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segunda-feira, 13 de abril de 2020

DIÁRIO DA PANDEMIA – 13.04.2020


      Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 40 anos em 2020. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.brhttp://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

Hoje,segunda-feira, 13 de abril de 2020, choveu pela manhã em Lisboa e friozinho estava bem gostoso, por isso estava bom ficar na cama. Acordamos quase tarde e já começamos o dia fazendo festa com Rio.
 Verifiquei os e-mails que chegaram, as mensagens do Whatsapp, li os jornais Notícias do Dia de Florianópolis e o Jornal da Manhã de Goiânia. As notícias continuam não sendo boas. Aliás, testou assistindo um canal de notícias brasileiro pela internet, hoje, e a situação no Brasil parece ainda pior, porque a “politicagem” continua grassando no país e misturar “políticagem” com saúde não dá certo, nunca deu.
O panorama do coronavírus fica cada vez mais grave: já são mais de dois milhões de infectados no mundo – este o número de registros, mas deve haver muitos casos que não estão nesta estatística – e 115.000 mortes. São números muito elevados e que só tendem a aumentar, para infelicidade de todos nós.
Aqui em Portugall, os números apurados agora à noite dão conta de que existem 16.934 infectados e 535 mortos. A imprensa internacional está dizendo que, dos países ricos, Portugal é o país que está lidando melhor com a pandemia. E acho que está mesmo, porque o povo está comprindo as determinações, existe muito pouca gente nas ruas. As pessoas estão em casa.
O meu Estado, Santa Catarina, está com 776 infectados contabilizados até agora e 24 mortos. Não estão publicando o número de suspeitos da doença. Será que é pra não sabermos que o número de testes é muito pequeno? O governo de Santa Catarina está começando a liberar algumas atividades, as pessoas estão começando a sair de casa e as ruas já estiveram bastante movimentadas nesta segunda-feira, na capital, apesar de o prefeito de Florianópolis ter estendido o isolamento por mais uma semana.
Tento acompanhar as notícias do Brasil por canais brasileiros de notícias e por jornais que assino de lá. A verdade é que, pelo que se pode perceber, o número de infectados no Brasil é pequeno – em relação ao tamanho do país -, porque o número de testes também é muito pequeno. Então a estatística que nos é apresentada não espelha, por mais que queiramos, a verdade. Infelizmente deve haver mais casos do que já foi detectado, testado.
E para agravar ainda mais a situação do aumento de casos, há uma guerra “política” entre o governo e a Saúde, com o Ministro da Saúde tentando manter as pessoas em casa, para minimizar o contágio, e o presidente tentando tirar as pessoas de casa, mandando-as trabalhar. Claro que o resultado desta pandemia vai ser desastroso para o nosso futuro, para o futuro de todo o mundo – talvez não para a China -, mas será que devemos priorizar a economia em detrimento das pessoas? É melhor diminuir os efeitos da pandemia na economia e deixar o contágio correr solto e matar um número enorme  de pessoas, como na Itália, na Espanha, nos Estados Unidos, ou até pior?
Vejo tudo isso e fico assustado. Não sei para que Brasil voltarei, daqui a alguns meses. E terei que voltar, mais cedo ou mais tarde. Só espero que a curva da pandemia, da qual tanto falam, não suba muito e chegue ao seu ápice rápido, para começar a descer. Infelizmente não sabemos como será o amanhã, mas poderíamos tentar, no mínimo, evitar o contágio, para que menos pessoas morram.
Estou saindo de casa o mínimo possível, como indicado por aqui, pois cada um que fica em casa é uma infecção a menos. Nesta tarde de segunda procurei me atualizar sobre o que está acontecendo em vários lugares, pois tinha deixado de ver tv, ouvir rádio, ler grandes jornais, ver notícias na internet, ando até evitando faces e whatsapps da vida. E vi que o Brasil parece não estar levando a sério a gravidade desta pandemia. Uma pena. Mas esperemos que amanhã seja melhor. Precisa ser.

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