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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

LAPTOPS E TABLETS NAS ESCOLAS PÚBLICAS

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor - http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/

O uso de computador na sala de aula pressupõe melhoria na qualidade de ensino, pois significa acesso rápido a toda e qualquer informação e muitos outros recursos na ponta dos dedos. Há quem conteste esse benefício, mas o que se espera é que haja ganho no aprendizado com o uso das tecnologias que tomaram conta do nosso dia a dia. O professor teria mais conteúdo para usar e mais tempo para dar aula, pois não precisaria esperar os alunos copiarem matéria do quadro, não teria que escrever quase nada no quadro e poderia usar a internet, acessando os assuntos necessários e os alunos simplesmente teriam que anotar endereços de sites da web ou usariam a facilidade de copiar e colar ou gravar páginas em pdf ou nos favoritos, para acessar mais tarde a fim de estudar.

Supõe-se, é claro, que todas as escolas, em todo o Brasil, têm internet, para que o uso de laptops e tablets seja possível e pleno. O que ainda não é uma realidade, nem todas as escolas públicas dispõe de acesso à grande rede. É verdade que, a medida que os aparelhos forem chegando, o acesso à internet, se não houver, pode e deve ser providenciado, por estados ou municípios, conforme seja o mantenedor da escola.

O edital do MEC – Ministério da Educação – para a aquisição de tablets pelas redes públicas de ensino já está disponível para que as escolas se inscrevam.

A verdade é que já existe o programa do governo “Um computador por Aluno”, desde 2009, mas até agora ele não foi aplicado como prometido. A meta do governo Lula, com o programa, era contemplar cada estudante dos primeiro e segundo graus da rede pública com um computador para uso pessoal. Mas apenas quinhentas escolas do país foram contempladas com os laptops (ou notebooks) do programa UCA, um índice de menos de dois por cento de todos os estudantes brasileiros do ensino fundamental e médio.

O MEC diz que o programa que levará os tablets para a sala de aula não pretende substituir o programa dos laptops. O novo programa viria para complementar o anterior - que não cumpriu o objetivo de colocar um notebook (ou netbook, que não emplacou?) na mão de cada estudante do ensino público fundamental e médio.

O programa Um Computador por Aluno foi criado em 2005, mas só iniciou a entrega dos aparelhos a algumas escolas de alguns cidades brasileiras em 2009. Esperemos que o novo programa não demore tanto tempo para ser aplicado e atinja todas as cidades brasileiras, em todos os estados.

domingo, 29 de janeiro de 2012

SABADO DE BOA MÚSICA

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor - Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br



O Festival de Música de Santa Catarina esteve soberbo neste final de semana. O dia musical, em Jaraguá do Sul, começou com a primeira edição dos Concertos para Famílias, no Grande Teatro do Scar, as 10 horas. Falo do Zoológico Musical, que antes do concerto, faz demonstração dos instrumentos para as crianças. E para os adultos também, por que não?

Quando chegamos ao teatro, com meus sobrinhos de 5 a 10 anos, os músicos que iam tocar na orquestra logo mais estavam espalhados por toda a platéia e também no palco, tocando cada um seus instrumentos, explicando o que fosse perguntado sobre eles, deixando as crianças pegarem cada instrumento para tentar tocar. Destaco a atenção, o carinho, a dedicação dos músicos em apresentar seus instrumentos para as crianças, em colocar os instrumentos nas mãos das crianças e em ajuda-las a tirar som deles.

O concerto, a seguir, foi memorável. O maestro surgiu no palco para reger a osquestra vestido de branco e prateado e tocou a música tema de “2001 – Uma odisséia no espaço”, de Richard Strauss, “Also Sprach Zarathustra”. Fabuloso. Depois, começou a tocar “Os Planetas”, de Gustav Holst. Já no primeiro movimento, apareceu uma personagem estranha no palco e aí começou uma história que permeava a execução da magnífica peça. O maestro e alguns músicos mostraram não só aptidão plena para música, mas também para interpretação teatral, pois deram um show e mantiveram as crianças atentas a tudo que acontecia, durante mais de uma hora de espetáculo.

