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domingo, 31 de outubro de 2021

CRÔNICA SEMANAL DA PANDEMIA – 24-30.10.2021

                           Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 40 anos em 2020. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

Semana chuvosa em Portugal, sem a luz única de Lisboa, eu aproveitei para assistir o campeonato mundial de ginástica rítmica, escrevi um pouco e até assisti noticiários e li alguns jornais brasileiros, como o Notícias do Dia, O Globo, Folha, Estadão. Li quase nada, ainda estou lendo o novo livro da poeta Eloah e um novo do Agualusa. No início da próxima semana começo a trabalhar na nova edição da revista SUPLEMENTO LITERÁRIO A ILHA, de dezembro. A pandemia parece quase não existir, aqui, mas há umas poucas centenas de novos casos por dia e o número de mortos está abaixo de dez por dia. Quer dizer: ela está aí. No Brasil também, a média de mortos por dia está por volta de quatrocentos, ainda é um número muito alto.

O Rio tem brincado muito. No domingo não lembro de saímos para ir ao parque, mas ele andou de bicicleta dentro de casa mesmo. Vovó também brincou com ele com a bola de pilates, aquela grandona e ele adorou. Segunda fomos ao parque das Amoreiras e ele brincou o tempo todo, brincamos até de esconder, eu ele e a vovó: ele dava a volta no escorregador e eu me escondia debaixo para surpreendê-lo na passada. Ele ria muito e queria mais. Na terça ele aproveitou mais ainda, colocamos ele no balanço, a cadeirinha tem proteção e ele balançou quase alto. À noite, Rio teve visitas, uma família com criança. A Leonora tem um aninho e tanto e eles brincam bastante, apesar da diferença de idade. Fiz pão de queijo, daquele escaldado, e fez um sucesso. Léo e Rio gostam muito e sumiu num instante.

Na quarta, saímos para passear com o Rio e a mãe dele, pelas Amoreiras e pelo Campo de Ourique, passando pelo jardim do segundo dos bairros, onde Rio aproveitou o parquinho. Passamos no mercado para comprar peixe. Mamãe fez um almoço delicioso e voltamos para a casa do vovô e da vovó para a vovó lavar roupa e cozinhar um feijão. À noite, assisti ao campeonato de ginástica rítmica, que está acontecendo no Japão. Vovó fez um camarão ao meio oriental que estava soberbo.

Na quinta, fomos ao parque da Estrela, no bairro do mesmo nome. O Rio se reuniu com um monte de amiguinhos, trocaram brinquedos e divertiram-se muito. Vovó fez um almoço na casa do Rio que estava delicioso e nós voltamos para casa, mas à noite fomos de novo no Rio para fazer um caldo de peixe – garoupa – com camarão.

Na sexta Rio ficou conosco quase todo o dia. Almoçou com papai e mamãe na casa da fofó e do fofo e vovó fez  feijão do brasil com arroz, bife e salada, bem comida brasileira. À tardinha fomos para a casa do Rio e à noite houve sarau, com muitos convidados e cantores do Rua das Pretas, inclusive o último ganhador do The Voice Portugal, Trigacheiro. Rio foi convidado a cantar, mas ficou encabulado com muito público.

No sábado, como estava chovendo, só fomos na casa do Rio à noite e jantamos lá. Ele está muito fofo e grandão e fala tudo. Monta muitas coisas com o lego. É muito inteligente.

E precisamos falar da pandemia, que ainda grassa pelo mundo. O YouTube removeu, no início da noite da segunda, a live em que o presidente Jair Bolsonaro propagou mentiras ao relacionar a vacina contra a Covid à Aids. Na fake news proferida na quinta-feira (21) no Facebook, o presidente associou o imunizante ao risco de se contrair HIV. O próprio Facebook, pela primeira vez, tirou do ar uma live de Bolsonaro. A Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) também divulgou nota para reafirmar que "nenhuma vacina desenvolvida contra a Covid-19 pode causar Aids e que nenhuma vacina tem o potencial de transmitir o vírus do HIV". 

Parte superior do formulário

A CPI da Covid aprovou n terça-feira (26), por 7 votos a 4, o relatório final elaborado pelo senador Renan Calheiros. Com a aprovação, a comissão criada para investigar ações e omissões do governo durante a pandemia encerra os seis meses de trabalho pedindo o indiciamento de 78 pessoas e duas empresas. O documento tem 1.289 páginas e responsabiliza o presidente Jair Bolsonaro por considerar que ele cometeu pelo menos nove crimes. Há ainda pedidos de indiciamento de ministros, ex-ministros, três filhos do presidente, deputados federais, médicos, empresários e um governador – o do Amazonas, Wilson Lima. Duas empresas que firmaram contrato com o Ministério da Saúde – a Precisa Medicamentos e a VTCLog – também foram responsabilizadas. Agora é ver o que vai dar.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que, com o relatório da CPI da Covid em mãos, poderá "avançar" na apuração sobre autoridades com foro privilegiadoA mensagem foi publicada naquarta-feira por Aras numa rede social depois de ele ter recebido um grupo de senadores da comissão. O documento aprovado atribui ao presidente Jair Bolsonaro nove crimes durante a pandemia. A Procuradoria terá de decidir se arquiva os pedidos de indiciamento, se instaura um inquérito ou se apresenta denúncia. Aí é que mora o perigo. É ver pra crer.

