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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

CORES PARA 2012


                         
Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/

Os turistas que vêm para o verão em Santa Catarina, pela BR 101, têm um espetáculo de luz e cor incomparável: as duas margens da estrada, derramando flores e cores sobre os passantes, qual uma alameda enfeitada para receber os visitantes. Cidades como Joinville, São Francisco do Sul, Jaraguá do Sul, Corupá e tantas outras são privilegiadas, por terem seus acessos ladeados pelas flores da grande e majestosa árvore, tão generosa a oferecer essa festa brilhante de vida. Elas começam a florescer no final de outubro, começo de novembro e vão até janeiro, fevereiro, anunciando o verão, enfeitando o Natal e colorindo a entrada dos novos anos. Em janeiro, os jacatirões nativos começam a florescer no Paraná, em São Paulo e outros Estados, e o espetáculo se transfere, enchendo de matizes vermelhos as matas cortadas pelas estradas tantas, como a que leva a Santos, por exemplo.

É a natureza, pródiga, a nos presentear com suas obras mais belas, apesar de cuidarmos tão pouco dela. Nós, homens, continuamos desmatando, cortando árvores indiscriminadamente. Ainda se cortam pés de jacatirão para se fazer lenha. Haverá crime maior do que esse? Queimar a árvore que é um dos arautos da natureza, o enfeite natural de nossos natais, a flor que anuncia o ano novo...

Há quem, felizmente, faça o caminho inverso. Planta o jacatirão no jardim de sua casa, onde pode admirá-lo e cuidar dele ao mesmo tempo. Ou então colhe as suas sementes, depois da florada, para espalhá-las nas regiões aonde ele ainda não chegou.

Algumas pessoas sequer enxergam as vibrantes árvores floridas de jacatirão, desde meados da primavera até quase o fim do verão. Não que tenham problemas visuais – elas não dão nenhuma importância ao belíssimo fenômeno da mãe natureza que é a profusão de flores por todos os lados. Já disse antes, mas vale repetir o que Cecília Meirelles escreveu, com maestria e propriedade, em “A Arte de Ser Feliz”: “é preciso olhar e ver”. Às vezes, apenas olhamos, mas não vemos. Se você não viu ainda, olhe para o alto, para os lados, para as matas, para as alamedas, para os morros, para as margens dos caminhos, dos rios, das lagoas e veja: elas estão lá, singelas, humildes, mas majestosas e iluminadas. São elas que dão as boas vindas aos novos anos que se iniciam, colorindo-os com suas cores, lembrando-nos que a vida é o maior presente que podemos ter.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

JACATIRÃO E COCÔ DE PASSARINHO

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor - http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/

Neste ano fui passar o Natal em Jaraguá do Sul, onde mora minha mãe e andei passeando por Joinville, Corupá, Barra Velha. Os jacatirões nativos, que estão espetacularmente florescidos nesta época do ano, anunciando o Natal, anunciando o verão e anunciando o Ano Novo, são um espetáculo à parte em todas as encostas, em todos os morros, em todos os caminhos, em todas as matas que ladeiam as estradas. É o enfeite da Mãe Natureza para comemorar com a gente o Natal, o ano novo que começa, o verão que acabou de chegar.

Aliás, o sol foi tanto que até desbotou um pouco o vermelho das pétalas das generosas árvores. Ainda a chuva veio e o tempo quase esfriou. Assim, as flores do jacatirão ficaram ainda mais coloridas.

E falando da minha ida a Joinville, fui visitar amigos que fazia tempo eu não via. Na saída da casa de Zé Mauro e Dalva, notei alguma coisa singular na garagem. Os carros estavam com os espelhos retrovisores cobertos com um tecido preto. Não fazia a mínima ideia da razão daquilo e não me contive. Perguntei para Dalva porque o revestimento dos espelhos. Então ela me explicou que quando ia pegar o carro para sair, de manhã, ele estava sempre com as laterais respingadas com manchas brancas e acinzentadas. Sabem por que? Os passarinhos vinham dormir empoleirados no espelho e faziam cocô, que caía pelas portas e pelos paralamas, sujando tudo.

De maneira que, para não ter que limpar tudo antes de sair, todos os dias, ela fez sacos de tecido preto e os coloca sobre os espelhos, pois com isso, os passarinhos não vêm. Lembrei-me da minha crônica “Cocô de Passarinho”, que deu origem ao livro de crônicas do mesmo nome e dei um exemplar do mesmo para os dois amigos.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A VALORIZAÇÃO E A FALÊNCIA DA SAÚDE

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


Acabo de receber uma mensagem da minha amiga e conterrânea,a professora Mariza Schiochet, com fotos da festa realizada na Casa do Adalto, em Joinville, para as crianças com câncer. Como ela mesmo disse, foi uma festa de esperança, de amizade, de solidariedade e de esperança. A Casa do Adalto é uma casa de apoio à criança com câncer e a professora Mariza é a pessoa que mobilizou as escolas onde trabalha e a sua comunidade para tornar a ala de Oncologia do Hospital São José um lugar mais alegre, mais aconchegante, mais humana. Ela é gente que faz. Além de ser uma grande professora, Mariza é um ser humano incomensurável. O adjetivo parece fora de lugar, mas é isso mesmo.

