Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e
revisor – Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, com 36 anos de
trajetória. Cadeira 19 na Academia SulBrasileira de Letras. http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br – http://www.prosapoesiaecia.xpg.uol.com.br
Mais um
aniversário do poeta maior de Santa Catarina, Cruz e Sousa: ele completaria,
hoje, 24 DE NOVEMBRO, 155 anos e a programação comemorativa da capital se
resume à exibição de alguns banners com pequenos trechos da sua obra nos muros
do Palácio que leva o seu nome, no centro da capital. Trata-se da “exposição”
“João da Cruz e Sousa, o poeta da Ilha”, já exibido em 2015, como comemoração
dos 154 anos do poeta.
Cruz e
Sousa é um nome nacional, o principal ícone da literatura de Santa Catarina, um
dos principais do país. E o seu aniversáriod de nascimento passa quase em
branco, na sua cidade natal.
O
“Memorial”, construído em sua homenagem, nos jardins do Palácio Cruz e Sousa,
inaugurado em 2010, mas nunca usado, está apodrescendo no tempo, abandonado, e
ninguém move uma palha para restaurá-lo, torná-lo visitável, usável. Que Estado
é esse, que não dá o mínimo valor à cultura, que não se preocupa em resgatar
seus maiores valores?
Nenhuma homenagem que fosse feita, nenhuma comemoração poderia ter lugar no Memorial que foi feito para celebrá-lo, pois ele ficou entregue ao tempo, sem nunca ser usado, nem com eventos culturais, nem para visitação, finalidades primeiras do lugar, só deteriorando sem nenhuma manutenção. Várias promessas já foram feitas, por sucessivas “administrações” da Fundação Catarinense de Cultura e da Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo, mas nenhuma obra sequer foi iniciada. Anos se vão e novos anos se iniciam, sempre com promessas, mas nunca nenhuma foi cumprida. A morada do grande ícone do Simbolismo virou depósito de móveis velhos, caindo aos pedaços.
Nenhuma homenagem que fosse feita, nenhuma comemoração poderia ter lugar no Memorial que foi feito para celebrá-lo, pois ele ficou entregue ao tempo, sem nunca ser usado, nem com eventos culturais, nem para visitação, finalidades primeiras do lugar, só deteriorando sem nenhuma manutenção. Várias promessas já foram feitas, por sucessivas “administrações” da Fundação Catarinense de Cultura e da Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo, mas nenhuma obra sequer foi iniciada. Anos se vão e novos anos se iniciam, sempre com promessas, mas nunca nenhuma foi cumprida. A morada do grande ícone do Simbolismo virou depósito de móveis velhos, caindo aos pedaços.
Mas tem mais. Filipe Mello, que esteve até recentemente à frente da
Secretaria do Esporte, doTurismo e da Cultura, em Santa Catarina – ele é
contrário ao desmembramento da pasta, para que se crie uma secretaria esclusiva
para a cultura - deu entrevista a vários jornais catarinenses, há alguns meses,
sobre as ações principais que iria implantar em seu madato. Uma delas era a “reutilização dos jardins do
Palácio Cruz e Sousa, que previa a disponibilização do espaço, por meio de uma
taxa cobrada pela FCC, para apresentações artísticas, casamentos, lançamentos e
eventos de negócios, por exemplo. Quer dizer: pretendia transformar o Memorial
em salão de aluguel. Mas nem isso fez.
Isso é honrar a
memória do grande Cruz e Sousa?
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