Integrantes da cúpula da CPI da Covid entregaram na quinta-feira (28) uma cópia do relatório final da comissão ao presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux.

 A agência reguladora norte-americana autorizou na sexta-feira (29) que a vacina da Pfizer contra a Covid-19 seja aplicada em crianças de 5 a 11 anos nos Estados Unidos. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, ainda precisa dar seu aval para a campanha e estabelecer os protocolos. A expectativa é que o parecer seja o primeiro passo para, talvez já na próxima semana, começar a vacinação de um público de 28 milhões de pessoas dessa faixa etária. A dose prevista para crianças representa um terço da aplicada em adultos. 

Roma conheceu no sábado ao menos dois Bolsonaros. Em sua versão oficial, o presidente brasileiro exaltou, durante discurso na cúpula do G20, a campanha de vacinação contra a covid-19 e disse que seu Governo está comprometido “com uma agenda de reformas estruturantes”. Nos bastidores do encontro e em entrevista a jornalistas, Jair Bolsonaro disse que a economia nacional está ”voltando bem forte”, que “a Petrobras é um problema” e que tem “um apoio popular muito grande”. Mas muito pouco do que o presidente projetou sobre seu Governo na capital italiana se sustenta na realidade. Pra variar, a mentirada de hábito.

Como já disse no ínicio, a pandemia ainda está aí, embora façamos de conta que ela acabou. Ainda precisamos ter cuidado.

