COMENTE
Sua opinião é importante. Comente, critique, sugira, participe da discussão.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
UM ANO BOM
Por Luiz Carlos Amorim - Escritor e editor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Um ano novo acaba de chegar e o sol, quentíssimo, mesmo intercalado com a chuva, o jacatirão florido, o flamboiã espalhando vermelho pelas calçadas, me dizem que o novo ano será bom.
Por isso, não desejo muito deste novo ano. Peço apenas o possível: crianças na escola, velhos assistidos, educação e saúde decentes neste nosso Brasil e por todo este mundão de Deus; trabalho para todas as pessoas e alimento na mesa de todos, em qualquer lugar; ética e honestidade em todas as atividades do ser humano, principalmente na "política" e conscientização geral de que precisamos preservar a natureza para que o nosso clima não se volte contra nós, como temos visto ultimamente.
Que em 2013 saibamos cuidar melhor do nosso meio ambiente. Que paremos de desmatar, que possamos diminuir a poluição, para que nossos filhos e netos possam ter um mundo viável mais adiante. Não quero, para todos nós, filhos de Deus, uma felicidade instantânea e fácil; quero uma felicidade conquistada, verdadeira e merecida. Uma felicidade perene.
Quero sorriso no rosto das pessoas, mas não sorrisos tristes. Quero sorrisos iluminados, pejados de fé e esperança, que se não os houver, não haverá vida. Quero luz nos olhos de toda a gente, faróis a alumiar o caminho. Quero paz no coração de todo ser humano, quero carinho a semear ternura, quero uma canção em todos os lábios, a propagar a fé.
Quero pedir aos homens, principalmente aos que detém o poder, o fim das guerras, que o seu coração foi feito para abrigar a paz, e seus lábios, suas mãos e seus olhos foram feitos para disseminá-la. O homem não foi feito para deter o poder em suas mãos e com esse poder destruir seu semelhante. Peço à força maior que rege o universo que erradique do coração do homem a ganância, a inveja, o ódio, a indiferença.
Não estou pedindo nada impossível, tudo o que peço pode se tornar realidade, se todos quisermos. E precisamos querer, para que este próximo ano que se inicia seja bom, para que os nossos sonhos possam continuar, para que possamos ter esperança de realizá-los.
Como já disse o poeta Drummond, para termos “um Ano Novo que mereça este nome, temos de merecê-lo”.
domingo, 30 de dezembro de 2012
UM ANO NOVO MELHOR
Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://luizcarlosamorim.blogspot.com
E lá se vai mais um ano repleto de corrupção, descaso com a saúde, educação em declínio, segurança quase zero. Não podemos esperar, sabemos, que tudo seja perfeito, mas a coisa está ruim. E pelas promessas de nossos “políticos”, muito deveria ter sido feito e muito deverá ser feito e conhecemos bem a palavra de nossos "representantes" no poder. Novos prefeitos assumem neste Ano Novo. Veremos tudo se repetir.
Felizmente, somos teimosos e não perdemos a esperança no futuro. Haveremos de ter sempre essa esperança abençoada que nos impulsiona a viver. E o próximo ano há de ser melhor. Então, estamos impregnados de esperança e de desejo de paz para iniciar o próximo ano. Precisamos iniciar uma nova era, a era da paz, da honestidade, da conscientização, da justiça verdadeira. Utopia? Sonho? Mas o sonho é esperança! Se não tivermos sonhos, o que será da esperança? E o sonho e a esperança podem e devem nos levar à realização.
Pedia eu, em uma outra crônica de fim de ano, que os homens ouvissem os poetas, pois a poesia pode torná-los melhor. É ela que, mais do que outro gênero literário, talvez, retrata os sentimentos e as emoções do ser humano. É ela, a poesia, que aguça a nossa capacidade de amar, de sermos solidários, de preservar a vida e a natureza, de cultivar a paz. Então queria poder me repetir, neste novo início de ano, e falar, novamente, de paz, de esperança, de novos tempos, e não há como falar disso sem falar de poesia. E não há como termos isso sem que trabalhemos para isso. Que a nossa vida possa ter mais poesia e que ela nos ensine, sempre e sempre, mais e mais, a realizar a paz, a viver em paz e a manter a paz. Porque somos o instrumento dela. Como já disse o poeta Drummond, para ter “um Ano Novo que mereça este nome, você tem de merecê-lo, tem de fazê-lo de novo. Eu sei que não é fácil, mas tente, experimente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.” Devemos pensar nisso.
E agir. Porque o novo ano deverá ser o melhor de nossas vidas. Precisa ser e será, se tivermos convicção disso.
E lá se vai mais um ano repleto de corrupção, descaso com a saúde, educação em declínio, segurança quase zero. Não podemos esperar, sabemos, que tudo seja perfeito, mas a coisa está ruim. E pelas promessas de nossos “políticos”, muito deveria ter sido feito e muito deverá ser feito e conhecemos bem a palavra de nossos "representantes" no poder. Novos prefeitos assumem neste Ano Novo. Veremos tudo se repetir.
Felizmente, somos teimosos e não perdemos a esperança no futuro. Haveremos de ter sempre essa esperança abençoada que nos impulsiona a viver. E o próximo ano há de ser melhor. Então, estamos impregnados de esperança e de desejo de paz para iniciar o próximo ano. Precisamos iniciar uma nova era, a era da paz, da honestidade, da conscientização, da justiça verdadeira. Utopia? Sonho? Mas o sonho é esperança! Se não tivermos sonhos, o que será da esperança? E o sonho e a esperança podem e devem nos levar à realização.
