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sábado, 31 de março de 2012

OS LIVROS E SEUS CONTEÚDOS

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/



Numa crônica sobre livrarias, há um tempo atrás, falando sobre a grande variedade de títulos publicados nos últimos anos, deixei para falar do conteúdo dos livros mais tarde, num texto especificamente sobre este assunto.

Um amigo escritor comentava comigo, outro dia, sobre a sua decepção com feiras, bienais e lançamentos: publica-se muito, mas a qualidade de grande parte dos livros é mínima. Divulga-se quantidades cada vez maiores de livros vendidos nos grandes eventos, mas a parcela maior dessas vendas é de livros infantis, vendidos a um, dois ou três reais, sem se levar em conta que muitos desses livros para crianças são aquelas fábulas tradicionais que já não exigem o pagamento ao autor (direitos autorais). Vende-se, também muitos livros dirigidos aos adolescentes, um grande filão com muitos autores escrevendo obras em série.

Outro tipo de livro que se vende muito em feiras e bienais são os esotéricos, de auto-ajuda e até os religiosos. Aliás, descobriu-se, há poucos anos, uma fórmula que é sucesso garantido: combinar fotos, de preferência de animais e crianças, com máximas, pensamentos, ditados populares e/ou citações. Os livros deste tipo vendem como água.

Livros literários parecem ser os que menos vendem. A não ser os de autores consagrados. E a oferta é grande. Há um sem número de livros de autores novos sendo lançados todos os anos e o gênero mais praticado é a poesia – que em sua maioria, é publicado através de edições do próprio autor. Em menor escala existem também o romance, a crônica, o conto, o ensaio. Mas o conteúdo dessas obras nem sempre valem o que se paga por elas. A poesia nem sempre é poesia – há casos em que é apenas prosa colocada em forma de verso – e ruim. Outras vezes há a pretensão de que para se fazer poesia deve-se usar a rima e aí o resultado é desastroso, pois a rima pobre, com um tema mal desenvolvido e um mau domínio da palavra não pode ajudar em nada, pelo contrário. Há, ainda, aqueles que acham que empregar palavras “difíceis”, substituir palavras comuns e inteligíveis por palavras fora de uso, resulta em maior qualidade do seu texto. Este ultimo caso existe tanto na poesia como na prosa, para desgraça dos leitores.

Em se falando do livro literário, o gênero mais popular, mais lido, é o romance, até porque tem mais representatividade, digamos que é tido como padrão, com autores consagrados que vendem pelo próprio nome. E também é um gênero que produz muitos títulos novos todo ano. Como as grandes editoras dificilmente publicam obras de escritores novos, muita coisa sai como edição do próprio autor. E aí reside um grande problema, que é a seleção, a avaliação apropriada para se saber se esta ou aquela obra está pronta para ser publicada, se vai agradar a um mínimo de leitores. Não que as editoras também não cometam erros, pois há livros com o selo de casas publicadoras conhecidas, que pecam por falta de qualidade no conteúdo e que ficam encalhados.

Quando se faz uma edição própria nem sempre o autor entrega os originais para um bom revisor, talvez por inexperiência ou até por segurança em excesso. E isto é fundamental. Também é preciso que os originais sejam lidos por pessoas habilitadas a dar opinião sobre a qualidade do texto, sobre o estilo, linguagem, enredo, se eles estão de acordo ou não.

Porque se não fizermos isso, corremos o risco de gastar dinheiro com a publicação de uma obra que não está madura o suficiente para ir a público. E é o que tem acontecido, e muito, não só nas edições próprias como também nas editoras ligadas ao poder público ou à política. Publica-se “obras” deste ou daquele figurão apenas para engordar currículo, gastando o dinheiro do contribuinte com coisas ruins.

Existem também obras de contos e crônicas de autores que talvez precisassem ler mais e praticar muito mais a sua escritura para selecionar textos que pudessem compor um livro. Sei bem como é porque já cometi este erro. Meu primeiro livro de contos eu nunca teria publicado, se tivesse esperado um pouquinho mais.

Mais do que nunca, temos que saber escolher o que ler. Infelizmente, só poderemos ter opinião formada sobre um livro depois de lê-lo.

quinta-feira, 29 de março de 2012

FLORIANÓPOLIS CONTINENTAL

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor e editor -



Assistindo a um programa em homenagem aos 286 anos de Florianópolis, completados no último dia 23 de março, vi um clipe com uma música em homenagem à cidade e me chamou a atenção um detalhe: toda a letra da referida música fala da Ilha, sempre fazendo crer que Florianópolis é apenas a ilha, quando isso não é verdade.

Isso vem reforçar a crença geral, errônea, de todos que não vivem na Grande Florianópolis, de que a capital catarinense é composta apenas da Ilha de Santa Catarina. E a parte do continente, onde ficam bairros importantes como Coqueiros, Itaguaçu, Estreito, Capoeiras, Balneário e outros?

Já comprovei inúmeras vezes – e fiz questão de esclarecer – esse fato, pois até na própria família da gente, quem não mora aqui acha que Florianópolis é apenas a Ilha de Santa Catarina. Viajo bastante para outros estados brasileiros e o consenso geral é de que Floripa é uma Ilha.

A música que homenageou a capital no seu aniversário é, sem dúvida, muito bonita, mas a sua letra deveria ajudar a esclarecer que Florianópolis não é só a Ilha de Santa Catarina, que uma parte da cidade fica no continente e não confirmar esse equívoco.

