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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

QUEM CUIDA DO PLANETA TERRA?



Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor, fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, com 35 anos de existência, Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br


O ano de 2016, infelizmente, não começou nada bem. Não falo nem na corrupção, na impunidade e no descaso à saúde, à segurança, à justiça, etc, coisas que também precisamos combater. Então por quê? Por causa do tempo, das tempestades, da natureza? Não, por causa de nós mesmo, por nossa culpa, nós, seres humanos. As enchentes, ventos e calor inclemente são apenas consequencias. Se não respeitarmos a natureza, ela também não terá como nos devolver respeito e segurança. É uma troca natural e justa. Então, temos que ter responsabilidade e esperança.
Temos que fazer deste ano o ano da conscientização e do propósito de cuidar do nosso lar, cuidar do nosso planeta Terra, que até aqui só fizemos tentar matá-lo. E ele está estertorando. Então, este ano terá que ter a marca da renovação, da certeza de que podemos mudar, de que podemos provocar mudanças em nós e no próximo, de que essas mudanças precisam começar e podem trazer, oxalá, condições de vida melhor para todos se tivermos um planeta mais vivo, mais saudável, com o meio ambiente e a natureza protegidos.
E essa esperança de um futuro melhor, sem poluição do ar do nosso planeta, da água, do mar e do solo, vai nos trazer uma coisa não menos importante: a paz. Precisamos plantar, cultivar e disseminar a paz, sem a qual todo o resto, até a esperança, será em vão. E sabemos que nós somos o instrumento da paz, os construtores da paz, os responsáveis pela sua existência e permanência.
Não podemos contar com uma transformação instantânea, com a correção dos erros do passado em um piscar de olhos. Mas precisamos começar. Com urgência. Temos que participar da renovação, com solidariedade e honestidade, fazendo cada um a sua parte.
Nossa sociedade está imersa em uma era de corrupção, de roubalheira e mentiras e precisamos redirecionar essa energia para o cuidado necessário que temos de ter com o nosso pequeno mundo, entrando em uma nova era, esta de transparência e verdade. Impossível? Este é o ano da esperança e da realização, não haverá esperança se não tentarmos construir um futuro melhor. Temos que trabalhar e contribuir para que a natureza seja nossa aliada, neste caminho para a paz, e não nossa inimiga. Temos que parar de desafiá-la e protegê-la. Precisamos nos unir a ela para salvar nosso planeta.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

LIVROS PARA LER MAIS DE UMA VEZ




Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.uol.com.br/


Estou lendo um romance – ótimo romance – e um dos personagens, apaixonado por literatura, leitor inveterado, faz uma afirmação que me chama muito a atenção: “Uma obra literária deve ser lida uma única vez”.


Não sei se a opinião é também do autor, mas respeito a opinião do personagem. O que não quer dizer que não tenho cá minhas convicções. Como já mencionei em uma crônica recente sobre estantes para livros, há muito livro que, realmente, basta ser lido uma vez. Depois de lido não há porque guardá-lo, temos mais é que passá-lo adiante – doar, emprestar, presentear - para que outros leitores possam apreciá-lo, talvez mais do que nós, até.

Mas há livros grandiosos, verdadeiras obras-primas que precisamos manter por perto, para que possamos voltar a eles, pois a cada nova leitura, a cada nova recriação, nos revelam novas descobertas. E não me refiro apenas a livros de poesia. Há romances, livros de contos e de crônicas, livros até de outros gêneros, os quais dão prazer de se ler de novo, possibilitam-nos recriá-los de uma maneira nova, descobrindo novos detalhes e novas nuances que enriquecem ainda mais a qualidade do texto, da trama, de tudo.

Não vou citar títulos de livros que tenho guardados comigo, porque são muitos e também porque a minha preferência pode não ser a mesma dos meus leitores. E isso é natural. Mas eu sou um daqueles leitores que de vez em quando volta a um livro já lido, como um livro de poemas de Quintana ou de Pessoa, por exemplo, nem que seja para ler só um ou dois poemas.

Há até quem diga, como a personagem do livro que estou lendo, que é perda de tempo ler de novo alguma coisa que já lemos. Mas a verdade é que o prazer de ler uma obra bem escrita e bem urdida é coisa para se degustar devagarinho e de novo. É claro que devagarinho é força de expressão, pois quando pegamos um bom livro lemos com sofreguidão, de um fôlego só, essa é que é a verdade.