Pedia eu, em uma outra crônica de fim de ano, que os homens ouvissem os poetas, pois a poesia pode torná-los melhor. É ela que, mais do que outro gênero literário, talvez, retrata os sentimentos e as emoções do ser humano. É ela, a poesia, que aguça a nossa capacidade de amar, de sermos solidários, de preservar a vida e a natureza, de cultivar a paz. Então queria poder me repetir, neste novo início de ano, e falar, novamente, de paz, de esperança, de novos tempos, e não há como falar disso sem falar de poesia. E não há como termos isso sem que trabalhemos para isso. Que a nossa vida possa ter mais poesia e que ela nos ensine, sempre e sempre, mais e mais, a realizar a paz, a viver em paz e a manter a paz. Porque somos o instrumento dela. Como já disse o poeta Drummond, para ter “um Ano Novo que mereça este nome, você tem de merecê-lo, tem de fazê-lo de novo. Eu sei que não é fácil, mas tente, experimente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.” Devemos pensar nisso.
E agir. Porque o novo ano deverá ser o melhor de nossas vidas. Precisa ser e será, se tivermos convicção disso.
sábado, 29 de dezembro de 2012
NOVO TEMPO
Luiz Carlos Amorim
O futuro chegou.
Novo tempo, nova vida,
Esperança renovada.
Sim, eu sei,
Sou viciado
Em esperança,
Essa fé no amanhã
Que me empurra adiante.
Mas se não houver esperança,
O que será do futuro?
Precisamos, urgente,
Nós todos, seres humanos,
Juntar toda esperança
Que podemos cultivar
E fazê-la realidade:
Um mundo mais humano,
Com dignidade e justiça.
Depende de nós.
O ano novo não será feliz
Como que por encanto.
Há que se lutar por isso.
Não somos capazes disso?
O futuro chegou.
Novo tempo, nova vida,
Esperança renovada.
Sim, eu sei,
Sou viciado
Em esperança,
Essa fé no amanhã
Que me empurra adiante.
Mas se não houver esperança,
O que será do futuro?
Precisamos, urgente,
Nós todos, seres humanos,
Juntar toda esperança
Que podemos cultivar
E fazê-la realidade:
Um mundo mais humano,
Com dignidade e justiça.
Depende de nós.
O ano novo não será feliz
Como que por encanto.
Há que se lutar por isso.
Não somos capazes disso?
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
ANSEIOS DE ANO NOVO
Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://luizcarlosamorim.blogspot.com
Como eu já disse em outra oportunidade, a gente recebe um monte de entulho pelo correio eletrônico, diariamente, mas às vezes chegam coisas espetaculares. Recebo da minha amiga Fátima de Laguna um clipe via Youtube que é um belíssimo cartão de Ano Novo. É uma música cantada por Sandra de Sá, por um cantor de Cabo Verde, Ilo Ferreira, e vários outros cantores e instrumentistas de diversos países, como Buenos Aires, Chile, India, Espanha, Jamaica, etc.
A música é linda, cantada em português e uma outra língua que eu não consegui identificar, talvez seja bengalês, mas não tenho certeza. E digo que é o cartão de Ano Novo ideal, porque a letra é simples, mas diz muito, diz tudo o que queremos para o nosso futuro, para o futuro do ser humano e do lugar onde vivemos.
Vejam alguns trechos: “Peço a Deus / que os homens encontrem / os seus sonhos perdidos / e que os sonhos despertem / esses olhos dormidos / que o amor transborde / e que vamos em paz. // Peço a Deus / que nos mande do céu / muita sabedoria / um amor verdadeiro / que ninguém passe fome / um abraço de mãos / que vivamos em paz / que terminem as guerras / e também a pobreza / Encontrar alegrias / entre tanta tristeza / que a luz ilumine / as almas perdidas / e um futuro melhor.” Alguém já tinha traduzido um cumprimento entre os seres humanos como “um abraço de mãos”? Pois é.
Não é lindo? Não é a mais pura verdade? Não é o que todos queremos, o que todos pedimos? Como disse a minha amiga Fátima: Natal é isto: gente unida pela música. Parafraseando Mercedes Sosa: “a paz é cantarmos todos juntos!”
O nome do clipe é Satchita (acho que é o nome da música) e a música, como disse, traduz nossos anseios e esperanças para um futuro melhor.
Considerem a sua letra o meu cartão de Ano Novo. E tenham todos o Ano Novo mais feliz de suas vidas.
Como eu já disse em outra oportunidade, a gente recebe um monte de entulho pelo correio eletrônico, diariamente, mas às vezes chegam coisas espetaculares. Recebo da minha amiga Fátima de Laguna um clipe via Youtube que é um belíssimo cartão de Ano Novo. É uma música cantada por Sandra de Sá, por um cantor de Cabo Verde, Ilo Ferreira, e vários outros cantores e instrumentistas de diversos países, como Buenos Aires, Chile, India, Espanha, Jamaica, etc.
