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domingo, 14 de junho de 2009

ABANDONO

Por Luiz Carlos Amorim (Escritor – Http://br.geocities.com/prosapoesiaecia )

Hoje, ao sair para fazer compra (mais para caminhar, na verdade), vi mais uma vez o abandono das pessoas para com animais “de estimação”. Eu estava perto do supermercado e uma cadela de pelo dourado, grande, quase do tamanho de um pastor alemão, que andava na calçada perto de mim, de repente saiu em disparada, abanando o rabo desesperadamente, de encontro a um carro branco que vinha vindo. Pensei cá comigo: ela estava esperando o dono. Mas não, não era o dono. O carro entrou numa transversal, deu meia-volta e foi embora.
A princípio eu achei que fosse um cão abandonado, recém abandonado, aliás, pois ela estava bonita, o pelo limpinho, nem ao menos estava magra. Mas então tive certeza. Ela parou um pouquinho, olhando o carro – se fosse humana, estaria com um ar de desânimo estampado na cara. E atravessou a rua.
Quando saí do supermercado, ela estava rondando a porta, como se esperasse alguém. Como se o seu dono tivesse entrado lá e ela estivesse esperando que ele aparecesse.
Que pensará um bicho desses? Que sentirá? “As pessoas que me acolheram pequeninha, ainda filhote, que cuidaram de mim, não me abandonariam assim. Vou encontrá-los e vou ficar com eles de novo, eles devem estar em algum lugar...”
Algumas pessoas parecem não se apegar aos seus cães, pois muitos deles são abandonados diariamente. Parece comum, quando se compra um filhote de cão, não se preocupar muito com o tamanho que ele vai ter quando for adulto. Então, mesmo não morando em apartamento, há quem largue na rua o animal, porque está muito grande, porque faz muito barulho, muita sujeira, porque come demais.
Se o bicho cresce, abandonam. Se o bicho fica doente, abandonam. Até quando viajam as pessoas largam ao abandono seus bichos “de estimação”.
É lamentável o desrespeito e a desumanidade com as pobres criaturas indefesas. O ser humano é mesmo estranho, não sabe mesmo retribuir amor e dedicação.

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