Por Luiz Carlos Amorim – Escritor,
editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e
presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 41 anos em 2021. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br
Mais uma semana de trabalho. Trabalhei direto na revista:
uma vez preparado o material, há a conferência/revisão da editoração e termino
a semana com a edição do SUPLEMENTO LITERÁRIO A ILHA de dezembro pronto, para
colocar no ar na semana próxima. O domingo foi todo de trabalho, nem saímos. Li
um pouco de jornais, li um pouco de Agualusa e um pouco de Eloah, escrevi um
pouco, mas pouco mesmo.
Rio viajou, passou o final de semana numa quinta, mas no
domingo estava de volta e foi almoçar na casa de amigos. Lá um vavau o “mordeu” um pouquinho acima do tornozelo
direito – na verdade foi só um arranhão, mas foi uma aventura para ele. Mamãe
passou neomicina e cicatrizou rapidamente, pois foi bem superficial. Na segunda
só a vovó foi lá no Rio, eu fiquei
revisando a primeira versão da editoração da revista. Na terça, houve sarau na
casa do Rio, com presença de Ana Carolina, a cantora brasileira e do escritor
português José Luis Peixoto, além de Tito Paris, cantor caboverdeano e cantores
brasileiros e portugueses.
Na quarta, Vovó ficou com o Rio na casa dele, enquanto papai
e mamãe foram trabalhar e jantamos todos juntos, inclusive eu, que me dei uma
folga e fui brincar um pouco com o lindão. Quinta-feira foi um dia meio
chuvoso, na Luzboa, então não saímos de casa, mas o Rio foi à piscina e adorou,
como sempre. Na sexta, Vovó ficou com o Rio lá na casa dele, saiu com ele e
foram ao parquinho – a principio ele não queria ir, mas depois gostou e brincou
muito – e à noite eu fui ter com eles, pois a revista estava quase pronta,
faltando ainda só a arte final. Fizemos bolinhos de chuva doces (com banana) e
salgados, para a janta. Como prato principal, Dani fez abóbora com carne de
sol, muito bom. O Rio gostou do bolinho de chuva salgado, mas adorou o bolinho
de chuva com banana. Tivemos que esconder para ele não comer demais. No sábado
choveu e não arredamos pé de casa , porque estava muito frio. Rio saiu um
pouquinho, foi à feira do Príncipe Real, mas não apanhou chuva. Lemos e eu
escrevi um pouco. Também vi um pouco de noticiário e vi que o mundo está em
polvorosa com a nova variante Ômicron.
O mundo inteiro em alerta: quando pensávamos que as coisas
estavam melhorando, no que diz respeito à pandemia, foi descoberta uma nova
variante, na sexta, na África, extremamente contagiosa, a Ômicron. Já está
também na União Européia (Bélgica), Hong Kong e Israel. Começaram, de imediato,
estudos para saber se as vacinas cobrem esta nova variante e países estão tomando providências para tentar evitar o
alastramento da nova ameaça: cancelamento de voos de e para os países da Africa
que estão com casos, volta do uso da máscara e até confinamentos. O
desgovernante do Brasil, Bolsonaro, descarta, na TV, qualquer providência. Vamos
ter que nos cuidar ainda mais do que antes.
Na segunda, os laboratórios Pfizer e BioNTech diziam que sua
vacina contra a Covid ofereceu forte proteção de longo prazo contra o vírus em
um estudo de fase 3 conduzido em adolescentes de 12 a 15 anos. A pesquisa
mostrou também que o imunizante teve 100% de eficácia nos jovens dessa faixa
etária. No Brasil, a vacina da Pfizer é a única autorizada para essa idade.
Na terça, a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde
para Acesso a Medicamentos, Mariângela Simão, afirmou que o mundo está entrando
em uma 4ª onda da pandemiade Covid, sem saber que pouco mais tarde eclodiria
uma nova variante perigosíssima da covid.
Para ela, apesar dos dados positivos, o Brasil não pode relaxar no
controle da doença. A mobilização em torno do carnaval é um dos pontos de
preocupação apontados por Mariângela. Algumas cidades já cancelaram, mais os
maiores centros, até agora, vinham mantendo o evento para 2022. Vamos ver como
fica agora, com a nova variante chegando.
O governo de São Paulo anunciou na quarta-feira (24) que vai
tirar a obrigatoriedade do uso da máscara em ambientes externos a partir do dia
11 dezembro. Agora, como surgimento da nova variante Ômega, como é que fica?
A Europa voltou a ser o epicentro da pandemia de Covid. Em
meados da semana, diversos países do continente reúniram esforços para
controlar o avanço da doença antes das festas de fim de ano. Eslováquia e
Áustria decretaram lockdown parcial. Portugal voltou com restrições em hotéis e
restaurantes. A Alemanha, que tem novo recorde de infecções, quer ampliar a
vacinação. Mas as mortes e hospitalizações estão mais baixas do que em
outras ondas da doença — sinal do avanço da vacinação em alguns países.
Na sexta, a Organização Mundial da Saúde declarou
que a B.1.1.529 – a nova cepa do coronavírus – é uma "variante de
preocupação" e deu a ela o nome de ômicron. Descoberta inicialmente na
África do Sul, ela passa ao mesmo grupo de versões que já causaram impacto
significativo no avanço da pandemia: alfa, beta, gama e delta. A ômicron é
considerada de preocupação porque tem 50 mutações. Ainda não se sabe se ela é
mais transmissível ou mais letal, mas já estão sendo feitos estudos para saber
isso. A própria OMS diz que precisará de
semanas para compreender melhor o comportamento da variante. Ao menos 9 países
e/ou territórios já anunciaram restrições a voos de nações africanas.
No sábado, o presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco,
disse que o enfrentamento ao coronavírus deve ser uma prioridade no País nesse
momento. "Conter a pandemia e conter a fome e miséria no Brasil são focos
que nós temos que estabelecer como prioridades absolutas nesse momento",
disse Pacheco durante o "Fórum Brasil de Ideias".
Então, resumindo: com a nova variante chegando, sem sabermos
ainda, ao certo, o seu grau de transmissibilidade e se as vacinas atuais são
válidas para ela, precisamos nos cuidar. Mais ainda.
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