Então, confesso mais uma vez: tenho uma grande estante de livros em meu escritório e de vez em quando retorno a algum deles.


Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


Estou lendo um romance – ótimo romance – e um dos personagens, apaixonado por literatura, leitor inveterado, faz uma afirmação que me chama muito a atenção: “Uma obra literária deve ser lida uma única vez”.


Não sei se a opinião é também do autor, mas respeito a opinião do personagem. O que não quer dizer que não tenho cá minhas convicções. Como já mencionei em uma crônica recente sobre estantes para livros, há muito livro que, realmente, basta ser lido uma vez. Depois de lido não há porque guardá-lo, temos mais é que passá-lo adiante – doar, emprestar, presentear - para que outros leitores possam apreciá-lo, talvez mais do que nós, até.

Mas há livros grandiosos, verdadeiras obras-primas que precisamos manter por perto, para que possamos voltar a eles, pois a cada nova leitura, a cada nova recriação, nos revelam novas descobertas. E não me refiro apenas a livros de poesia. Há romances, livros de contos e de crônicas, livros até de outros gêneros, os quais dão prazer de se ler de novo, possibilitam-nos recriá-los de uma maneira nova, descobrindo novos detalhes e novas nuances que enriquecem ainda mais a qualidade do texto, da trama, de tudo.

Não vou citar títulos de livros que tenho guardados comigo, porque são muitos e também porque a minha preferência pode não ser a mesma dos meus leitores. E isso é natural. Mas eu sou um daqueles leitores que de vez em quando volta a um livro já lido, como um livro de poemas de Quintana ou de Pessoa, por exemplo, nem que seja para ler só um ou dois poemas.

Há até quem diga, como a personagem do livro que estou lendo, que é perda de tempo ler de novo alguma coisa que já lemos. Mas a verdade é que o prazer de ler uma obra bem escrita e bem urdida é coisa para se degustar devagarinho e de novo. É claro que devagarinho é força de expressão, pois quando pegamos um bom livro lemos com sofreguidão, de um fôlego só, essa é que é a verdade.

Então, confesso mais uma vez: tenho uma grande estante de livros em meu escritório e de vez em quando retorno a algum deles.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

LIVROS A BORDO



Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.uol.com.br/  

Há algum tempo vi uma notícia sobre um barco antigo, construído em 1920 para o transporte de carvão, que se transformou, no ano passado, em livraria, ou sebo. Ele leva um acervo de livros de segunda mão para serem vendidos a preços baixos por cidades da Europa.

O barco-livraria, chamado de “Word on the Water” – A palavra sobre a água – oferece títulos da literatura clássica, livros sobre política, filosofia e para o público infantil.

Depois de mais algumas informações sobre o barco, a matéria termina com a pergunta: Você conhece alguma iniciativa deste tipo pelo Brasil?

Muito a propósito a pergunta, pois eu conheço, sim, uma iniciativa parecida. A Barca dos Livros- Porto de Leituras é uma biblioteca comunitária, mantida pela Sociedade Amantes da Leitura, com sede na Lagoa da Conceição, em Florianópolis, que defende a importância da leitura para o desenvolvimento comunitário e individual. Tem a missão de facilitar o acesso ao livro e à leitura através do atendimento diário e gratuito à comunidade, promovendo a formação de leitores e de mediadores de leitura. Muitas atividades são levadas a efeito para conseguir cumprir essa missão: passeios de barco com sessões de contação de histórias, visitas de escolas, saraus literários, encontros de autores e lançamentos de livros, exposições de artes, encontros de leitura, noites de prosa, canção e teatro, apresentação de cinema, teatro e música, cursos e oficinas literárias.
É através da Barca dos Livros que os moradores do entorno da Lagoa da Conceição, tanto as crianças como os adultos, podem ter material para leitura e outras atividades culturais. Bom poder responder à pergunta da matéria e poder dizer que nós temos, sim, uma iniciativa parecida aqui na nossa comunidade.

O livre acesso à leitura é de suma importância, seja onde for e de todas as maneiras possíveis. Precisamos fazer chegar o livro até o leitor, precisamos colocar o livro na frente dos olhos do estudante dos primeiros anos do primeiro grau, leitores em formação, e aos leitores de qualquer idade.