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terça-feira, 29 de outubro de 2013

LIVRO, SEMPRE

 

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://luizcarlosamorim.blogspot.com



Hoje é o Dia Nacional do Livro. Livro, este objeto mágico que pode trazer no seu interior um mundo de conhecimento, de fantasia, de imaginação. O guardião da história da humanidade, o registro de tudo o quanto o ser humano já fez neste mundão de Deus. O receptáculo de toda a inteligência do homem, até das teorias do que poderá vir a ser o futuro.

É bem verdade que ainda não é tão popular quanto deveria, pelo menos no Brasil, pois ainda é caro para uma grande parcela do nosso povo, mas para quem gosta de ler há alternativas como as bibliotecas municipais, escolares, de clubes e associações, os sebos, etc. Essas bibliotecas nem sempre terão os últimos lançamentos em seus acervos, mas sempre haverá algum bom título que não lemos. Assim como os sebos, que oferecem um sem número de opções a preços razoáveis.

Com o avanço da tecnologia digital, o e-book, ou livro eletrônico, e os leitores eletrônicos - e-readers - estão se popularizando cada vez mais e já há uma pequena legião de seguidores. Vivemos, na verdade, uma revolução cultural. Eles, os tablets e-readers (sim, eles ainda existem), que estão à disposição no mercado, inclusive no Brasil, começam a virar o sonho de consumo de muita gente. Ainda que muitos daqueles que os adquirem acabem esquecendo da função de leitores digitais dos aparelhos, tantas são as opções que eles oferecem: jogos, filmes, internet, comunicação através de programas como skype, programas de relacionamento, etc.

De qualquer maneira, o livro impresso, de papel, o tradicional livro como o conhecemos até agora continuará por muito tempo ainda. E por mais que ele mude, ainda continuará a se chamar livro, o objetivo de perenizar e divulgar a cultura e o conhecimento será o mesmo. Certeza é que o livro de papel poderá conviver harmoniosamente com o livro eletrônico e vice-versa.

Com a tecnologia da informática a serviço da leitura, a tendência é que o hábito de ler se intensifique, até porque além do livro tradicional e do livro digital, temos ainda o áudiolivro, que possibilita que os deficientes visuais sejam, também, consumidores de literatura.

Então talvez devamos comemorar tanta tecnologia a serviço da leitura, mesmo considerando que o livro físico, aquele que podemos folhear, rabiscar e ler sem dependência de nenhuma fonte de energia, a não ser a nossa visão e a vontade de ler, não será extinto. Ao contrário, ele continuará firme, mesmo com todas as outras formas de leitura que existem ou que porventura poderão vir a existir.

De maneira que rendo minha homenagem a esse objeto tão importante para o progresso das civilizações em todo o mundo.

Vida longa para o livro, como quer que seja concebido.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

HOJE A PRIMAVERA NÃO VEIO...

Por Luiz Carlos Amorim (Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/ )

Hoje a primavera deu só umas espiadinhas, com o sol aparecendo de vez em quando por entre as nuvens, como quem diz: “tá bom, eu sei que é primavera! “ Mas os pedaços azuis de céu são muito pequenos, às vezes prometem aumentar e dá uma esperançazinha, mas logo nuvens escuras e carregadas começam a tomar o seu lugar.
Sei que o ser humano não correspondeu a sua beleza e generosidade, Primavera, desrespeitando a natureza, não cuidando da nossa velha e cansada Terra, o lugar que lhe foi dado para que vivesse em paz.
Mas fique um pouquinho mais, Primavera, abra o céu e o sol e ilumine as cores das tantas flores que ainda permite que desabrochem, apesar do descompasso do tempo, causado pela poluição e pelo descaso de nós, homens, sábios homens. Sabemos que estamos fazendo tudo errado, mas continuamos fazendo tudo errado em prejuízo de nós mesmos.
Fique mais tempo com a gente, Primavera, traga o sol e ilumine a mente dos homens que dirigem o mundo, eles precisam se dar conta de que é preciso agir, tomar providências para que o fim do nosso planeta não cheque antes do que deveria. Quem sabe não aprendemos?
Primavera, tu és renascimento, és esperança de recomeçarmos fazendo as coisas de maneira certa, não desmatando, não poluindo, fazendo uso de energias limpas, revivendo nossos rios, não contaminando os mares e o ar.
Será que nós, homens, saberemos entender isso? O tempo está acabando...

