Por Luiz Carlos Amorim –
Escritor, editor e revisor – Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA,
que completa 37 anos de literatura neste ano de 2017. Cadeira 19 da Academia
Sulbrasileira de Letras. http://www.prosapoesiaecia.xpg.uol.com.br – http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br
Dias das Mães é, talvez, o dia mais relevante das tantas datas
comemorativas e merece, de fato, muita comemoração, porque elas, as mães, são
as criaturas mais importantes desse mundão de Deus. Não que os outros dias não o
sejam, porque todos os dias são delas. São elas que nos trazem ao mundo. São
elas que dão filhos aos homens, que dão netos aos avós e assim por diante. Sem
elas não existiríamos.
É a nossa mãe que se dedica a nós, seus rebentos, pela vida afora. E quando
a gente cresce e vamos viver a nossa vida para recomeçar o ciclo, ela fica
esperando que os filhos voltem para uma visita, nem que seja rápida, trazendo
os netos.
Fico matutando, aqui, quando o Dia das Mães vai chegando, que ver a
filharada debandar dói um bocado para nós, pais, imagine para as mães. O
coração fica apertado, a saudade toma proporções astronômicas e a casa fica
enorme, imensa, vazia, silenciosa e triste.
Nossa filha Fernanda veio passar um tempo conosco, inclusive para ajudar,
que a mãe fez uma cirurgia delicada, no final de 2015. E quando maio de 2016 estava
quase chegando, ela foi embora, pois ela e o marido foram morar na França.
E então tudo se repete. Depois de mais de quatro meses, a casa volta a
ficar grande demais, maior ainda. A saudade, que já estava instalada porque
Daniela está bem longe, do outro lado do Atlântico, em Portugal, consegue ficar
maior, aumenta de novo… Era muito bom ter a casa ocupada, mais viva de novo… Fernanda
voltou este ano, mas ficou apenas duas
semanas, a vida dela é na França, tem lá a família, trabalho, casa.
E no Dia das Mães, a mãe não terá, de novo, a filharada aqui e a casa, tão
grande, continuará não tendo barulho de criança. Ou da nossa filharada, porque
para os pais eles nunca crescem, são sempre crianças. Mas elas moram no coração
da gente, são inquilinas cativas, e a mãe pode conversar com elas como se
estivessem aqui, até olhando nos olhos, com toda a tecnologia de comunicação
que temos, hoje, à disposição. Só faltará o abraço, o beijo, mas uma mãe sabe
como abraçar a alma, beijar a alma da sua filharada, independente da distância.
Pois uma mãe é mãe em tempo integral, a ligação com sua prole é condição sine qua non, então eles
estarão sempre juntinho, não importa aonde estejam.
Que todas as mães sintam-se abraçadas e beijadas por seus filhos e que
todos os filhos também sintam-se abraçados e beijados pelas suas mães. Sempre.
Parabéns, com um grande abraço e um grande beijo que eu vou levar para ela,
para a Dona Iracina, minha mãe, que além da passagem do seu dia, também faz
aniversário no dia 10 de maio: 83 anos. Tudo em dobro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário