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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O BBB E A EDUCAÇÃO BRASILEIRA


Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

Então está aí, de novo, mais um Big Brother Brasil. Só o fato de haver uma nova edição dessa coisa sofrível que chamam de reality show, já é um retrocesso. São mais de dez edições, atestando que, realmente, uma boa parte dos brasileiros faz questão de se revelar um povo subdesenvolvido, praticamente sem cultura nenhuma, ao absorver um programa de tão baixa qualidade. Felizmente há quem saiba escolher e opte por um programa não tão ruim da televisão, ou pela leitura de um livro, um bom filme, boa música, uma boa peça de teatro.

Em outros países, a moda até passou, mas no Brasil, não. Há até quem assine um canal TV paga que mostra a “atividade” na casa vinte e quatro por dia. E são milhares de assinantes.

O tal Big Brother não tem nenhum ponto positivo e a cada edição fica pior. As piores qualidades dos participantes do “show” são valorizadas, para dar mais “ibope”. Vale tudo: baixaria, mau caráter de uns e outros, até sexo. Numa das últimas edições, no entanto, não foi apenas sexo: um dos moradores da casa teria estuprado uma moradora, embaixo do edredom. Virou escândalo nacional e acabou exacerbando a curiosidade e até daqueles que não viam o malfadado programa, acabaram dando uma “espiada”.

O brasileiro precisa analisar melhor o que anda consumindo, precisa escolher melhor o seu tipo de lazer. Há que saber escolher o que ver na TV, há que se ler um bom livro, de vez em quando, estudar mais, fazer cursos para se encaixar melhor no mercado de trabalho e melhorar a renda. Precisamos gerenciar melhor o nosso tempo. Precisamos elevar o nosso nível de cultura. E não venham, por favor, me dizer que “não podemos fazer tudo isso porque somos pobres”. Sempre podemos aprender mais.

Precisamos, mais que tudo, que a qualidade da educação brasileira seja resgatada, para que coisas como esse BBB não seja mais sucesso em nosso país.

Felizmente há quem abomine o tal BBB e esperamos que esta seja a última edição.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

AUTORIA E CO-AUTORIA


    Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

Já escrevi várias vezes sobre plágio, mas de vez em quando aparece algum fato que traz o assunto novamente à tona. Todos sabemos – ou deveríamos saber – que “arrumar” ou “melhorar” o texto dos outros não existe. Não podemos modificar em nada um texto de ninguém, a não ser de nós mesmos. Se eu for editor e achar que o texto que o autor me entregou para publicar na nossa revista, por exemplo, não é bom, eu peço outro. Ou, quem sabe, peço para o autor reescrever, se tiver intimidade para isso. Não vou adaptar, acrescentar ou cortar trechos para melhorar, pois estarei adulterando uma obra que não é minha. E isso é plágio. Se alguém altera um texto de outra pessoa, esse alguém está se transformando em co-autor daquele texto, o que significa que a outra pessoa não é mais a única autora. O referido texto não tem mais apenas um autor, tem dois. Se os dois passarem a assinar o texto, ótimo. Mas não é isso que acontece. Há quem altere o texto da gente, quer publicar o texto adulterado e quer que a gente assuma sozinho o resultado. Isso é crime.

Isso me volta à cabeça porque fui convidado para participar de uma pequena antologia que seria publicada em alguns outros idiomas, além do português. Havia um assunto específico e mandei um poema meu que talvez se encaixasse no tema. A editora achou que precisava de uns ajustes, que se suprimíssemos alguns versos ele ficaria perfeito. Aceitei, ela me enviou a nova versão e, como apenas tivessem saído algumas linhas, sem que quebrasse demais o sentido, eu aprovei.