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

LIVRO, LEITURA, LITERATURA E BIBLIOTECAS


     Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

Uma Lei do Livro já existia, no Brasil, desde 2003. Tinha o número 10.753 e o objetivo era  instituir a Política Nacional do Livro e da leitura no país, sendo que uma de suas diretrizes mais importantes era, segundo o Art. 1º Inciso I, "assegurar ao cidadão o pleno exercício do direito de acesso e uso do livro”, assim como também fomentar e apoiar a produção, a edição, a difusão, a distribuição e a comercialização do livro; estimular a produção intelectual dos escritores e autores brasileiros tanto de obras científicas como culturais; promover e incentivar o hábito da leitura; instalar e ampliar no País livrarias, bibliotecas e pontos de venda do livro.”

Não foi bem o que aconteceu nos anos seguintes e, em 2011, a presidente Dilma assinou o decreto 7559, que criava o PNLL – Plano Nacional do Livro e da Leitura, que consistia em “estratégia permanente de planejamento, apoio, articulação e referência para a execução de ações voltadas para o fomento da leitura no País.” O objetivo do decreto, tendo em vista o disposto nos arts. 1º, 13 e 14 da Lei nº 10.753, era “a democratização do acesso ao livro; a formação de mediadores para o incentivo à leitura; a valorização institucional da leitura e o incremento de seu valor simbólico e  o desenvolvimento da economia do livro como estímulo à produção intelectual e ao desenvolvimento da economia nacional.”

E tanto a lei quanto o decreto vigoraram a partir de suas publicações, mas nem uma nem outra tiveram o cumprimento que deveriam. Tanto, que no dia primeiro de outubro deste ano aconteceu uma audiência pública sobre políticas públicas de incentivo ao livro e à leitura, em Brasília, promovida pela Comissão de Educação, na Câmara dos Deputados. O evento discutiu a construção de uma política de Estado para o livro, leitura, literatura e biblioteca, que institucionalize o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), o Fundo Setorial Pró-Leitura e o Instituto Nacional de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas. Isso foi o resultado de uma oficina que aconteceu nos dias 30 de setembro e 1º de outubro e que teve a audiência pública como parte integrante da agenda. O evento foi promovido pelo Ministério da Cultura (MinC), órgão governamental responsável pela proposta de construção de uma política de Estado para o livro e a leitura, em parceria com o Ministério da Educação (MEC).

A respeito da criação do Fundo Setorial Pró-Leitura e do Instituto Nacional do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas, a promessa é que o primeiro servirá para financiar e o segundo, para executar, de forma mais específica, a política de Estado para o setor do livro e leitura.

Será que agora a coisa vai? Muita promessa, lei, decreto, etc., já foram feitos para incentivar o hábito da leitura e melhorar o acesso ao livro, mas nem tudo se cumpre. Então esperemos que realmente venha a existir uma política do livro e da leitura e que o PNLL, Fundo Pró-Leitura e o Instituto Nacional do Livro, Leitura e Bibliotecas funcionem e realmente mostrem a que vieram. Precisamos, não é de hoje, que o acesso ao livro seja mais fácil, precisamos que haja mais incentivo para a leitura, precisamos que a escola tenha mais espaço no conteúdo programático para trabalhar a leitura. Simplesmente porque a leitura é que possibilita nosso acesso à instrução, à cultura, à educação, a qualificação para que se possa ter qualidade de vida.

domingo, 20 de outubro de 2013

PARA OS POETAS, NO SEU DIA


Por Luiz Carlos Amorim – Escritor - Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

Hoje é o dia do poeta, esse ser estranho e singular, iluminado, que vê a vida com o coração e tenta passar essa visão a todos aqueles que tiverem sensibilidade para recriar a sua visão. Então quero enviar a minha homenagem a todos os bardos deste imenso Brasil e do mundo, pois é das penas deles que flui a emoção e o sentimento dessa arte que se chama literatura.

