Por
Luiz Carlos
Amorim -
Escritor –
Escritor,
editor e
revisor –
Fundador e
presidente do
Grupo
Literário A
ILHA,
completando 36
anos de
literatura
neste ano.
Cadeira 19 da
Academia
Sulbrasileira
de Letras. http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/
Gosto de ler e
admiro o
escritor que
consegue ser
objetivo, com
vocabulário
claro e
apropriado,
sem se perder
em excessos
narrativos e
descritivos ou
no emprego de
palavras
rebuscadas e
fora de uso.
Sempre fui
leitor crônico
de romances,
contos e
poemas e
descobri,
também, há
bastante tempo, a crônica. Adoro a crônica, mas
detesto
aquelas
massudas,
extensas,
esticadas
demais,
prefiro as
mais enxutas,
elegantes, que
dizem apenas o
necessário
para
transmitir a
sua mensagem.
Há quem
pratique o
gênero e ache
que escrever
bem significa
produzir
textos
imensos,
perder-se em
divagações
inúteis sobre
um determinado
tema. E ainda
usando
“palavras
difíceis”, na
ilusão de que
isso enriquece
o texto.
Isso me lembra
de um
“escritor” que
conheci – e
que felizmente
não escreve
mais ou, pelo
menos, não tem
publicado –
que escrevia a
sua crônica e
depois de
pronta, ia ao
dicionário e
trocava umas
quantas
palavras
usuais e
inteligíveis
por outras,
fora de uso e
desconhecidas.
Ele achava que
isso
transformava o
seu texto em
grande obra.
Ora, o texto
já era ruim:
tema mal
definido, mal
desenvolvido,
com
vocabulário
simples, quase
vulgar, pouco
conhecimento
de regras
gramaticais.
Imagine um
texto assim,
salpicado de
“palavras
difíceis”. Se
esse
“escritor”
produzisse
poesia, com
certeza usaria
rima – e seria
uma rima muito
pobre!
Mas, como
dizia, gosto
do texto claro
e saboroso,
rápido mas
denso, com
conteúdo,
aquele que diz
apenas o
necessário
para comunicar
com
eficiência. Um
texto não
precisa ser
extenso para
ser bom. E se
ele for mais
longo porque
havia
necessidade
disso, por
imposição do
tema, do
desenvolvimento
do assunto,
sem deixar de
lado a
objetividade e
a dinâmica da
palavra,
deverá ser
interessante e
gostoso de ler
como se fosse
curto.
Comunicar
ideias é ser
conciso,
claro, com
linguagem
atual e bem
articulada, é
conversar com
o leitor sem
menosprezá-lo,
sem querer
apenas
impressioná-lo.
É colocar
temas em
discussão
contando a sua
verdade,
aceitando que
ela pode ou
não ser a
verdade do
leitor.
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