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

CRÔNICA SEMANAL DA PANDEMIA – 17-23.10.202

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 40 anos em 2020. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br
Semana movimentada por aqui. No domingo, fomos turistar no Cais do Sodré e aproveitamos para conhecer bairros vizinhos. Muita gente na rua, a única coisa que lembra a pandemia são algumas máscaras. Os números da pandemia oscilam aqui em Portugal, mas estão mais baixos, menos de quatrocentos casos por dia e menos de dez mortes. Esperemos que oscilem mais para baixo.
Na terça, Rio e os pais voltaram da França e foi uma festa: deu pulos de alegria por estar em casa, foi no quarto dele brincar um pouquinho com os brinquedos preferidos e de tarde, depois de entrarmos no nosso novo apartamento, nas Amoreiras, divisa com Campo de Ourique, fomos passear no parque com ele e também brincou muito por lá. Na quarta, fomos fazer o pequeno almoço – café da manhã – na Paula, pertinho da casa do Rio e eu fiz ele chorar, pois quando chegamos ele já estava lá: fui dar um cheiro e ele virou a cabeça e bateu na mesa. Não machucou, mas ele chorou muito. Sempre brincamos com os cheiros e as quase mordidas na barriga, mas desta vez ele estava muito pertinho da mesa. Depois papai e mamãe foram trabalhar e nós ficamos com ele, fomos passear e fomos ao parque e ele ficou bem. Ah, Rio cortou o cabelo esta semana, está com mais cara de moleque e mais compridão. Mais lindao, também.
Na quinta, fomos ao Parque Eduardo Sétimo e Rio divertiu-se muito no parquinho infantil, pois há alguns brinquedos diferentes lá e ele andou até na tirolesa. Na sexta fizemos compras e saímos com o Rio. À tarde, encontramos com a prima Fab, de São Francisco do Sul, na Baixa Chiado. Ela mora aqui em Sintra há alguns anos. Foi muito bom. Tomamos um café e conversamos muito. Próximo encontro vai ser aqui em casa, para um jantar.
No sábado, batemos perna até o Chiado, Bairro Alto, etc., passando pelo Cais Sodré e adjacências. Tudo a pé. Estamos andando uma média de 9 quilômetros por dia. Já perdi mais de um quilo. Estamos à procura de um doce de Tentúgal, mas achamos que vamos ter que ir até lá para provar o legítimo. No sábado, também, Rio fez a primeira visita à casa de vovô e vovó. Trouxe presente e ganhou um dinossauro também.
Esta semana assisti ao campeonato de ginástica artística, no Japão. Brasileiros como a Rebeca, deram show. Ela levou duas medalhas, uma de ouro e outra de prata. Campeã. Tenho lido pouco e escrito pouco, também, mas na próxima semana começo a preparação da edição 159 da revista SUPLEMENTO LITERÁRIO A ILHA. Tenho procurado ver um pouco de noticiário, mas é pouco mesmo. Aqui em Lisboa não é mais obrigatório usar máscara na rua, mas nós ainda usamos. É bom prevenir, que as variantes continuam.
A média de mortes por covid, no Brasil, na última semana, está em menos de quatrocentos, mas o meio da semana teve dias com mais de quatrocentos mortes. Ainda estão muito altos os números do Brasil. A média de novos casos está em mais de doze mil por dia.
Começou a ser exibida, segunda-feira (18) a série "Vítimas do negacionismo", que fala das mortes causadas pela desinformação a respeito da Covid-19. São mais de 600 mil mortos no Brasil durante a pandemia, que foi agravada por uma enxurrada de fake news disseminadas nas redes sociais. Dissecou mensagens mentirosas e distorcidas contra máscaras, em defesa de receitas e medicamentos ineficazes e contra as vacinas, entre outros temas recorrentes de negacionistas. Mais do que confundir ou criar dúvida na população, essas mensagens falsas têm levado as pessoas a tomar atitudes que colocam a própria vida e a de outras pessoas em risco. A CPI ouviu nesta segunda-feira (18) relatos de pessoas afetadas pela Covid-19. Com perfis variados, os depoentes relataram de forma emocionada aos senadores como perderam parentes e cobraram justiça. Nas falas, houve também uma série de críticas ao comportamento de Bolsonaro durante a pandemia e declarações favoráveis à vacinação.
Na terça, O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros, distribuiu a senadores cópias da minuta do relatório da comissão – a leitura final está prevista para amanhã. Em versão provisória, o texto ainda pode sofrer alterações. Há divergências entre membros do colegiado a respeito do conteúdo. A versão entregue pelo relator propõe a responsabilização de 69 pessoas – numa versão anterior, eram 63 – pessoas e duas empresas. O documento sugere o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro pela suposta prática de 11 crimes.
O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros, registrou na manhã de quarta(20) o relatório final no sistema do Senado. O texto pede 68 indiciamentos, entre pessoas físicas e empresas. O presidente Jair Bolsonaro é uma delas. Três filhos do presidente, ministros, ex-ministros, deputados federais e empresários também estão na lista. O relator atribuiu nove crimes a Bolsonaro. Os pedidos de indiciamento serão encaminhados aos órgãos competentes, entre os quais a Procuradoria-Geral da República, aos ministérios públicos estaduais e ao Departamento de Polícia Federal. A eles caberá a decisão sobre levar os casos à Justiça. Renan já afirmou que o documento também será enviado ao Tribunal Penal Internacional.
O relatório final da CPI da Covid recomenda que o presidente Jair Bolsonaro seja investigado e, eventualmente, responsabilizado em três frentes devido à gestão do seu governo na pandemia de coronavírus: por crimes comuns, por crimes de responsabilidade e por crimes contra a humanidade. Vamos ver no que dá. Ele se cercou muito bem, tem gente dele em todo lugar. Então, seja o que Deus quiser.
Continuemos a cuidar.
Tamara Zimmermann Fonseca e 1 outra pessoa

domingo, 17 de outubro de 2021

CRÔNICA SEMANAL DA PANDEMIA – 10-16.10.2021

   Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 40 anos em 2020. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br 


Começamos a semana indo para o bairro Saldanha, em Lisboa, para pegar senha para fazer a identidade do Rio, que ele foi viajar, então precisava de documento. Lá fica também o mercado, um ótimo mercado com peixaria, frutas e verduras, floricultura, tudo o que é de direito. Uma das melhores peixarias é a da saudosa Açucena Veloso, que agora empresta o nome ao mercado. Passeamos com o Rio por lá, ele foi ao parquinho e brincou muito e voltamos de metro. Ele adorou.

Tomei, finalmente, nesta semana, a minha vacina contra a covid19. Foi a Pfizer e fiquei dolorido por dois dias e ai não deu vontade de fazer nada. Na volta da vacina passamos pela Baixa de Lisboa, Praça do Rocio, Rua Augusta, Praça do Comércio e aproveitamos para comprar uns pastéis de bacalhau com queijo da serra da Estrela e uns travesseiros de Sintra, ainda que não originais, para a janta. Comi castanhas portuguesas assadas pelo caminho, pela primeira vez este ano  – comprei na Areeira, onde fica o centro de vacinação. À noitinha, falamos com o Rio, que está em Paris e ele está felizão de passear por lá, mas ao ver a gente pediu “quero ir pra casa”, mas foi só um instante. Tá muito fofão o Rio, como sempre.