É o poeta que torna esse nosso mundo, tão belo e ao mesmo tempo tão conturbado, um pouco mais sensível, é ele que desnuda a alma para que a nossa alma seja menos dura, menos intolerante, mais solidária, mais humana.

É o poeta que nos leva a contemplar o amor, que nos leva a pensar a paz, que nos lembra de que somos irmãos gêmeos da natureza e por isso mesmo precisamos amá-la e respeitá-la, para que ela nos proteja e não nos desampare.

Precisamos comemorar esse dia produzindo e lendo versos, todos nós, pois o mundo atual, tão corrido e tão violento, precisa da singeleza e do lirismo da poesia. O ser humano precisa cultivar a poesia, para não se deixar endurecer mais ainda, para não deixar de ser gente.

Ao contrário do que alguns pensam, a poesia é necessária. Como deixar fluir a alma através das pontas dos dedos, a não ser pela criação de um poema? A poesia é sentimento, é emoção, é alma, é coração. Como sermos humanos sem tudo isso?

A poesia é mágica, como já disse Quintana – e quem mais poderia dizê-lo? – como neste poema que toma a liberdade de transcrever:

”Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês. Quando fechas o livro, eles alçam voo como de um alçapão.Eles não têm pouso nem porto; alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias, no maravilhado espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti...”

Que mais posso eu dizer? Rendo a minha homenagem a você, poeta, que não deixa morrer a poesia que existe, ainda, em nossas vidas. E viva a poesia mundial, e viva Quintana, e viva todos nós, poetas.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

NOSSO SOL PARTICULAR


Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br


A natureza é mesmo uma coisa fenomenal. Apesar de nós, seres humanos, não a respeitarmos como deveríamos, ela nos proporciona espetáculos inesperados, fabulosos. Este ano, eu não ia falar do ipê da rua na qual caminho quase todos os dias. Eu costumo dizer que aquele ipê é o segundo sol da nossa rua. No final do inverno, ele perde todas as folhas, fica pelado e em seguida explode em flores, fechadinho de amarelo, como um astro dourado a iluminar o nosso caminho.

Pois este ano, no início da primavera, o nosso ipê estava todo pelado, parecia que estava seco, com ar de árvore morta. Na segunda semana de outubro, ele floresceu, um pouco tímido, não com aquela quantidade de flores de outras vezes, mas floresceu e estava ficando lindão, iluminado, quando começou a chover e as flores começaram a cair. No dia seguinte ao da chuva, ao sair para caminhar – na verdade, raramente saio de carro, vou quase sempre caminhando fazer coisas como comprar jornal, ir ao banco, na gráfica, ir na academia, no correio, etc. – as flores da nossa árvore de ipê estavam todas no chão, formando um tapete dourado. Pensei cá com meus botões: este ano não deu para fazer nenhuma foto, pois esqueço de sair com a máquina fotográfica ou com o telefone  e agora não há mais chance.

Pois no último final de semana passei por lá e fiquei surpreso e feliz ao ver o pé de ipê carregado de flores, o segundo sol da nossa rua que havia voltado. Com intervalo de uma semana, lá estava ele quase fechado de flores amarelas, irradiando luz como se fora, realmente, o nosso sol particular.

Coisas da Mãe Natureza. E já que estou falando em ipê, cá pra nós, os ipês roxos estão fantásticos, pejados de flores, em várias árvores espalhadas pela cidade. Bendita primavera, bendita Mãe Natureza, que nos dão esses espetáculos grandiosos de cores.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

DIA DO PROFESSOR


Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


De sorte que hoje é o dia do professor. Sorte? Verdadeiramente não sei. O professor é um profissional muito pouco valorizado, pouco respeitado, mesmo. Pelo menos no Brasil. É o professor que forma o adulto do futuro – que estará no poder amanhã, conduzindo os nossos destinos.

E o problema da desvalorização do professor é cada vez maior. Além de ter remuneração insuficiente, não há equipamento para trabalhar e as escolas estaduais, geralmente, tem péssima manutenção, algumas estão literalmente caindo aos pedaços, oferecendo riscos a alunos e professores.

