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sábado, 27 de maio de 2017

SABER LER E ESCREVER AOS 7 ANOS



Por Luiz Carlos Amorim - Escritor, editor e revisor, Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, com 36 anos de trajetória, cadeira 19 na Academia SulBrasileira de Letras. http://luizcarlosamorim.blogspot.com.brhttp://www.prosapoesiaecia.xpg.uol.com.br

Em 2012, eu escrevia, num artigo indignado: Numa época quando se combate tanto a qualidade duvidosa da educação brasileira e quando se comprova isso, com resultados do Ideb e do Enem, com a escola pública cada vez mais abandonada pelo poder público, quando se qualifica pouco e se paga mal os professores, quando constatamos que as mudanças feitas no sistema de ensino fundamental são catastróficas, o MEC – Ministério da Educação, lança o “pacto para a
lfabetizar aos oito anos”.

Li matéria no Estadão de 24 de setembro(2012), anunciando para o mês de outubro o lançamento do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, que estabelece que toda criança deve estar alfabetizada no fim do 3º ano do ensino fundamental, ou seja, aos oito anos. E pior, é o que prevê, também o Plano Nacional de Educação, em tramitação no Congresso.

Idade certa? Oito anos? Ora, isso é mais um retrocesso, dos tantos que já tivemos na educação brasileira. Vimos alertando para o fato de que, com as mudanças feitas no ensino fundamental, nos últimos anos, existem muitas crianças da escola pública que chegam ao terceiro ano, às vezes ao quarto, sem saber ler e escrever como deveriam.

Num passado recente, duas ou três gerações atrás, as crianças chegavam ao fim do primeiro ano do primeiro grau já sabendo ler e escrever. Uma geração antes, ainda, quando jardim de infância e pré eram coisas de crianças de famílias ricas, a gente entrava direto no primeiro ano, aos sete anos, e no final daquele ano saía lendo e escrevendo.
Eu sei, porque sou dessa geração.

Mesmo levando em conta que acrescentaram o pré-escola ao primeiro grau, aumentando o ensino fundamental de oito para nove anos, temos que considerar que a idade de alfabetização não mudou, pois as crianças estão começando também um ano mais cedo. Então o segundo ano do primeiro grau corresponde ao primeiro ano antes da mudança, mas continua sendo o ano da alfabetização e continua sendo aos 7 anos de idade.

Então porque agora o governo retardou em um ano esse aprendizado? Para mascarar a má qualidade do ensino público, para continuar desprezando e relegando ao léu a educação brasileira? Legalizaram a falência da educação.

Agora, neste mês de abril
de 2017, foi apresentada, pelo Ministério da Educação (MEC), a terceira versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) prevendo que, ao fim do 1.º ano do ensino fundamental, ou seja, aos 7 anos, as crianças saibam ler e escrever. O texto, que segue para análise e aprovação do Conselho Estadual de Educação (CNE), define que, ao fim do 1.º ano do fundamental, os alunos devem conseguir escrever “espontaneamente ou por ditado” palavras e frases.
Ora, como disse acima, alfabetização sempre foi aos 7 anos e funcionava, quem mudou isso foi o próprio poder público, que sucateou a educação, nas últimas décadas, e mudou a idade para oito anos, apenas para tentar esconder a má gestão do ensino brasileiro. Tomara que cumpram a palavra e a retomada seja realidade, pois é preciso resgatar a educação brasileira, sem o que não haverá futuro para nossos filhos e netos.

Precisamos que o governo brasileiro, através do Ministério da Educação, cuide com mais atenção da educação brasileira, faça modificações no ensino para melhorá-lo e não para piorá-lo, como bem provou o “pacto” para retardar a alfabetização de nossas crianças e as mudanças recentes no ensino médio, e invista mais, muito mais, para que nossos professores sejam melhor qualificados, nossas escolas melhor equipadas e para que os profissionais da educação sejam dignamente remunerados. Existem Estados brasileiros, vários, ainda hoje, que não cumprem a lei que determina o pagamento do piso mínimo para os professores. Como querer um bom desempenho de quem não é bem pago?

domingo, 21 de maio de 2017

DIA DO TRABALHADOR DAS LETRAS



       Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 37 anos de literatura neste ano de 2017. Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. http://www.prosapoesiaecia.xpg.uol.com.brhttp://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

Hoje é o dia do Profissional de Letras. Eu nem sabia que existia este dia, mas é uma boa oportunidade para homenagear os amigos escritores, jornalistas, revisores, editores, etc.