A música é linda, cantada em português e uma outra língua que eu não consegui identificar, talvez seja bengalês, mas não tenho certeza. E digo que é o cartão de Ano Novo ideal, porque a letra é simples, mas diz muito, diz tudo o que queremos para o nosso futuro, para o futuro do ser humano e do lugar onde vivemos.
Vejam alguns trechos: “Peço a Deus / que os homens encontrem / os seus sonhos perdidos / e que os sonhos despertem / esses olhos dormidos / que o amor transborde / e que vamos em paz. // Peço a Deus / que nos mande do céu / muita sabedoria / um amor verdadeiro / que ninguém passe fome / um abraço de mãos / que vivamos em paz / que terminem as guerras / e também a pobreza / Encontrar alegrias / entre tanta tristeza / que a luz ilumine / as almas perdidas / e um futuro melhor.” Alguém já tinha traduzido um cumprimento entre os seres humanos como “um abraço de mãos”? Pois é.
Não é lindo? Não é a mais pura verdade? Não é o que todos queremos, o que todos pedimos? Como disse a minha amiga Fátima: Natal é isto: gente unida pela música. Parafraseando Mercedes Sosa: “a paz é cantarmos todos juntos!”
O nome do clipe é Satchita (acho que é o nome da música) e a música, como disse, traduz nossos anseios e esperanças para um futuro melhor.
Considerem a sua letra o meu cartão de Ano Novo. E tenham todos o Ano Novo mais feliz de suas vidas.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
UM MENINO ESTÁ NASCENDO...
Por Luiz Carlos Amorim – Escritor - http://luizcarlosamorim.blogspot.com
Hoje é o dia tão esperado.Dia de abrir a porta de nossas casas, de nossos corações e convidar o Menino que nasce para entrar, que a casa é dEle. Dia de dizer-lhe que a manjedoura do meu coração, dos nossos corações, de todos os corações está preparada para recebê-lo. Que todos estamos de portas abertas só esperando que ele chegue.
Assim é o Natal. O Filho de Deus nascendo entre nós, em nós, mais uma vez. A manifestação de carinho ao presentear amigos e a família, as festas com muito brilho, muita luz, muita comida, não são nada se o Menino não for convidado. Se Ele não estiver na festa de Natal, a festa não valerá nada. Porque a festa é feita para comemorar o seu nascimento, que significa o renascimento do ser humano, a renovação de nossas vidas, o futuro chegando. Os lábios que beijam nossas pessoas queridas e desejam Feliz Natal devem também dizer uma oração ao Menino que está nascendo para nós. As mãos que abraçam a mão do próximo, que enlaçam seus irmãos, devem se elevar ao céu para agradecer ao Pai pelo Menino que ele envia para nós. E o coração deve se encher de amor para acolher o Menino.
Então não há Natal sem o Menino, sem o Cristo Menino, Filho de Deus. As grandes festas, fartas de tudo, mas sem o nascimento, a presença do Menino, não valem nada.
Esteja certo, irmão, que você sabe o que é Natal. Esteja certo de que você está vendo a luz da estrela-guia apontando o seu coração, anunciando que o Menino está nascendo dentro dele. Que a manjedoura está preparada. Que você está pronto.
E viva o Natal verdadeiro, por inteiro. Porque não há Natal mais bonito e mais verdadeiro do que aquele que acontece dentro de você. Abra seu coração. Feliz Natal.
Hoje é o dia tão esperado.Dia de abrir a porta de nossas casas, de nossos corações e convidar o Menino que nasce para entrar, que a casa é dEle. Dia de dizer-lhe que a manjedoura do meu coração, dos nossos corações, de todos os corações está preparada para recebê-lo. Que todos estamos de portas abertas só esperando que ele chegue.
Assim é o Natal. O Filho de Deus nascendo entre nós, em nós, mais uma vez. A manifestação de carinho ao presentear amigos e a família, as festas com muito brilho, muita luz, muita comida, não são nada se o Menino não for convidado. Se Ele não estiver na festa de Natal, a festa não valerá nada. Porque a festa é feita para comemorar o seu nascimento, que significa o renascimento do ser humano, a renovação de nossas vidas, o futuro chegando. Os lábios que beijam nossas pessoas queridas e desejam Feliz Natal devem também dizer uma oração ao Menino que está nascendo para nós. As mãos que abraçam a mão do próximo, que enlaçam seus irmãos, devem se elevar ao céu para agradecer ao Pai pelo Menino que ele envia para nós. E o coração deve se encher de amor para acolher o Menino.
Então não há Natal sem o Menino, sem o Cristo Menino, Filho de Deus. As grandes festas, fartas de tudo, mas sem o nascimento, a presença do Menino, não valem nada.
Esteja certo, irmão, que você sabe o que é Natal. Esteja certo de que você está vendo a luz da estrela-guia apontando o seu coração, anunciando que o Menino está nascendo dentro dele. Que a manjedoura está preparada. Que você está pronto.
E viva o Natal verdadeiro, por inteiro. Porque não há Natal mais bonito e mais verdadeiro do que aquele que acontece dentro de você. Abra seu coração. Feliz Natal.
domingo, 23 de dezembro de 2012
MAIS NATAL
Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/
O Natal está aí e eu percebo que, apesar de saber o que ele significa, sinto que o tempo, passando inexoravelmente, me mostra que minha idade vai avançando e eu vou mudando com ela. Vejo que aquela ansiedade para que o Natal chegasse já não é a mesma da minha infância, da minha juventude, do tempo em que minhas filhotas eram pequenas. Hoje elas estão adultas e a casa está vazia.