Então vendo esse trabalho de humanização da professora Mariza, não pude deixar de me lembrar das denúncias contra o abandono do Hospital Celso Ramos, aqui em Florianópolis, exatamente o oposto do que acontece em Joinville. Alguém filmou, com uma câmara fotográfica, a situação caótica do hospital e a gravação foi parar na televisão. Banheiros sujos de sangue, muita sujeira, doentes pelos corredores, falta de atendimento, etc. etc.

E u poderia até achar que é exagero, que poderiam ter maquiado o lugar para denunciar. Mas eu já estive naquele hospital e sei que o que mostraram é verdade. E há muito mais. Os pacientes não mal atendidos porque não há pessoal suficiente para trabalhar, não há suprimento, muitas vezes e não há equipamento.

A gente que acompanha um paciente procura ajudar, para amenizar, como levar suprimento que o hospital não tem, comprar um colchão para evitar que as costas dos pacientes virem feridas, pois o hospital não os tem em número suficiente, atender pacientes que precisem de ajuda para ir aos minúsculos banheiros, até curativos a gente ajuda a fazer.

O Secretário da Saúde do Estado foi chamado para uma entrevista na televisão, mas não foi, mandou um preposto, que afirmou que não é bem aquilo que foi mostrado, que aquelas imagens não são o espelho do que acontece no hospital, e assim por diante. O que nos deixa mais indignados é esse descaso do governo para com a saúde, assim como também pela educação e pela segurança públicas.

O Hospital Celso Ramos foi reformado, recentemente. Mas reformaram e não colocaram pessoal suficiente para trabalhar, não estão suprindo a casa com equipamentos e tudo o que é necessário para o bom atendimento para os pacientes, que são tratados como se estivessem sendo atendidos de favor, como se o Estado estivesse dando alguma coisa de graça para os seus usuários.

Senhor governador, está na hora de olhar para o Celso Ramos, para a saúde de nosso Estado. Já está completando um ano que o senhor está no comando. Que em 2012 nós vejamos o senhor tomando providências para que este cenário mude. Para melhor.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O QUE ESPERAMOS DE 2012

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


Este ano de 2011 que está se encerrando foi o ano da corrupção e da impunidade. Os brasileiros viram, mais do que nos anos anteriores, talvez, os políticos sendo denunciados por roubos e desvios de dinheiro público, sem que ninguém nunca devolvesse nada ou fosse preso por isso. Isso não só na esfera federal, mas também nas esferas estaduais e municipais. Quando muito, alguns ministros saíram do cargo, mas continuam nos seus partidos, incólumes, cheios de poderes, sem prestar contas a ninguém. A “faxineira”, que diz não dar mais trégua à corrupção, parece ter perdido o entusiasmo.

Para o ano de 2012, esperamos que a ética e a moral voltem a ser qualidades valorizadas tanto para nossos “políticos”, quanto para a nossa justiça, que no corrente ano mostrou muito bem que de justa não tem nada.

Que a corrupção e a impunidade sejam combatidas veementemente e que a justiça pare de passar a mão na cabeça de políticos ficha suja, como fez neste ano. Aliás, por culpa da “justiça”, a lei da ficha limpa ficou sem efeito, pois os tribunais não julgaram a validade da lei e reconduziram políticos corruptos a cargos públicos.

Queremos apenas políticos que não legislem apenas em causa própria, que se preocupem com o cidadão brasileiro, que se preocupem com a saúde pública, com a segurança pública, com a educação, que foram destruídas nos últimos tempos.

Queremos para 2012, políticos honestos, que realmente representem o povo brasileiro. É pedir demais? Queremos ver menos notícias de roubos, assaltos, mortes, apropriação indébita do dinheiro público, superfaturamentos, desvios de valores.

Sabemos que não será um mar de rosas, mas sabemos também que 2012 poderá ser melhor. Precisamos avaliar melhor os candidatos, nas próximas eleições, para que possamos renovar essa corja de “políticos” que temos aí, na sua grande maioria. E se não houver candidato decente, que votemos em branco, para manifestar nosso protesto contra os candidatos que almejam a vida pública apenas para enriquecerem.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

MAIS DESUMANIDADES

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


Numa crônica anterior sobre o Natal, mencionei que Natal é mais Natal quando se tem crianças em casa, porque criança simboliza o Menino que está nascendo, sempre, em nossos corações, para manter a fé, a esperança, a renovação da vida. E até disse que é preciso ter crianças e/ou animais de estimação, pois não raro, um cão ou um gato são como filhos da gente, fazem parte da família. Não estou substituindo uma criança por um animal de estimação, mas eles realmente são o bebê em muitas casas, ou porque as crianças cresceram, ou porque as próprias crianças que existem na casa amam o bichinho.

