Por Luiz Carlos Amorim - Escritor, editor e
revisor, Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, com 35 anos de
trajetória, cadeira 19 na Academia SulBrasileira de Letras. http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br
Muitas
coisas têm me encantado nas visitas a países da Europa,
como
Portugal, França, Itália, Espanha, Suiça. Mas uma coisa que não
posso
deixar de notar é a quantidade de livrarias na França, na Itália,
em
Portugal. Na Suiça, encontrei oferta de livros a céu aberto, como
também
em Veneza. Em Portugal existe uma livraria que atravessa
uma
quadra inteirinha. São livrarias enormes, verdadeiros templos de
cultura.
E a gente encontra pessoas lendo sentadas à beira do Tejo, na
Praça
do Comércio, aos pés da Torre de Belém, perto do Monumento
dos
Descobridores, nos gramados e nos bancos das praças, no metrô,
no
trem, nos ônibus, etc. Na França também são muitas as livrarias. Na
Itália,
até em Veneza, apesar das “cales” estreitas, elas são numerosas.
Em
algumas das vielas vi diversas, uma ao lado da outra.
Em
Roma, ao lado do nosso hotel tínhamos uma e, na volta do
jantar,
à noite, havia como que um auditório nela e um clube de leitura
estava
em plena atividade. Então leitura é uma coisa que faz parte do
dia
a dia dos europeus e pode ser até que o número de livrarias não
pareça
muito grande para quem vive ali, mas comparado ao que temos
no
Brasil, a diferença é bem gritante.
Cultura
é um diferencial no velho mundo, com certeza. A
história
secular de algumas cidades, ou milenar, como os casos de
Roma
e Veneza e algumas outras, é uma coisa que marca a gente.
Não
há como andar em Veneza, em Roma, sem pensar que estamos
pisando
em chão que foi pisado por personagens dos mais importantes
da
história do mundo.
A
cultura que se respira, que se pode testemunhar em lugares
históricos,
em cidades e monumentos tombados como patrimônios da
humanidade
é uma coisa que impressiona sobremaneira.
A
viagem de trem, de Roma para Genebra, principalmente
depois
de Milão, é de uma beleza indescritível. As vinhas, em
Montreau,
Sion e outras cidades pelo caminho, lembram o Douro,
em
Portugal. Mas há lagos, há os picos nevados, há a arquitetura, há
também
as árvores que lá ficam com as folhas mais amarelas do que
em
Portugal.
Viver
essas visões, essas sensações, absorver toda essa beleza
e
toda essa informação e toda essa cultura não tem preço. É uma
experiência
única.
Talvez por isso a Europa é evoluída:lê muito.Déborah de Divinópolis-MG.
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