O Natal já não é mais tão alegre como outrora. Essa época de reunir a família e os amigos, de nos aproximarmos mais, de comemorarmos juntos a vinda de um Menino que traz sempre, todo ano, um punhado de fé e de esperança pra gente, acaba ficando um pouco triste, quando a gente já perdeu tantas pessoas queridas.
Não estamos sozinhos, é claro, e agradecemos a Deus por termos ao nosso lado muitas pessoas que amamos e poder abraçá-los na noite de Natal é uma bênção. Mas é inevitável lembrar de tantas outras almas abençoadas que não estão mais aqui e que fazem falta, muita falta. Almas que levaram um pedacinho do coração da gente. Então é preciso lembrar do Menino do qual estamos comemorando o nascimento, para não esquecer que nossos entes queridos deixaram, também, um pedacinho do coração deles para cobrir aquele pedacinho do nosso que levaram. Que eles estão, portanto, acolhidos num cantinho do coração e é com o coração que devemos abraçá-los. Coração que ficará mais leve, para dar as boas vindas ao Menino que está chegando para ocupar o seu lugar, se deixarmos.
De maneira que, para espantar a tristeza, para fortalecer a chama do Natal, preciso de crianças, mais do que em outras épocas do ano. Crianças são insubstituíveis no Natal, como se fossem a representação viva do Menino que renasce a cada ano. Podem ser netos, sobrinhos, afilhados, podem ser apenas crianças, simplesmente. Pode ser até nosso animalzinho de estimação, não raro o bebê da casa, por que não? Porque com criança o Natal é mais Natal.
O Natal está aí e eu percebo que, apesar de saber o que ele significa, sinto que o tempo, passando inexoravelmente, me mostra que minha idade vai avançando e eu vou mudando com ela. Vejo que aquela ansiedade para que o Natal chegasse já não é a mesma da minha infância, da minha juventude, do tempo em que minhas filhotas eram pequenas. Hoje elas estão adultas e a casa está vazia.
O Natal já não é mais tão alegre como outrora. Essa época de reunir a família e os amigos, de nos aproximarmos mais, de comemorarmos juntos a vinda de um Menino que traz sempre, todo ano, um punhado de fé e de esperança pra gente, acaba ficando um pouco triste, quando a gente já perdeu tantas pessoas queridas.
Não estamos sozinhos, é claro, e agradecemos a Deus por termos ao nosso lado muitas pessoas que amamos e poder abraçá-los na noite de Natal é uma bênção. Mas é inevitável lembrar de tantas outras almas abençoadas que não estão mais aqui e que fazem falta, muita falta. Almas que levaram um pedacinho do coração da gente. Então é preciso lembrar do Menino do qual estamos comemorando o nascimento, para não esquecer que nossos entes queridos deixaram, também, um pedacinho do coração deles para cobrir aquele pedacinho do nosso que levaram. Que eles estão, portanto, acolhidos num cantinho do coração e é com o coração que devemos abraçá-los. Coração que ficará mais leve, para dar as boas vindas ao Menino que está chegando para ocupar o seu lugar, se deixarmos.
De maneira que, para espantar a tristeza, para fortalecer a chama do Natal, preciso de crianças, mais do que em outras épocas do ano. Crianças são insubstituíveis no Natal, como se fossem a representação viva do Menino que renasce a cada ano. Podem ser netos, sobrinhos, afilhados, podem ser apenas crianças, simplesmente. Pode ser até nosso animalzinho de estimação, não raro o bebê da casa, por que não? Porque com criança o Natal é mais Natal.
sábado, 22 de dezembro de 2012
NATAL DE SEMPRE
Por Luiz Carlos Amorim - Escritor - Http://luizcarlosamorim.blogspot.com
Os enfeites natalinos estão pela cidade toda, nas ruas, nas lojas, nas casas, nos jardins, os papais noéis invadiram a televisão, os jornais, as revistas, o rádio e até a Internet. Está chegando o Natal.
Natal, ah, o Natal... essa época mágica de desembrulhar esperanças, de dar de presente carinho, compreensão e amor, de construir e fortalecer a paz e a fé, de engavetar a saudade... Aquela saudade pequena, que vai ficando maior e que vai doendo um pouquinho mais à medida que o Natal vai chegando. Saudade de almas queridas, como do menino aniversariante, inquilinos vitalícios de nossos corações...
E está aí o Natal, o mesmo Natal que, quando éramos crianças, trazia Papai Noel com os brinquedos, trazia a árvore enfeitada, guloseimas e canções. Canções que falavam do nascimento de um menino encantado que tinha o poder de modificar as nossas vidas, se quiséssemos. Ele representava o ano novo que vinha em seguida, a renovação, significava que a vida seria melhor, que nós, seres humanos, poderíamos ser melhores.Inexorável, vem a adolescência, a juventude e, adultos, vamos deixando aquela esperança mágica de lado, ocupados em sobreviver.