Um espetáculo que encantou crianças e adultos.

À tarde, também no Grande Teatro, houve a primeira edição dos Concertos de Sábado, com mais orquestras e grupos. Números antológicos, para se aplaudir de pé, como aconteceu.

As 18 horas, mais uma edição de Piano Masters, no Pequeno Teatro do Scar. Eu, particularmente, não gosto de piano, infelizmente, então não fui. Mas sei que a frequenica nesse horário tem sido ótima durante toda a semana.

E à noite, a minha última edição dos Grandes Concertos, que também esteve excelente, com mais orquestras, executando Beethoven e Korsakov.

O Festival continua até o dia 4, mas eu não posso ficar, para aproveitar tanta música. Que os moradores de Jaraguá e região, de todo o norte do Estado aproveitem o privilégio de ter ao alcance do ouvido tanta música de tão boa qualidade.

sábado, 28 de janeiro de 2012

ORQUESTRAS DO FEMUSC

Por Luiz Carlos Amorim - Escritor - Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br



O Festival de Música de Santa Catarina vem melhorando a cada dia, é um crescendo espetacular. Nesta sexta, começaram a aparecer as orquestras, fantásticas como nunca. No Momento Springmann, no Pequeno Teatro, tivemos Mozart em dose dupla: Serenata em dó menor e Sinfonia n.35.

Foi magnífico. Mais de uma hora de música erudita da melhor qualidade, com uma execução magistral, coisa para se aplaudir de pé por minutos a fio.

À noite, em mais uma edição dos Grandes Concertos, tivemos Prokofiev, também em dose dupla. Primeiro, a Orquestra sem Maestro executou a Sinfonia n. 1, Clássica e depois a Orquestra Sinfônica do Femusc nos brindou com Romeu e Julieta, Suíte n. 2.

Foram, sem dúvida, espetáculos grandiosos. E tivemos o privilégio de poder usufruir da quantidade e da qualidade de tão bela música.

Fico imaginando vídeos dessas apresentações, CDs e DVDs do que está sendo produzido no Femusc, pois são apresentações únicas, reunião de músicos de lugares diferentes e distantes que talvez não aconteça mais. Fica a sugestão: nenhuma gravadora se interessaria em lançar coleções de CDs, de DVDs do melhor do Femusc?

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

DIA DE MUITA MÚSICA

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor - Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
A quinta foi um grande dia para o Festival de Música em Jaraguá do Sul, aqui na sua sede, no SCAR, e provavelmente em todas as cidades que ele contempla com apresentações.

Assisti a quase tudo que rolou em Jaraguá nesta quinta. Comecei com o Femusc no Shopping, as 12h30min. Três ótimas peças foram apresentadas: uma de Bach, outra de Piazzola e a terceira de Franz Danzi, Quarteo para fagote e trio de cordas. Uma seleção espetacular, mas uma pena que o horário não ajude. Penso que a intenção da organização do Festival é oferecer a boa música para quem vai almoçar, tanto que as apresentações são feitas ao lado da praça de alimentação. Mas infelizmente o burburinho do almoço, muito alto, cobre o som da música. A praça de alimentação é muito grande e muito freqüentada e o barulho das pessoas fazendo a refeição e conversando, mais o ruído próprio do shopping tornam impossível ouvir o que está sendo executado, se a gente não se aproximar o máximo possível dos músicos. Uma pena. O ideal seria mudar o horário da apresentação, tanto no shopping como no Angeloni, que tem o Festival também as 12h30min, ou então que se coloque microfones e sistema de som para que os músicos não fiquem tocando para meia dúzia de pessoas que se aproximam deles.

As dezenove horas fui assistir o Momento Springmann, no Pequeno Teatro do Scar e gostei muito. “Canções sem Palavras”, de Mendelssohn, e “Rain Spell”, de Toru Takemitsu, tiveram excelente execução. “O lado oculto das nuvens” também foi muito bom.

