Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 41 anos em 2021. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br
Semana movimentada e feliz, apesar do
tempo chuvoso. E com vento. No dia 25, houve uma ventania em Lisboa e as ruas
ficaram forradas com as folhas que caíram das árvores, notadamente de plátano.
Muitas árvores que estavam desfolhando um pouco a cada dia, ficaram peladas de
uma vez só. Chegou o inverno. Escrevi pouco esta semana, trabalhei só um um
pouco no novo livro de viagem, mas li um pouquinho. A filha Fernanda chegou da
França e fica conosco por alguns dias e a família está reunida. Rio está feliz,
com tanta gente para brincar com ele. É um feliz Natal.
No domingo, Rio teve visitas: Cláudia
Abreu, os filhos e o marido e Grassi e a filha. Rio brincou um pouco com uma
miúda da idade dele e também brincou com os meninos um pouco mais velhos do que
ele. Na segunda amanheceu com resfriado, mas apesar do nariz escorrendo,
brincou e estava de bom humor. Foi testado, mas deu negativo para covid. Na
terça já estava um pouco melhor e recebeu a visita do Walter, o baixista amigo
dele e Geiza, que faz parte da produção do RUA DAS PRETAS, de quem ele também
gosta muito. Brincaram muito, como sempre. O tempo continua ruim, por isso ele não
tem saído para os parques. Na quarta, papai e mamãe foram fazer compras, que o
Natal está aí e vovó ficou com ele. Vovô foi à noite para jantar com ele. E a
sexta chegou, véspera de Natal. Ele adorou quando a noite baixou e, antes do
jantar, abriu alguns presentes e depois do jantar mais alguns. Rio é uma
criança feliz, mas ficou muito, muito feliz com tantos brinquedos. Ganhou um
cozinha de chef, para cozinhar com o papai, mas ela veio para montar, então
conseguimos convencê-lo que nós montaríamos com ele quando ele acordasse, na
manhã seguinte, pois já tinha passado da hora de dormir. Ele protestou, mas
acabou dormindo. E antes de dormir brincou com a moto da polícia que fazia
barulho de sirene, com vários livros e com outros tantos brinquedos. Assim que
ele dormiu, todos juntos montamos a cozinha e ela ficou prontinha para ele. O
carrinho de controle remoto que ele pediu a vovó também deixou para a manhã
seguinte. No sábado ele acordou e adorou ver a cozinha montada e brincou muito,
pois além dos utensílios que a cozinha trazia com ela, a Dinda Fernanda trouxe
de presente outros tantos e a cozinha ficou completa. Ele brincou o dia inteiro
na cozinha e com o carrinho de controle remoto, com a moto, com os livros, uma
alegria só. A gripe (ou resfriado) já quase não há mais, só ficou uma
tossezinha que aparece às vezes. Tivemos bacalhau no almoço do dia 25 e na
noite do dia 24, um capão recheado. Tudo estava uma delícia. Falamos com Rio de
um Menino que estava nascendo e provavelmente ele não entendeu, mas é cedo
ainda.
Sobre a pandemia, os números de novos
casos, por causa da Ômicron estão aumentando cada vez mais, embora o número de
mortes não aumente na mesma proporção, graças a Deus. O fato de haver muita
gente vacinada, com uma, duas, três doses influencia muito para que não haja
mais casos graves. Na verdade, quase todos os casos graves que estão nas UTIs
dos hospitais são de pessoas que não tomaram a vacina.
Na segunda, o governo publicou novas
regras e exigiu passaporte de vacina para viajantes que chegarem ao Brasil.
Será que as companhias aéreas estão cumprindo a nova regra? O Ministério da
Saúde decidiu reduzir o prazo mínimo para a aplicação das doses de reforço
vacinal contra a Covid. A partir de agora, o intervalo para a aplicação do
reforço é de quatro meses. A Polícia Federal abre investigação para apurar
ameaças contra servidores da Anvisa. Ameaças do senhor presidanta, que quer a
cabeça da Anvisa, por autorizar vacina contra covid para crianças. É possível
uma coisa dessas? E o Ministranta da Saúde está dizendo que "não há pressa
para vacina as crianças", vai ver isso em janeiro.
Há pouco mais de um ano no mundo – e
um pouco menos de um ano no Brasil – as primeiras doses das vacinas contra a
Covid-19 eram aplicadas. A pandemia ainda existe e não se sabe até quando.
Mas... o que já é possível afirmar sobre a imunização contra o coronavírus?
Onde a ciência evoluiu e aonde ela chegou? Ainda há muita especulação e ainda
se sabe pouco.
Na quarta, estudo da Fiocruz aponta
que apenas 16% das cidades brasileiras têm mais de 80% da população com
vacinação completa contra a Covid. Anvisa entrega os pareceres públicos de
aprovação da vacina da Pfizer para crianças e pede retificação em texto da
consulta pública para a campanha de imunização da faixa etária.
Na quinta, o ConecteSUS, sistema que
emite o Certificado Nacional de Vacinação Covid-19, voltou a funcionar após 13
dias fora do ar. O sistema ainda apresenta oscilações, como para emitir o
Certificado Nacional de Vacinação. O problema também afetou o sistema de
notificação de casos e mortes da doença. O e-SUS Notifica, que reúne
informações sobre casos e mortes por causa de Covid-19, estava inacessível
havia 11 dias, mas voltou ao ar na tarde de terça-feira (21), segundo o
Ministério da Saúde. É por isso que os números da covid 19 andam tão baixos nas
últimas duas semanas. Não espelham a realidade.
“Ninguém está seguro até que todos
estejam vacinados”. Alerta da ONU pede mais empenho para acelerar o ritmo da
vacinação assegurando pelo menos 70% da população vacinada até 2022. As 10
maiores economias mundiais detêm maior taxa de imunização. Já países de baixa
renda, especialmente os africanos, têm em média 0,8% de vacinação. ONU acredita
que é possível alcançar a meta da Organização Mundial da Saúde de levar a
vacina a todos com 11 bilhões de doses e ampliar a cobertura de imunização
prevenindo o surgimento de novas variantes.
Sem dados de cinco estados e do
Distrito Federal, o Brasil registrou no sábado, dia 25, 28 mortes por Covid-19,
com o total de óbitos chegando a 618.457 desde o início da pandemia. Com isso,
a média móvel de mortes nos últimos 7 dias ficou em 96.
O balanço é feito a partir de dados
das secretarias estaduais de Saúde. Nove estados não forneceram registros de
mortes neste sábado: AC, AL, AP, CE, GO, MT, RO, SC e SE.
A média móvel de mortes não ficava
abaixo de 100 desde 11 de abril de 2020. Os números atuais têm sido
influenciados pelo apagão de dados. Nem todos os estados estão fazendo a
divulgação diária de casos e mortes. E assim os números vão baixando, sem que
esses números espelhem a realidade. Estamos no escuro, infelizmente.
Então precisamos cuidar, pois não
sabemos, na verdade, o que está acontecendo.
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