Mas ainda há tempo de ver um raio de luz nascendo no horizonte de nossas vidas, um fio de esperança apontando o futuro. Ainda há um resto de fé se multiplicando, e este é o tempo para multiplicá-lo mais e mais. Porque o Natal é renascimento, é o encontro da paz, é busca do amor: é a comunhão com Deus. É a ternura de um menino nascendo, é um sentimento maior que nós, homens, ainda podemos exercitar.Há que querermos um Natal completo e por inteiro, um Natal verdadeiro. E o espírito do Natal, que aproxima os homens, pulsará em todo ser. E brilhará nos olhos de toda criatura, luz a colorir a vida, a semear a paz, sonhada e perseguida. E estará nas mãos de todas as pessoas, carinho a semear ternura. E soará dos lábios de cada um, canção a propagar a fé. Isto é o Natal do coração, presente maior que podemos ter.
Temos a mania de dizer, nós os adultos, que o Natal perde a graça, depois que crescemos. Mas temos que resgatar o nosso eu-criança em algum cantinho, temos que continuar sendo um pouquinho criança para não deixarmos de festejar com a alma e o coração o nascimento do menino Deus, o aniversário do Homem de Nazaré.
E haveremos de dizer uma prece para comemorar-lhe a grande data e pedir-lhe a bênção neste Natal...
Os enfeites natalinos estão pela cidade toda, nas ruas, nas lojas, nas casas, nos jardins, os papais noéis invadiram a televisão, os jornais, as revistas, o rádio e até a Internet. Está chegando o Natal.
Natal, ah, o Natal... essa época mágica de desembrulhar esperanças, de dar de presente carinho, compreensão e amor, de construir e fortalecer a paz e a fé, de engavetar a saudade... Aquela saudade pequena, que vai ficando maior e que vai doendo um pouquinho mais à medida que o Natal vai chegando. Saudade de almas queridas, como do menino aniversariante, inquilinos vitalícios de nossos corações...
E está aí o Natal, o mesmo Natal que, quando éramos crianças, trazia Papai Noel com os brinquedos, trazia a árvore enfeitada, guloseimas e canções. Canções que falavam do nascimento de um menino encantado que tinha o poder de modificar as nossas vidas, se quiséssemos. Ele representava o ano novo que vinha em seguida, a renovação, significava que a vida seria melhor, que nós, seres humanos, poderíamos ser melhores.Inexorável, vem a adolescência, a juventude e, adultos, vamos deixando aquela esperança mágica de lado, ocupados em sobreviver.
Mas ainda há tempo de ver um raio de luz nascendo no horizonte de nossas vidas, um fio de esperança apontando o futuro. Ainda há um resto de fé se multiplicando, e este é o tempo para multiplicá-lo mais e mais. Porque o Natal é renascimento, é o encontro da paz, é busca do amor: é a comunhão com Deus. É a ternura de um menino nascendo, é um sentimento maior que nós, homens, ainda podemos exercitar.Há que querermos um Natal completo e por inteiro, um Natal verdadeiro. E o espírito do Natal, que aproxima os homens, pulsará em todo ser. E brilhará nos olhos de toda criatura, luz a colorir a vida, a semear a paz, sonhada e perseguida. E estará nas mãos de todas as pessoas, carinho a semear ternura. E soará dos lábios de cada um, canção a propagar a fé. Isto é o Natal do coração, presente maior que podemos ter.
Temos a mania de dizer, nós os adultos, que o Natal perde a graça, depois que crescemos. Mas temos que resgatar o nosso eu-criança em algum cantinho, temos que continuar sendo um pouquinho criança para não deixarmos de festejar com a alma e o coração o nascimento do menino Deus, o aniversário do Homem de Nazaré.
E haveremos de dizer uma prece para comemorar-lhe a grande data e pedir-lhe a bênção neste Natal...
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
O QUE É O NATAL?
Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/
Há algum tempo, li uma nota na página do cronista mor da Ilha, Sérgio da Costa Ramos, dizendo que, nos dias atuais, o símbolo do Natal já não é mais o Menino que nasce todo ano para trazer ao mundo paz, fé e esperança. Agora o símbolo é Papai Noel, este senhor que tomou conta do Natal, por conta da conotação comercial que estamos dando à data mais importante da cristandade.
Ele tem razão. O Natal transformou-se em uma festa comercial, quando compramos mais, enfeitamos tudo com muita luz, damos presentes e recebemos presentes. Mas o real significado da data vai sendo esquecido. Quando falamos em Natal, lembramos logo de Papai Noel. Mas não deveríamos lembrar do Filho de Deus, que nasceu para dar uma nova oportunidade ao ser humano?
Comemoramos, festamos muito, bebemos muito, comemos muito – quem pode, é claro, porque há quem não tenha o mínimo para comemorar o nascimento do Menino Filho de Deus, a não ser com uma oração – só não festejamos o real motivo da festa.
Estamos nos distanciando do Menino e de seu Pai, estamos transformando o Natal em uma festa cada vez mais igual às outras. Não deveria ser o contrário? Não deveríamos nos aproximar mais da forças que regem nossos destinos, não interessa o nome que lhe demos?
Precisamos pensar nisso. Quando a noite do dia 24 chegar e abraçarmos nossos amigos, nossa família, nossas pessoas queridas, vamos lembrar do nascimento que é a razão da comemoração. Vamos erguer um pensamento em homenagem ao Menino que espera achar um cantinho em nossos corações para nascer mais uma vez. O Menino que significa renovação da vida, significa recomeçar com nova fé e mais esperança.