Pensando nisso, não dá para entender como alguns “seres humanos” pode ser tão cruéis a ponto de torturar um cãozinho até a morte, como fez uma moça recentemente, na frente de uma criança, filha dela.

Como usar de tamanha crueldade com um ser vivo que nos dá carinho, que nos dá amor incondicional? E não é um caso isolado. De vez em quando se tem notícia de um cão que foi queimado vivo, ou que foi arrastado por uma moto ou um carro, ou que jogaram água fervente em cima, ou que enterraram vivo, e assim por diante. Os requintes de crueldade são inacreditáveis.

Já escrevi em outras ocasiões, mas a verdade é que muitas pessoas compram um cão, sem querer saber que tamanho ele vai ter quando for adulto, que temperamento ele terá quando crescer, se ele se adaptará à vida preso o dia inteiro em um apartamento, por exemplo. Então quando o bicho cresce um pouco abandonam, se fica doente abandonam, se vão viajar abandonam, etc., etc. Como se o animal fosse uma coisa que pode ser jogado fora.

Acho que deveríamos aproveitar a época para refletir sobre isso. Deveríamos aprender com os cães a sermos mais humanos, mais leais, mais honestos, mais sinceros.

domingo, 18 de dezembro de 2011

O LIVRO ELETRÔNICO FRACIONADO

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


O e-book – livro eletrônico ou digital – teve uma alavancada, no início desta década, mas não ameaçou, ainda, o livro tradicional, impresso. Até porque o preço, não raro, tem se equiparado ao preço da versão impressa das obras, como no Brasil, por exemplo. Mas não é só aqui que isso acontece. Mesmo sem o maquinário, a mão de obra, o papel, tinta e outras matérias primas envolvidas na confecção do livro como o conhecíamos até bem pouco tempo atrás, os livros eletrônicos – arquivos digitais para serem lidos em leitores digitais ou tablets, como o I-pad ou Kindle, smartfones e computadores – têm preços bastante altos, em alguns casos equiparados com o valor dos seus equivalentes em versão impressa.

Então as grandes editoras procuraram inovar para incrementar as vendas dos e-books e estão lançando novos selos editoriais que vendem apenas partes, frações de livros, ao invés da obra completa. Por exemplo: você não precisa comprar uma antologia inteira, pode comprar apenas o conto do seu autor preferido. Aquele livro de ensaios maçudo de um grande pensador não precisa ser comprado na íntegra, compre apenas o ensaio que lhe interessa. E assim por diante.

No Brasil, uma das editoras está oferecendo essas versões reduzidas de e-book, que estão sendo chamadas, em outros países, de e-singles, mini e-books e-short-books, por até mais de dez reais, o que evidencia que continuam muito caras. Ainda bem que não são todas. Outras oferecem por valores entre um real e cinco reais.

A finalidade primeira, obviamente, é vender mais. Com livros mais baratos, poder-se-ia alcançar a classe C, que não compra livros porque eles são muito caros. Será que eles teriam o equipamento para ler os livros digitais? Mas há um outro interesse embutido na novidade: é dar uma amostra, para que o leitor compre a obra completa. Só que o preço precisa se estabilizar num patamar menor, senão nenhuma das duas finalidades será plenamente alcançada.

Será que o escritor independente, aquele que não consegue uma editora, finalmente conseguirá publicar sua obra, mesmo que em doses homeopáticas, sem o agravante do aparato industrial que envolve o livro impresso?

A nossa Biblioteca Nacional está para implantar o projeto “Livro Popular”. Será que esse seria um caminho para que a leitura possa estar mais acessível para qualquer cidadão brasileiro? Não conheço o projeto, não sei se ele prevê as duas formas de publicação, mas que venha o livro popular. Se ajudar a incentivar a leitura neste nosso imenso Brasil, um grande objetivo se terá cumprido.

sábado, 17 de dezembro de 2011

FEIRA DO LIVRO FANTASMA

Por Luiz Carlos Amorim – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


Começou no dia 8 e vai até o dia 23 de dezembro a 26ª. Feira do Livro de Florianópolis, realizada pela Câmara Catarinense do Livro.

Estive lá no dia 10, para o lançamento da segunda edição da minha antologia poética, “NAÇÃO POESIA”, que está de cara nova, com nova capa, com prefácio de Urda Alice Klueger e posfácio de Enéas Athanázio. Estive lá durante a semana e também hoje, dia 17, quando repeti a seção de lançamento da antologia.