No entanto, quando a editora me enviou o poema “editado”, como ela mesma disse, com a tradução para o inglês, eu me apavorei. Havia modificações no poema em português que eu não havia aprovado, a tradução para o inglês estava um desastre: trechos incompreensíveis, trechos com palavras que não traduziam o que estava no poema, etc.  E eu me reportei dizendo o que não aceitava na “adaptação” do poema original em português e explicando o porquê.  Ela me retornou dizendo que preferia do jeito que havia ficado, que ela achava que estava “maravilhoso” assim. Eu então pedi para sair da antologia, já que eu não podia opinar sobre modificações no meu próprio poema. Ela insistiu para eu continuar, pediu desculpas e eu propus começarmos tudo de novo

Mandei a minha versão do poema,  mandei uma outra tradução feita por pessoa que fala fluentemente o inglês e também é poeta. A editora agradeceu e eu achei que estava tudo bem.

Dias depois recebi a “edição” final, com o original e a tradução para eu aprovar. Só que a tradução estava diferente do que eu havia mandado. Palavras que foram usadas para manter o ritmo foram substituídas por outras que não eram a exata tradução do original. O resultado, afinal, não foi bom, sem contar que modificaram sem me consultar.

O engraçado é que eu não concordei e a “editora” me respondeu lamentando ter que me “tirar” da antologia. Mas o problema não é esse, eu já havia manifestado interesse em não participar, mesmo. O caso é que isso prova, mais uma vez, que algumas pessoas não sabem o que é “edição”, que isso não quer dizer alterar o trabalho de outros autores ao bel prazer, que só o próprio autor tem o poder de modificar a sua obra.E não há como confundir este ocorrido com revisão, que é a correção do texto sem alterá-lo. Alterar o trabalho dos outros é outra coisa, totalmente diferente. Não podemos alterar, sob hipótese alguma, um texto que não seja o nosso próprio, repito. Só quem pode modificar um texto é o próprio autor. Outra coisa: tradução de poema fica melhor se feita por tradutor que também é poeta. Sob pena de transformar o poema em prosa.  

Não aceite que modifiquem o seu texto. Submeta-o a leitores, para saber o que acham. Se alguns não gostarem, reescreva-o. Mas não deixe que ninguém “ajude”, “arrume”, “conserte”. Isso não existe. A história que contei parece meio absurda, mas sabemos que ela acontece. Tenho toda a série de mensagens que provam o que houve. Não deixe que ela aconteça com você. Se você tiver que escolher entre publicar um texto seu adulterado, prefira não publicar. De que adianta publicar uma coisa que não espelha a sua criação, o seu estilo?

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

COMEÇOU O FESTIVAL DE MÚSICA

Orquestra Sinfônica Juvenil da Bahia


   Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

No domingo, cheguei a Jaraguá do Sul e fui à abertura do 9º. FEMUSC - Festival de Música de Santa Catarina, pois sou louco por música clássica. Fiquei um pouquinho decepcionado. Esperava ver mais, uma amostra diversificada do que o festival traria no seu decorrer, mas não foi bem assim . Para começar, a falação de políticos e organizadores do evento levou uma hora. É um pouco difícil a gente esperar boa música por uma hora, ouvindo várias pessoas falando, falando, sem parar. Excluo Wander Weege dos faladores, o doador de grande número de pianos e harpas ao Instituto Femusc, pois tinha mais que ser convidado a subir ao palco. E foi breve.

 Segundo, repito porque é relevante, o Femusc ganhou pianos e harpas, várias delas. É muito importante que a comunidade prestigie o festival, dando condições para que ele fique cada vez melhor. Mas os instrumentos vão ser usados durante as duas semanas de festival, não era imprescindível ter só harpa e piano no espetáculo de abertura. Foi bom, não nego, mas foram muitos números de harpa. O espetáculo de abertura deveria ser mais dinâmico, mais eclético. Os pontos alto, a julgar pelas manifestações do público, foram a interpretação de música de Michael Jackson, por harpas, com o acompanhamento de palmas e sapateado de grupo de jovens no palco, e  a Marcha Militar, de Schubert, pela orquestra de pianos. Também me agradou muito a música “Meditation and Healling”, de Shinji Inagi, um toque oriental no festival.