No dia 15, não saí de casa, tive um pouco de reação da vacina, mas foi só dor no ombro. No sábado fomos para Sintra para almoçar lá e comemos polvo no “nosso” restaurante – sempre almoçamos lá quando estamos em Sintra – e bebemos a gloriosa sangria da casa, que é a melhor que conhecemos. Também fomos a Piriquita, para comer o travesseiro de Sintra legítimo e estava uma fila grande e constante, pois a cidade estava tomada de turistas como se não houvesse pandemia. Então entramos num café em frente que servia os travesseiros de Sintra da Piriquita e tivemos a nossa sobremesa. Gostei muito do travesseiro original, o recheio não é só ovos moles, tem também um pouquinho de farinha de amêndoa. Mas cá pra nós, o recheio que eu fiz no Brasil estava quase melhor. Tinha mais farinha de amêndoa e não era tão doce. Não vou contar isto pra dona da Piriquita.

Passeamos pelo centro de Sintra e fotografamos bastante, mas como já conhecemos todos os castelos e palácios da cidade, mais o Cabo da Roca, focamos o olhar naquilo que a gente não tinha tempo de prestar atenção antes: a paisagem urbana, os prédios mais escondidinhos, etc.

Hoje a senhoria mandou o contrato do nosso apartamento, aqui pertinho da casa da Daniela, do Pierre e do Rio, nas Amoreiras, pertinho do Príncipe Real e do Rato. Perto de tudo: do Jardim da Estrela, do Shopping Amoreiras, de Campo de Ourique, do Parque Eduardo Sétimo, que fica numa das pontas da Avenida da Liberdade – na outra fica a Praça do Rocio, quer dizer, fácil de ir para a Rua Augusta, beira do Tejo, etc. Entramos no começo da semana próxima.

E a pandemia, apesar de não parecer, com a quantidade de gente que há nas ruas e em todo lugar, continua aí. As mortes continuam acontecendo e o número de confirmados também.

A CPI da Covid decidiu alterar, na terça, o cronograma para os últimos dias de trabalho da comissão e, com isso, desistiram de um novo depoimento do ministro da Saúde Marcelo Queiroga – esse seria o 3º. No lugar dele, os senadores pretendem convocar o médico Carlos Carvalho. Ele é o responsável por coordenar um estudo com parecer contrário ao uso dos remédios do chamado "kit Covid" no combate ao coronavírus. Propagandeados pelo presidente Jair Bolsonaro ao longo de toda a pandemia, os medicamentos são comprovadamente ineficazes contra a doença.

Na quarta, foi divulgado que o Brasil passou da marca de 100 milhões de pessoas totalmente imunizadas contra a Covid. São 100.499.968 vacinas aplicadas em segunda dose ou dose única – isso equivale a 47,11% da população do país. Dados registrados às 20h do dia 13. Entre os que estão parcialmente imunizados, já receberam a primeira dose quase 149.950.990 (70,29% da população). A dose de reforço foi aplicada em 2.704.015 pessoas (1,27% da população). 

O relatório final da CPI da Covid deve pedir o indiciamento de Bolsonaro por 11 crimes na condução da pandemia de coronavírus. Ministros, ex-ministros e filhos do presidente também devem ser responsabilizados. Em quase seis meses de trabalhos, a comissão interrogou 59 pessoas. O relatório deve ser lido na próxima terça-feira (19), e a previsão é que a votação ocorra na quarta-feira (20). Se for aprovado pela maioria dos senadores da CPI, o relatório será enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que terá a tarefa de conduzir as investigações sobre os indiciados com foro privilegiado, caso de Bolsonaro, de ministros e de outros parlamentares. Será? A PGR é que deve conduzir investigações? O capacho do presidente? Sei não...

Devido às equipes reduzidas trabalhando nos municípios, os números de casos e mortes registrados no sistema nacional ficam abaixo do normal, como visto em feriados anteriores e finais de semana; como consequência, apontam uma queda maior que a esperada na média móvel (que leva em consideração os dados dos últimos 7 dias). Por isso, a queda deve ser avaliada com cautela.  O Brasil registrou na sexta-feira 526 mortes por Covid-19, com o total de óbitos chegando a 602.727 desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias ficou em 319 --abaixo da marca de 400 pelo quarto dia seguido.

Então a queda da curva não é real, precisamos continuar tomando cuidado, embora cuidado é o que menos vemos por aí. A pandemia não acabou, infelizmente.

sábado, 16 de outubro de 2021

DIÁRIO DE VIAGEM – 14-16.10.2021

  





                        Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 40 anos em 2020. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br 

É pra ser diário, mas como tomei vacina contra covid o dia 14, fiquei dolorido até a noite passada e ai não deu vontade de fazer nada. Na volta da vacina passamos pela Baixa de Lisboa, Praça do Rocio, Rua Augusta, Praça do Comércio e aproveitamos para comprar uns pastéis de bacalhau com queijo da serra da Estrela e uns travesseiros de Sintra, ainda que não originais para a janta. Comi castanhas portuguesas assadas pelo caminho – comprei na Areeira, onde fica o centro de vacinação. À noitinha, falamos com o Rio, que está em Paris, e ele está felizão de passear por lá, mas ao ver a gente pediu “quero ir pra casa”, mas foi só um instante. Tá muito fofão o Rio, como sempre.