Mandei releases para divulgação do lançamento para todos os jornais, mas não saiu uma linha em nenhum deles. Aliás, eu não imagino o que está acontecendo, pois os jornais da capital, e não só eles, não publicaram nada, até agora, sobre a Feira do Livro de Florianópolis. Já estamos com mais de uma semana de feira e nenhum jornal publicou uma nota sobre o evento. É bem estranho.

Os jornais da capital sempre fizeram cobertura da feira, mesmo que não houvesse convidados importantes, como tem acontecido nos últimos anos. E esta edição está passando em branco, nenhuma matéria, nenhuma nota de qualquer colunista, um mistério.

Ainda temos uma semana de feira, vamos ver se algo acontece.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O MILAGRE DO JACATIRÃO

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br


Estamos no final do ano, quando o jacatirão nativo floresce no norte do nosso Estado Catarina, machando com ilhas vermelhas o verde das matas. Mas é só no norte, em Joinville, São Bento, Corupá, Jaraguá do Sul, Barra Velha, São Francisco e algumas outras cidades da região. A florescência do jacatirão começa no início de novembro, às vezes no final de outubro e vai até fevereiro. É arauto colorido da natureza, anunciando o verão, enfeitando o Natal e os anos novos. Em janeiro, ele começa a florescer no Paraná, em São Paulo e outros estados. E a festa das cores vai subindo, espetáculo impar da Mãe Natureza.

Pois na nossa região, de Itajaí para baixo, não temos o jacatirão nativo. Aqui só temos o manacá-da-serra, uma versão híbrida do jacatirão, para jardins, que floresce no inverno, em julho, e mais para o interior e para o sul do estado temos a quaresmeira, outro tipo de jacatirão que floresce na época da Páscoa. É a mesma flor, só que de tamanho menor e cor mais acentuada.

Então, eis que em pleno dezembro, vejo por aqui manacás-da-serra cheios de flores, como se tivéssemos jacatirões nativos. E fico maravilhado com esses milagres da natureza, enchendo meus olhos com as flores de uma árvore que floresce em julho e que este ano no dá uma segunda florada, em pleno verão, como se quisesse enfeitar a vinda do Menino Cristo como se fora o jacatirão do qual se origina.

É um privilégio ter flores de jacatirão nesta época do ano, ter uma segunda florada do manacá-da-serra, essa variedade de inverno que emerge espetacularmente fora da sua época brindando-nos com essa beleza de cores que não tínhamos até então.

Obrigado, Mãe Natureza. Obrigado por enfeitar com a flor do manacá-da-serra, a flor do jacatirão, o nosso Natal e o nosso Ano Novo, tornando-os mais felizes. Obrigado por nos lembrar do nascimento do Menino que significa paz, harmonia e renovação.



E por falar em jacatirão, vou reproduzir aqui a crônica de Donald Malschitski, também sobre jacatirão:

JACATIRÕES, OS PRECURSORES

Esta crônica é dedicada a Luiz Carlos Amorim

Na semana passada escrevi que Nísia Andrade da Silva definiu os cronistas como “espiões da vida”. Pensando bem, levo isso muito a sério, mesmo que seja somente para mim. Quando dá para compartilhar com os leitores, melhor, mas mesmo não sendo possível fazê-lo, não me afasto da missão de espionar e constatar a maravilha da diversidade em cada instante vivido, cada espaço olhado, cada pegada pisada. Nada, absolutamente nada se repete, há nuances ou diferenças brutais entre um metro quadrado e outro, um nascer do sol ou seu ocaso e outro e qualquer espaço ou suspiro no meio deles. Nos recentes dias do calorão, subi a Serra Dona Francisca em diferentes dias, coincidentemente na mesma hora e, todas as vezes, a combinação do ângulo da luz e do céu exageradamente azul me davam um “bem-vindo” inesquecível. Um “bem-vindo” que variava do branco ofuscante ao lilás pomposo, perfazendo o caminho com todas variações possíveis. Eram os jacatirões emoldurando a estrada com a ousadia da juventude e a dignidade da maturidade reunidas nas mesmas árvores.

Clima alguns graus mais ameno e o convite irresistível: o compromisso pode esperar um pouco, o espetáculo, não, e o pé ficava mais gentil com o acelerador. Mais beleza: neste ano as bromélias também resolveram mostrar suas fantasias com ousadia.

O jacatirão, além de sua beleza, tem uma missão edificante: é uma espécie de João Batista da natureza: vive, no máximo, 20 anos e faz parte da vegetação do estágio médio de regeneração da floresta, preparando o ambiente para as árvores de crescimento lento e vida muito longa. Quando tudo está pronto, ele morre e essas tomam seu lugar. Uma chegada precedida por flores. Ah, se todas as chegadas fossem assim.

Agora veio a chuva e veio o vento (em Joinville um tornardo andou aprontando um pouco além da conta) e muitas flores o seguiram, imitando borboletas desenfreadas, mas outras já se mostram, de outra forma, em diferentes buquês, afinal, sua missão não depende do reconhecimento, mas da vida. E ainda dão as boas vindas a quem sobe a Serra. Ou será que só indicam o caminho aos viajantes e perguntam: “Pressa pra quê?”

