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sábado, 29 de outubro de 2016

LIVROS, PARA SEMPRE



Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, com 36 anos de trajetória. Cadeira 19 na Academia SulBrasileira de Letras. http://luizcarlosamorim.blogspot.com.brhttp://www.prosapoesiaecia.xpg.uol.com.br


O livro é uma das coisas mais importantes hoje e sempre  e do qual devemos falar sempre, algo que devemos divulgar sempre. 29 de outubro é o Dia Nacional do Livro. Livro, este objeto mágico que pode trazer no seu interior um mundo de conhecimento, de fantasia, de imaginação. O guardião da história da humanidade, o registro de tudo o quanto o ser humano já fez neste mundão de Deus. O receptáculo de toda a inteligência do homem, até das teorias do que poderá vir a ser o futuro.

É bem verdade que ainda não é tão popular quanto deveria, pelo menos no Brasil, pois ainda é caro para uma grande parcela do nosso povo, mas para quem gosta de ler há alternativas como as bibliotecas municipais, escolares, de clubes e associações, os sebos, etc. Essas bibliotecas nem sempre terão os últimos lançamentos em seus acervos, mas sempre haverá algum bom título que não lemos. Assim como os sebos, que oferecem um sem número de opções a preços razoáveis.

Com o avanço da tecnologia digital, o e-book, ou livro eletrônico, e os leitores eletrônicos - e-readers - estão se popularizando cada vez mais e já há uma pequena legião de seguidores. Vivemos, na verdade, uma revolução cultural. Eles, os tablets, os smartfones, que também são leitores eletrônicos, estão cada vez mais populares, inclusive no Brasil, eles são o sonho de consumo de muita gente. Ainda que muitos daqueles que os adquirem acabem esquecendo da função de leitores digitais dos aparelhos, tantas são as opções que eles oferecem: jogos, filmes, internet, comunicação através de programas como skype, programas de relacionamento, etc.

De qualquer maneira, o livro impresso, de papel, o tradicional livro como o conhecemos até agora continuará por muito tempo ainda. E por mais que ele mude, ainda continuará a se chamar livro, e o objetivo de perenizar e divulgar a cultura e o conhecimento será o mesmo. Certeza é que o livro de papel pode conviver harmoniosamente com o livro eletrônico e vice-versa.

Com a tecnologia da informática a serviço da leitura, a tendência é que o hábito de ler se intensifique, até porque além do livro tradicional e do livro digital, temos ainda o áudiolivro, que possibilita que os deficientes visuais sejam, também, consumidores de literatura.

Então talvez devamos comemorar tanta tecnologia a serviço da leitura, mesmo considerando que o livro físico, aquele que podemos folhear, rabiscar e ler sem dependência de nenhuma fonte de energia, a não ser a nossa visão e a vontade de ler, não será extinto. Ao contrário, ele continuará firme, mesmo com todas as outras formas de leitura que existem ou que porventura poderão vir a existir.

De maneira que rendo minha homenagem a esse objeto tão importante para o progresso das civilizações em todo o mundo.

Vida longa para o livro, como quer que seja concebido.

domingo, 23 de outubro de 2016

MUDAR O MUNDO



Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, com 36 anos de trajetória. Cadeira 19 na Academia SulBrasileira de Letras. http://luizcarlosamorim.blogspot.com.brhttp://www.prosapoesiaecia.xpg.uol.com.br

Não vejo muita televisão, confesso, mas excepcionalmente, vemos alguma coisa que se aproveite por lá. Não é muito comum vermos publicidade honesta, mas vi uma que me agradou, hoje, na TV aberta, se não me engano: “Leia para uma criança, isso muda o  mundo.” Pois então não é verdade? Numa outra crônica para o Dia da Criança, eu conclamava os pais, avós, tios, padrinhos e madrinhas, a darem livros de presentes para suas crianças, além do brinquedo. E que lessem para aquelas que ainda não sabem ler, pois é só assim, colocando os livros nas mãos e diante dos olhos das crianças desde a mais tenra idade, que podemos ajudar a incutir o gosto pela leitura.
Então vejo essa publicidade na televisão e não posso deixar de falar sobre ela. Ler para as nossas crianças pode mudar o mundo, sim, pois se elas crescerem com livros a sua volta, será mais muito mais fácil para elas estudarem. E se forem bons estudantes, terão melhor qualificação para o mercado de trabalho e, consequentemente, terão um padrão de vida melhor. E se tivermos, no futuro, mais pessoas esclarecidas, com boa educação, nossos governantes, empresários, etc. serão melhores do que os que temos hoje, o que pode significar que teremos países melhores, políticos melhores, quem sabe, um mundo melhor, uma vida melhor.
De maneira que aproveito para convidar a todos que passem a ler mais para suas crianças. Pode ser a fábula, daquelas que conhecemos há várias gerações, pode ser gibi, pode ser a nossa boa literatura infanto-juvenil. Mas leiam, leiam muito, leiam sempre. Isso aproxima a família e melhora o desenvolvimento da criança. Ter o hábito da leitura é descobrir o mundo. Se soubermos ler bons livros, saberemos ler o mundo.  E, como já disse Affonso Romano de Santana, saber ler o mundo é primordial para cada um de nós e para o resto do mundo.