No dia 15, não saí de casa, tive um pouco de reação da vacina, mas foi só dor no ombro. Hoje, fomos para Sintra para almoçar lá e comemos polvo no “nosso” restaurante – sempre almoçamos lá quando estamos em Sintra – e bebemos a gloriosa sangria da casa, que é a melhor que conhecemos. Também fomos a Piriquita, para comer o travesseiro de Sintra legítimo e estava uma fila grande e constante, pois a cidade estava tomada de turismo como se não houvesse pandemia. Então entramos num café em frente que servia os travesseiros de Sintra da Piriquita e tivemos a nossa sobremesa. Gostei muito do travesseiro original, o recheio não é só ovos moles, tem também um pouquinho de farinha de amêndoa. Mas cá pra nós, o recheio que eu fiz no Brasil estava quase melhor. Tinha mais farinha de amêndoa e não era tão doce. Não vou contar isto pra dona da Piriquita.

Passeamos pelo centro de Sintra e fotografamos bastante, mas como já conhecemos todos os castelos e palácios da cidade, mais o Cabo da Roca, focamos o olhar naquilo que a gente não tinha tempo de prestar atenção antes: a paisagem urbana, os prédios mais escondidinhos, etc.

Hoje a senhoria mandou o contrato do nosso apartamento, aqui pertinho da casa da Daniela, do Pierre e do Rio, nas Amoreiras, pertinho do Príncipe Real e do Rato. Perto de tudo: do Jardim da Estrela, do Shopping Amoreiras, de Campo de Ourique, do Parque Eduardo Sétimo, que fica numa das pontas da Avenida da Liberdade – na outra fica a Praça do Rocio, quer dizer, fácil de ir para a Rua Augusta, beira do Tejo, etc. Entramos no começo da semana que vem.

terça-feira, 12 de outubro de 2021

LEITURA, LIVRO, CRIANÇA

 


                         Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 40 anos em 2020. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

 

O dia primeiro de outubro de 2015 foi Dia de Ler. Uma iniciativa da Secretaria da Cultura de Barueri, SP, fez com que mais de 93 mil pessoas aderissem ao projeto DIA DE LER – TODO DIA, participando de sessões de leitura, das 9 da manhã até as 21 horas. Gente de todas as profissões, de todas as religiões, de todas as cores, de todos os graus de instrução leram, naquele dia, qualquer texto, desde bula de remédio, passando pelo gibi, pelo jornal, indo até os clássicos da literatura, não esquecendo a Bíblia, é claro.

Em vista do retumbante sucesso da experiência, optou-se por uma edição nacional do projeto. De maneira que o dia primeiro de outubro será o dia da mobilização nacional pela leitura. O DIA DE LER pretende envolver o maior numero de pessoas em todo o Brasil, fazendo com que cada um leia um pouco ou um pouco mais.

O dia 12 de Outubro, além de ser o tão esperado Dia da Criança, é também o Dia Nacional da Leitura. Também um dia para nos lembrarmos de ler e de dar livros de presente para nossas crianças. Leitura é diversão, conhecimento, cultura e precisamos praticar todos os dias para comemorarmos apropriadamente o Dia Nacional da Leitura.

Já no dia 15, comemoramos o Dia do Professor, esse ser iluminado que nos ensina a ler e a escrever e, por isso, nos abre os caminhos do mundo e da vida, pois tudo que precisamos aprender está nos livros. Então a profissão mais importante do mundo – pois é ela que possibilita que haja todas as outras profissões – tem tudo a ver com livro e leitura.

Para terminar o mês de outubro, que vimos aqui ser o mês do livro e da leitura, temos o Dia Nacional do Livro. Nada mais adequado do que terminar um mês com tantas comemorações ao livro e à leitura, com uma homenagem a este objeto tão importante para o ser humano, que lhe dá a possibilidade de estudar e adquirir cultura e conhecimento.

E viva o livro, viva a leitura, viva os leitores adultos e as crianças, leitores em formação e viva os professores, que nos ensinam a dar o devido valor aos livros.