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

LITERATURA INTERATIVA


Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


O terceiro livro da escritora Célia Biscaia Veiga, paranaense radicada em Joinville há duas ou três décadas, acaba de sair. Ela já publicara, antes, um livro de poemas, outro de crônicas, e agora nos apresenta um projeto que poderíamos chamar de romance. Ou novela.

Trata-se de “O nome dele era Pedro”, uma série de crônicas interativas que ela havia publicado no Jornal A Notícia. A cada capítulo ela oferecia alternativas diferentes para o rumo da história de Pedro e os leitores participavam, fazendo as suas escolhas, ajudando a escrever aquela nova experiência literária. E a novidade - literária e jornalística – foi um sucesso e escolas se mobilizaram para participar e uma até convocou a escritora para ir até lá conversar com eles.

No jornal, é claro, as escolhas de opções levaram a um final. Mas, conforme as escolhas em cada capítulo, outros dezesseis finais poderiam acontecer. Então no livro, a autora teve condições de reunir todas as possibilidades e deixar a cargo do leitor a escolha do final que achar melhor.

É um livro interessante que, além da novidade da interatividade, nos mostra que nunca é tarde para aprender, que saber ler e gostar de ler faz toda a diferença na vida de qualquer pessoa.

Não é um livro de autoajuda, acho que posso chamá-lo de novela, mas é muito bom de se ler. A gente fica querendo pular adiante, para saber das outras possibilidades, depois quer voltar pra trás para lembrar uma escolha que já tinha lido.

A capacidade criativa e a inventividade de Célia tornam o livro uma das boas novidades literárias dos últimos tempos.

sábado, 10 de dezembro de 2011

O GRUPO A ILHA NA NOITE POÉTICA JOSEFENSE

Na foto: Celino, Célia, Fátima, eu, Karine e Jacqueline


 
Por Luiz Carlos Amorim – Escritor - http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br


Hoje eu e a Jacqueline Aisenman, de Genebra, estivemos lançando nossos livros na  26. Feira do Livro de Florianópolis. À noite, estivemos participando da segunda Noite Poética Josefense, apresentada pela poetisa Hiamir Polli, com o apoio da Fundação Municipal de Cultura de São José. Além do recital de poemas por poetas das diversas academias de letras da Grande Florianópolis, de Associações literárias e do Grupo Literário A ILHA, outras atrações artísticas foram oferecidas: o Grupo Vozes da Ilha trouxe uma grande seresta, a Orquestra de Câmara de São Pedro de Alcântara deu um belíssimo concerto e houve, ainda uma apresentação teatral pelo Grupo de Teatro Fiapo no Avesso.

A apresentação da jovem Orquestra de Câmara de São Pedro de Alcântara foi um espetáculo à parte. Vários números, entre clássicos e duas músicas de Natal culminaram com o público aplaudindo de pé. Um grande espetáculo.

O tempo foi pouco, apesar da duração de três horas, pois duas atrações, mesmo assim, ficaram de fora: um trio musical e uma de dança.

Na primeira edição da Noite Poética Josefense, a Fundação Municipal de Cultura e Turismo de São José havia conferido às Academias de Letras e Associações Literárias da Grande Florianópolis uma placa e um certificado, homenageando a cada uma. Como algumas entidades não foram contempladas naquela ocasião, a continuação da homenagem deu-se nesta segunda edição. E o Grupo Literário A ILHA, em atividade na Grande Florianópolis nos últimos 12 anos, dos seus 31 anos de existência, recebeu esta homenagem, junto com outras duas academias.

Seis integrantes do Grupo Literário A ILHA, dos mais de trinta que se espalham por Santa Catarina e por outros Estados, marcaram presença tanto no recital de poemas quando no recebimento da homenagem: Célia Biscaia Veiga e Johnny Celino Veiga, de Joinville; Karine Alves Ribeiro, de Blumenau; Jacqueline Aisenman, de Genebra(Suíça); Maria de Fátima Barreto Michels, a Fátima de Laguna e este cronista.

O Grupo agradece o reconhecimento pelos 31 anos de atividades em prol da literatura catarinense e brasileira.

Foi uma bela festa. Como já disse em outra oportunidade, uma ótima iniciativa em prol da popularização da poesia. Mais que isso: um evento que promove a integração de várias artes: literatura, música, teatro, artes plásticas.

Nesta foto, os escritores do Grupo Lit. A ILHA na Feira do Livro de Fpolis


sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

REDESCOBRINDO CORUPÁ

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


Passear por Corupá, minha terra natal, a cidade das cachoeiras, é uma redescoberta. Ela é uma pequena cidade ao pé da Serra do Mar, pertinho de Jaraguá do Sul, que por sua vez fica perto de Joinville, na Santa e bela Catarina, no sul do Brasil. Sua riqueza maior é a natureza, pois ela tem dezenas de cachoeiras. Só no Parque Emilio F. Battistela existe uma rota com quatorze delas, a última com cento e vinte e cinco metros de queda livre.