A mídia que divulga a capital catarinense fora daqui deveria frisar esse fato, para que as pessoas de qualquer parte do Brasil ou fora dele saibam que Florianópolis é, sim, a Ilha da Magia, mas tem também a sua parte continental, linda e próspera, com lindas praias – ainda que não próprias para banho - e bairros tradicionais e encantadores. Ainda que com problemas de segurança, igual a Ilha.

quarta-feira, 28 de março de 2012

A EDUCAÇÃO BRASILEIRA E O ENSINO MÉDIO

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


O Ministério da Educação homologou, no início deste ano, novas diretrizes curriculares para o ensino médio. São 23 artigos que ocupam 50 páginas, que “sugerem” às escolas que enquadrem seus currículos em quatro dimensões: trabalho, ciência, tecnologia e cultura, mas sem desobedecer a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, onde estão fixadas as disciplinas obrigatórias. Aí a coisa já fica um tanto quanto redundante: se as matérias obrigatórias têm de ser observadas, porque inventaram as tais dimensões? Essas matérias obrigatórias já deveriam estar enquadradas nessas quatro dimensões aventadas nas novas diretrizes.

Fui procurar na Lei de Diretrizes e bases da Educação, no site do MEC, a relação das tais disciplinas obrigatórias e não encontrei. Tive que juntar cacos lá e cá, mais as disciplinas mais recentes incluídas pelo Mec, como Sociologia, Filosofia e História Geral, para chegar às treze finais: as três já citadas, mais Língua Portuguesa, Língua Estrangeira, Literatura, Matemática, Física, Química, Biologia, História, Geografia, Educação Física.

As novas diretrizes querem deixar a escola mais atraente para os estudantes, com a ideia de inserir conteúdos relacionados às quatro dimensões inventadas. De novo: como inserir conteúdo se já existem as treze disciplinas obrigatórias? Será que o MEC quer que as escolas aumentem as disciplinas do currículo?

Seria absurdo, já que muitas escolas não conseguem dar nem todas aquelas disciplinas que são obrigatórias.

As “novas” diretrizes podem ser muito bonitinhas e ter boas intenções, mas é só palavreado, infelizmente não vai melhorar em nada o ensino médio que, como os outros, fundamental e superior, estão cada vez piores no Brasil.

A educação brasileira precisa de mais atenção, de mais planejamento, de estrutura, de renovação. Sem o que a falência para a qual ela está sendo encaminhada, não é de hoje, é inevitável.

domingo, 25 de março de 2012

AMIGO

Por Luiz Carlos Amorim - Escritor - http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/



Recebi uma apresentação sobre a Semana do Amigo, que não é agora, mas me fez lembrar de uma mensagem da minha amiga Fátima, onde ela diz, em um poema, que amigo é um lugar. E eu concordo com ela. Amigo não é aquela pessoa que a gente procura, quando está triste, quando tem alguma coisa para desabafar, quando precisa conversar, quando a gente quer, simplesmente, saber que está amparado? É isso mesmo, amigo é lugar seguro, é área de segurança.

Então acho que ela foi muito feliz em definir amizade de uma maneira tão original. É bom pensar que quando vamos visitar um amigo, estamos indo, na verdade, para um lugar particular, privado, onde as paredes se abrem em paisagens de natureza pródiga, com cheiros agradáveis de flores e frutos, sons de pássaros cantando e marulhar de água e compreensão e carinho no ar.

E é um lugar onde a gente pode ir a qualquer hora, que sempre seremos bem recebidos, sempre haverá um cantinho para nós. Um lugar que nos envolve, que nos recebe de braços abertos e disposição para ouvir, um lugar que consegue, sempre, arrancar de nós um sorriso. Um lugar que, às vezes, se resume ao som de uma voz ou uma palavra escrita. Um lugar etéreo, mas bem sólido no coração da gente. Um lugar que pode ser apenas um sorriso impresso no papel e que, mesmo assim, consegue fazer com que nos sintamos em casa.

Um amigo é vários lugares. Um amigo são todos os lugares. E ter um lugar para aonde ir, sempre, é tudo.

sábado, 24 de março de 2012

A INDÚSTRIA DA EXPLORAÇÃO DA FÉ

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


Dois assuntos eu não gosto de abordar, política e religião. Mas há ocasiões em que somos obrigados a falar sobre os referidos, pois fazemos parte do contexto em que eles estão inseridos; queiramos ou não, eles nos dizem respeito.

Então enveredamos por discussão sobre religião, em família. E aí a coisa pega, pois sou muito cético em relação ao assunto. Para mim, fé é uma coisa e religião é outra. Acho crime o que fazem certos “bispos” e “pastores” de tantas novas igrejas que usam o nome de Deus para conseguir dinheiro dos pobres fiéis. E quando digo pobres, quero dizer pobres, mesmo, nos dois sentidos: pobres porque são enganados, aliciados e saqueados e pobres porque têm poucas posses, a maioria deles.

E as igrejas proliferam, porque no Brasil essa é uma modalidade de “empresa” ou “entidade” que não paga nenhum imposto. Então os “religiosos” alugam um espaço físico, fundam uma igreja e atraem os “féis”, com a promessa, por exemplo, de livrá-los do inferno, se doarem certa quantia à casa de Deus, que eles representam. E com esse dinheiro que pedem aos “fiéis”, pagam o aluguel, pagam os pastores e “funcionários” da igreja e ficam ricos, constroem impérios.

Não seria tempo de nossos governantes, o poder legislativo, quem sabe, rever essa lei que isenta as igrejas de qualquer ônus, de qualquer imposto, para acabar com essa coisa de pedirem o pouco dinheiro que as pessoas ganham com sacrifício em troca de promessas formuladas em nome de Deus, em tom de coação, pois ameaçar que alguém vai pro inferno se não colaborar, que não vai conseguir sucesso na vida, se não colaborar, é enganar as pessoas.

