Por Luiz Carlos Amorim – Escritor,
editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e
presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 41 anos em 2021. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br
Uma semana excelente, mesmo com a nova variante da covid.
Trabalhei na divulgação da revista SUPLEMENTO LITERÁRIO A ILHA, que ficou
pronta e ficou muito boa: 84 páginas de muita prosa, muita poesia e muita
informação literária e cultura. Li um pouco de Agualusa e Oscar Wilde, assisti
séries de humor e até um filme. Vi noticiário brasileiro e internacional –
Bolsonaro não está nada bem na fita pelo mundo – e escrevi um pouco. No mais,
nos divertimos com o neto Rio, que está cada vez mais fofo, montamos a árvore
de Natal para entrarmos mais no espírito da data, nossa revista revê mais de
mil acessos em um dia, e vimos um
megashow de André Rieu ao vivo e a cores. Por falar em ao vivo e a cores, aqui
na Europa não tem jacatirão para anunciar o Natal, mas precisam ver as cores
das folhas de inúmeras arvores no outono daqui. É um beleza só. A foto de hoje
é uma delas.
No domingo, fizemos piquenique nos Jardins da Estrela e o
Rio aproveitou para andar de bicicletinha. Eu levantei o selim da bicicleta
menor dele, assim as pernas não ficam tão dobradas e é mais fácil correr para
impulsionar o bólido. Não tem pedal, então é impulsionada com os pés, mesmo, e
ele vai que vai. Na segunda ficamos com o Rio à noite, pois papai tinha
participação em um show e mamãe foi junto, pois é a produtora. Brincamos muito
e também vimos desenhos como Léo, o Caminhão, Patrulha Pata e Blipi – só
criança mesmo para gostar dele, pois a dublagem (brasileira) é péssima. Na
terça, vovó ficou com o Rio enquanto mamãe e papai trabalhavam. Fomos à
piscina, eu e vovó, com o Rio, à tardinha, para vê-lo na água com mamãe. Ele
disse, à noite, que “foi incrível!”, assim mesmo. Mais tarde, teve jantar com os artistas do
concerto Rua das Pretas. Vovó e mamãe fizeram umas comidinhas à la brasileira
bem gostosas. Pra honrar o país e a época em que estamos, tinha até castanha
portuguesa assada, que a Dani, mamãe do Rio, colocou para assar, depois de
fazer um talho na casca de cada uma – a casca delas é um pouco dura – até
cortou o dedo. Na quarta, Vovó trouxe o Rio para nossa casa e ele almoçou e
ficou conosco até a noite. Antes de chegarem casa para almoçar, passaram no
shopping Amoreiras aqui ao lado e ele dirigiu um carro de corrida e brincou no
escorregador em caracol. Tirou um soninho muito bom à tarde e quando acordou
fez um lanchinho de banana amassada com canela e mel, pão de canela e
croissant. Voltamos à noite para a casa dele e ele foi se encantando pelo caminho
com as árvores de natal iluminadas.
Na Quinta, Vovó foi antes do vovô para a casa do Rio e à
noite fomos os dois para jantar e montar o quê, o quê? A árvore de Natal,
claro. Mamãe deu banho no Rio e ele vestiu roupa de duende e fomos todos para a
saleta que dá para a varanda, nos fundos. A árvore já estava lá e mamãe Dani
pegou as caixas com enfeites e abriu-as e Rio ficou maravilhado com tantos
enfeites diferentes e coloridos. Foi uma festa inesquecível o Rio escolhendo as
coisas para pendurar na árvore e colocando ele mesmo, alguns. Ele pulava de
feliz. Sabem a imagem da felicidade? Era isso, exatamente isso. Fiz um filme,
mas ficou muito longo, mais de dez minutos, então não pude mandar para a família
e amigos no Whats. Tive que editar para enviar alguns trechos, mas ficou muito
bom. É uma lembrança que não dá pra não ter.
Na sexta fomos levar o Rio na parquinho do Eduardo Sétimo,
que ele adora ir lá, pois tem brinquedos mais “ousados”, como uma tirolesa que
eu tenho que segurar ele e sair correndo na velocidade que aquilo vai e ele
adora. O Eduardo Sétimo está cheio de barracas e pista de patins e outras
atividades, virado num parque de Natal. Lembra a Feira do Livro, todo ocupado e
cheio de gente. E tem uma imensa roda gigante. Passamos por ela e Rio ficou
encantado, acho que vamos ter que voltar para ele andar nela. Não entramos na
área das barracas porque é preciso ter teste de covid ou certificado de
vacinação. Precisamos obter nosso certificado europeu. Mas fizemos o teste de
covid, porque ainda estávamos voltando do parque quando Daniela mandou mensagem
no Whats dizendo que tínhamos bilhetes para o concerto de André Rieu à noite.
Imenso presente de Natal. A Altice Arena, aqui em Lisboa, que comporta mais de
doze mil pessoas, estava lotada e, apesar do mar de gente que estava ao redor
do domo onde fica a Arena, quando chegamos, foi tudo muito organizado e num
instante estávamos sentados na num excelente lugar excelente, perto do palco.
Foi soberbo. Ao vivo é outra coisa. Depois de duas horas de concerto, André
Rieu tentou encerrar, mas não conseguia, ainda ficou quase meia hora
apresentando mais números. Foi magnífico. Um tributo à música. Orquestra
fabulosa, cantores espetaculares. Música na veia, música no coração. Inesquecível.
No sábado, fomos almoçar com Rio, mamãe e papai, que a Daniela fez uma lasanha
de berinjela com molho a bolonhesa que ficou deliciosa. Brincamos muito com o
Rio e quando ele foi tirar o soninho da tarde, fomos embora, que tínhamos que
passar no supermercado. À noite, Rio foi passear um pouco para ver as luzes de
natal. Ele sempre fica encantado com muita luz e muita cor.
A semana foi ótima, mas a pandemia continua, agora com a
nova variante, que a gente não sabe ainda o quão grave é. Na segunda, imagem
computadorizada da variante ômicron do coronavírus revelou que ela tem mais que
o dobro de mutações da delta. A representação computadorizada desta nova cepa
foi feita por pesquisadores do hospital Bambino Gesù de Roma, na Itália, que
disseram ainda ser cedo para tirar conclusões e que ter mais mutações não
significa necessariamente que a ômicron seja mais perigosa. Na terça, o
Instituto Adolfo Lutz confirmou dois casos positivos da ômicron no Brasil – são
os primeiros registros, no país, da nova variante do coronavírus. Na quarta,
foi confirmado o terceiro caso da ômicron no Brasil. O Ministério da Saúde
confirmou mais dois casos da ômicron no
Brasil. Com as outras três infecções já detectadas em São Paulo, o país tinha
na quinta cinco pacientes com a nova variante do coronavírus. O ministranta
da Saúde defendeu que ainda não é o momento para um "fechamento total da
nossa economia" e disse que o ritmo de vacinação traz
"tranquilidade" para enfrentar todas as variantes. Sabe tudo, a anta
travestida de ministro.
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