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

CRÔNICA DE VIAGEM – 08.10-10.10.2021

                            Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 40 anos em 2020. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br



 

No dia 8 de outubro, lindão na Luzboa, com essa cumplicidade da luz única do céu de brigadeiro com as águas do Tejo, saímos para passear com o Rio no Príncipe Real, com duas missões: levar o Rio ao parquinho para brincar no escorregador, na gangorra e outros brinquedos e ir ao posto de saúde para ele tomar uma vacina que faltava, a BCG, e eu tomar a vacina contra a covid. Eu tomei as duas doses da coronavac, mas como a eficácia dela é de cinquenta por cento, estão aplicando uma terceira dose. Então fui procurar pela minha, que não deu tempo para tomar uma terceira dose da Pfizer no Brasil. Não era no posto, mas eles indicaram a central de vacinas. Rio tomou a vacina dele, valentemente, sem chorar, e seguimos para a central. Lá me pediram documentos e certificado de vacinação e verificaram que a minha foi a coronavac, então me informaram que por ser terceira dose, tenho que ter a indicação de um médico. Vou ter que voltar no posto de saúde e pedir a indicação do médico. Afinal, já faz seis meses que tomei a segunda dose, então tenho que agilizar a toma da terceira dose.

No sábado, saímos com o Rio para ir em Saldanha, que ele precisava fazer o cartão de cidadão e a identidade dele para viajar para Paris, e fomos ao parquinho do lado do mercado – excelente mercado onde compramos peixe, frutas e verduras -  e ele brincou a valer. À noite, Rio teve visitas, os pais dele receberam a família de um primo, com um menino com quem brincou muito, e o Nicolau, ótimo declamador de poesia e diretor da RTP TV e sua esposa. Fiz uma feijoada para os convidados, com feijão preto vindo do Brasil e produtos portugueses, que ficou muito boa, servida com salada de couve e de laranja e farinha de mandioca do Brasil, que é fácil de encontrar por aqui.

No domingo, ficamos em casa até de tarde e de tardinha saímos para ir ao parquinho aqui perto, ao lado do Museu da Água, onde Rio adora brincar. Escrevi um pouco, o artigo da semana para os jornais, a Crônica Semanal da Pandemia e um pouco desse diário que é pra ser diário, mas já andei falhando uns dias, tanto que nesta edição estou reunindo três dias.

Tenho lido os jornais O Globo, Folha, Estadão, Estado de Minas, Correio do Povo, O Povo, Notícias do Dia e Diário da Manhã para saber o que acontece no Brasil, mas não tenho visto boas coisas. O presidente continua o mesmo, mentiroso e negacionista de sempre, acho que até pior, pois agora mente para o mundo todo, a corrupção continua comendo solta, a inflação aumentando e o número de mortes não parece querer baixar mais, ainda está muito alto. Espero que as notícias melhorem no Brasil. Aqui em Portugal a pandemia está com números bem baixos, por enquanto, menos de dez mortes por dia, mas o desconfinamento pode colocar esta baixa da curva em perigo. Esperemos que não, que os números continuem baixando com dias de zero mortes, como já aconteceram alguns há poucas semanas.

Há que cuidarmos, ainda, por qualquer lugar onde se vá.

domingo, 10 de outubro de 2021

CRÔNICA SEMANAL DA PANDEMIA - 03-09.10.10.2021

  Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 40 anos em 2020. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br