Na segunda, o FEMUSC se redimiu, com a apresentação da Orquestra Sinfônica Juvenil da Bahia, que interpretou Bernstein, Villa-Lobos -  Bachianas Brasileiras 4, Tchaikovsky – abertura de Romeu e Julieta e Stravinsky – O Pássaro de Fogo. Foi um espetáculo fenomenal, grandioso. O público aplaudiu de pé e por minutos a fio, várias vezes. E a orquestra ainda tocou mais três números de bônus.

Esse magistral espetáculo poderia ter sido a grande atração da abertura. Mas o importante é que eles estiveram aqui e nos brindaram com as suas interpretações fantásticas. Agradecemos o talento e a dedicação desses músicos tão jovens. Que voltem sempre.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

GAIOLAS ESTRAGADAS, PASSARINHOS LIVRES


   Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

Acabo de ler mais uma crônica do meu amigo Amílcar, leitor de carteirinha que sou, e um trecho me saltou aos olhos: “Que pena que as gaiolas estão estragadas, podias ter passarinhos só para ti.” Alguém disse isso porque o cronista tirou as portas das gaiolas para que os passarinhos viessem comer quando quisessem, sem prendê-los.

Infelizmente ainda há muitos “seres humanos” que pensam como quem proferiu a frase que transcrevi da crônica do Amílcar. Chamou-me a atenção o tema, porque ainda esta semana, ao pintar o muro da casa da minha cunhada, cuidei para não incomodar o morador de uma  casinha de passarinho pendurada perto do portão. Não vi se havia ovos, mas acho que havia, pois a passarinha aparecia de vez em quando e ela e outro passarinho cantavam maviosamente, a todos os pulmões. Poderia haver ovos ou, quem sabe, filhotes.

Para que prender os passarinhos, se eles vêm cantar para a gente, graciosamente, se respeitarmos o seu direito de voarem, livres? Na minha casa eles vêm cantar no telhado, no jardim, nas calhas, na porta da cozinha. Até entram, às vezes, se não houver ninguém a vista, para pegar os restos da comida da Xuxu, nossa pinscher de dezenove anos, que está cega e surda e acaba espalhando a comida para fora do prato.

De manhã, é uma cantoria só. Moramos na cidade, mas às vezes dá a impressão que a gente está no sítio. Como ter coragem de prender passarinhos assim?

Bem a propósito, estava hoje na casa de minha tia, no Estreito, e meu primo apareceu lá, também, com seu filho. E ele trazia o que, com ele? Uma gaiola com um curió, que ele leva a todos os lugares aonde vai. E o passarinho cantava, como cantava. Maviosamente, maravilhosamente. Eu não falei nada, mas lembrei das gaiolas “estragadas” do Amílcar e uma tristeza imensa invadiu-me. Será que há quem pense que os pássaros cantam por estarem felizes, dentro de uma gaiola? Que terá feito aquela pequena e bela criatura para merecer a prisão? Sei que o primo não faz por mal, ele é um bom menino, a intenção deve ser proteger o pássaro, até. Mas não se pode tirar a liberdade de um ser vivo, assim, sem mais nem menos.

O ser humano é complicado. Por que tolher a liberdade de passarinhos inocentes? Apenas porque cantam magistralmente?

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

O FESTIVAL DE MÚSICA DE SANTA CATARINA


    Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

A música, a verdadeira música, universal, atemporal, vai invadir de novo a cidade de Jaraguá do Sul, conforme esperamos o ano todo. É o divino som dos instrumentos, tocados por músicos talentosos e dedicados, que embalarão nossas almas e nossos corações por toda a cidade.

