, junto ao Registro Civil, junto à Receita Federal e junto ao Banco do Brasil – e mesmo assim ser criticado duramente por quem não fez absolutamente nada, apesar de alguns se dizerem capazes de conseguirem grandes benefícios para a UBE-SC.

Todos os pontos propostos por ocasião da posse foram executados: foi regularizada a situação com o Registro Civil – a UBE/SC passou a ter CNPJ definitivo e não está mais registrada como empresa. Também a situação com a Receita Federal foi regularizada: as multas e acréscimos decorrentes de atraso no pagamento foram parcelados e havia caixa para pagar as parcelas vincendas depois de julho. E o cadastro no Banco do Brasil foi atualizado, regularizado, uma vez que o registro estava finalmente em dia. E a conta contava com saldo.

Foram conseguidos, com empenho do então presidente, Dr. Enéas Athanázio, cerca de quarenta novos sócios com a anuidade em dia, no período. O site da UBE-SC na internet foi colocado no ar, contendo informações sobre a entidade, sua história e propósitos, mapas de abrangência no Estado e no país, regulamento, edições on-line do informativo em versão integral, notícias recentes e trabalhos de colegas associados – sem despesas para a casa, pois era eu quem atualizava as páginas na grande rede. O jornal da UBE-SC voltou a circular e foram publicadas duas edições, também sem ônus para a casa. Foi reivindicada uma sede própria para a UBE-SC, junto ao Reitor da UFSC, que se mostrou receptivo e os entendimentos foram iniciados, embora não devam ter resultado em nada, pois a entidade parou de funcionar. A Câmara Catarinense do Livro disponibilizou espaço para a participação da UBE-SC na Feira do Livro de Florianópolis, mas a UBE-SC não deve ter ocupado nenhuma vez essa oportunidade.

Então, enquanto do escritor Enéas Athanázio esteve à frente da UBE-SC, muita coisa mudou, a entidade funcionou e cumpriu o seu papel. Mas fazer a casa funcionar plenamente pareceu não agradar a alguns integrantes da diretoria, esses mesmos integrantes que ficaram com a responsabilidade de, pelo menos, manter a casa dali em diante. E isso não aconteceu, a UBE-SC foi abandonada.

Por isso, perguntar porque a UBE-SC desapareceu me parece um pouco redundante, até um pouco irônico.