Então quero render minha homenagem aos professores, todos os professores, por este trabalho tão importante que é passar conhecimento as nossas crianças, para que sejam pessoas educadas e instruídas amanhã, quando estarão no mercado de trabalho e à frente dos destinos de nossa nação.

Tenho amigos que são professores e professoras dedicados e abnegados, verdadeiros heróis da educação, fazendo um trabalho excepcional, apesar de mudanças em nosso sistema de ensino que, ao invés de melhorar, tende a tornar o trabalho deles ainda mais difícil.

Vejo-os fazendo trabalho pioneiro no sentido de levar a leitura e a literatura até nossos leitores em formação, mesmo que o conteúdo programático não privilegie essa aproximação autor/leitor.

Parabenizo, então todos os professores, ainda que não sejam reconhecidos como deveriam ser.

DIA DO PROFESSOR É TODO DIA


Por Luiz Carlos Amorim - Escritor - Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br  


Dia 15 de outubro foi o Dia do Professor, aquela pessoa que educa, transmite conhecimento para que nós, seres humanos, nos tornemos pessoas produtivas e capazes, pessoas inteligentes e honestas, para que saibamos cuidar da Natureza e do meio ambiente e assim podermos ter uma perspectiva de futuro.

Quero parabenizar os professores de todo o Brasil, principalmente aqueles abnegados, completamente dedicados ao magistério, como alguns que conheço e dos quais tenho orgulho de poder dizer que são meus amigos.

Então rendo minha humilde homenagem a esses profissionais, notadamente aqueles do primeiro grau, aqueles que ensinam a ler e a escrever nos primeiros anos da escola, pois eles dão a base que o cidadão vai precisar para sermos bem sucedidos no segundo grau, na universidade, na vida. Apesar dos donos do poder, que a cada dia comprometem mais a educação brasileira, fazendo modificações que só empobrecem o nosso sistema de ensino, além da falta de reconhecimento ao corpo docente da escola pública.
Rendo minha homenagem àquele que forma o adulto de amanhã - com a ajuda da família, que já deveria ter começado e dado um bom encaminhamento na educação das suas crianças - mas não ganha um salário condizente com a sua missão e com a sua dedicação. Não só na escola pública, como na particular também.
Professor, aquela criatura abnegada e totalmente devotada ao ensino, que na maioria das vezes estuda muito, fazendo um curso superior como Letras, Pedagogia, História, Geografia, Matemática, Educação Física, etc. e que quer transmitir conhecimento para as novas gerações, contribuir para que a educação seja melhor e o futuro das novas gerações também, apesar de nossos governantes.

Que esses profissionais sejam reconhecidos e melhor remunerados, valorizados, para que possam melhorar a nossa educação que anda tão relegada a último plano pelos donos do poder, que fazem questão de que o ensino público seja ruim, pois é mais fácil dominar um povo sem cultura. Parabéns e obrigado pelo seu trabalho, professores.

domingo, 13 de outubro de 2013

HOJE É O DIA MUNDIAL DO ESCRITOR



Por Luiz Carlos Amorim - Escritor - http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br  

E o escritor também tem o seu dia. Esse artista solitário, cujo trabalho é registrar a trajetória do ser humano no nosso planeta, seja na ficção ou na não ficção. O escritor é aquele que, em verso ou prosa, localiza o homem no espaço e no tempo, com seus costumes, sua cosmovisão, seu habitat, seus sentimentos e emoções, suas vitórias e derrotas, seu caminho pela vida.
Minha homenagem, hoje, a todos os escritores, de todo o mundo, sejam famosos ou não, tenham publicado livros ou não, livros tradicionais, de papel, ou eletrônicos. Sabemos que, mais do que nunca, surgem escritores novos, mas o mercado editorial absorve muito poucos deles, pois livro é um produto para as editoras e um produto tem que vender. Elas arriscam pouco nos novos.
A internet veio para se transformar no veículo mais democrático que pode existir, para os novos autores, pois todos podem usá-la como vitrine, colocando lá a sua obra. É claro que só os que tiverem algum talento ficarão visíveis, mas a verdade é que o espaço está lá e é de todos.
A concorrência é grande, o número de escritores é cada vez maior, mas o número de leitores ainda não é o que seria desejável. O Brasil ainda é um país que lê pouco. Temos poucas livrarias, o preço do livro ainda é muito alto e a escola não tem, no seu conteúdo programático, espaço delimitado ou suficiente para incentivar o hábito da leitura nos nossos leitores em formação.
Neste dia do escritor, conclamo todos eles para que nos unamos, e nós todos, cada um, procuremos ir a uma ou mais escolas, aquela perto de casa, por exemplo, para procurar mostrar lá a nossa obra, divulgando a literatura como um todo e incentivando a leitura.
E há que exijamos, também, a melhoria da educação em nosso país, pois o fato de termos uma sistemática de ensino de melhor qualidade implicará em estudantes mais propensos a gostarem de ler.