Está na hora de mudar esse estado de coisas. Isso é usar o nome de Deus em vão, é usar a fé em Deus dos nossos semelhantes para conseguir benefício próprio, usando o princípio do dízimo, que é mencionado na Bíblia. Não pode haver lei que proteja isso.

Volta e meia um escândalo de “dono” de alguma igreja vem à tona, mostrando que o “bispo” ou seja lá que outro nome se dão, enriqueceu com o dinheiro “arrecadado” pela sua igreja, transformando-se em proprietário de mansões, grandes e valiosas fazendas, impérios empresariais, etc. Não foram nem um e nem dois, vários destes “senhores” já foram denunciados, mas nunca nenhum foi preso. Nem devolveu o dinheiro “doado” por seus “fiéis”.

Seria engraçado se não fosse trágico – e irônico – o fato de a denúncia mais recente partir da rede de televisão pertencente a uma igreja cujo dono já foi alvo das mesmas denúncias que vem fazendo de um outro dono de igreja.

Será que não pesa na consciência desses senhores usar o nome de Deus para arrancar dinheiro de quem tem quase nada? Parece que não. E a lei, ou quem faz as leis, nossos digníssimos representantes, e a justiça, falida, não fazem nada para acabar com esse estado de coisas.

quinta-feira, 22 de março de 2012

A NONA FEIRA DO LIVRO DE JOINVILLE

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


A nova edição da Feira do Livro de Joinville já está programada e acontecerá de 12 a 22 de abril, no Expocentro Edmundo Doubrava. Essa é a nona edição e será, provavelmente, a maior feira do gênero realizada no Estado.

O tema da feira e Cultura e Educação e não será focada apenas no livro, mas na Educação. Grandes nomes já estão confirmados, como Martinho da Vila, Affonso Romano de Sant´Anna, Ana Maria Machado – presidente da Academia Brasileira de Letras, Fernando Moraes e os atores Marcos Palmeira e Eliane Giardini, entre outros.

Nenhuma feira do livro realizada aqui no Estado teve a participação de um número tão expressivo de convidados tão importantes em suas áreas de atuação: literatura, jornalismo, música, cinema, teatro, etc.

Em Florianópolis, por exemplo, não se fala nada da Feira do Livro de Florianópolis, que é realizada todo início de ano, em abril ou maio.Infelizmente a feira transformou-se, nos últimos anos, em mero comércio de livros, sem a presença de, pelo menos, algum grande nome da literatura brasileira. Falta, talvez, mais participação do Estado, valorizando a cultura.

quarta-feira, 21 de março de 2012

TODO DIA É DIA DA ÁGUA

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


O Dia da Água, 22 de março, é uma data especial para refletirmos sobre o futuro e a importância dessa substância vital, indispensável para que possamos continuar existindo.

E é urgente que pensemos sobre o assunto, é preciso agir no sentido de preservar esse tesouro inestimável que está se esvaindo, porque não cuidamos de nossos rios, de nossa água doce. O ser humano polui cada vez mais o meio ambiente, envenena seus rios, seca seus mananciais por não tratar convenientemente as matas à beira dos cursos dágua, por não praticar a agricultura racionalmente, usando agrotóxicos demais e provocando o assoreamento da terra, por não proteger as nascentes.

Então o Dia da Água serve para chamar a nossa atenção sobre esse grande problema que precisa ser pensado agora, imediatamente, pois já há previsões de que em poucos anos algumas de nossas cidades não terão mais água doce suficiente para distribuição à população. E não podemos discutir esse assunto só no Dia da Água, há que reflitamos sobre ele todos os dias, para encontrar soluções e prevenir um futuro que pode ser terrível se não tomarmos providências. Há necessidade premente de mais investimentos na captação, tratamento e distribuição de água em quase todas as cidades, sob pena de termos colapso no fornecimento em poucos anos.

Precisamos ter muito mais cuidado com nossos rios, começando por uma coisa bem simples, que é não jogar lixo de qualquer espécie neles nem em qualquer outro lugar que não seja destinado especificamente ao lixo. Tudo o que jogamos em local não apropriado acaba indo parar nos rios.

De maneira que depende de todos nós que a água potável, condição sine qua non para que o ser humano continue habitando esse planeta, não desapareça da face da Terra. Nós, humanos, temos que trabalhar para que esse líquido precioso não acabe, acabando também com a nossa espécie.

Que não lembremos de tudo isso apenas no Dia da Água. Temos que pensar nisso todos os dias. A água é a nossa condição maior de sobrevivência, condição única de existência para nossos filhos e netos. A natureza já se volta, indignada, contra o descaso do ser humano com relação a ela, com a falta de cuidado com o lugar onde ele vive. Está ficando muito tarde, precisamos tomar atitudes em favor da água, em favor da vida. Haverá tempo?

terça-feira, 20 de março de 2012

DIA MUNDIAL DA POESIA

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://prosapoesiaecia.xpg.com.br/



O dia 21 de março é o Dia Internacional da Poesia. E há que se comemorar produzindo e lendo versos, pois o mundo atual, tão corrido e tão violento, precisa da sensibilidade e do lirismo da poesia. O ser humano precisa cultivar a poesia, para não se deixar endurecer mais ainda, para não deixar de ser gente.