Costumo repetir que "a natureza tem uma queda por Corupá", pois as mais belas quedas dágua estão lá.

O centro da cidade não mudou muito, ainda conserva vários dos prédios de quando eu era criança, mas também há construções novas, grandes lojas, asfalto nas ruas, urbanização que a tornou mais bonita.

Estava acostumado a transitar pelas ruas centrais, com aquela arquitetura já conhecida, embora estranhasse a existência de grandes supermercados, grandes lojas de variedades, pois achava que não havia demanda suficiente para tanta oferta. Então, um dia desses fui procurar o terreno onde minha avó viveu, nas terras atrás do cemitério. Fiquei surpreso com a quantidade de novas casas construídas, um novo bairro na minha pequena Corupá. Depois soube que a ocupação na cidade é constante, que muita gente mora em Corupá, mas trabalha em Jaraguá, e outros núcleos como aquele existiam ali por perto.

Aí entendi, também, as grandes lojas, grandes supermercados, vi que há demanda, sim.

Foi bom constatar que, apesar do progresso, a cidade ainda conserva suas características antigas, de um lugar pacato e tranquilo.

Mas o que me deu mais prazer foi andar pelos campos, pelas plantações de banana, pois Corupá é eminentemente rural, apesar da enorme vocação turística que não é bem aproveitada - lembram da rota das cachoeiras? Sua agricultura ainda impulsiona o município.

Revivi minha infância e adolescência, farta de laranjas, goiabas, araçás, tangerinas, abacates, cambucás, jabuticabas, pêssegos, atas, grumixamas e tantas outras frutas.

E ainda pude admirar belíssimos jacatirões nativos pejados de flores – que já é dezembro e eles começam a florescer no início de novembro – colorindo a mata, enchendo de ilhas vermelhas o verde do Vale das Águas. Eles chegaram para anunciar, com suas cores, o verão, o Natal e o novo ano que vem aí.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O TESTAMENTO DE UM MENDIGO

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


Das muitas coisas que mandam pra gente em apresentações do Power Point, algumas valem muito a pena. Acabo de receber o “Testamento de um Mendigo”, de autor não revelado. Quem quer que tenha escrito a poema, tenha sido ou não um mendigo, bateu fundo no coração de cada um de nós. Nós, que reclamamos da vida por qualquer coisinha, que vivemos nos lamentando, que nunca estamos contentes com o que temos.

Precisamos, todos, ler esse poema que tomo a liberdade de transcrever quase na íntegra, para que reflitamos e possamos valorizar mais o que temos. Porque por menos que tenhamos, temos muito, comparado a algumas pessoas que não têm absolutamente nada. Para que possamos pensar em tudo que conseguimos, em tudo que nos foi dado, de maneira que passemos a dar valor a cada conquista, a cada pequena vitória, a cada pequeno sucesso.

O ser humano nunca está contente com o que tem e isso o faz infeliz. Será que se exercitarmos a solidariedade, dividirmos o pouco que temos, não receberemos mais paz e mais felicidade em nossas vidas?

Leia o poema. Não é preciso explicar nada. Só precisamos ler e absorver, assuntar:

“Agora, no fim da vida, / me sinto preocupado, / me pergunto, embaraçado, / se faço ou não testamento.

Pra quem é que vou deixar / se fizesse um testamento, / minhas calças remendadas, / o meu céu, minhas estrelas, / que não me canso de vê-las / quando ao relento, deitado, / deixo o olhar perdido / distante, no firmamento?

Pra quem é que vou deixar / minha camisa rasgada, / as águas dos rios, dos lagos, / águas correntes, paradas, / onde às vezes tomo banho?

Pra quem é que vou deixar / vaga-lumes que em rebanhos / cercam meu corpo de noite / quando o verão é chegado?

Pra quem é que vou deixar / todo o ouro que me dá / o sol que vejo nascer / quando acordo na alvorada? Os meus bandos de pardais, / que ao entardecer, nas árvores, / brincando de esconde-esconde, / procuram se divertir?

Pra quem é que vou deixar / estas folhas de jornais / que uso pra me cobrir? / Meu chapéu todo amassado, / onde escuto o tilintar / das moedas que me dão / os que têm alma boa, / os que têm bom coração?

Pra quem é que vou deixar / o grande estoque que tenho / das palavras “Deus lhe pague”? E todas as folhas de outono / que trazidas pelo vento / vêm meus pés atapetar?

Pra quem é que vou deixar / minhas sandálias furadas / que pisaram mil caminhos / estradas por onde andei / em andanças vagabundas? Minhas saudades profundas / dos sonhos que não sonhei / para quem é que vou deixar?