sábado, 15 de outubro de 2016

A EDUCAÇÃO VAI MUDAR. DE NOVO



  Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, com 36 anos de trajetória. Cadeira 19 na Academia SulBrasileira de Letras.  http://www.prosapoesiaecia.xpg.uol.com.br
 
A educação brasileira está falida, não só o ensino médio, mas toda a cadeia. Ela foi desconstruída, destruída nas últimas décadas, por governos irresponsáveis, sem um mínimo de senso público e comprometimento com o futuro de nosso país e de nossa gente. Fizeram sucessivas mudanças oficiais na educação, no ensino de maneira geral, que não foram para melhor, pelo contrário. Hoje temos crianças no 3º. ou no 4º. anos do primeiro grau que não sabem ler e escrever. E temos alunos de séries mais altas que não sabem se comunicar através da escrita e, às vezes, até através da fala.
Então, para salvar a educação brasileira da falência total – aleluia! - o governo aparece com uma Medida Provisória para a Reformulação do Ensino Médio, que prevê a flexibilização do currículo e, consequentemente, do conteúdo e de tudo o mais. Tudo vai mudar, conforme o nosso Presidente Temer. Temerário, não? Trocadilho infame à parte, a pergunta que nos vem é: a “reformulação” vai melhorar ou piorar o que já é ruim? Há que se prestar bem atenção no que tivemos até aqui e no que se propõe.
Hoje, os estudantes do ensino médio tem 13 disciplinas compulsórias. Com a nova diretriz, o aluno poderá (ou deverá) escolher de cinco áreas a que mais lhe interessar: linguagens, matemática, ciências humanas, ciências da natureza e/ou ensino técnico. No primeiro ano, as matérias serão as mesmas para todos os estudantes, mas ao término dele terão que escolher uma área para os próximos anos. Cinquenta por cento do currículo terá que obedecer à Base Nacional Curricular Comum, quando ela for aprovada, pois ainda está em vias de estudo e não se sabe quando vai ficar pronta. Talvez para 2017, o que significa que a implantação da medida será para 2017 ou 2018. Os outros cinquenta por cento do currículo será definido pelas redes de ensino, particulares e públicas. Muito vago. Matérias como Matemática, Português e Inglês (língua estrangeira) serão obrigatórias em todas as áreas.
Outra promessa da medida é elevar a abrangência do ensino integral para os estudantes de segundo grau. O prometido é aumentar de 800 para 1400 horas anuais de aula, tornando o ensino integral. A meta é alcançar 25% dos estudantes brasileiros do ensino médio até 2024. Hoje este índice é de apenas 6%.  Com que dinheiro é uma incógnita, pois os Estados estão falidos e eles são responsáveis pelo ensino público. E a União diminuiu a verba para a educação.
A verdade é que o Ideb teve o pior resultado dos últimos tempos e o Enem confirma o que dissemos lá em cima: o ensino médio tem o mais desastroso resultado. A nova medida mudará isso? Há muitos questionamentos que não foram respondidos.
A impressão que a nova medida provisória deixa é de economia, com a nova sistemática de cinco áreas para o ensino médio. Com menos disciplinas, precisaríamos de menos professores. Será? Mas como serão oferecidas todas as áreas? Todas as escolas terão todas as áreas para oferecer ou cada escola terá uma ou outra área? E quão longe estará do estudante a escola com a área que ele escolher, para depois do primeiro ano de segundo grau? Quais as matérias que cada escola oferecerá em cada área, já que metade será escolhida por ela? Haverá equiparação entre as mesmas áreas oferecidas em diferentes escolas, sejam elas públicas ou particulares?
E a história de que prevalece a “experiência” para os professores da área técnica (só a área técnica?), não significa que os professores não terão a qualificação necessária? Já vemos a falta de qualificação, de valorização, de remuneração entre os professores do primeiro grau, talvez a etapa mais importante da educação, pois é onde tudo começa, é a base de tudo.
Há muitos senões e as perspectivas de futuro para a educação brasileira só ficam mais negras, mais inseguras, mais confusas. Prometem muito, mas mudam para pior o que já está péssimo. Há que se pensar muito no futuro da educação e no resgate do ensino em nosso país. Ela, a educação, precisa mudar, mas para melhor, para melhorar a vida do cidadão brasileiro. Está faltando consistência, e muita, na tal medida provisória. E não sou eu que estou dizendo o isso. O Brasil inteiro está protestando para fazer entender isso.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

