Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 40 anos em 2020. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Vi a
crônica da Urda, nesta quinta-feira, dia 16 de abrill, mas só li a primeira
linha, porque tenho que escrever a minha e colocar no blog. Em seguida, porém,
vou ler, porque não perco uma. Urda é a nossa romancista catarinense e a
cronista do coração, também. Do coração dela e de todos nós.
Ela dizia,
iniciando o diário: “Hoje fui ver o mar…” E eu já fiquei com inveja, aqui, pois
o mar que ela vê é o mar da Enseada de Brito, no litoral da Grande
Florianópolis, o paraíso dela e do Zorrilho, do Atahualpa, da Teresa Batista e
da Domitila – os três primeiros são cães e a última é uma gata. Eu eu digo que
fico com inveja porque o paraíso da Urda é lindo e dá vontade de ir lá
visitá-la. Pena que é um pouquinho longe, mas na verdade nem é a questão da
distância, todo um oceano pra atravessar. É que a gente não pode viajar, mesmo.
Temos mais é que ficar em casa, para ludibriar o vírus virulento.
A minha
sorte é que a Praça do Comércio, ou o Terreiro do Paço, como queiram, fica à
margem do Tejo, e é pertinho daqui do Chiado. Então, uma ou duas vezes a gente
saiu para ir ao supermercado e fomos dar uma sapeada na beira do Tejo, dizer
olá, ver como ele está. Não vi lá as tainhas, não sei se não é tempo agora, mas
elas são um espetáculo à parte. Aqui não se come as tainhas do Tejo.
Na verdade,
queria ir a muitos lugares aqui em Portugal, mas com esse coronavírus que
jogaram em cima de nós, nada de sair, precisamos ficar aqui, sossegadinhos,
torcendo para que essa pandemia acabe logo e a gente possa voltar a viver quase
normalmente. Quase normalmente, porque é claro que não vamos mais voltar ao
nosso normal de antes tão cedo. A economia do Brasil, do mundo, estará
destroçada e precisaremos de força para continuar lutando para recuperar tudo o
que perdemos, que não é pouco, a começar pelos empregos e pelo funcionamento
das empresas, para que os empregos sejam possíveis.
Hoje não
arredei pé de casa de novo, até precisava ir à farmácia para comprar vitamina C
com selênio, que aqui não tem Prevelip, e um desodorante 48 horas, que o que eu
trouxe do Brasil tá acabando. Amanhã, se
der tempo bom, eu vou. Talvez precise ir no supermercado, também. Mas não é pra
comprar pão, não. O Pierre está trabalhando com a massa mãe dele, um fermento
natural e tem feito pães e mais pães, ele, a Stela e a Dani.
Hoje choveu
de manhã e um poquinho à tarde, até saiu um solzinha na Luzboa, mas as nuvens
estavam lá, toldando o azul do céu de brigadeiro, que estava sempre aqui. Moramos
sete meses aqui, no ano passado, e quase não vimos chuva. Desta vez está
chovendo um poquinho mais, mas nem reclamo, porque como já disse, em uma
crônica do meu novo livro de crônicas sobre Corupá, a minha terra, que estou
terminando: gosto do barulho da chuva na janela, no telhado, nas calhas. E uma
boa chuva, por aqui é bom, pois vai encher as albufeiras e, assim, não teremos
nenhuma ameaça de problema com água.
Então é
isso: hoje fiquei de novo com a bunda quadrada de tanto ficar sentado, mas
quase terminei meu livro. Agora é fazer a revisão para mandar para a
editoração. Depois volto à minha antologia de contos e em seguida começo a
tratar da edição de aniversário da nossa revista SUPLEMENTO LITERÁRIO A ILHA,
que completa quarenta anos de circulação no próximo mês de junho. Então, vamos
trabalhar. Em casa. Só saia se for indispensável.
Hoje não
falei dos números da pandemia e da bagunça politiqueira no Brasil. De
propósito. Não li jornal, não assisti telejornal, não ouvi rádio. De proposito,
pois é preciso tirar uma folga de tanta coisa negativa. Até comecei a ver uma
comédia, mas meu Popcorn Time travou. Amanhã falamos de novo.
Bom dia mano...muito bom o seu diário...deu até uma saudade de Florianópolis,de praia...Como.você falou aqui no Brasil..uma bagunça só...não vale a pena assistir a TV,bem ler os jornais...é só para se estressar..e vamos continuar em casa e usando máscaras..e Da-lhe costurar para aproveitar o tempo...tudo de bom para você mano..bjs no seu ❤
ResponderExcluirQue delícia, curtir teu diário!! Bom dia amigo!
ResponderExcluirAbraço
Que delícia curtir teu diärio!!
ResponderExcluirSempre interessante!!
Abraço amigo!
Me senti caminhando pelos lugares... Que gostoso poder passear novamente, mesmo que pela imaginação! Valeu, amigo!
ResponderExcluirLegal Luiz. As vezes, quando você fala da Urda nos teus trabalhos, fico pensando que preciso ver e falar com ela uma hora dessas, pois trabalhei com ela alguns meses quando entrei na caixa. Aqui continuam dias bonitos e ensolaradosmss já estamos precisando de uma chuva. Com relação aos pães. Bem lembrado, acho que vou fazer pão aqui em casa também. Hehehehehe. Abraço.
ResponderExcluirOi Amigo, gosto mto das tuas crônicas, me faz sentir + petto da terrinha... Tbm ñ vejo tv, só fala a mesma coisa, prefiro ouvir música e faço minha caminhada d 3 km, assim mantenho meu astral a flutuar... Tbm gosto do mar, me faz sentir + livre, sagitariana é
ResponderExcluirassim rsrsrs... Abraços a tds...