Pra quem é que vou deixar / os bancos dos meus jardins / onde durmo e onde acordo / entre rosas e jasmins? E todos os raios de luar / que beijam as minhas mãos / quando num canto da rua / eu as ergo em oração?

Pra quem é que vou deixar / meu cajado, meu farnel / e a marca deste beijo / que uma criança deixou / em meu rosto, perguntando / se eu era Papai Noel?

Testamento não farei! / Agora estou resolvido: / o que tenho deixarei / para qualquer outro mendigo / rogando a Deus que o faça / depois que eu tiver morrido / tão feliz quanto eu sou.”

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

PRÊMIOS A ESCRITORES DO GRUPO LITERÁRIO A ILHA


Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


Os integrantes do Grupo Literário A ILHA têm se destacado no cenário das letras de nosso Estado Catarina. Primeiro foi Harry Wiese, que teve seu livro “A Sétima Caverna” premiado pela Academia Catarinense de Letras na categoria romance, em 2009.

Este cronista que vos escreve, foi eleito Personalidade Literária de 2011 pela Academia Catarinense de Letras e Artes e recebeu o Prêmio Paschoal Apóstolo Pítsica, no dia 2 de dezembro, em seção solene no Tribunal de Contas do Estado. A escolha deveu-se ao lançamento da segunda edição da antologia poética “Nação Poesia”, que terá lançamento na Feira do Livro de Florianópolis neste sábado, as 15 horas, e pelo meu trabalho à frente do Grupo Literário A ILHA nos últimos 31 anos

E agora, o livro de contos de Jacqueline Aisenman acaba de ser premiado na categoria conto, pela Academia Catarinense de Letras.

Coincidentemente, a escritora Jacqueline, natural de Laguna, mas que mora em Genebra, na Suiça, está no Brasil, para participar da homenagem ao Grupo Literário A ILHA, que ocorrerá também no sábado, na Noite Poética Josefense, no Teatro Adolfo Melo, às 20 horas.

Parabéns à Jacqueline. Seu livro de contos breves é inovador e merece destaque, eu já dizia isso na época do seu lançamento, em crônica publicada aqui no blog.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

NOITE POÉTICA

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


No próximo sábado, dia 10, será realizada a segunda edição da Noite Poética Josefense, no Teatro Adolfo Melo, em São José. De novo as academias, associações e grupos de escritores da Grande Florianópolis estarão presentes para participar do sarau e desta vez o Grupo Literário A ILHA foi lembrado e foi convidado para ser homenageado.

Como anunciou a organizadora do evento, o objetivo do projeto é promover o encontro de todas as artes com a sociedade, principalmente a literatura, numa noite que reunirá apresentações musicais, dança, teatro, recital de poemas e exposição de artes plásticas.

Dentre as apresentações musicais estão a Orquestra de Câmara de São Pedro de Alcântara, a Camerata de Florianópolis e o Grupo de Seresta Vozes da Ilha. O Recital de Poesias contará com a participação de poetas de todas as Academias de Letras da Grande Florianópolis e Associações e Grupos Literários da Ilha, somando 16 entidades.

O Grupo Literário A ILHA ser fará presente com escritores daqui de Florianópolis, de Joinville, de Laguna, de Gaspar, de Balneário Camboriú e de Genebra, na Suíça.

Será uma grande noite de Letras e Artes.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

UMA POESIA ELOQUENTE

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


Em novembro, compareci a um lançamento coletivo na Livros e Livros, aqui em Florianópolis. Vários livros estavam sendo lançados, de autores do norte do Estado: Jaraguá, Joinville, Corupá, etc. Os livros não estavam sendo vendidos, eram gratuitos, de maneira que trouxe meia dúzia deles para casa, com gratas surpresas, pois alguns autores eu não conhecia.

Um dos bons livros lançados foi “Uma palavra muda”, de Adriana Niétzkar e Vanucci Bernard Deucher, os dois de Jaraguá do Sul. Um livro escrito a quatro mãos, mas a quatro mãos mesmo: todos os poemas foram feitos pelos dois, não há identificação de um poema assinado por um e outro poema por outro. A começar daí, já é original, pois não é muito comum encontrar um livro inteiro de poemas feito todo em parceria.

O título também é original: uma palavra pode mudar ou simplesmente não precisa ser pronunciada, não precisa de som? A verdade é que as figuras usadas pelos poetas são belas, bem trabalhadas, e o jogo de palavras, como no título, tornam tudo mais interessante. Sem deixar de lado o lirismo, a sensibilidade, a emoção.

São percepções, constatações, um ver a vida diferente do que normalmente vemos. Olhar a vida, o mundo e ver com olhos de poeta, com razão e lucidez, às vezes nem tanta, o que torna tudo mais vibrante.