A todos aqueles que produzem textos e a todos que, de uma forma ou de outra fazem chegar os nossos textos aos leitores, vida longa e inspiração para continuarem o seu trabalho. Que consigamos incutir o gosto pela leitura, que consigamos difundir o hábito de ler.

Vivemos uma revolução no ato de ler e de publicar. Então o Profissional de Letras, que não considero ser apenas o escritor, tem novas armas para chegar até o leitor. Já não contamos apenas com o livro tradicional de papel, com o jornal, com a revista. Hoje o livro digital está conquistando o seu lugar, embora o livro impresso continue mais vivo do que nunca. A internet é um espaço democrático que veio para possibilitar a publicação de toda e qualquer produção literária, desencarecendo o ato de fazer chegar nosso texto até o leitor e revelando bons autores.

Então, que vivam os escritores, editores, jornalistas e que eles façam com que tenhamos cada vez mais leitores.

sábado, 13 de maio de 2017

SEMPRE É DIA DAS MÃES



    Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 37 anos de literatura neste ano de 2017. Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. http://www.prosapoesiaecia.xpg.uol.com.brhttp://luizcarlosamorim.blogspot.com.br
 
Dias das Mães é, talvez, o dia mais relevante das tantas datas comemorativas e merece, de fato, muita comemoração, porque elas, as mães, são as criaturas mais importantes desse mundão de Deus. Não que os outros dias não o sejam, porque todos os dias são delas. São elas que nos trazem ao mundo. São elas que dão filhos aos homens, que dão netos aos avós e assim por diante. Sem elas não existiríamos.
É a nossa mãe que se dedica a nós, seus rebentos, pela vida afora. E quando a gente cresce e vamos viver a nossa vida para recomeçar o ciclo, ela fica esperando que os filhos voltem para uma visita, nem que seja rápida, trazendo os netos.
Fico matutando, aqui, quando o Dia das Mães vai chegando, que ver a filharada debandar dói um bocado para nós, pais, imagine para as mães. O coração fica apertado, a saudade toma proporções astronômicas e a casa fica enorme, imensa, vazia, silenciosa e triste.
Nossa filha Fernanda veio passar um tempo conosco, inclusive para ajudar, que a mãe fez uma cirurgia delicada, no final de 2015. E quando maio de 2016 estava quase chegando, ela foi embora, pois ela e o marido foram morar na França.
E então tudo se repete. Depois de mais de quatro meses, a casa volta a ficar grande demais, maior ainda. A saudade, que já estava instalada porque Daniela está bem longe, do outro lado do Atlântico, em Portugal, consegue ficar maior, aumenta de novo… Era muito bom ter a casa ocupada, mais viva de novo… Fernanda voltou este ano, mas ficou  apenas duas semanas, a vida dela é na França, tem lá a família, trabalho, casa.
E no Dia das Mães, a mãe não terá, de novo, a filharada aqui e a casa, tão grande, continuará não tendo barulho de criança. Ou da nossa filharada, porque para os pais eles nunca crescem, são sempre crianças. Mas elas moram no coração da gente, são inquilinas cativas, e a mãe pode conversar com elas como se estivessem aqui, até olhando nos olhos, com toda a tecnologia de comunicação que temos, hoje, à disposição. Só faltará o abraço, o beijo, mas uma mãe sabe como abraçar a alma, beijar a alma da sua filharada, independente da distância.
Pois uma mãe é mãe em tempo integral, a ligação com sua prole é condição sine qua non, então eles estarão sempre juntinho, não importa aonde estejam.
Que todas as mães sintam-se abraçadas e beijadas por seus filhos e que todos os filhos também sintam-se abraçados e beijados pelas suas mães. Sempre.
Parabéns, com um grande abraço e um grande beijo que eu vou levar para ela, para a Dona Iracina, minha mãe, que além da passagem do seu dia, também faz aniversário no dia 10 de maio: 83 anos. Tudo em dobro.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

