Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 41 anos em 2021. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br
Semana complicada, essa, quando a pandemia volta fica mais
forte com a variante ômicron, aumentando número substancialmente número de
casos por dia, com novos recordes e também número de mortes. Trabalhei bastante
na revista ESCRITORES DO BRASIL, também no meu livro de viagem. Li um pouco,
escrevi outro tanto e assisti um ou outro dos novos filmes que estão no cinema,
mas assisti em casa. Continuo vendo o noticiário brasileiro e internacional,
não é o melhor programa, mas é preciso saber como as coisas vão andando.
E continuo morando em
Lisboa, para ficar perto do neto. No domingo ficamos em casa, que estávamos
cansados do passeio do sábado, quando andamos dezoito quilômetros até Belém e
voltamos. Na segunda fomos jantar com o Rio um bacalhau a Brás que a mãe dele
fez, uma delicia. E brincar um pouco com ele, claro. Brincamos de esconder, lemos
um pouco juntos, coisa que fazemos sempre. Rio adora ler um livro e a gente lê
com ele. Na terça também fomos visitar o Rio, que a gente não consegue ficar
muito tempo longe dele. Na quarta ele veio visitar fofó e fofô, que ele adora
vir aqui e almoçou a comidinha da vovó. Mamãe também veio e almoçou conosco. Na
quinta pegamos o Rio e passeamos com ele pelo príncipe Real. Apesar do frio,
Rio e vovó tomaram um sorvete de polpa de cacau e ele brincou muito no
parquinho. Depois fomos ao miradouro do Príncipe Real e Rio olhou a
cidade pelo binóculo que há lá e gostou muito. Na sexta, vovó
foi lá brincar um pouco com o Rio e passearam no parque da Estrela. Depois
saímos para fazer compras. Os saldos de fim de ano que vão até março foram
liberados no dia dez. Muito preço bom, mas vai ficar ainda melhor. No sábado,
fomos para a casa do Rio para ficar com ele, pois mamãe e papai viajam para o
Porto, para começar a produção do concerto Rua das Pretas no Coliseu de lá.
Antes de todo mundo ir dormir, fizemos
uma cuca alemã de amora (aqui, framboesa) e mirtilo. Rio ajudou.
E pandemia vai ficando
pior, infelizmente, de novo. Muito mais casos, a cada dia, embora no Brasil os
números pareçam baixos, mas há muita subnotificação, devido ao apagão por causa
da “invasão de hackers” no SUS. Quem quiser que acredite que esse apagão não
foi provocado. O Ministério da Saúde anunciou na segunda que o período
de isolamento para pessoas recém-recuperadas de Covid passa a ser menor, diminuindo
de 10 para 5 dias para pessoas que estão sem sintomas respiratórios e que
tenham resultado negativo para teste PCR ou de antígeno. Além disso, o
ministério vai pedir à Anvisa uma autorização para o uso de autoteste no
Brasil. Outros países já utilizam esse teste para agilizar o diagnóstico da
doença. Atualmente, a venda do autoteste não é liberada no nosso país. Mais
cedo, o ministranta da saíude, Queiroga, disse também que a Pfizer
antecipará 600 mil doses da vacina pediátrica contra a Covid. Não é muito
pouco, não? Vai acontecer o que aconteceu com a vacina para adultos, que
começou e parou por falta da compra de doses?
O mundo
registrou, na terça, pela 1ª vez mais de 3 milhões de casos de Covid em apenas
24 horas. É o quarto recorde diário nos últimos 8 dias. Essa explosão de
infecções é impulsionada pela variante ômicron. Mais transmissível, a variante
pode contaminar metade dos europeus até março, segundo alerta da OMS.
A variante ômicron segue avançando
assustadoramente no Brasil e no mundo. Um levantamento do Instituto Todos pela
Saúde apontou a presença da variante em 98,7% dos mais de 3 mil testes
positivos coletados entre 2 e 8 de janeiro, em 24 estados e no DF. Em SP, o
número de internados por Covid dobrou e levou o governo a recomendar limitação
de público a 70% em estádios e eventos Além disso, a Anvisa recomendou o
cancelamento da temporada de cruzeiros no país. Já não era sem tempo. Os testes
para diagnosticar a Covid podem acabar por falta de insumos, segundo alerta da
Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica. A recomendação da entidade é priorizar
pacientes graves. Enquanto isso, a Anvisa aguarda documentos do Ministério da
Saúde para liberar os autotestes.
Em nota técnica divulgada na quinta, o
Observatório Covid-19 Fiocruz trouxe um alerta para o aumento da ocupação de
leitos UTIs no Sistema Único de Saúde (SUS). No documento, os
pesquisadores destacam, ainda, que é preciso: 1 - reorganizar a rede de serviços
de saúde, para dar conta dos desfalques de profissionais afastados; 2 - garantir
a atuação eficiente da atenção primária em saúde no atendimento a pacientes com
uso, por exemplo, da telemedicina; 3 - e seguir vacinando a população. O mundo
registrou 3,6 milhões de casos de Covid em 24 horas e bateu um novo recorde. Os
Estados Unidos seguem liderando o ranking de novas infecções (894 mil em 24h),
mas a alta desta vez foi impulsionada pela Índia, que registrou seu maior
número diário de casos da pandemia (442 mil).
Um menino indígena de 8 anos foi a primeira
criança vacinada contra a Covid no Brasil, na sexta. Davi Seremramiwe
Xavante recebeu a dose durante um ato simbólico em São Paulo. Nesta primeira
fase, a vacinação será apenas para crianças com algum tipo de comorbidade ou
deficiência, além de indígenas e quilombolas. Não será necessário apresentar
receita médica. Há exato um ano, o Brasil viveu um dos momentos mais dramáticos
e tristes de toda a pandemia: a crise do oxigênio no Amazonas. Até hoje,
ninguém foi responsabilizado pelo caos sanitário que deixou mais de 60 mortos.
A Pfizer deve pedir o registro do medicamento Paxlovid, pílula antiviral
contra a covid-19, na Anvisa nas próximas semanas. A presidente da Pfizer no
Brasil, Marta Díez, explica que o medicamento tem 90% de eficácia em pacientes
de alto risco com sintomas de covid, para que sejam evitadas a forma grave da
doença e a morte.
Então a pandemia está mais forte e precisamos cuidar mais, por conseguinte.
Voltemos para a máscara (eu nunca deixei de usar), álcool gel e distanciamento
físico.
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