Logo em seguida, na série Grandes Concertos, no Grande Teatro do Scar, muito mais música. O Quinteto para Violão e Cordas, que se não me engano já fora aplaudido de pé por vários minutos na quarta, apresentou peça de Leo Brouwer, e"Septeto”, de Beethoven, fechou com chave de ouro a noite. Foi fenomenal. Foram, também, aplaudidos de pé por minutos.E mereceram.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

MÚSICA, DIVINA MÚSICA

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor



O espetáculo desta quarta, no Grande Teatro do Scar, valeu a pena, fez jus ao Festival de Música de Santa Catarina. Teve música, muita musica, divina música. Do programa fez parte um solo de violino, muito bom, “Souvenir de Florence”, de Tchaikovsky, com duplas de violino, violoncelo e viola, excelente, e Quarteto para oboé, violino, violoncelo e piano, que não foi apresentado. Em compensação, tivemos “Serenata Noturna”, de Mozart, com um sexteto sensacional. Houve, também, um solo de outro instrumento que eu não lembro qual era, me parece que era fagote, que não estava no programa.

Ontem falei de um número apresentado na terça, pelo maestro organizador do evento, com mais outros músicos, que parecia mais um laboratório de ruídos. O público aplaudiu, e eu chamei atenção sobre o fato de que uma parte dos espectadores do Femusc estão aplaudindo até as pessoas que entram no palco para colocar as cadeiras e os instrumentos em posição para os músicos.

E nesta quarta o meu ponto de vista se confirmou: o “Souvenir de Florence”, de Tchaikovsky, foi aplaudido de pé e os músicos, que tocaram por mais ou menos meia hora, com execução magistral, tiveram que voltar duas vezes ao palco. A música de Mozart também foi aplaudida de pé.

Então, fiquei muito feliz, porque o público provou que, quando gosta do que foi apresentado, faz questão de que isso fique bem claro.

Valeu a noite, tivemos música, música de verdade.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

MÚSICA E SONS

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor

O espetáculo da série Grandes Concertos, desta terça, no Grande Teatro da Scar, prometia muito, conforme a programação oficial, inclusive publicada nos jornais do dia.

O espetáculo começou com Diana Melo, tocando marimba. Acontece que na segunda ela já esteve se apresentado e a marimba foi tocada em dois números. Então segunda foi interessante, valeu conhecer o instrumento, a novidade. Mas nesta terça, talvez pudesse ser apresentada outra coisa.

Um dos números que não estavam previstos no programa foi Daico, apresentando tambores orientais. Muito interessante. O outro número não previsto foi o organizador do evento com outros músicos tocando um instrumento que, como não se consegue ler o letreiro informativo projetado nos dois lados do palco, do meio do palco para trás, eu acho que era fagote, mas não tenho certeza. Também não consegui ler que música era, qual o autor, o arranjador, nada. Mas não pareceu música, foi uma coisa meio esquisita. O dono da casa, quase no final, no intervalo entre um sopro e outro gritou alguma coisa, ficou mais esquisito ainda.. Perdoem-me os entendidos, mas realmente foi esquisito. E o público aplaudiu, ao final, sim. Mas parte daquele público estava aplaudindo até as pessoas que entravam para colocar e tirar instrumentos do palco.

Então apesar de um pouco decepcionado, pois o festival é de música, e não de sons, gostei de “Thaís”, tuba e harpa, e o último número, “Estampas Criolas”, com violino e violoncelo e um pouco dos tambores.

Uma outra coisa boa da noite foi que encontrei lá no Scar a minha amiga escritora e jornalista Sonia Pillon, que me convidou para uma antologia que reunirá cronistas do jornal O Correio do Povo.