Semana divertida com o Rio a nos levar para passear pelos parques e jardins da cidade. Fomos aos Jardins da Estrela, Jardins das Amoreiras, Jardim do Príncipe Real, Parque Eduardo Sétimo, Jardim de Campo de Ourique. Todos eles têm brinquedos para crianças e o Rio se esbalda. Mas também são todos lindos e amplos, com muitas árvores, chafarizes, etc. Estivemos no Museu da Água, aqui pertinho da casa do Rio e foi muito interessante. O telhado do prédio do museu é uma área aberta para visita e é um mirante (mirador, aqui) espetacular de onde dá pra ver boa parte da cidade. Estivemos passeando pelo bairro Campo de Ourique, um dos bairros mais gostosos para se morar em Lisboa, onde o Rio nasceu, e onde tem de tudo. Visitamos a minha academia de Pilares – estou voltando a fazer pilates, enfim -, o mercado do bairro, estiloso e completo, onde fizemos compras: compramos peixe e frutas. Fomos ao shopping Amoreiras, também, para comprar os chips dos nossos telefones e Rio brincou muito no escorregador do parquinho infantil. No Sábado estivemos em Sandanha, onde também tem um jardim com parquinho e Rio também brincou bastante. Lá também há um mercado muito bom e mamãe do Rio comprou peixes e nós compramos tomates grandões e frutas. O mercado tem uma peixaria ampla e diversificada e leva o nome de Açucena, a fornecedora de peixes e frutos do mar mais famosa de Lisboa, uma pessoa fantástica, que perdemos, infelizmente, há alguns anos, em um acidente de automóvel.
Rio deslanchou, em poucos dias fala tudo, e muita coisa fala corretamente em português. Não fala mais o bebenês nem o bebeguês, agora só fala português. É impressionante como de uma hora para outra, ele passou a falar tudo. E aprende palavras novas rapidamente, usando-as com correção. Um fofão.
Fui tomar a minha vacina – terceira dose -, mas como tinha certificado de que já havia tomado duas doses, preciso ter indicação médica para poder ser vacinado, como todo mundo por aqui. Vou providenciar na próxima semana. Pierre e Dani conseguiram um apartamento para nós e mudamos em meados do mês. Pensamos que seria mais fácil desta vez, por causa da pandemia – das outras vezes foi muito fácil – mas com o fim do desconfinamento, os turistas estão chegando aos montes e tudo voltou ao normal, talvez a demanda esteja até aumentando.
O escritor tanzaniano Abdulrazak Gurnah é o ganhador do Prêmio Nobel de Literatura 2021. O anúncio foi feito na manhã de hoje pela Academia Sueca. A instituição destacou que a obra do autor mostra a "penetração intransigente e compassiva dos efeitos do colonialismo e do destino do refugiado no abismo entre culturas e continentes". "Seus romances fogem de descrições estereotipadas e abrem nossos olhares para uma África Oriental culturalmente diversificada, desconhecida para muitos em outras partes do mundo", disse a Academia.
Na segunda, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, desembarcou em São Paulo depois de cumprir quarentena nos EUA. Ele foi diagnosticado com Covid em 21 de agosto, depois de ter feito parte, junto com o presidente Jair Bolsonaro, da delegação brasileira na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Queiroga disse que teve sintomas da doença apenas no começo da infecção.
Na terça, O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros, afirmou hoje que o relatório final "com certeza" vai pedir o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro. A comissão chegou à reta final dos trabalhos. A previsão é a de que o relatório seja apresentado e votado na segunda quinzena deste mês. Depois que for aprovado pela CPI, o documento será enviado ao Ministério Público, que decidirá se acata ou não os pedidos de indiciamento.
Na quarta, foi a vez do diretor da Agência Nacional de Saúde Suplementar Paulo Roberto Rebello Filho, na CPI da Covid. É necessário saber se houve omissão do órgão no caso Prevent Senior. A operadora é acusada de ocultar mortes de pacientes por Covid, de pressionar médicos a prescreverem remédios ineficazes e de dar esses medicamentos sem consentimento dos paciente. À comissão, Rebello declarou que soube das denúncias contra a Prevent pela CPI. Porém o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues, disse que, na verdade, a ANS foi avisada ainda em 2020.
Quinta na CPI: O plano de saúde Prevent é acusado de ocultar mortes causadas pelo coronavírus, de pressionar médicos a prescreverem remédios ineficazes e de usar essas medicações sem o consentimento dos doentes. Num depoimento bastante emocionado, Andrade afirmou que a Prevent tentou tirá-lo da UTI para deixá-lo morrer. A Prevent usou um prontuário de outra pessoa para convencer a família dele a autorizar que os aparelhos fossem desligados. A operadora iniciava cuidados paliativos em pacientes para economizar dinheiro. A cultura era no sentido de que "já estava na hora, já é idoso". Também disse que não havia autonomia nos hospitais da rede e que o uso de droga ineficaz era obrigatório.
Na sexta, o Brasil chegou à marca de 600 mil mortos por Covid-19, conforme boletim das secretarias da saúde dos estados desta sexta-feira. Desde o início da pandemia, o país registrou 21.533.752 casos confirmados da doença. A marca foi atingida num momento em que a pandemia está em desaceleração no país. A média de mortes diárias está em 438, o menor número desde novembro do ano passado, e em queda.

Então, há que se ter cuidado, ainda, pois o número de mortes ainda é alto e as variantes continuam aí. (Foto: os gormits que o Rio herdou do vovô, que tinha ganhado do Gabriel)

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

CRÔNICA DO DIA – 07.10.2021

                       Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 40 anos em 2020. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

Parque no centro de Campo de Ourique

Outro dia de sol e céu de brigadeiro na Luzboa. Saímos para levar o Rio a um jardim da cidade para ele brincar no parquinho e fomos até Campo de Ourique. Lá, visitamos o mercado, onde compramos frutas e peixe, passamos na minha academia de pilates e Rio brincou no parque do Jardim de Campo de Ourique. Ficou um tempão lá descendo no escorregador e depois voltamos para fofó fazer o almoço, pois papai e mamãe estavam trabalhando. Fofó fez um almoço delicioso, com sobremesa de manga para o Rio. Então ele foi fazer o soninho da tarde e acordou às seis. Aí brincou muito com o lego – montou moto, fogão, forno, etc. Queria brincar com o piano – o teclado -, mas o encaixe com o cabo de força está com mau contato e não deu. Lemos alguns livros, ele “pintou” outro e ele tirou e colocou novamente no lugar algumas figurinhas magnéticas do livro.

À noite comemos hamburger com batatas fritas, que Rio gosta, e depois brincamos mais um pouco de montar lego e então ele foi dormir.