Os novos anos começam magistralmente nesta cidade abençoada, a capital mundial da música em mais um janeiro de sol, de chuva e de sons maravilhosos, a recriação das obras dos grandes mestres. Jaraguá do Sul, a cidade da música clássica, a cidade do FEMUSC, o Festival de Música de Santa Catarina.

A música erudita chega de mansinho e toma conta da cidade, invandindo todos os palcos, todos os espaços, todos os ouvidos. É a consagração da música, da boa música, da divina música. Músicos de todo o Brasil, de todos os cantos do mundo convergem para a Cidade da Música.

Por duas semanas, Jaraguá do sul é uma grande orquestra, Jaraguá do Sul é a Capital da Musica, da verdadeira música, perene e imortal. E eu sigo o caminho das notas musicais, do som que entra pelos meus ouvidos, pela minha pele, pelos meus poros e me embriaga, me fascina.

Sigo para Jaraguá do Sul, para ouvir música o dia inteiro, para ouvir música da melhor qualidade, para ouvir os intérpretes que vem de todos os lados para executar as páginas transcendentais dos maiores compositores do mundo. Os anjos da música, corpos quase etéreos que vibram inteiros com seus instrumentos, como se fossem extensões deles, espalhando música para todas as direções.

Abençoados sejam esses músicos e seus instrumentos, que vem para Jaraguá para formar a maior orquestra do mundo e nos brindar com a melhor música que há. Como não ir para Jaraguá neste novo janeiro, seguindo o rastro da boa música? O ano não começa sem a música que invade a cidade. Viva a Música, divina Música. Viva Jaraguá do Sul.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

A DERROCADA DA JUSTIÇA


   Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

E o julgamento do século, finalmente acabou – acabou? – mas virou piada, como tudo neste país. O mensalão, um dos maiores escândalos de corrupção do Brasil, em todos os tempos, foi a julgamento, enrolaram por longo tempo, anos na verdade, mas sabíamos que não dava para esperar muito de todo esse circo que se formou, pois a própria justiça brasileira está falida, e não é de agora.

Os advogados dos acusados apresentaram as desculpas mais deslavadas e os juízes, alguns deles, defenderam os bandidos. Não aceitaram, por exemplo, investigar o chefe maior da gang. Acreditam, portanto, que ele não sabia do Mensalão. Parece brincadeira, mas é isso mesmo: o chefão sai como inocente disso tudo, quando na verdade todos sabem que a história não é bem assim.  

Alguns dos mais “importantes” mensaleiros foram condenados à pena no regime semiaberto, o que já é um absurdo. E com as maiores regalias. Até “empregos” milionários, como para José Dirceu, entre outros, foram arranjados. Primeiro foi num hotel, com salário de vinte mil reais. Não é assinte? Aí acabaram desconfiando e abortaram, mas arranjaram outro, para que o meliante não fique na cadeia. Outro pediu para ficar em casa porque sua dieta era à base de salmão defumado. Outro, ainda, pediu para ficar em casa porque estava doentinho. Pode? É engraçado que aqui, no mundo real, qualquer ladrão de pão vai para a cadeia e apodrece lá, mesmo que tenha roubado o pão para matar a fome dos filhos. Mas os “poderosos”, esses têm toda a mordomia. A justiça, ah, a justiça no Brasil, é uma vergonha, como quase todas as outras instituições.

Levou sete anos, desde que o Mensalão parou de funcionar (parou?), para acontecer o julgamento. E o que vemos é a justiça passando a mão na cabeça dos protagonistas do famigerado episódio de extrema vergonha e constrangimento para a nação.

Que justiça é essa, que não vê crime na intensa corrupção e impunidade que grassa no país? Só no Brasil mesmo para ter “simpatizantes” dos “políticos” no corpo de juízes do STF. O resultado do julgamento demorou, demorou, mas acabou em pensão vip para os ladrões. Nem o cargo político alguns perderam, é possível uma coisa assim? Temos, no Brasil, “políticos” de primeiro escalão que são presidiários. Beleza, não? A perda do cargo não deveria ser automática para um condenado por crime transitado em julgado, ficha sujíssima? É explícito o descaso para com o cumprimento da justiça neste nosso país e as barbaridades continuam. As eleições estão aí, este ano. Será que saberemos votar? Será que haverá candidato em quem se possa votar?