 

sábado, 12 de outubro de 2013

A CRIANÇA E O FUTURO



Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

E chegou a primavera, veio outubro e está aí o Dia da Criança. Primavera, tempo de renovação, de vida que desabrocha, de esperança de tempos melhores. Isso tudo não e sinônimo de criança? A criança é a única esperança de que o ser humano tem de ser melhor, ter uma vida com menos violência, com mais saúde, educação e meio ambiente preservado, de aprendermos a cuidar melhor da natureza, para que haja um futuro.

O mundo precisa de muitos e muitos meninos para ensinarem aos homens a salvar a natureza... Se os adultos de hoje souberem cuidar de nossos meninos e meninas, proporcionando uma educação decente e uma vida digna, com bons exemplos - nada a ver com o que vemos, hoje, em nossa sociedade, na política, na justiça, etc. - as nossas crianças terão perspectiva de poder lutar por um mundo melhor amanhã. Mas temos que começar agora.
Não queria dar brinquedos de presente, apenas, para as crianças, no seu dia. Queria poder dar, para as crianças de hoje e de amanhã, rios vivos, limpos e claros, ar puro, alimento sem contaminação de agrotóxicos e produtos químicos, estações definidas, climas amenos, natureza preservada.
No entanto, não posso evitar que nossas crianças vejam desastres ecológicos por desrespeito à natureza, violência e falta de moral, falta de humanidade e de consciência, decorrentes da ganância e da miséria.
Os adultos, todos, até os donos do poder - principalmente eles, talvez - deviam ser mais crianças, para serem mais honestos, mais humanos, mais sinceros. E quanto às crianças, se eu pudesse dar-lhes um conselho, pediria que crescessem, sim, mas que não se transformassem em "gente grande": que sejam apenas GENTE. E que nunca, jamais, deixassem morrer a criança dentro de seus corações, seja qual for a idade que tenham.
Pois é da criança que emana a vida, alento, felicidade, poesia. É isto que brota de mãos pequeninas e faísca dos olhos de luz de pequeninos seres que chegam a este mundo que temos o dever de tornar melhor, para que eles tenham um futuro mais promissor que o nosso.
Pequeno grande mundo que pode ser mais feliz, pois enquanto houver criança, teremos a certeza de que Deus ainda tem esperança no ser humano...


 (Crônica publicada hoje no jornal A Notícia, de Joinville)

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

LER PARA NOSSAS CRIANÇAS


   Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

Não é muito comum vermos publicidade honesta, na televisão, mas vi uma que me agradou, hoje, na TV aberta, se não me engano: “Leia para uma criança, isso muda o  mundo.” Pois então não é verdade? Numa outra crônica para o Dia da Criança, eu conclamava, esta semana, os pais, avós, tios, padrinhos e madrinhas, a darem livros de presentes para suas crianças, além do brinquedo. E que lessem para aquelas que ainda não sabem ler, pois é só assim, colocando os livros nas mãos e diante dos olhos das crianças desde a mais tenra idade, que podemos ajudar a incutir o gosto pela leitura.

Então vejo essa propaganda na televisão e não posso deixar de falar sobre ela. Ler para as nossas crianças pode mudar o mundo, sim, pois se elas crescerem com livros a sua volta, será mais muito mais fácil para elas estudarem. E se forem bons estudantes, terão melhor qualificação para o mercado de trabalho e, consequentemente, terão um padrão de vida melhor. E se tivermos, no futuro, mais pessoas esclarecidas, com boa educação, nossos governantes, empresários, etc. serão melhores do que os que temos hoje, o que pode significar que teremos países melhores, políticos melhores, quem sabe, uma vida melhor.

