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segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

CRÔNICA SEMANAL DA PANDEMIA – 19-25.12.2021


Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 41 anos em 2021. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

Semana movimentada e feliz, apesar do tempo chuvoso. E com vento. No dia 25, houve uma ventania em Lisboa e as ruas ficaram forradas com as folhas que caíram das árvores, notadamente de plátano. Muitas árvores que estavam desfolhando um pouco a cada dia, ficaram peladas de uma vez só. Chegou o inverno. Escrevi pouco esta semana, trabalhei só um um pouco no novo livro de viagem, mas li um pouquinho. A filha Fernanda chegou da França e fica conosco por alguns dias e a família está reunida. Rio está feliz, com tanta gente para brincar com ele. É um feliz Natal.

No domingo, Rio teve visitas: Cláudia Abreu, os filhos e o marido e Grassi e a filha. Rio brincou um pouco com uma miúda da idade dele e também brincou com os meninos um pouco mais velhos do que ele. Na segunda amanheceu com resfriado, mas apesar do nariz escorrendo, brincou e estava de bom humor. Foi testado, mas deu negativo para covid. Na terça já estava um pouco melhor e recebeu a visita do Walter, o baixista amigo dele e Geiza, que faz parte da produção do RUA DAS PRETAS, de quem ele também gosta muito. Brincaram muito, como sempre. O tempo continua ruim, por isso ele não tem saído para os parques. Na quarta, papai e mamãe foram fazer compras, que o Natal está aí e vovó ficou com ele. Vovô foi à noite para jantar com ele. E a sexta chegou, véspera de Natal. Ele adorou quando a noite baixou e, antes do jantar, abriu alguns presentes e depois do jantar mais alguns. Rio é uma criança feliz, mas ficou muito, muito feliz com tantos brinquedos. Ganhou um cozinha de chef, para cozinhar com o papai, mas ela veio para montar, então conseguimos convencê-lo que nós montaríamos com ele quando ele acordasse, na manhã seguinte, pois já tinha passado da hora de dormir. Ele protestou, mas acabou dormindo. E antes de dormir brincou com a moto da polícia que fazia barulho de sirene, com vários livros e com outros tantos brinquedos. Assim que ele dormiu, todos juntos montamos a cozinha e ela ficou prontinha para ele. O carrinho de controle remoto que ele pediu a vovó também deixou para a manhã seguinte. No sábado ele acordou e adorou ver a cozinha montada e brincou muito, pois além dos utensílios que a cozinha trazia com ela, a Dinda Fernanda trouxe de presente outros tantos e a cozinha ficou completa. Ele brincou o dia inteiro na cozinha e com o carrinho de controle remoto, com a moto, com os livros, uma alegria só. A gripe (ou resfriado) já quase não há mais, só ficou uma tossezinha que aparece às vezes. Tivemos bacalhau no almoço do dia 25 e na noite do dia 24, um capão recheado. Tudo estava uma delícia. Falamos com Rio de um Menino que estava nascendo e provavelmente ele não entendeu, mas é cedo ainda.

Sobre a pandemia, os números de novos casos, por causa da Ômicron estão aumentando cada vez mais, embora o número de mortes não aumente na mesma proporção, graças a Deus. O fato de haver muita gente vacinada, com uma, duas, três doses influencia muito para que não haja mais casos graves. Na verdade, quase todos os casos graves que estão nas UTIs dos hospitais são de pessoas que não tomaram a vacina.

Na segunda, o governo publicou novas regras e exigiu passaporte de vacina para viajantes que chegarem ao Brasil. Será que as companhias aéreas estão cumprindo a nova regra? O Ministério da Saúde decidiu reduzir o prazo mínimo para a aplicação das doses de reforço vacinal contra a Covid. A partir de agora, o intervalo para a aplicação do reforço é de quatro meses. A Polícia Federal abre investigação para apurar ameaças contra servidores da Anvisa. Ameaças do senhor presidanta, que quer a cabeça da Anvisa, por autorizar vacina contra covid para crianças. É possível uma coisa dessas? E o Ministranta da Saúde está dizendo que "não há pressa para vacina as crianças", vai ver isso em janeiro.

Há pouco mais de um ano no mundo – e um pouco menos de um ano no Brasil – as primeiras doses das vacinas contra a Covid-19 eram aplicadas. A pandemia ainda existe e não se sabe até quando. Mas... o que já é possível afirmar sobre a imunização contra o coronavírus? Onde a ciência evoluiu e aonde ela chegou? Ainda há muita especulação e ainda se sabe pouco.

Na quarta, estudo da Fiocruz aponta que apenas 16% das cidades brasileiras têm mais de 80% da população com vacinação completa contra a Covid. Anvisa entrega os pareceres públicos de aprovação da vacina da Pfizer para crianças e pede retificação em texto da consulta pública para a campanha de imunização da faixa etária.

Na quinta, o ConecteSUS, sistema que emite o Certificado Nacional de Vacinação Covid-19, voltou a funcionar após 13 dias fora do ar. O sistema ainda apresenta oscilações, como para emitir o Certificado Nacional de Vacinação. O problema também afetou o sistema de notificação de casos e mortes da doença. O e-SUS Notifica, que reúne informações sobre casos e mortes por causa de Covid-19, estava inacessível havia 11 dias, mas voltou ao ar na tarde de terça-feira (21), segundo o Ministério da Saúde. É por isso que os números da covid 19 andam tão baixos nas últimas duas semanas. Não espelham a realidade.

“Ninguém está seguro até que todos estejam vacinados”. Alerta da ONU pede mais empenho para acelerar o ritmo da vacinação assegurando pelo menos 70% da população vacinada até 2022. As 10 maiores economias mundiais detêm maior taxa de imunização. Já países de baixa renda, especialmente os africanos, têm em média 0,8% de vacinação. ONU acredita que é possível alcançar a meta da Organização Mundial da Saúde de levar a vacina a todos com 11 bilhões de doses e ampliar a cobertura de imunização prevenindo o surgimento de novas variantes.

Sem dados de cinco estados e do Distrito Federal, o Brasil registrou no sábado, dia 25, 28 mortes por Covid-19, com o total de óbitos chegando a 618.457 desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias ficou em 96.

O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde. Nove estados não forneceram registros de mortes neste sábado: AC, AL, AP, CE, GO, MT, RO, SC e SE.

A média móvel de mortes não ficava abaixo de 100 desde 11 de abril de 2020. Os números atuais têm sido influenciados pelo apagão de dados. Nem todos os estados estão fazendo a divulgação diária de casos e mortes. E assim os números vão baixando, sem que esses números espelhem a realidade. Estamos no escuro, infelizmente.

Então precisamos cuidar, pois não sabemos, na verdade, o que está acontecendo.

 

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