Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor –
Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo
Literário A ILHA, que completa 40 anos em 2020. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Hoje,
terça-feira, 14 de abril e a pandemia continua crescendo aqui em Portugal e mais
ainda no Brasil. No Brasil, agravada pela
rixa entre a direita e a esquerda, coisa absurda, de um povo sem educação e sem
cultura, e do presidente – assim mesmo, com letra minúscula - e o ministro da saúde: o líder da Saúde sai ou
não sai? A quem seguir, pergunta o povo brasileiro: o presidente ou o homem da
saúde? Situação extremamente difícil, trágica, eu diria, quando os casos de
infecção vão aumentando e número de mortes também. Até hoje morreram 1532
pessoas de coronavírus – covid19, eu deveria dizer, não é? -, no Brasil, duzentos
e poucos em 24 horas. E são já 25.212 infectados, até as 16 horas de hoje. Sem
contar que este número deve ser maior, infelizmente, pois os testes estão aquém
do que deveriam ser. E o presidente e sua “equipe” insistem em dizer que o pico
já passou, que a curva está descendo. Não dá pra entender.
Li uma série
de constatações, hoje, feitas no dia de Páscoa, pela Amarilis, de Joinville, e
passo adiante porque achei, no mínimo, interessante e tem tudo a ver, mesmo,
com o nosso momento pandemia – como ela diz, é de começar a duvidar do mundo:
1) O The New York times denuncia que Trump, amigo de Bolsonaro, que aliás
não é médico, é militar da reserva porque, lembremos, foi pego com a boca na botija
quando fazia greve, com um plano para dinamitar adutora do Rio de Janeiro, é
sócio do laboratório que fabrica a CLOROQUINA;
2) O governo compra papéis PODRES (ou seja: dívidas que NUNCA SERÃO PAGAS),
no valor de aproximadamente 140 bilhões, para SALVAR OS BANCOS – sim, aqueles que
nunca salvam ninguém, que não são parceiros em crise nenhuma!
3) Se amarram pra salvar o povo com 40 bilhões (o que, diga-se de passagem,
salvará muito empresário, porque será destinado ao consumo!)
4) O governo de SC quer construir, PASMEM, um hospital em regime de
urgência, destinando 76 MILHÕES DE REAIS para isto... não seria muito mais
inteligente dividir este valor por 7 e incrementar 7 hospitais que já existem,
naquilo que eles estão PRECISANDO, QUE SÃO
LEITOS DE UTI? ISTO MAIS ME CHEIRA a outra intenção!
5) O governo de SC é capitaneado por um policial militar e eu trabalhei com
um coronel da PM na Secretaria de Justiça e Cidadania, em 1999, e posso
assegurar que eles têm organização, método e competência técnica para, em não
atendendo ao capitão que não é médico, AO MANTER A QUARENTENA, MAPEAR E CONTROLAR
ESTA DOENÇA... Chamem os estatísticos da Universidades, os biomédicos, tenham a
humildade de fazer parcerias com quem tem conhecimento técnico.
6) Por que é que o poder público brasileiro fica arranjando desculpa pra
não paramentar os profissionais de saúde adequadamente? Poderiam comprar das
empresas brasileiras os paramentos, máscaras, jalecos, etc., bastava dizer ,
por exemplo, ao UDO DOEHLER, que a partir de amanhã o governo compra a produção
de todos os paramentos que ele conseguir produzir na fábrica dele, mudando
provisoriamente a sua linha de produção! Se faz isto em clima de guerra. E não
se faz agora, porquê? Querem prerrogativa de guerra pra comprar só o
medicamento do laboratório do presidente americano? Por que não produtos
brasileiros para prestigiar e salvar aqueles que estão reclamando QUE VÃO
QUEBRAR? E, finalmente, vai aí a minha dúvida maior: esta falta de METODOLOGIA
seria burrice ou má intenção? E onde estão os deputados da nossa região? Que
atuação medíocre! E o povo, sem qualquer colaboração para que o isolamento dê
certo! Sempre fomos pouco expressivos - porém agora, estamos abaixo da crítica
em representatividade - e isto se pode ver nestes momentos. Está muito difícil,
mesmo!
E então, o que acharam? Eu, particularmente, acho que ela tem razão em
muitos pontos. Aqui em Portugal o povo está colaborando, existe muito pouca
gente na rua, as pessoas estão ficando em casa. E eu, que não saio há uns três
dias, estou lendo, brincando com o Rio, escrevendo, brincando com o Rio, vendo
filmes – hoje vi “Submersos – Underwater -, brincando com o Rio e trabalhando
no meu livro de crónicas sobre Corupá, a Cidade das Cachoeiras no pé da Serra
do Mar. Há que se manter a serenidade, por mais difícil que isto seja.
Nenhum comentário:
Postar um comentário