De maneira que aproveito para convidar a todos que passem a ler mais para suas crianças. Pode ser a fábula, daquelas que conhecemos há várias gerações, pode ser gibi, pode ser a nossa boa literatura infanto-juvenil. Mas leiam, leiam muito, leiam sempre. Isso aproxima a família e melhora o desenvolvimento da criança. Ter o hábito da leitura é descobrir o mundo. Se soubermos ler bons livros, saberemos ler o mundo.  E, como já disse Affonso Romano de Santana, saber ler o mundo é primordial para cada um de nós e para o resto do mundo.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

NOSSAS CRIANÇAS

  
 
 


 Por Luiz Carlos Amorim - Escritor - Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

Hoje, um dia qualquer na Semana da Criança, estava eu fotografando minhas palmas no meu jardim/horta - que estamos na primavera e minhas flores estão lindas e coloridas - e minha cadela Pituxa, a nossa Xuxu, estava junto comigo. Aliás, ela sempre está atrás de mim, ou de minha mulher, mesmo estando cega e surda. Lembrei que minhas filhas já estão adultas e, apesar de Xuxu estar com dezenove anos, ela é a nossa bebê. Ela é uma pinscher mestiça - tem as pernas não tão compridas como as de um pinscher puro e as orelhas talvez sejam mais alertas, um pouquinho maiores, sei lá.

Está velhinha, muito velhinha e mesmo assim é a criança da casa. Seus dentes estão caindo, já não pode comer nada sólido, não ouve nada e não enxerga nada, vive batendo nas paredes e portas - tem catarata nos olhos. Esta madrugada, ao ouvir barulhos como se houvesse alguém dentro de casa, percebemos que é Xuxu esbarrando nas coisas. Ela vai fazer xixi no banheiro ou tomar água e dá cabeçada em tudo. Decidimos que vamos deixar a luz do corredor acesa, o que não resolve nada para ela.

Xuxu é a criança que não temos mais e precisa de muitos cuidados. Não pode comer qualquer coisa, pois seu fígado não está muito forte, volta e meia precisa tomar remédio.

Quando sua barriguinha começa a fazer barulho, temos que dar remédio, pois ela fica um, dois dias sem comer nada e fica muito magra.

Como eu disse lá em cima, ela anda atrás de mim para que eu deite no sofá e ela possa deitar nas minhas costelas e dormir. Ou espera que pelo menos eu ou outro membro da família sente no sofá para que ela se aninhe encostadinha na gente e possa dormir um pouquinho.

Não temos nenhum presente para ela, nesse Dia da Criança, a não ser carinho. E apesar dos seus dezenove anos, nossa menina velhinha é muito forte e não é fácil imobiliza-la para administrar-lhe qualquer medicamento, coisa que ela detesta.

Então as cores da primavera e o Dia da Criança me dão conta de que minha filharada está debandando, não compro mais brinquedos para elas neste dia, só dá para desejar-lhes uma feliz vida, mandar um beijo, sentir saudades. Apesar de adultas, elas continuam sendo as nossas meninas, mas estão seguindo o seu caminho. Fernanda, a fisioterapeuta casou e está morando longe, em Ribeirão Preto, com o marido. Daniela, a bailarina, foi estudar em Portugal, está fazendo um mestrado na área de dança. E a criança que ficou foi Xuxu. Às vezes fica muito doentinha, como na madrugada de passada, quando não dormiu, pois ficou a noite inteira tentando fazer um ninho em uma manta, choramingando, muito estressada. Mas já está bem.

Então, feliz dia da Criança para você, Xuxu, feliz primavera e obrigado por ser a nossa criança. Feliz Dia da Criança para todos os filhos do mundo, independente da idade que tenha. Feliz Dia da Criança para as minhas meninas.

sábado, 5 de outubro de 2013

LIVRO DE PRESENTE PARA CRIANÇAS


    Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br  


Um post no Facebook, da minha amiga escritora Célia Biscaia Veiga, chamou-me a atenção, esta semana: ela sugeriu, a propósito do Dia da Criança, que se aproxima, que déssemos livros de presente para nossos pequenos.