Insisto que os letreiros informativos nos lados do palco precisam ter letras maiores, para que todo o público possa ler. O espaço na tela é suficiente, pois são apenas poucas linhas e mais da metade do espaço ficava em branco.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A DIVINA MÚSICA EM JARAGUÁ

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://luizcarlosamorim.blogspot.com

Eu já disse, antes, que dou graças a Deus pelos meus olhos míopes, pois eles me possibilitam ver o mar, sol, o verde, ver flores e cores, ver a alma das pessoas através de seus olhos verdes, azuis, castanhos, etc. Pois quero dizer que agradeço, também, e muito, a faculdade de ouvir, pois não imagino viver sem música.

Música é a trilha sonora da vida, é o tempero da nossa existência. E o fato de poder ouvir claro e em bom som adquire ainda mais importância quando chego em Jaraguá para assistir e ouvir mais um FEMUSC – Festival de Música de Santa Catarina, que começou ontem e vai até o dia 4 de fevereiro.

A gente chega na cidade e já vê que a música tomou conta de tudo. Nestes dias, é comum encontrar muitos jovens pelas ruas centrais e não tão centrais, carregando seus instrumentos ou ensaiando para se apresentar num dos vários locais onde o festival leva seus músicos.

Aliás, o festival-escola, que pode ser chamado assim porque reúne em Jaraguá do Sul estudantes de música do mundo inteiro – são mais ou menos gente de vinte países. Neste ano, o Femusc não concentra suas apresentações em Jaraguá. Ele está, também quase que diariamente, em Joinville, Pomerode, Blumenau, Corupá, Timbó, etc., justificando o nome, que desde o início foi Festival de Música de Santa Catarina.

E o forte do festival é a divina música, a música clássica, mas não contempla exclusivamente esse gênero. O festival apresenta o clássico ao lado de música popular brasileira e música popular dos países dos músicos que vem participar dele.

O espetáculo desta segunda, no Grande Teatro do SCAR foi diversificado, trazendo de tudo um pouco e de forma bastante informal. Fiquei até surpreendido, mas positivamente, pois na edição passada estive em Jaraguá apenas em um final de semana, por compromissos anteriormente assumidos que eu não poderia adiar. A intenção era ficar só até quinta por aqui, agora já não sei mais, pois o programa promete muito.

Por falar em programa, só não gostei do fato de os Grandes Concertos, marcados para as 20h30min, não estarem começando na hora prometida. Nesta segunda o concerto começou às 21 horas.

A verdade é que a capital catarinense (ou brasileira?) da música está espalhando seus sons para quem quiser ouvir. E da melhor qualidade.

domingo, 22 de janeiro de 2012

CORUPÁ E O SEMINÁRIO




Por Luiz Carlos Amorim – Escritor - http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/

O cartão postal mais tradicional de Corupá completou 80 anos, no dia 17 de janeiro. O Seminário Sagrado Coração de Jesus, com seu estilo gótico-romano é a atração turística mais forte da cidade, antes mesmo que o acesso à Rota das Cachoeiras tivesse sido aberto. E continuou sendo um dos principais cartões postais da cidade, mesmo com toda a beleza das quatorze cachoeiras da rota e mais outras dezenas delas que se espalham por Corupá.

O Seminário Sagrado Coração de Jesus, foi construído com tijolos aparentes, o que lhe confere a aparência de castelo medieval, em uma de suas faces. Essa aparência gótica é a sua marca registrada, o que fez com que já tenha sido cenário de uma produção televisiva exibida em todo o país.

A frente do Seminário que a gente vê, quando chega nele, é a igreja, também belíssima. Ela foi inaugurada em 1953 e tem estilo mais moderno, contrastando com a enorme construção anexa a ele. Além da igreja, há o Museu Luiz Gartner, que tem o nome do padre que, em 1932, deu início ao viveiro “Paraíso das Aves”, que hoje em dia está desativado. Ele aprendeu a arte da taxidermia e começou a empalhar animais, diversos deles, o que deu origem ao museu. Nele, está exposto um acervo de 1500 exemplares, dentre os quais aves, anfíbios, répteis, mamíferos e peixes.