Precisamos resgatar o verdadeiro Natal. E isso só é possível se resgatarmos a fé e deixarmos o Menino que está para chegar entrar no coração de cada um de nós. Aí, sim, far-se-á o Natal. Porque Natal não é só Papai Noel. Natal não é Papai Noel.
Há algum tempo, li uma nota na página do cronista mor da Ilha, Sérgio da Costa Ramos, dizendo que, nos dias atuais, o símbolo do Natal já não é mais o Menino que nasce todo ano para trazer ao mundo paz, fé e esperança. Agora o símbolo é Papai Noel, este senhor que tomou conta do Natal, por conta da conotação comercial que estamos dando à data mais importante da cristandade.
Ele tem razão. O Natal transformou-se em uma festa comercial, quando compramos mais, enfeitamos tudo com muita luz, damos presentes e recebemos presentes. Mas o real significado da data vai sendo esquecido. Quando falamos em Natal, lembramos logo de Papai Noel. Mas não deveríamos lembrar do Filho de Deus, que nasceu para dar uma nova oportunidade ao ser humano?
Comemoramos, festamos muito, bebemos muito, comemos muito – quem pode, é claro, porque há quem não tenha o mínimo para comemorar o nascimento do Menino Filho de Deus, a não ser com uma oração – só não festejamos o real motivo da festa.
Estamos nos distanciando do Menino e de seu Pai, estamos transformando o Natal em uma festa cada vez mais igual às outras. Não deveria ser o contrário? Não deveríamos nos aproximar mais da forças que regem nossos destinos, não interessa o nome que lhe demos?
Precisamos pensar nisso. Quando a noite do dia 24 chegar e abraçarmos nossos amigos, nossa família, nossas pessoas queridas, vamos lembrar do nascimento que é a razão da comemoração. Vamos erguer um pensamento em homenagem ao Menino que espera achar um cantinho em nossos corações para nascer mais uma vez. O Menino que significa renovação da vida, significa recomeçar com nova fé e mais esperança.
Precisamos resgatar o verdadeiro Natal. E isso só é possível se resgatarmos a fé e deixarmos o Menino que está para chegar entrar no coração de cada um de nós. Aí, sim, far-se-á o Natal. Porque Natal não é só Papai Noel. Natal não é Papai Noel.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
JACATIRÃO DO BRASIL
Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br Saí de férias no começo do mês de novembro e descobri Portugal e outros países da Europa, como Suiça, França, Itália e Espanha. Digo descobri Portugal porque já estive lá antes, mas fiquei apenas uma semana, não deu tempo para conhecer muito, passei apenas por Lisboa, Porto, Coimbra, Fátima e algumas outras pequenas cidades. Desta vez fui com mais tempo e fui ao D´ouro, um dos lugares mais lindos que já vi. Fui a Sintra, Óbidos, voltei ao Porto e conheci mais de Lisboa
Curti o frio em Paris, vivi a história em Roma, maravilhei-me com Veneza, adorei a Suiça, com suas árvores de folhas coloridas, com seus Alpes suíços nevados, com a beleza de Genebra e seu lago fantástico.
Mas foi voltando para o Brasil que recebi as boas vindas de quem? Do jacatirão florido, que está colorido as matas e encostas de São Paulo e aqui de Santa Catarina, um espetáculo que abraça a gente quando passamos pelas estradas que nos trazem ao sul. De Santos para baixo está uma beleza, muitas manchas de vermelho colorindo a mata até quase a divisa com o Paraná.
Desde o início de novembro o jacatirão está florescendo aqui na nossa Santa e bela Catarina, tornando ainda mais bela a primavera e colorindo a entrada do verão. Já disse, em outra oportunidade, que o jac atirão é a flor do Natal, pois a cada final de ano ela está aí, embelezando tudo, dando as boas vindas ao Ano Novo.
Então agradeço à Mãe Natureza por este espetáculo que adentram aos meus olhos nesta nossa terra abençoada. Pena que os jacatirões só estejam lá no norte do Estado – eles existem até Piçarras e Penha, mais ou menos, aqui na capital já não há mais esta árvore fantástica e generosa.
Mas eu vou para Corupá, para Jaraguá do Sul, neste final de semana, para encher o coração e a alma cas cores do jacatirão, do flamboiã, com todas as cores da nossa terra, com certeza. E matar a saudade das tantas cores e dos matizes desse chão privilegiado.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
FEIRAS DO LIVRO
Neste mês de dezembro temos mais uma
feira do livro em Florianópolis. Recebi comunicado da Câmara Catarinense do
Livro, recentemente, e pretendo fazer o lançamento de meu novo livro de
crônicas “O Rio da minha Cidade”, obra que obteve Menção Honrosa nos Prêmios
Literários Cidade de Manaus. Queria saber mais, saber se a feira do livro deste
final de ano será diferente das outras, se haverá alguma atração especial, pois
estou longe de Floripa, mas não estou conseguindo, pois a internet aqui no
navio é muito cara e não funciona.
Espero que a feira não seja
reduzida, como tem acontecido nas últimas edições, apenas à venda de livros.
Estou alimentando alguma esperança de que o Estado esteja apoiando a feira, que
o município seja parceiro neste evento, que é cultural e merece ter recursos
para oferecer mais opções do que simplesmente a oferta de livros, que já é feita
pelas livrarias – poucas – da capital.