Campo de Ourique continua lindo, um dos melhores bairros para se morar em Lisboa. Os pais do Rio moravam lá quando ele nasceu. Tem de tudo lá, é um bairro tranquilo e bonito, tradicional. Numa próxima vez, quem sabe a gente não vai morar lá. É perto daqui onde o Rio mora, um lugar também muito bom perto do shopping Amoreiras e do Parque Eduardo Sétimo. A gente pode ir a pé. Estamos andando bastante por Lisboa para compensar o tempo no Brasil que ficamos em casa, até andar andávamos pouco. Outro dia fomos ver um apartamento e subimos mais de dez andares de escadarias. Mas declinamos do apartamento, pois uma vez eu subi, mas não garanto outras vezes. Pierre e Dani já acharam um apartamento para nós aqui perto, mudamos para lá em breve.

A pandemia aqui em Portugal está ou estava praticamente no fim, com o desconfinamento na fase final, mas os números voltar a crescer um pouco, com o número de mortos por volta de dez, o que é muito, considerando que já houve dia sem nenhum morto, ou com apenas um.

Ainda temos que tomar cuidado.

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

DIÁRIO DE VIAGEM – 06.10.21

                    Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 40 anos em 2020. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br





Hoje, dia 6 de outubro, dia ensolarado em Luzboa, acordamos tarde, tomamos um suco de luz que Daniela faz toda manhã e fomos tomar o café da manhã na Paula, uma amiga do Rio que tem um café muito bom aqui pertinho de casa. Tomei um café com leite, o Rio pediu um chacaiate quente (morno), a vó e mamãe tomaram capuchino. Pedimos tosta com queijo, que estava um delícia.

Depois do pequeno almoço, que na verdade já não era mais café da manhã, era brunch, o Rio nos levou para conhecer o Museu da Água, que fica aqui perto também. O Museu da Água é um prédio imenso onde está um reservatório de água imenso, com profundidade de 7 metros e meio  e capacidade de 5 mil e quinhentos metros cúbicos, coberto, que na verdade é onde o aqueduto que vinha das nascentes, com 58 km de extensão, trazia a água para abastecer Lisboa. O prédio é muito alto e encostado a ele está o aqueduto, com suas arcadas, muito altas e muito bonitas. Lá na cobertura há uma área imensa, um verdadeiro mirante, onde os visitantes podem ir e admirar a vista da cidade de Lisboa. Um passeio muito interessante que o Rio nos proporcionou. Outro passeio muito bonito que já fizemos é ao Aqueduto das Águas Livres, em Alcântara, onde já moramos, continuação deste que vem até o Reservatório da Mãe D´Água das Amoreiras. A travessia do vale de Alcântara, de 941 metros, tem arcadas que atingem a altura de 65 metros. É um espetáculo.

No começo da tarde almoçamos, almoço feito pela fofó e por mamãe. Depois Rio foi tirar o soninho da tarde e lá pelas seis ele assistiu um pouquinho de desenho do Léo, o caminhão, depois foi ao banho e depois jantamos. Rio conversou muito, brincou muito e à tarde, depois da visita ao Museu da Água, ele até foi um pouquinho no parquinho do Jardim das Amoreiras.

Foi um dia gostoso.

terça-feira, 5 de outubro de 2021

DIÁRIO DE VIAGEM

                          Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 40 anos em 2020. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

 


Hoje o tempo estava meio devagar em Lisboa, meio cinzento, e não saímos da casa. Só o Rio saiu com o papai, Pierre, para tomar um chocolate quente no Príncipe Real, que já que está meio friozinho, cai muito bem. Ele adorou sair. Vovó e mamãe fizeram uma limpeza geral na casa e eu tentei enviar o artigo da semana para os jornais, mas esses correios eletrônicos são meio complicados. Então as coisas que a gente envia algumas não vão, e outras vão, devagarinho mas vão. A gente tem que enviar a mensagem e perguntar, pelo Messenger ou pelo Whatsapp se receberam.

Ontem fomos ver um apartamento, mas ficava muito no alto, muitas escadarias para subir. Considerando que meus joelhos, nem os da Stela, já não suportam mais muita subida, então escadarias equivalentes a dez andares não dá pra nós. Passamos no Parque Eduardo Sétimo, tomamos uma cerveja de maçã, passamos no Corte Inglês, fizemos umas comprinhas.

Então passeamos um pouco por Lisboa, que a gente já conhece a cidade, mas sempre é bom revistar: passeamos pela Avenida da Liberdade, pelo Parque Eduardo Sétimo, onde é realizada a Feira do Livro de Lisboa e por bairros como Rato, Principe Real, Chiado e outros.

Lisboa continua linda, com sua luz única e suas subidas e descidas. Aqui a gente caminha mais e dá pra comer as delícias portuguesas sem engordar.

Amanhã conto mais.