A impunidade continuará, indefinidamente? Vamos continuar aceitando que continuem promovendo a falência de nosso país? Estamos vendo a derrocada da saúde, da educação, da segurança, até da justiça neste Brasilzão de Deus (ou dos corruptos?). Isso precisa mudar.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

VIDA NOVA PARA NOSSO PLANETA

 
Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

O ano de 2014, infelizmente, não começou nada bem. Não falo nem na corrupção e no descaso à saúde, à segurança, à justiça, etc. Então por quê? Por causa do tempo, das tempestades, da natureza? Não, por causa de nós mesmo, por nossa culpa, nós, seres humanos. As enchentes, ventos e calor inclemente são apenas consequencias. Se não respeitarmos a natureza, ela também não terá como nos devolver respeito e segurança. É uma troca natural e justa. Então, temos que ter responsabilidade e esperança.
Temos que fazer deste ano o ano da conscientização e do propósito de cuidar do nosso lar, cuidar do nosso planeta Terra, que até aqui só fizemos tentar matá-lo. E ele está estertorando.Então, este novo ano terá que ter a marca da renovação, da certeza de que podemos mudar, de que podemos provocar mudanças em nós e no próximo, de que essas mudanças precisam começar e podem trazer, oxalá, condições de vida melhor para todos se tivermos um planeta mais vivo, mais saudável, com o meio ambiente e a natureza protegidos.
E essa esperança de um futuro melhor, sem poluição do ar do nosso planeta, da água, do mar e do solo, vai nos trazer uma coisa não menos importante: a paz. Precisamos plantar, cultivar e disseminar a paz, sem a qual todo o resto, até a esperança, será em vão. E sabemos que nós somos o instrumento da paz, os construtores da paz, os responsáveis pela sua existência e permanência.
Não podemos contar com uma transformação instantânea, com a correção dos erros do passado em um piscar de olhos. Mas precisamos começar. Com urgência. Temos que participar da renovação, com solidariedade e honestidade, fazendo cada um a sua parte.
Nossa sociedade está imersa em uma era de corrupção e mentiras e precisamos redirecionar essa energia para o cuidado necessário que temos de ter com o nosso pequeno mundo, entrando em uma nova era, esta de transparência e verdade. Impossível? Este é o ano da esperança e da realização, não haverá esperança se não tentarmos construir um futuro melhor. Temos que trabalhar e contribuir para que a natureza seja nossa aliada, neste caminho para a paz, e não nossa inimiga. Temos que parar de desafiá-la e protegê-la. Precisamos nos unir a ela para salvar nosso planeta.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

2014 MELHOR


Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br


O ano de 2013 foi mais um onde grassou a corrupção e a impunidade. Os brasileiros viram, infelizmente, o julgamento do mensalão virar piada, com os “presos” pedindo e conseguindo as mais absurdas regalias, sem contar que ninguém nunca devolveu nada do que foi roubado. A constatação da falência e banalização da justiça brasileira.
Para o ano de 2014, esperamos que a ética e a moral voltem a ser qualidades valorizadas tanto para nossos “políticos”, quanto para a nossa justiça, que no corrente ano mostrou muito bem que de justa não tem nada. Este ano temos eleição, tomara que tenhamos candidatos decentes.

Que a corrupção e a impunidade sejam combatidas veementemente e que a justiça pare de passar a mão na cabeça de políticos ficha suja, como tem feito nos últimos anos. Aliás, por culpa da “justiça”, a lei da ficha limpa ficou sem efeito, pois os tribunais reconduziram políticos corruptos a cargos públicos.