No Seminário existe também o Teatro José Anchieta, onde outrora os seminaristas apresentavam peças teatrais e noites culturais. Atualmente, o espaço, que comporta 300 pessoas, é usado para convenções e estudantes realizam sua colação de grau.

O salão onde era o refeitório dos seminaristas, assim como a cozinha, foram adaptados para se transformarem no Restaurante Seminário, que serve a comunidade todos os domingos com um almoço tradicional, que conta com gastronomia típica germânica, um bufê completo de saladas e frios, marreco recheado e joelho de porco, além de outros tipos de carnes e um bufê de sobremesas.

Defronte à face gótica, que fica do lado esquerdo de quem está chegando ao Seminário, está o jardim europeu, com cinco caminhos que partem da casa, desenhados por cercas-vivas e flores típicas da região, que pretendem lembrar o trabalho missionário da igreja católica.

Em rápidas pinceladas, isso é um pouco do colosso que é o Seminário Sagrado Coração de Jesus, a construção que tem a missão de representar a cidade de Corupá.

É essa construção que completou oitenta anos e que merece que Corupá comemore o seu aniversário, ao longo de todo este ano. O nome do Seminário lembra Corupá, onde quer que seja, assim como as diversas cachoeiras distribuídas por toda a cidade.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

ENEM DE NOVO, OUTRA VEZ, NOVAMENTE

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor - http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/

E a incompetência do Ministério da Educação na gerência da aplicação do Enem continua cada vez mais óbvia. A prova do ano passado continua na justiça e quanto mais o tempo passa, mais inconsistências aparecem.


O atual ministro da educação (minúsculo, mesmo, pois ele não tem nada de maiúsculo), que está saindo do cargo (graças a Deus, ele já deveria ter sido defenestrado há muito tempo), ao saber da liminar que obriga o MEC a disponibilizar as redações do Enem para os estudantes que prestaram a prova, adiantou-se e cancelou a prova do Enem que seria aplicada no início deste ano de 2012. Sim, porque há uma lei que dispõe que o MEC realizará duas provas do Enem por ano, a partir de 2012. Mas o todo incompetente ministro da educação confirma a sua falta de bom senso, de resonsabilidade, de tudo e suspendeu a prova de abril, indo contra a lei que diz que a partir deste ano seriam duas provas por ano.

E apesar de todos os micos e desastres do Enem nestes últimos anos, quando o Ministério da Educação esteve sob a irresponsabilidade do tal de Fernando Haddad, ele vai se candidatar a prefeito de São Paulo, tudo porque o Lula quer porque quer que ele seja candidato. E a presidente, dona Dilma, antes mesmo de ele deixar o ministério, veio a público agradecer ao Fernandinho tudo o que ele fez pela Educação, pelos relevantes serviços, etc., durante o seu mandato. Será deboche? Será que ela pensa que o cidadão brasileiro não vê o que tem acontecido com a educação neste nosso país, que está completamente falida?

Tenho pena dos cidadãos paulistas. Pelo bem deles, espero que o tal de Fernandinho não ganhe as eleições para prefeito de São Paulo.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

FINALMENTE, O PLÁSTICO BIODEGRADÁVEL

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor- http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/

Há vários meses atrás, desde que começaram a falar em trocar os sacos plásticos usados em lojas e supermercados, eu já falava que a solução para acabar com o excesso de plástico nos lixões era usar a tecnologia do plástico biodegradável.

Aliás, não é coisa de meses, é coisa de anos, que se cogita acabar com o saco plástico comum. Então apareceu o plástico biodegradável, que ao invés de dezenas de anos para sumir na natureza, leva apenas dois ou três meses.

Data de 2007 a criação do plástico biodegradável, por pesquisadores brasileiros e franceses, e só agora um Estado brasileiro, São Paulo, baixou lei que proíbe o saco de plástico comum e coloca à venda os sacos do novo plástico, por alguns centavos. Trata-se de um plástico biodegradável que se decompõe em apenas quarenta e cinco dias, feito a partir de um novo polímero que utiliza em sua síntese um poliéster alifático (um tipo de polímero com cadeias abertas de moléculas) para acelerar o processo de degradação.