Como em “Senti / as gotas / da chuva / seus tons e gostos. / Permite-me perceber / as multiplicidades, / porque a uniformidade é estupidez.” Ou então, pérola no meio do poema: “Talvez sua arte cale almas”. Ou então: “Amarram brilhos / engolem saltos / para acumular sentenças”. E “quem sabe a ânsia de falar seja apenas a necessidade de sentir...” Ou, ainda, “Os ruídos de fora arranham minha alma / Quero estar com a solidão / Longe do mundo / Perto de mim”.

Mas nem sempre a poesia dos dois poetas é comportada assim, embora prenhe de conteúdo. Eles inventam palavras, combinam palavras, misturam palavras... E a poesia se faz.

A poesia de Adriana e Vanucci é eclética e dinâmica, pode mudar conforme a alma e o coração deles, mas não é, absolutamente, muda: ela grita sentimentos, verdades, sensações.

domingo, 4 de dezembro de 2011

O ECOMUSEU E A HISTÓRIA DE FLORIANÓPOLIS

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


Ontem estive de novo no Ribeirão da Ilha, o berço da colonização açoriana em Santa Catarina. Como o nome bem diz, o bairro fica na Ilha de Santa Catarina, que por sua vez compõe, com parte do continente, a cidade de Florianópolis. Pois o Ribeirão é um lugar lindíssimo, é um cartão postal à beira-mar, é uma paisagem paradisíaca.

Voltei ao local onde foi realizada a minha posse e de outros dois escritores catarinenses na Academia Sul Brasileira de Letras. É uma propriedade à beiramar do escritor Nereu do Vale Pereira, outro que tomou posse no dia 18 de novembro. Nela está localizada uma pousada, um restaurante à beiramar que funciona nos finais de semana e o EcoMuseu.

Fui almoçar no restaurante, que a comida lá é muito boa. Mas aproveitei também para rever os diversos tipos de orquídeas que há na propriedade e para visitar o EcoMuseu.

O EcoMuseu, uma atração turística da Ilha, é formado por um auditório onde é exibido um vídeo muito interessante e esclarecedor sobre a história da colonização açoriana na então Desterro, com a chegada de seis mil pessoas vindas dos Açores, entre 1748 e 1856, acompanhado de palestra sobre o assunto. Também faz parte do EcoMuseu uma autêntica casa açoriana, construída em 1921, com móveis antigos, equipamentos domésticos artesanais, peças sacras e folclóricas e um engenho artesanal de farinha de mandioca.

Visitar aquele lugar é ter uma fenomenal aula de história.

sábado, 3 de dezembro de 2011

PRÊMIO PASCHOAL APÓSTOLO PÍTSICA


Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


Ontem, dia 2, Estive na solenidade da Academia Catarinense de Letras e Artes para receber o Prêmio Pachoal Apóstolo Pítsica, por ter sido eleito a Personalidade Literária do ano de 2011.

A sensação de enfrentar um teatro lotado é um pouco assustadora, mas o reconhecimento que o prêmio representa, por décadas de trabalho tentando abrir espaços para a nova literatura produzida por aqui dá uma alegria muito grande. Ver que o trabalho foi notado, que o que foi feito e está sendo feito é valorizado faz muito bem e dá fôlego para eu continue na luta.

Ter sido escolhido entre tantos nomes importantes da nossa literatura é uma honra muito grande. Agradeço aos acadêmicos da Academia Catarinense de Letras e Artes pela deferência, em especial ao seu presidente, Senhor Wesley Collyer – não sei se posso chamá-lo de confrade, sendo acadêmico de outra academia, a Academia Sul Brasileira de Letras – e mais, pela acolhida naquela casa, pelo prêmio, por tudo.

É um grande presente de Natal ser reconhecido por intelectuais do quilate dos acadêmicos da Academia Catarinense de Letras e Artes.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

EDIÇÃO ESPECIAL DE NATAL DO SUPLEMENTO LITERÁRIO A ILHA

Por Luiz Carlos Amorim - Escritor - http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/

A edição 119 do Suplemento Literário A ILHA, referente ao mês de dezembro, já está no portal do Grupo Literário A ILHA, em Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br . Além da homenagem a Cruz e Sousa, pela passagem do seu sesquicentenário, matérias como “A ILHA no Congresso Brasileiro de Escritores”, “Escritores Catarinenses na Feira do Livro de Ribeirão Preto”, “Poesia na Rede Social”, “Um Natal na África” e mais crônicas, contos e poemas natalinos, além de muita informação literária e cultural.


Esta edição do Suplemento Literário vem com mais páginas, porque além dos eventos nos quais o Grupo Literário A ILHA é homenageado, há outros em que o coordenador do mesmo recebe honrarias, como o titulo de Personalidade Literária de 2011 e a posse na Academia Sul Brasileira de Letras.

A edição impressa também já está circulando. Para conhecer o conteúdo da revista, acesse o portal Prosa, Poesia & Cia., do Grupo Literário A ILHA.