O Grupo Literário A ILHA existe há trinta e um anos com o objetivo principal de divulgar a literatura, principalmente a poesia, talvez o gênero mais produzido atualmente e, paradoxalmente, o que menos vende, espero que não o menos lido. Através de meios como a publicação da revista Suplemento literário A ILHA, também prestes a completar o seu trigésimo segundo ano de circulação, do Varal da Poesia, depois Poesia no Shopping, do Recital de Poemas, do portal Prosa, Poesia & Cia, na internet (www.prosapoesiaecia.xpg.com.br), do Projeto Pacote de Poesia, do Projeto Poesia na Escola, do Projeto Poesia Carimbada, do Projeto O Som da Poesia e da publicação de livros e antologias, através das Edições A ILHA, o grupo chega ao leitor ao longo de todos esses trinta e um anos, levando a obra poética de poetas já conhecidos e de novos autores.

Ao contrário do que alguns pensam, a poesia é necessária. Como deixar fluir a alma através das pontas dos dedos, a não ser pela criação de um poema? A poesia é sentimento, é emoção, é alma, é coração. Como sermos humanos sem tudo isso? É a poesia que traduz tudo isso.

A poesia é mágica, como já disse Quintana – e quem mais poderia dizê-lo? – como neste poema que toma a liberdade de transcrever:

Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês. Quando fechas o livro, eles alçam voo como de um alçapão.Eles não têm pouso nem porto; alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias, no maravilhado espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti...”

Que mais posso eu dizer? E viva a poesia mundial, e viva Quintana, e viva nós, poetas.

segunda-feira, 19 de março de 2012

OUTONO



Por Luiz Carlos Amorim – Escritor e editor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


E chega o outono. Gosto do verão, mas esse último foi muito quente – quente demais – e continua quente, mesmo com a mudança de estação. E a seca espalhou-se pelo nosso Estado, sem que haja sinal de chuva. Em verões passados, tivemos enchentes, tivemos grandes tragédias por causa da chuva excessiva. Neste último, faltou chuva e a seca foi tomando conta de tudo, ameaçando até o litoral.

Finalmente chega o outono e a esperança é de que o tempo mude, que chova um pouco mais, afinal estamos entrando na meia-estação. Se Deus quiser, poderemos nos vestir melhor, poderemos fazer atividades várias sem suar em bicas, sem precisar estar ligando ventiladores, condicionadores de ar, etc.

As árvores, algumas delas, começarão a perder as folhas, a paisagem não será tão bonita como na primavera, mas em alguns lugares, pelo menos aqui pelo sul, temos plátanos, e eles ficam lindos nessa época. Temos, também, a quaresmeira, o jacatirão da época da Páscoa, que começa a sua florescência e deixa as matas coloridas e festivas, como se fora primavera.

E em junho, no final da estação, começa a florescer o jacatirão de inverno ou manacá-da-serra, as paineiras, as azaléias e por aí afora. E dá-se a passagem do outono para o inverno da maneira mais bela possível.

Então, seja bem-vindo, outono, com temperaturas mais aconchegantes, com menos seca e com um pouquinho mais de chuva, com clima bom para aproximar mais as pessoas. Noites mais frescas, boas para reuniões para degustação de bons pratos, boas bebidas, bons vinhos.

Tempo de mais abraços, mais carinhos, mais amores.

sábado, 17 de março de 2012

A VELHA E SOLITÁRIA PONTE HERCÍLIO LUZ

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://luizcarlosamorim.blogspot.com/


No início de março, a ponte Fort Steuben, irmã gêmea da nossa Hercílio Luz, foi demolida, em Ohio, nos Estados Unidos. A nossa Hercílio Luz, aqui em Florianópolis, é apenas dois anos mais velha que a que foi explodida, mas é maior, tem 819 metros de extensão, contra 483 da americana. E é a única do tipo em pé.

A verdade é que a ponte Fort Steuben teve vida útil bem maior, pois foi interditada há apenas 3 anos, enquanto que a Hercílio Luz está interditada há 30 anos. Nesse tempo todo, ela está sendo “recuperada” e muito, muito dinheiro já foi gasto, embora a situação dela só se agrave mais a cada ano.

Fala-se muito, mas faz-se muito pouco pela Hercílio Luz. Para onde vai o dinheiro destinado a sua recuperação? As obras se arrastam e entra ano, sai ano, a nossa ponte continua lá, agonizando, sem que tenham resolvido os problemas para que ela volte a ser usada, apesar dos recursos que lhe são destinados.

Cá pra nós, o que não há é muito interesse em que ela fique pronta, regenerada, pois há muito tempo ela é a “galinha dos ovos de ouro” de quem não quer vê-la recuperada. Quem mata a galinha dos ovos de ouro?

Com o trânsito caótico na capital, com o aumento assustador do número de veículos nas ruas, as duas pontes existentes estão sobrecarregadas. Aliás, não é de hoje. Então é urgente a necessidade de construção de uma nova ponte ligando a ilha ao continente. O projeto já existe, já acabaram com a fase de divagações sobre como ela seria e onde seria construída – as opções eram várias, havia ideias fora da realidade – já está decidido que será ao lado da Hercílio Luz onde não há, ainda, nenhuma nova ponte. Ela ligará a Beiramar da Ilha a Beiramar do continente, mas agora é preciso juntar a grana, que não é pouca.

De maneira que, mais uma vez, as obras da Hercílio Luz se arrastariam, bem mais devagar, pois agora há que se conseguir recursos, também e principalmente, para a nova ponte. No último dia 15 deste mês de março, a Comissão Nacional de Incentivo à Cultura aprovou a captação, através da Lei Rouanet, de 64 milhões de reais, dos mais de duzentos que serão necessários para recuperar a ponte. A diferença é grande, a verba total é gigantesca. Falta saber de onde vai sair a diferença. Será que desta vez a reforma será concluída?