Então finalmente começaram a fazer aquilo que já cogitávamos há muito tempo atrás: acabar com o saco plástico comum e substituí-lo por sacos biodegradáveis, tendo que cobrar de clientes de lojas, mercados, supermercados.

Já que a campanha para que os usuários de supermercados e feiras levassem suas sacolas retornáveis, de tecido ou outro material não deu certo, não há outra solução: acabar com o saco comum e vender embalagens feitas com o uso da nova tecnologia, que se decompõe rapidamente na natureza.

Esperemos que a ideia se espalhe e todos os estados da federação a copiem.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A DECADÊNCIA DA CULTURA BRASILEIRA

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor - http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/

Então começou um novo Big Brother Brasil. Só o fato de haver uma nova edição dessa coisa sofrível que chamam de reality show, já é um retrocesso. São mais de dez edições, atestando que, realmente, uma boa parte dos brasileiros faz questão de se revelar um povo subdesenvolvido, praticamente sem cultura nenhuma, ao absorver um programa de tão baixa qualidade. Felizmente há quem saiba escolher e opte por um programa não tão ruim da televisão, ou pela leitura de um livro, um bom filme, boa música, uma boa peça de teatro.

Em outros países, a moda até passou, mas no Brasil, não. Há até quem assine um canal TV paga que mostra a “atividade” na casa vinte e quatro por dia. E são milhares de assinantes.

O tal Big Brother não tem nenhum ponto positivo e a cada edição fica pior. As piores qualidades dos participantes do “show” são valorizadas, para dar mais “ibope”. Vale tudo: baixaria, mau caráter de uns e outros, até sexo. Nesta última edição, no entanto, não foi apenas sexo: um dos moradores da casa teria estuprado uma moradora, embaixo do edredom. Virou escândalo nacional e acabou exacerbando a curiosidade e até daqueles que não viam o malfadado programa, estão dando uma “espiada”.

O brasileiro precisa analisar melhor o que anda consumindo, precisa escolher melhor o seu tipo de lazer. Há que saber escolher o que ver na TV, há que se ler um bom livro, de vez em quando, estudar mais, fazer cursos para se encaixar melhor no mercado de trabalho e melhorar a renda. Precisamos gerenciar melhor o nosso tempo. Precisamos elevar o nosso nível de cultura. E não venham, por favor, me dizer que “não podemos fazer tudo isso porque somos pobres”. Sempre podemos aprender mais.

Felizmente há quem abomine o tal BBB e esperamos que esta seja a última edição.

domingo, 15 de janeiro de 2012

MÚSICA SERTANEJA, A MÚSICA BRASILEIRA

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor - http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/

Eu já não sou mais jovem, então me lembro da época que música sertaneja era uma coisa de minoria, dizia-se que quem ouvia e gostava daquele tipo de música eram as pessoas que moravam no campo, nas zonas rurais das cidades. Isso lá pela década de sessenta, setenta, oitenta. E, cá pra nós, as gentes da cidade também gostavam, sim, da música sertaneja, que era chamada também de música caipira, só que compravam os discos e ouviam os programas de rádio escondidas, muitas não confessavam que ouviam.


Eu não gostava mesmo, assim como não gostava de música gauchesca. Nos anos noventa, no entanto, as coisas começaram a mudar, talvez até um pouquinho antes. As duplas sertanejas começaram a vender mais e mais discos, os shows deles começaram a ser apresentados em palcos e lugares antes reservados a música popular, rock, música jovem, etc. e eles começaram a aparecer também na televisão.

E a verdade é que começaram a fazer mais sucesso do que muito popstar, vendiam mais discos do que muito cantor e muita banda consagrados. Aliás, diga-se de passagem, eles já vendiam muito disco há três, quatro décadas. É que as estatísticas não incluíam esse gênero, que era considerado pra lá de brega.

