Silvia, em Portugal
Por Luiz Carlos Amorim – Escritor,
editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e
presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 40 anos em 2020. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Hoje é
sábado, 18 de abril, e sábado é dia de Rua das Pretas. Com a pandemia em ser,
tudo fechado em Lisboa, qualquer reunião proibida, o espetáculo – ou concerto,
como se diz aqui em Portugal – agora é on line, virtual. Então vejo e ouço a
tertúlia apresentada pelo Pierre, criador do novo e revolucionário formato do
Rua das Pretas – música intimista com bons vinhos portugueses como se fosse na
sala da gente - e com a participação de
cantores brasileiros, portugueses e de outros países, pelo Zoom, enquanto
escrevo este capitulo de hoje do meu diário da pandemia. Música popular
brasileira, música portuguesa, música do mundo da melhor qualidade.
Pra
começar, vamos falar de coisa boa, que depois vamos ter de falar também do
vírus virulento, que ataca o mundo todo. Pois esse diário é publicado em meu
blog, CRÔNICA DO DIA, e o blog é divulgado na minha página e na página do nosso
Grupo Literário A IILHA, no Face, no Instagram, etc. E recebemos comentários
no próprio blog, no face, no Whatsapp, no Messenger. Procuramos, aqui neste
diário, falar destes dias de isolamento, de como passamos o tempo, o que
fazemos, de maneira leve até de bom humor, quando é possível. E aí a gente
recebe uma ligação de Las Vegas, da
diva Silvia Aderne, atriz do Circo de Soleil, contadora de história
master, para dizer que está lendo o meu Diário da Pandemia todos os dias, que
tem gostado muito, porque ela gosta de poder saber do cotidiano de outras
pessoas numa situação que nunca enfrentamos antes. E falou mais tanta coisa
bonita que fico acanhado de aqui reproduzir, pois acho que nem mereço. Não é
reconfortante, não é gratificante? É por coisas assim que vale a pena escrever.
Obrigado, Silvia, desde que a conheci, agradeço a Deus por ter tido a
oportunidade de encontrá-la em meu caminho. Grande beijo.
O dia aqui
na Luzboa foi lindo hoje e dá uma vontade danada de sair à rua. Mas não dá pra
facilitar a propagação do coronavírus, senão muito mais pessoas podem perecer e
a nossa economia, a economia mundial será mais e mais destroçada e nós
ficaremos sem emprego, sem lugar pra trabalhar e sem isso não se vive. Mas como
as autoridades portuguesas começaram a mencionar um possível início da
liberação do comércio e das atividades no país, a partir de maio, parece que as pessoas estão tomando isso como
uma autorização para sair de suas casas e já tivemos, ontem e hoje, mais
pessoas nas ruas, pelo menos aqui em Lisboa. Como já disse antes, esperemos que
a curva comece o seu declínio, pois o povo cumpriu, até agora, o isolamento e
isso tem funcionado. O número de mortes aqui em Portugal, hoje, foi de 657. E
os casos confirmados são 19.022. Há uma certa estabilidade na progressão desses
números e esperemos que este seja o pico, para em seguida começar a cair.
No Brasil,
onde o presidente vem instigando o povo a sair de casa há bastante tempo, dizendo
que as pessoas têm que trabalhar, há muita gente na rua, nos últimos dias,
conforme tenho visto na CNN Brasil e tenho sabido por amigos de lá. Temo que o
pico não tenha chegado lá e que essa liberação quase geral venha a aumentar
muito as infecçoes pelo coronavírus. Espero que não, mas temo que sim, pela
situação que vem se desenhando. O número de mortes na nossa terra tupiniquim é,
até agora, de 2.141. Casos confirmados somam 33.682. Mas segundo quem entende
do assunto, se houvesse um número de testes adequados – a quantidade de pessoas
que vem sendo testadas é muito aquém do que seria necessário – esses números
não devem refletir a realidade, pode ser bem maior. Espera-se que não, mas as
evidências…
O
isolamento aqui em Portugal já passa de um mês, mas seguimos bem, pois temos
Rio, o nosso neto português, que acabou de completar um ano, para nos fazer
companhia e nos dar alegria todos os dias. Hoje li um pouco, ouvi música, tomei sol com o Rio e comecei a revisão do meu livro de crônicas. Fiquem bem, todos, e não saiam de
casa, a não ser que seja estritamente necessário. Com máscara e álcool gel.
Olá Amigo, gosto mto d ler suas crônicas, m deixar mais perto daí... saudades da terrinha... Por cá, em Floripa, já temos o fim da quarentena, abriu o comércio de rua e academia... oba! Mas tem q continuar a usar máscaras, m incomoda, mas paciência... vamos em frente...espero q o fim da quarentena seja positiva, caso contrário, voltamos pior do q antes... uma amiga, cujo filho tem um restaurante aí, me disse q liberaram o comércio ontem, mas acho q é só "Delivery"... Faço votos q logo td volte ao normal... a vida tem q continuar... Tudo de bom e bjinhos a todos...
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