A verdade é que, mesmo que recuperem a nossa velha ponte, o fluxo que ela suportaria não resolveria nem uma pequena parte do problema de mobilidade que a Grande Florianópolis enfrenta.

É certo que a Ponte Hercílio Luz é um dos nossos cartões postais. Mas vale a pena continuar insistindo em recuperá-la, se todo o tempo e, principalmente, todo o dinheiro que foi gasto até agora com ela não resultou em nenhuma melhora? Quanto mais se gasta, mais grave fica a situação. Ela está abandonada, na verdade, apesar de ter sido tombada como patrimônio histórico e artístico do país. Pra que mandar mais dinheiro do povo por água abaixo, ou por esse buraco negro debaixo da ponte? Por que deixá-la ser usada para consecução de recursos que não revertem em prol dela mesma? Ela não merece isso. Ninguém merece isso. Esperemos que isso mude e as obras as quais ela necessita sejam finalmente concluídas. Já á mais do que tempo.

sexta-feira, 16 de março de 2012

A ESCOLA PÚBLICA E O HORÁRIO INTEGRAL EM SC

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor e editor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


O governo do Estado vem divulgando na mídia que está implantando, a partir deste ano, o período integral para os estudantes da escola pública. Isto significa que as crianças ficariam na escola o dia todo: teriam um período de aula e outro de atividades, recreação e ajuda nos deveres de casa.

É muito interessante a possibilidade de haver período integral para estudantes de famílias de baixa renda, cujos pais trabalham e nem sempre podem estar com os filhos, em casa, num dos períodos do dia. Sem contar que, com mais tempo passado na escola, o aproveitamento poderia ser bem maior para os estudantes, além de poderem estar num ambiente seguro.

Então, seria muito bem vindo o horário integral. Mas se o Estado não dá conta do horário normal, de meio período, com escolas desativas por falta de manutenção, por falta de equipamentos e até de professores, como é que poderá manter o horário integral? Não há escolas suficientes para o horário de meio período, algumas estão caindo aos pedaços ou em reforma, obrigando a criação de um turno intermediário, em determinados casos.

Como querer implantar período integral, se não há estrutura para isso? Haverá necessidade de mais professores. Pagar o piso salarial determinado em lei já é um problema para o Estado, todo ano os professores são obrigados a entrar em greve para fazer cumprir o que é obrigação do poder público. Como aumentar o contingente de professores, se esses que aí estão tem que parar para que o Estado pague o que é devido?

Que venha o horário integral, que é necessário. Mas antes há que haver estrutura, primeiro o ensino público tem que funcionar direito no horário tradicional, para depois, então, aumentar a estrutura para estender o horário.

quinta-feira, 15 de março de 2012

O PONTAPÉ NO TRASEIRO

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor e editor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br


E o secretário geral da Fifa, Jérome Valcke, foi desculpado pelo governo brasileiro, depois de ter dito que o Brasil merecia um pontapé no traseiro pelo atraso na preparação da copa do Mundo em 2014.

Tudo bem que o Brasil sempre quis que a Copa do Mundo fosse realizada aqui, mas as exigências da dona Fifa são muitas, inclusive indo contra princípios e costumes brasileiros. Na verdade, o que acontece é que o país entrega tudo pronto para a Fifa realizar os jogos, ela arrecada a grana e vai embora. Não sei até que ponto o evento pode fazer bem para o Brasil, pois o governo está gastando dinheiro público para construir estádios, quando deveria estar gastando esse mesmo dinheiro para melhorar a nossa saúde pública, a educação, a segurança e a infraestrutura, que estão precaríssimas. Aliás, de que adiantará estádios novos, se não temos mobilidade em nossas cidades, não temos segurança, não temos hospitais suficientes e com pessoal apropriado para trabalhar na saúde, que está falida?

A Fifa até tem razão de reclamar, porque realmente os preparativos estão atrasados, mas o tom não deveria ser o que foi, deselegante e ofensivo a todos os brasileiros.

A briga quando à aprovação de itens da “lei da Fifa” se deve, também, a estrelismos do ex-presidente Lula, de triste lembrança, que foi à Fifa pedir que a Copa fosse realizada aqui e para que isso acontecesse, prometeu mundos e fundos, inclusive assinando compromissos do país por escrito, preto no branco, sem analisar, sem pesar se eram razoáveis, possíveis ou não.

Não sei no que isso tudo vai dar. É esperar para ver.

quarta-feira, 14 de março de 2012

O SUCESSO DA NOVA ESCRITORA



 



Por Luiz Carlos Amorim - Escritor e editor - http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


A noite de autógrafos da escritora Karina Alves Ribeiro, na Livraria Catarinense do Beiramar Shopping, ontem, foi um sucesso. O romance lançado, “No outro lado do mar”, como o próprio nome já diz, tem como personagem principal o mar e atraiu um público afim e muito especial, os oficiais da Marinha da capital.


Aliás, um público leitor simpático, educado e inteligente, vale frisar, gente com quem dá prazer de conversar, independentemente de patentes.

Uma vitória da escritora, que no primeiro lançamento do seu primeiro livro, lotou as instalações da Livraria Catarinense.

Infelizmente, não dá pra não deixar de registrar que apesar de terem sido convidados muitos dos escritores da grande Florianópolis, nenhum compareceu. Alguns deles, que costumam prestigiar eventos de seus pares, não puderam comparecer por outros compromissos no mesmo horário ou por estarem doentes. Aliás, compareceram dois: eu e um oficial da Marinha que é acadêmico da Academia de Letras do Brasil.

Os convidados que compareceram eram todos leitores e isso é muito bom.