LEITURA DE PRESENTE PARA CRIANÇAS



   Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completou 36 anos em 2016. Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.brhttp://www.prosapoesiaecia.xpg.uol.com.br

Um post de uma amiga, no Facebook, chamou-me a atenção: ela sugeriu, a propósito do Dia da Criança, que se aproxima, que déssemos livros de presente para nossos pequenos.
Acho muito boa a ideia, pois sempre defendi que, para incutir o gosto pela leitura em nossas crianças, devemos fazê-las conviver com livros desde quando ainda são muito pequenos, desde muito cedo, desde muito antes de aprenderem a ler. A importância dos livros infantis na luta para que nossas crianças adquiram o hábito da leitura é fundamental: até aqueles que não tem texto, que apresentam só ilustrações tem um papel importantíssimo, pois é manuseando, é folheando que a curiosidade pelo que eles podem conter vai ser despertada. E a família tem a missão de ajudar nessa iniciação, revelando toda a magia que um livro pode conter, contando a história e ajudando o filho, neto, sobrinho, etc. a interpretar, a recriar o que foi contado pelo autor.
Então, podemos dar um brinquedo de presente no Dia da Criança, é claro, desde que ele não lembre nenhuma arma, não podemos esquecer disso. Mas complementemos, completemos o nosso presente com a dádiva de um livro, que pode representar um futuro melhor para a criança que o receberá, pois adquirindo o gosto pela leitura, ela terá muito mais facilidade para estudar, pois o conhecimento e a instrução estão nos livros, e assim poderá se capacitar melhor para ser um profissional qualificado e bem pago.
Coincidentemente, ou a propósito, tanto faz, o dia 12 de outubro, além de ser o Dia da Criança é, também, o Dia Nacional da Leitura, instituído em janeiro de 2009. Não é sugestivo? Tudo a ver com o que gostaríamos de sugerir, que é reunir criança e livro. Tudo a ver com dar livro de presente para crianças, desde a sua mais tenra idade.
E tem mais: o dia 29 do mesmo mês de outubro é o Dia Nacional de Livro. Então, pais, filhos, irmãos, tios, avós, vamos dar livros de presente para nossas crianças, não importa a idade que eles tenham. Considerem, sim, a idade, apenas para adequar o livro a ser dado. E se os presenteados não souberem ler, sejam vocês contadores de histórias, recriando com eles a história que o livro contém. O resultado, a longo prazo, é incomensurável.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

O PROFESSOR E A NATUREZA



Por Luiz Carlos Amorim (Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.uol.com.br )

Dia 4 de Outubro foi o Dia da Natureza e o dia 5 é o Dia Mundial do Professor.
Este dia em homenagem ao professor foi criado pela UNESCO em 1994 com o objetivo de chamar atenção para o papel fundamental que esses profissionais tão importantes, talvez os mais importantes de todos, têm na sociedade e na instrução da população. Acho que as duas coisas têm muito a ver, pois o professor educa, transmite conhecimento para que nós, seres humanos, tenhamos senso de valor e responsabilidade, para que saibamos cuidar da Natureza, saibamos preservá-la para podermos ter uma perspectiva de futuro para nossos filhos e netos.

Quero parabenizar os professores de todo o Brasil, principalmente aqueles abnegados, completamente dedicados ao magistério, como alguns que conheço e dos quais tenho orgulho de poder dizer que são meus amigos.

Então rendo minha humilde homenagem a esses profissionais, principalmente aqueles do primeiro grau, aqueles que ensinam a ler e a escrever nos primeiros anos da escola, pois eles dão a base que o cidadão vai precisar para sermos bem sucedidos no segundo grau, na universidade, na vida. Apesar dos donos do poder, que a cada dia comprometem mais a educação brasileira, fazendo modificações que só empobrecem o nosso sistema de ensino, além da falta de reconhecimento ao corpo docente da escola pública.

Que esses profissionais sejam reconhecidos, melhor qualificados e melhor remunerados, para que possam exercer com ampliltude a sua profissão, valorizando  a nossa educação que anda tão relegada a último plano pelos nossos governantes, que fazem questão de que o ensino público seja ruim, pois é mais fácil dominar um povo sem cultura.

E tanto ou mais do que a educação, a nossa Mãe Natureza também é desrespeitada. Nós, homens, envenenamos o ar, a água, a terra, tudo. Nosso meio ambiente é cada vez mais agredido e Mãe Natureza já se ressente disso, mostrando que não está nada contente: as catástrofes climáticas, em volta do mundo, dizem bem isso.

Então peço, nesta época de primavera, no auge da explosão da natureza, que nós, homens, seres humanos, nos conscientizemos de que tudo o que fizermos contra a natureza, ela nos devolverá. Não ficaremos impunes. Precisamos cuidar mais e melhor dela, para que ela possa nos legar um futuro.