TARDE DE AUTÓGRAFOS NA FEIRA CATARINENSE DO LIVRO


Nesta sexta, dia 12, a partir das 16 horas, eu e a Urda Alice Klueger estarmos na Feira Catarinense do Livro, no Largo da Alfândega, em Florianópolis. Todos estão convidados: leitores, escritores, amantes da leitura. Clique no convite para ver em tamanho maior.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

DIA DA LINGUA PORTUGUESA

Clique no recorte para ver em tamanho maior e mais legível.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

CORES DE INVERNO, SAFRA DE TAINHA, ETC.

Por Luiz Carlos Amorim - Escritor, editor e revisor, Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, com 36 anos de trajetória, cadeira 19 na Academia SulBrasileira de Letras. http://luizcarlosamorim.blogspot.com.brhttp://www.prosapoesiaecia.xpg.uol.com.br


O inverno está chegando, apesar de estarmos apenas no começo de maio. É, estamos no outono, mas o frio acabou de chegar. Aquele tempinho bom de colocar uma roupa mais quente, fazer pão em casa e deixar aquele cheirinho delicioso tomar a casa inteira, junto com o cheiro do café feito na hora, aquelas sopas maravilhosas que em outras épocas a gente não tem oportunidade de degustar, o chá perfumado e fumegante, etc., etc.

Dias de se aconchegar com os nossos entes mais queridos, com a família, com os amigos, pois na casa da gente ou na casa dos outros, é muito bom nos reunirmos, nos aproximarmos mais. Tempo de colocar todos à volta da mesa para convivermos mais, convivermos mais, nos aproximarmos mais.

O frio antecede a sua estação, e a gente já começa a esperar a chegada da tainha, o prato principal do inverno, aqui em Santa Catarina, talvez até no Brasil Os cardumes vem em junho, quando são pescadas toneladas, mas algumas já começam a aparecer. Já disse em outra oportunidade que inverno sem tainha não é inverno e o fato de ter esfriado nos traz a presença, ainda tímida, da vedete das nossas mesas nos dias frios do litoral.

Até o manacá-da-serra, o jacatirão de inverno, já está começando a florescer, também por antecedência, pois o tempo dele é junho, julho. Tenho visto pés de manacá-da-serra pejados de botões, uma abundância de promessas de cores no nosso inverno. Só faltava a azaleia não atrasar este ano e se adiantar um pouco para o inverno todinho se deslocar para mais cedo.

Mantas, cobertores, casacos, meias e, quem sabe, luvas, cachecóis, botas, todos a postos. O inverno está aí. E as cores também. Porque inverno não quer dizer ausência delas, vejam a quantidade de flores que temos na estação dos galhos secos por causa do frio: temos jacatirões (manacás-da-serra), azaléias, flamboiãs, ipês, bouganvílias, cerejeiras japonesas, orquídeas, cravos, begónias, lírios, gérberas, camélias, magnólias, etc., etc. O inverno é aconchegante e colorido. Inverno é vida.


Meu manacá-da serra não está cheio de botões, como muitos que tenho visto por aí. Mas tudo bem. No inverno do ano que vem, quem sabe? Ele é muito jovem, surgiu no meu jardim sem que eu o tivesse plantado, então é uma dádiva, um presente, e ele florescerá quando tiver vontade. Meu jacatirão de inverno que estava plantado no meio do jardim morreu, depois de grande floradas. Eu o podei porque estava enorme, mas devo ter feito alguma coisa errada, infelizmente. Mas o novo está crescendo e logo florescerá. E suas flores se juntarão às dos hibiscos, das azaleias e outras flores do meu pequeno jardim, em um inverno próximo. Não tenho pressa. O inverno sempre volta. As cores também.