DIA NACIONAL DA POESIA


Hoje é o Dia Nacional da Poesia. No Brasil o dia da poesia é hoje, porque é o dia do aniversário de Castro Alves, um dos grandes poetas brasileiros. O Dia Internacional (ou Mundial) da Poesia, no entanto, é comemorado no dia 21 de março, por iniciativa da Unesco.


Então, vamos comemorar. Poesia é a língua universal do ser humano. Poesia é a linguagem do sentimento, da emoção. Minha homenagem, hoje, a todos os meus amigos poetas e minhas amigas poetisas, que são muitos, aos meus grandes poetas, como Quintana, Pessoa, Coralina e tantos outros grandes poetas de todo o mundo.


SOU


 (Luiz Carlos Amorim)


Sou assim inquieto,


irrequieto, indócil,


romântico, atrapalhado,


simples tal qual criança.


Sou um aprendiz da vida,


do amor e da esperança.


Saudade é dever de casa...


Sou qual garoto precoce,


com pressa em ser gente grande;


sou qual adulto, crescido,


desejando ser criança.


Sou poeta, amante, amado,


sou mais que eu, simplesmente;


sou tantas vidas a um tempo,


dentro e fora de mim,


que me divido em mais eus.


Sou pequenino, sozinho,


mas sou grande,


muito grande,


com alguém


a me esperar...




terça-feira, 13 de março de 2012

NOITE DE AUTÓGRAFOS NA LIVRARIA CATARINENSE DO BEIRAMAR SHOPPING

  
                Por Luiz Carlos Amorim - Ecritor

Hoje, as 19h30min, na Livraria Catarinense do Beiramar Shopping, acontecerá a noite de autógrafos da escritora Karine Alves Ribeiro. Ela estará lançando seu romance “No outro Lado do Mar”, uma história que se desenrola entre os mares bravios da Noruega e o litoral de Santa Catarina.


Uma boa história, bem contada, bem urdida. Imaginação a serviço da criatividade, como deve ser, mesclando cenários verdadeiros e os sentimentos humanos mais autênticos.

Eu diria que é um romance romântico e de aventura, mas não gosto de rotular assim uma obra que deve ser lida por todos nós, que gostamos da boa leitura e não é só isso que a literatura de Karine nos dá. Mas é romântico, porque trata de relacionamento de pais e filhos, de um homem e de uma mulher atraídos de pontos distintos e longínquos do globo terrestre, de família, de relação de amizade e de trabalho. E de aventura, porque a autora narra com muita propriedade caças a baleias, nos mares da Noruega, enfrentamento de grandes tempestades em alto mar, ataques piratas, etc.

Com uma linguagem fluida e objetiva, sem rebuscamentos inúteis, ela nos conduz pelos cenários da Noruega e de Santa Catarina, onde circulam os personagens principais da sua obra, com seus dramas pessoais, seus fracassos e vitórias, seus erros e acertos. Além de nos brindar com um bom enredo e personagens interessantes, Karine ainda divulga as belezas da costa catarinense.
Se você é amante da boa literatura, não pode perder. Dê uma passada, esta noite, na Livraria Catarinense do Beiramar Shopping.

segunda-feira, 12 de março de 2012

A NOVA LEI DE DIREITOS AUTORAIS E O LIVRO

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


E o impasse continua. A nova lei de Direitos Autorais, projeto do Ministério da Cultura que vem se arrastando há anos, volta à baila, agora não mais se atendo à música, como aconteceu há até bem pouco tempo, mas focando a literatura.


A legislação vigente é de 1998 e protege os textos de obras literárias, científicas, conferências, sermões, ilustrações, cartas geográficas, músicas, desenhos, pinturas, esculturas e arte cinética. Não é possível fazer cópias de livros inteiros, apenas capítulos ou páginas, o que não é respeitado, evidentemente, porque os livros que os universitários precisam são muito caros, por exemplo.

A nova proposta da lei de Direitos Autorais, elaborada pelo MinC, já foi disponibilizada à consulta pública, mas está encalhada no Congresso, que precisa aprová-la para passar a valer. Esta nova versão da lei prevê a possibilidade de cópia do livro na íntegra, para “uso privado”, ou seja, a duplicação de uma obra para estudo será legal.

A pirataria não chegou aos livros, ainda, aqui no Brasil, mas a lei pode provocar a sua aparição, temem editores e livreiros. É bem verdade que os livros, por aqui, são muito caros, que nem todo estudante pode comprá-los, mas a pirataria de obras literárias não seria nada bom para os autores brasileiros, que já ganham parcos 10 por cento pelo seu trabalho.

Pirataria de livros, para quem não sabe, é a produção de livros – impressão em fac-simile, digamos assim – para ser vendida como se vende os DVDs de filmes, exemplo. Em outros países isso já existe.

Então finalmente o foco recaiu sobre os livros, mas não há muita esperança de que o estado de coisas atuais mude alguma coisa. A verdade é que a versão digital dos livros – e-books, textos jornalísticos, etc – não foi contemplada na nova lei.

E o livro digital é uma realidade, queiramos ou não. O livro impresso, como conhecemos até agora vai continuar, ainda, por muito tempo, mas o livro eletrônico está conquistando espaço. De maneira que deveria ser contemplado, também, nessa nova Lei de Direitos Autorais, tão polêmica e tão inócua, antes mesmo de começar a valer.

sábado, 10 de março de 2012

MAIS LIVROS PARA DEFICIENTES VISUAIS

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


Numa iniciativa pioneira, aqui em Santa Catarina, uma editora de Blumenau publicou uma antologia com contos de autores da terra, com uma característica singular e muito importante ao mesmo tempo: o livro está em braile. É um livro para deficientes visuais, coisa que poucas de nossas bibliotecas têm para oferecer a um público tão carente de opções de leitura.


