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segunda-feira, 25 de outubro de 2021

CRÔNICA SEMANAL DA PANDEMIA – 17-23.10.202

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 40 anos em 2020. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br
Semana movimentada por aqui. No domingo, fomos turistar no Cais do Sodré e aproveitamos para conhecer bairros vizinhos. Muita gente na rua, a única coisa que lembra a pandemia são algumas máscaras. Os números da pandemia oscilam aqui em Portugal, mas estão mais baixos, menos de quatrocentos casos por dia e menos de dez mortes. Esperemos que oscilem mais para baixo.
Na terça, Rio e os pais voltaram da França e foi uma festa: deu pulos de alegria por estar em casa, foi no quarto dele brincar um pouquinho com os brinquedos preferidos e de tarde, depois de entrarmos no nosso novo apartamento, nas Amoreiras, divisa com Campo de Ourique, fomos passear no parque com ele e também brincou muito por lá. Na quarta, fomos fazer o pequeno almoço – café da manhã – na Paula, pertinho da casa do Rio e eu fiz ele chorar, pois quando chegamos ele já estava lá: fui dar um cheiro e ele virou a cabeça e bateu na mesa. Não machucou, mas ele chorou muito. Sempre brincamos com os cheiros e as quase mordidas na barriga, mas desta vez ele estava muito pertinho da mesa. Depois papai e mamãe foram trabalhar e nós ficamos com ele, fomos passear e fomos ao parque e ele ficou bem. Ah, Rio cortou o cabelo esta semana, está com mais cara de moleque e mais compridão. Mais lindao, também.
Na quinta, fomos ao Parque Eduardo Sétimo e Rio divertiu-se muito no parquinho infantil, pois há alguns brinquedos diferentes lá e ele andou até na tirolesa. Na sexta fizemos compras e saímos com o Rio. À tarde, encontramos com a prima Fab, de São Francisco do Sul, na Baixa Chiado. Ela mora aqui em Sintra há alguns anos. Foi muito bom. Tomamos um café e conversamos muito. Próximo encontro vai ser aqui em casa, para um jantar.
No sábado, batemos perna até o Chiado, Bairro Alto, etc., passando pelo Cais Sodré e adjacências. Tudo a pé. Estamos andando uma média de 9 quilômetros por dia. Já perdi mais de um quilo. Estamos à procura de um doce de Tentúgal, mas achamos que vamos ter que ir até lá para provar o legítimo. No sábado, também, Rio fez a primeira visita à casa de vovô e vovó. Trouxe presente e ganhou um dinossauro também.
Esta semana assisti ao campeonato de ginástica artística, no Japão. Brasileiros como a Rebeca, deram show. Ela levou duas medalhas, uma de ouro e outra de prata. Campeã. Tenho lido pouco e escrito pouco, também, mas na próxima semana começo a preparação da edição 159 da revista SUPLEMENTO LITERÁRIO A ILHA. Tenho procurado ver um pouco de noticiário, mas é pouco mesmo. Aqui em Lisboa não é mais obrigatório usar máscara na rua, mas nós ainda usamos. É bom prevenir, que as variantes continuam.
A média de mortes por covid, no Brasil, na última semana, está em menos de quatrocentos, mas o meio da semana teve dias com mais de quatrocentos mortes. Ainda estão muito altos os números do Brasil. A média de novos casos está em mais de doze mil por dia.
Começou a ser exibida, segunda-feira (18) a série "Vítimas do negacionismo", que fala das mortes causadas pela desinformação a respeito da Covid-19. São mais de 600 mil mortos no Brasil durante a pandemia, que foi agravada por uma enxurrada de fake news disseminadas nas redes sociais. Dissecou mensagens mentirosas e distorcidas contra máscaras, em defesa de receitas e medicamentos ineficazes e contra as vacinas, entre outros temas recorrentes de negacionistas. Mais do que confundir ou criar dúvida na população, essas mensagens falsas têm levado as pessoas a tomar atitudes que colocam a própria vida e a de outras pessoas em risco. A CPI ouviu nesta segunda-feira (18) relatos de pessoas afetadas pela Covid-19. Com perfis variados, os depoentes relataram de forma emocionada aos senadores como perderam parentes e cobraram justiça. Nas falas, houve também uma série de críticas ao comportamento de Bolsonaro durante a pandemia e declarações favoráveis à vacinação.
Na terça, O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros, distribuiu a senadores cópias da minuta do relatório da comissão – a leitura final está prevista para amanhã. Em versão provisória, o texto ainda pode sofrer alterações. Há divergências entre membros do colegiado a respeito do conteúdo. A versão entregue pelo relator propõe a responsabilização de 69 pessoas – numa versão anterior, eram 63 – pessoas e duas empresas. O documento sugere o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro pela suposta prática de 11 crimes.
O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros, registrou na manhã de quarta(20) o relatório final no sistema do Senado. O texto pede 68 indiciamentos, entre pessoas físicas e empresas. O presidente Jair Bolsonaro é uma delas. Três filhos do presidente, ministros, ex-ministros, deputados federais e empresários também estão na lista. O relator atribuiu nove crimes a Bolsonaro. Os pedidos de indiciamento serão encaminhados aos órgãos competentes, entre os quais a Procuradoria-Geral da República, aos ministérios públicos estaduais e ao Departamento de Polícia Federal. A eles caberá a decisão sobre levar os casos à Justiça. Renan já afirmou que o documento também será enviado ao Tribunal Penal Internacional.
O relatório final da CPI da Covid recomenda que o presidente Jair Bolsonaro seja investigado e, eventualmente, responsabilizado em três frentes devido à gestão do seu governo na pandemia de coronavírus: por crimes comuns, por crimes de responsabilidade e por crimes contra a humanidade. Vamos ver no que dá. Ele se cercou muito bem, tem gente dele em todo lugar. Então, seja o que Deus quiser.
Continuemos a cuidar.
Tamara Zimmermann Fonseca e 1 outra pessoa

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