O Estado já patrocinou eventos de
moda, shows de cantores internacionais, o município pagou um grande cantor
lírico também internacional que não veio fazer o show, uma árvore de natal
milionária e por aí afora, então deve haver uma verba que possa ser destinada à
cultura, à realização de uma boa feira do livro.
Tenho visto, pelos vários países
pelos quais passei, o valor que é dado ao livro, pelas quantidade de livrarias
e sebos que a gente encontra pelas ruas e praças e também pelo fato de
encontrar pessoas lendo em todos os lugares.
Está na hora de valorizarmos mais os
nossos livros e os nossos escritores e tentar fazer uma boa feira do livro, que
realmente consiga alcançar o objetivo da Câmara Catarinense do Livro, qual
seja: “O principal objetivo do evento é o incentivo ao hábito leitura, levando
a toda população livros novos, de todas as áreas do conhecimento, e momentos
culturais, assim contribuindo com a cultura em Santa Catarina.”
Quanto aos livros, tudo bem. Mas
quanto aos “momentos culturais”, tem deixado muito a desejar. Santa Catarina
conta com boas feiras do livro em Jaraguá do Sul, Joinville e outras cidades.
Aqui em Floripa faz tempo que a feira decaiu e não se levantou mais. Precisamos
cobrar mais atenção para a feira do livro de Florianópolis, pelo menos nós,
escritores. Florianópolis merece uma boa feira do livro.
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
EM ALTO MAR
Estou num cruzeiro da Royal Caribean, pela quarta vez. Desta
vez de Barcelona para Santos. Já viajei com outras duas companhias, mas
preferia a Royal. Pois estou decepcionado. A hotelaria está boa, o atendimento
é ótimo, mas a programação de lazer está deixando a desejar.
Eu vinha fazendo propaganda com amigos e parentes sobre o
fato de haver salão específico para dança de salão nos navios da Royal, além de
outros lugares adicionais. Até convenci algumas pessoas a virem neste cruzeiro longo, de volta da
Europa, e estou com a cara no chão. Pois nas outras viagens em navios da Royal,
os dançarinos do corpo de dança, que apresentavam os espetáculos no teatro,
mais os integrantes da equipe de animação e entretenimento sempre estavam lá
nos bailes de dança de salão para dançar com as damas que estivessem
desacompanhadas. Isso era um diferencial. Agora parece que nem sequer há um
corpo de dança. E como o lugar para a dança agora é no centrum, um lugar
reduzido, também não vão lá os integrantes da esquipe de animação.
O salão de dança, muito amplo, não é usado mais para os
horários de dança de salão. Antes tínhamos dança de salão no salão apropriado
para isso, com pista de dança, mesas e poltronas, e no centrum, um espaço no
meio do navio onde uma banda toca e há um pequeno espaço para se dançar. Além
de outros. Pois agora o Top Hat – que em outros navios da Royal pode ter outro
nome – só tem programas de auditório e coisas que tais, pois na reforma recente
que o navio sofreu foram feitas duas salas
vips para os clientes do plano de fidelidade da companhia e, pelo que me
disseram os atendentes, não são feitos mais programas naquele lugar antes das
10h45minutos, onze horas, pois o barulho incomodaria os clientes das novas
salas. Não confirmei isso ainda com o diretor do cruzeiro, mas estivemos hoje
lá, de novo, após as nove horas da noite e não havia nada, nem o bar estava
servindo para quem quisesse ficar por lá.
Quer dizer: estão priorizando o atendimento de algumas
pessoas em detrimento da maioria. Para se ter uma ideia do absurdo, hoje, das
nove e meia até as dez e meia, não havia nada no navio, a não ser um barzinho. Nem
o espetáculo no teatro, que sempre aconteceu todo dia, hoje não aconteceu,
exibiram um filme no lugar de show ao vivo. Ontem, das onze a meia noite,
também não havia absolutamente nada, a não ser o barzinho. Digo até meia noite, porque nesse horário
começa a discoteca, no deck mais alto do navio.
Será que a Royal acha que porque há um grande número de
pessoas de idade, ninguém dançaria? Acho um tanto temeroso, preconceituoso,
até, pensar desta maneira, pois se eles estão lá no centrum, dançando, onde há
poucos lugares para sentar e onde fica muito gente olhando alguns poucos
dançarem, se o local apropriado para a dança de salão, no Top Hat, estivesse
funcionando, muito mais pessoas poderiam dançar. E mais, com as pessoas sentadas, o navio
venderia muito mais drinkes, pois quem está de pé dificilmente pede alguma
coisa.
O fato de diminuir o salão de dança para ceder espaço a
salas para clientes vips é, infelizmente, um absurdo que não poderia ter
acontecido. Isso, como já disse, faz com que não façam acontecer ali eventos
como dança de salão, para “não incomodar” os cientes do programa de fidelidade.
É uma pena, pois vi mais gente indignada com o marasmo, com
o tédio que invade o navio em alguns horários. Estamos começando a travessia do
Atlântico, que vai levar vários dias, cinco ou seis. Como serão esses dias, se
não houver uma programação mais eclética, mais racional, para ocupar o grande
número de hóspedes?
E tem mais: a internet, que custa 65 centavos por minuto, não funciona e eles não avisam a gente quando compramos. As postagens no face e os e-mais que envio todos os dias, não são recebidos por ninguém. Estou invisível na internet, não tenho como mandar meus artigos para os jornais, por exemplo.