Lembrei disso, porque acabo de ver uma notícia na televisão que me dá conta de que a Fundação Dorina Nowil para Cegos, com sede sem São Paulo, distribuirá, gratuitamente, até o fim deste mês de março, trinta e cinco mil livros em braile para bibliotecas públicas e associações de assistência a deficientes visuais. São dez títulos diferentes, mas não trazem apenas os textos impressos em braile, eles têm um diferencial bastante atrativo: eles trazem ilustrações que podem ser “vistas” pelos leitores cegos, pois vêm com descrição também em braile.

Não é interessante? As crianças vão ler o livro e poderão “ver” as ilustrações. É um avanço, para nós, brasileiros, pois até aqui, apenas nove por cento das nossas bibliotecas tinham, em seu acervo, livros para cegos. As bibliotecas públicas e de associações receberão, cada uma, sete livros dos dez publicados, o que já é uma grande coisa, pois todas deverão ter esses livros e as crianças e deficientes visuais de qualquer ponto do país poderão ler as obras.

A Fundação Dorina Nowil tem a maior gráfica para deficientes visuais da América e, segundo a matéria que foi ao ar, os livros serão distribuídos de graça. Iniciativa que merece todo o nosso respeito e consideração, o nosso aplauso, pois mostra que é possível fazer alguma coisa pela educação no Brasil, tão relegada ao esquecimento, à falência, mesmo, nos últimos tempos. É possível fazer alguma coisa para oferecer cultura ao deficiente visual. Isso é inclusão social.

Fui saber mais sobre o trabalho fantástico da Fundação, fui procurar saber como alguém pode fazer um trabalho tão importante e oferecê-lo graciosamente ao consumidor final, e olhem o que descobri: “Organização sem fins lucrativos e de caráter filantrópico, ao longo de 66 anos a Fundação Dorina Nowill para Cegos produziu mais de seis mil títulos e dois milhões de volumes impressos em braille. A instituição produziu ainda mais de 1.600 obras em áudio e cerca de outros 900 títulos digitais acessíveis. Além disto, mais de 17.000 pessoas foram atendidas nos serviços de clínica de visão subnormal, reabilitação e educação especial.” Vida longa para a Fundação. E um bom futuro com leitura para os deficientes visuais de todo o Brasil.

quinta-feira, 8 de março de 2012

CAMARÃO BARATO?

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


Tenho visto matérias na televisão e nos jornais sobre a boa safra de camarões no Rio Grande do Sul, que baixou o preço do crustáceo por aqui. É possível encontrar-se o quilo por até 8 reais. É claro que o camarão de oito reais é pequeno, pois o preço é baseado no tamanho deles. Então a reclamação recorrente de que compra-se um tamanho, mas quando levamos para casa vemos que há muito camarão pequeno misturado. Isso já é um problema.

Mas um problema maior, que ninguém está denunciando, é que além da mistura de camarões pequenos, está sendo misturado camarão velho, alguns até estragados, junto ao camarão bom. Eu já comprei camarão no mercado uma meia dúzia de vezes, depois que começaram a vender também o camarão do Rio Grande, e houve uma única vez que não havia camarões velhos e estragados misturados.

O Procon deveria verificar isso também, pois é um caso grave. Alguém pode ficar doente por causa disso. A Vigilância Sanitária não passa no mercado para fiscalizar, para verificar se não estão vendendo produto estragado?

Está na hora de alguém tomar alguma providência.

quarta-feira, 7 de março de 2012

SALÃO DO LIVRO DE GENEBRA

O Salão Internacional do Livro de Gennebra 2012 é o autêntico encontro entre editores, autores, promotores, distribuidores, mídias e outros atores do mundo literário e da cultura. São aproximadamente 100.000 visitantes ao evento. O Salão do Livro de Genebra é um local onde visitantes de todas as idades e profissionais se encontram durante cinco dias para compartilhar e trocar ideias em torno de uma mesma paixão: a cultura através da leitura e os encontros com mais de 500 autores presentes.

Visitantes de toda a Europa afluem para o Salão do Livro de Genebra. A Livraria Varal do Brasil, sediada também em Genebra, estará presente com um stand onde estaráapresentando a literatura brasileira e de língua portuguesa em geral, com os autores conquistando uma janela de visibilidade muito expressiva num dos mais renomados eventos literários da Europa.

O editor do Suplemento Literário AILHA faz parte do catálogo da Livraria Varal do Brasi, que estará impresso em francês, e seu livro “Nação Poesia” estará disponível no evento. O salão acontece de 25 a 29 de abril.

terça-feira, 6 de março de 2012

RECONHECIMENTO

Por Luiz Carlos Amorim - Escritor - http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/

Chegamos à edição número 120 do Suplemento Literário A ILHA. São quase trinta e dois anos de publicação da revista do Grupo Literário A ILHA, divulgando a nova literatura que vem sendo produzida nas últimas décadas.
O trabalho de tantos anos do grupo, lançando novos escritores e fazendo a difusão da nossa literatura por todo o país e pelo mundo, por todos esses anos, finalmente está recebendo reconhecimento no nosso Estado, coisa que sempre recebeu de outros pontos do país e até do exterior. Isso é muito gratificante.