Acho muito boa a ideia, pois sempre defendi que, para incutir o gosto pela leitura em nossas crianças, devemos fazê-las conviver com livros desde quando ainda são muito pequenos, desde muito cedo, desde muito antes de aprenderem a ler. A importância dos livros infantis na luta para que nossas crianças adquiram o hábito da leitura é fundamental: até aqueles que não tem texto, que apresentam só ilustrações tem um papel importantíssimo, pois é manuseando, é folheando que a curiosidade pelo que eles podem conter vai ser despertada. E a família tem a missão de ajudar nessa iniciação, revelando toda a magia que um livro pode conter, contando a história e ajudando o filho, neto, sobrinho, etc. a interpretar, a recriar o que foi contado pelo autor.

Então, podemos dar um brinquedo de presente no Dia da Criança, é claro, desde que ele não lembre nenhuma arma, não podemos esquecer disso. Mas complementemos, completemos o nosso presente com a dádiva de um livro, que pode representar um futuro melhor para a criança que o receberá, pois adquirindo o gosto pela leitura, ela terá muito mais facilidade para estudar, pois o conhecimento e a instrução estão nos livros, e assim poderá se capacitar melhor para ser um profissional qualificado e bem pago.

Coincidentemente, ou a propósito, tanto faz, o dia 12 de outubro, além de ser o Dia da Criança é, também, o Dia Nacional da Leitura, instituído em janeiro de 2009. Não é sugestivo? Tudo a ver com o que gostaríamos de sugerir, que é reunir criança e livro. Tudo a ver com dar livro de presente para crianças, desde a sua mais tenra idade.

E tem mais: o dia 29 do mesmo mês de outubro é o Dia Nacional de Livro. Então, pais, filhos, irmãos, tios, avós, vamos dar livros de presente para nossas crianças, não importa a idade que eles tenham. Considerem, sim, a idade, apenas para adequar o livro a ser dado. E se os presenteados não souberem ler, sejam vocês contadores de histórias, recriando com eles a história que o livro contém. O resultado, a longo prazo, é incomensurável.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

A CIDADE PERDIDA DE PAITITI


    Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

Em meados deste ano de 2013, participando da Feira do Livro de Jaraguá, onde lançava um de meus livros mais recentes, dividi uma mesa redonda de bate-papo literário com a minha amiga escritora e editora Célia Biscaia Veiga, que também fazia o lançamento de um livro seu e também de uma das escritoras de sua editora, a Dialogar.

Falo da escritora Lilian Cristina Peixe, de Joinville, que estreou na literatura com o romance “A Naneara e a Busca por Paititi”. Ela comprou meu livro e eu comprei o livro dela, um alentado volume de quase trezentas páginas.

Na verdade, eu tinha vários livros na fila, para ler, então só peguei o livro de Lilian no mês passado, setembro. E que excelente leitura: comecei a ler e não consegui parar mais. Um romance de aventura, de ação, muito bem engendrado, muito dinâmico, com personagens e cenários interessantíssimos. Estreou muito bem a nova escritora, com um livro que agrada a todas as idades, embora seja dirigido, talvez, aos jovens, justamente aquela faixa de idade que mais tem aderido à leitura, ultimamente.

O livro trata de um grupo de jovens, entre eles catarinenses de Joinville, que encontram-se em Machu Pichu, iniciando a procura da cidade perdida de Paititi (ou Eldorado, como diz a lenda) e acabam na selva Amazônica. A maratona de aventuras e perigos levam-nos cada vez mais fundo na selva, fazendo-os enfrentar os mais altos desafios. Vale a pena saber como acaba tudo isso.

Lilian explora muito bem a sua habilidade de contadora de história, de narradora, dominando com segurança e desenvoltura o desenrolar da história que criou. Demonstra muita agilidade e  domínio da criatividade e da imaginação, o que cativa e prende o leitor.

Recomendo a leitura de “Busca por Paititi”. Se alguém se interessar, o livro pode ser pedido diretamente à editora, pelo e-mail: dialogar@editoradialogar.com.br .