Hoje, eles são grandes astros e a música sertaneja evoluiu para o sertanejo universitário e o sucesso é cada vez maior. Os cantores e duplas são fenômenos musicais, como Michel Telo e Luan Santana.

Os grandes hits musicais da atualidade são quase todos música sertaneja ou sertanejo universitário. As festas e bailes tocam o sertanejo universitário e todo mundo dança esse gênero. As academias de dança dão aula não só de música gauchesca, mas também e principalmente de sertanejo universitário.

Como eu falei lá no começo, eu não gostava nem de música sertaneja nem de música gauchesca. Pois agora gosto. Depois que fui aprender a dançar os ritmos da música gaúcha, porque em toda festa ou baile sempre toca o gênero, acabei gostando e também passei a gostar do sertanejo universitário. Não que eu já saiba dançar esta última, mas estou aprendendo.

O sertanejo universitário está fazendo sucesso até em outros países: a música de Michel Telo está sendo gravada em várias línguas, pelo mundo. Como é que nós, daqui, onde a música sertaneja é originária, não vamos gostar dela?

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A OBRA DE CASCAES

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


Andei procurando, por vários dias, em quase todas as livrarias da cidade, o livro “O Fantástico na Ilha de Santa Catarina”, de Franklin Cascaes. Em algumas delas me disseram que faz algum tempo que não têm nada do autor, que as edições de seus livros estão esgotadas.

Não desisti e continuei procurando, até que em uma delas me disseram que havia, ainda, um exemplar da segunda edição de “O Fantástico na Ilha de Santa Catarina”. Esperei quase meia hora pela procura, achei que iam chegar à conclusão que o estoque estava errada e ali também o livro estava esgotado. Mas finalmente encontraram e eu comprei o último exemplar. Fiquei feliz, pois foi minha filha que está morando em Lisboa, fazendo um mestrado, que pediu.

Como é que um autor, um artista da importância de Cascaes, que já esgotou várias edições de seus dois livros, não tem a sua obra em todas as livrarias da cidade? Um artista da terra, que deve ser valorizado, não pode deixar de estar nas prateleiras de toda e qualquer livraria da Ilha e da Grande Florianópolis.

Franklin Cascaes dedicou sua vida ao estudo da cultura açoriana na Ilha de Santa Catarina e região, incluindo aspectos folclóricos, culturais, suas lendas e superstições, registrando as histórias que ouvia do jeito que o ilhéu falava.

No ano de sua morte, 1983, um acervo chamado "Coleção Professora Elizabeth Pavan Cascaes" foi criado, com doações do próprio autor contendo suas obras artísticas. São aproximadamente 3.000 peças em cerâmica, madeira, cestaria e gesso; 400 gravuras em nanquim; 400 desenhos a lápis e grande conjunto de escritos que envolvem lendas, contos, crônicas e cartas, todos resultados do trabalho de 30 anos de Franklin Cascaes junto a população ilhoa coletando depoimentos, histórias e estórias místicas em torno das bruxas, herança cultural açoriana, que ficaram sob a guarda da Universidade Federal de Santa Catarina.

Tomara que novas edições dos livros de Cascaes sejam feitas, por um escritor e artista do seu quilate merece ter a sua obra disponível. O centenário do nascimento do artista já vai longe, ocorreu em 2008, mas temos que comemorar a sua obra sempre.

domingo, 1 de janeiro de 2012

ANO NOVO

Luiz Carlos Amorim

Bebo um gole de vida
e saio pelos caminhos,
faróis nos olhos,
canção nos lábios,
o futuro nas mãos
e sonhos no coração.
Planto sorrisos,
cultivo a paz
e lanço sementes
no chão de um ano novo
que acabou de nascer.
Aprendo poesia
e eternizo a essência
de um novo ser,
num tempo novo
onde a emoção me leva.
Construo uma nação
dentro do meu poema
e convido você
a morar nele...