Queremos apenas políticos que não legislem apenas em causa própria, que se preocupem com o cidadão brasileiro, que se preocupem com a saúde pública, com a segurança pública, com a educação, que foram destruídas nos últimos tempos. Político que façam o seu trabalho, pois eles são eleitos para trabalhar pelo povo.

Queremos, para 2014, políticos honestos, que realmente representem o povo brasileiro. É pedir demais? Queremos ver menos notícias de roubos, assaltos, mortes, apropriação indébita do dinheiro público, superfaturamentos, desvios de valores.

Sabemos que não será um mar de rosas, mas sabemos também que 2014 pode ser melhor. Precisamos avaliar melhor os candidatos, nas próximas eleições, para que possamos renovar essa corja de “políticos” que temos aí, na sua grande maioria. E se não houver candidato decente, que votemos em branco, que anulemos nosso voto, para manifestar nosso protesto contra os candidatos que almejam a vida pública apenas para enriquecerem.

 

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

NASCEU UM NOVO ANO



Por Luiz Carlos Amorim - Escritor - Http://luizcarlosamorim.blogspot.com


Um ano novo acaba de nascer e o sol, mesmo intercalado com a chuva, o jacatirão florido, o flamboiã espalhando vermelho pelas calçadas, me dizem que 2014 será bom.

Por isso, não desejo muito deste novo ano. Peço apenas o possível: crianças na escola, velhos assistidos, ou seja: educação e saúde neste nosso Brasil e por todo este mundão de Deus; trabalho para todas as pessoas e alimento na mesa de todos, em qualquer lugar; ética e honestidade em todos as atividades do ser humano, principalmente na "política" e conscientização geral de que precisamos preservar a natureza para que haja um futuro amanhã.

Que saibamos cuidar do nosso meio ambiente. Que paremos de desmatar, que possamos diminuir a poluição, para que nossos filhos e netos possam ter um mundo viável mais adiante. Não quero, para todos nós, filhos de Deus, uma felicidade instantânea e fácil; quero uma felicidade conquistada, verdadeira e merecida. Uma felicidade perene.

Quero sorriso no rosto das pessoas, mas não sorrisos tristes. Quero sorrisos iluminados, pejados de fé e esperança, que se não os houver, não haverá vida. Quero luz no olhos de toda a gente, faróis a apontar o caminho. Quero paz no coração de todo ser humano, quero carinho a semear ternura, quero uma canção em todos os lábios, a propagar a fé.

Quero pedir aos homens, principalmente aos que detém o poder, o fim das guerras, que o seu coração foi feito para abrigar a paz, e seus lábios, suas mãos e seus olhos foram feitos para disseminá-la. O homem não foi feito para deter o poder em suas mãos e com este poder destruir seu semelhante. Peço à força maior que rege o universo que erradique do coração do homem a ganância, a inveja, o ódio, a indiferença.

Não estou pedindo nada impossível, tudo o que peço pode se tornar realidade, se todos quisermos. E precisamos querer, para que este próximo ano que se inicia seja bom, seja melhor que os anteriores. Para que os nossos sonhos possam continuar, para que possamos ter esperança de realizá-los.
Felizmente, somos teimosos e não perdemos a esperança no futuro. Haveremos de ter sempre essa esperança abençoada que nos impulsiona a viver. Então, estamos impregnados de esperança e de desejo de paz para iniciar o próximo ano. Precisamos iniciar uma nova era, a era da paz, da honestidade, da conscientização, da justiça verdadeira. Utopia? Sonho? Mas o sonho é esperança! Se não tivermos sonhos, o que será da esperança? E o sonho e a esperança podem e devem nos levar à realização.
A poesia aguça a nossa capacidade de amar, de sermos solidários, de preservar a vida e a natureza, de cultivar a paz. E precisamos disso para iniciar o ano novo.