Os integrantes do Grupo Literário A ILHA têm se destacado no cenário das letras de nosso Estado Catarina, também. Primeiro foi Harry Wiese, que teve seu livro "A Sétima Caverna" premiado pela Academia Catarinense de Letras na categoria romance, em 2009. Este editor foi eleito Personalidade Literária de 2011 pela Academia Catarinense de Letras e Artes em 2011. A escolha deveu-se ao lançamento da segunda edição da antologia poética "Nação Poesia" e pelo trabalho junto ao Grupo A ILHA.

E o livro de contos de Jacqueline Aisenman foi premiado pela Academia Catarinense de Letras, em 2011, como o livro do ano, na categoria conto.

O Grupo também foi homenageado na 2ª Noite Poética de São José, pelas Associações e Academias de Letras da Grande Fpolis, em dezembro.

domingo, 4 de março de 2012

FEMUSC, DE JARAGUÁ DO SUL PARA O BRASIL

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor - http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/



Começou a ser exibido, finalmente, no primeiro final de semana de março, na TV Senado, o FEMUSC – Festival de Música de Santa Catarina. Uma equipe daquela emissora esteve em Jaraguá do Sul e em outras cidades do norte do Estado onde o evento acontecia, em fins de janeiro e começo de fevereiro, e fizeram uma completa cobertura, que agora começa a ir pro ar. Aliás, esse é um detalhe, de somenos, talvez, mas que pode confundir quem não é do norte catarinense : o apresentador não mencionou que o festival é apresentado não só em Jaraguá, a sede dele – mas também em várias outras cidades, como Blumenau, Joinville, Guaramirim, Corupá, São Bento do Sul, etc.

Afinal, a TV Senado cobre todo o país, via TV paga. Mencionei que pode confundir o espectador, porque no primeiro programa, o apresentador falou sobre o festival e o localizou em Jaraguá do Sul, mas as peças apresentadas foram gravadas em Joinville e no vídeo aparecia essa informação: Teatro Juarez Machado, Joinville, SC.

A verdade é que é muito bom poder ver e ouvir de novo quase tudo o que foi executado na sétima edição do Femusc. Gente como eu, que aprecia imensamente a música clássica, pode ver novamente todos os concertos apresentados por grupos de músicos formados por professores e alunos de vários pontos do Brasil e de vários outros países. Como eu já disse em outra oportunidade, é um privilégio poder ouvir aqueles grupos, pois são formações únicas, que não se repetirão, no futuro, muito provavelmente, pois elas reúnem músicos oriundos de lugares bem distantes.

Mas o mais importante é que o Festival de Música de Santa Catarina, colocado no ar pela TV Senado pode, dessa maneira, ser visto por amantes da boa música em todo o país.

O FEMUSC é um festival escola, e são os músicos que vem de vários estados e países para fazer música aqui, não são os ouvintes que se deslocam para cá. Eu, que vou daqui de Florianópolis para Jaraguá para usufruir desses dias maravilhosos de música erudita, sou um dos poucos espectadores de fora, sou um caso à parte.

Cá pra nós, tenho um pouco de inveja das populações do norte catarinense, que tem, em qualquer das cidades contempladas com o festival, um teatro perto de casa com concertos gratuitos da mais bela música.

O programa da TV Senado que está apresentando o Femusc é Conversa de Músico. Amantes da boa música, sirvam-se.

sexta-feira, 2 de março de 2012

COLETA SELETIVA EM SÃO JOSÉ

Por Luiz Carlos Amorim - Escritor - http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/

Uma matéria no Jornal do almoço, sobre reciclagem de lixo, chamou-me a atenção, ontem, dia primeiro de março. Reciclagem de lixo é uma coisa muito é uma coisa muito boa para todos nós, para a sobrevivência do nosso planeta. Tudo o que for feito neste sentido deve ser apoiado, copiado, festejado.

Mas a Associação Comunitária Aparecida de Reciclagem de Lixo de São José, que faz a reciclagem de todo o lixo seletivo coletado pela Prefeitura Municipal, está praticamente sem trabalho, porque o material que está vindo não é lixo que é separado que deveria vir – plástico, papel, vidro, etc. A usina de reciclagem está literalmente entupida, coberta de lixo comum, lixo doméstico: restos de comida, papel higiênico, fraldas, etc, etc.

O objetivo da matéria era conscientizar a população de que o lixo para o caminhão de lixo seletivo deve ser separado, não deve ser entregue para o coletor de lixo reciclável qualquer lixo.

Eu concordo. Mas acontece que o caminhão do lixo reciclável tem mudado o dia da coleta, não tem horário, passa a qualquer hora do dia. Atualmente, está passando, na minha rua, às sextas, de dia. O caminhão de lixo comum, no entanto, também passa na sexta, de madrugada. Então as pessoas que saem para trabalhar já colocam para fora o lixo comum cedo, a qualquer hora do dia, e parece que o caminhão do reciclável passa e vai pegando tudo. Será que não dá pra ver a diferença de um saco de lixo reciclável e um de lixo comum? Até pelo peso da pra ver isso. Mas o caminhão passa e leva tudo, então a usina de reciclagem está cheia, lotada, mas de lixo comum, que não serve para os trabalhadores da Associação trabalharem.

Hoje, sexta, por exemplo, aconteceu o contrário: o caminhão do lixo reciclável não passou, os sacos de lixo seletivo ficaram na calçada e quando o caminhão do lixo comum passou, logo após a meia-moite, levou tudo, lixo comum e reciclável.

De maneira que acho que o alerta é tanto para o público, que deve separar seu lixo e evitar colocar para fora lixo comum durante o dia, nos dias de coleta de lixo reciclável, e para os trabalhadores da prefeitura que fazem a coleta seletiva: estes precisam prestar mais atenção e não levar lixo que não pode ser reciclado