E tem mais: a internet, que custa 65 centavos por minuto, não funciona e eles não avisam a gente quando compramos. As postagens no face e os e-mais que envio todos os dias, não são recebidos por ninguém. Estou invisível na internet, não tenho como mandar meus artigos para os jornais, por exemplo.
Precisamos começar a pensar em outras companhias para os
próximos cruzeiros, porque a Royal não está proporcionando tudo o que poderia aos seus hóspedes. Ou pelo menos não está continuando um bom atendimento que tinha.
domingo, 25 de novembro de 2012
PORTUGAL E O FADO
Vir à Portugal e não ir a uma casa de fado é conhecer o país
pela metade. Pois eu não fui, ainda, a uma casa de fado, mas assisti aos shows
de nosso anfitrião, o cantor Pierre Aderne e seus convidados, no Teatro São
Jorge. Foram dois espetáculos primorosos, com cantores e músicos brasileiros e portugueses que valeram, e
muito, o privilégio de poder ouvir, ao vivo, fadistas contemporâneos dos mais
importantes dessa terrinha abençoada, ao
mesmo tempo que ouvimos também música brasileira, com músicos brasileiros e cantores como Luanda, por
exemplo. Fico pensando como pude ficar sem conhecer, sem ouvir essa grande
cantora brasileira.
Pierre Aderne, que comandava o show, cantou, também, claro,
um fado, dele próprio, com a Cuca Roseta num dia e com a Susana Travassos,
noutro. “O fado dos barcos” fez parte da trilha da novela “Aquele Beijo”, no
Brasil. Os cantores de fado que soltaram a voz nas tertúlias foram, além da Susana
Travassos e Cuca Roseta, Marco Rodrigues, Susana Félix e Cristiana Pereira.
Vou tentar, mas é difícil explicar o que é ouvir um cantor
ou uma cantora interpretarem um fado ao vivo. A gente tem que estar lá, ouvindo
e sentindo aquela música que é toda emoção e sentimento. A voz poderosa que
canta invade a alma da gente, o coração da gente, e a gente flutua levado pela
cadência da música, pela emoção que ela desperta em cada um de nós.
O Fado é uma instituição que exprime e transmite, como
nenhuma outra música, o sentir e o viver do povo português. E ele entra na
nossa essência e nos percorre todos os meandros, parecendo que vai explodir
pela nossa pele. Um fadista domina a voz como ninguém. Um fadista tem uma voz
como ninguém.
Ouvir fado não é, simplesmente, ouvir música. É sentir a
música. É interiorizar a música.
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
CULTURA E HISTÓRIA
Acima o Coliseo por dentro e a terceira foto, de fora.
Por Luiz Carlos
Amorim – Escritor – Http://www,prosapoesiaecia.xpg.com.br
Muitas coisas têm me encantado nestas visitas a países da
Europa, como Portugal, França, Itália, Espanha, Suiça. Mas uma coisa que não
posso deixar de notar é a quantidade de livrarias na França, na Itália, em
Portugal. Aqui na Suiça ainda não andei muito, cheguei recentemente, mas em
Portugal existem livrarias que atravessam uma quadra inteirinha. São enormes,
uma beleza. Na França também são muitas delas. Na Itália, até em Veneza elas
são numerosas. Em algumas das vielas vi diversas, uma ao lado da outra.
Em Roma, ao lado do nosso hotel havia uma e, na volta do
jantar, à noite, havia como que um auditório nela e um clube de leitura estava
em plena atividade. Então leitura é uma coisa que faz parte do dia a dia das
pessoas daqui e pode ser até que o número de livrarias não pareça muito grande
para quem vive aqui, mas comparado ao que temos no Brasil, a diferença é bem
gritante.
Cultura é um diferencial aqui, com certeza. A história,
secular de algumas cidades, milenar, como o caso de Roma e Veneza e algumas
outras, é uma coisa que marca a gente. Não há como andar em Veneza sem pensar
que estamos pisando em chão que foi pisado por personagens dos mais importantes
da história do mundo.
A cultura que se respira, que se pode testemunhar em lugares
históricos, em cidades e monumentos tomados como patrimônios da humanidade é
uma coisa que impressiona sobremaneira.
A viagem de trem, de Roma para Genebra é de uma beleza
indescritível. As vinhas, em Montreau, Sion e outras cidades pelo caminho,
lembram o Douro, em Portugal. Mas há lagos, há os picos nevados, há a
arquitetura, há também as árvores que aqui ficam com as folhas mais amarelas do
que em Portugal, França e Itália.
Viver essas visões, essas sensações, absorver toda essa
beleza e toda essa informação e toda essa cultura não tem preço. É uma
experiência única.
Aqui, outras ruínas perto do Coliseu. O complexo histórico é muito grande
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
O SUPRASSUMO DA ARTE
Chegamos à Paris ontem. Hoje visitamos alguns lugares
importantes da cidade, como a Torre Eiffel, é claro. Mas o tempo estava ruim,
muito nublado e a parte mais alta dela esta encoberta pela cerração. O frio
estava (ou está) bem intenso, três ou quatro graus, se não me engano. Mas com
vento a sensação era de menos que isso.
Passamos quase toda a tarde no Louvre. Vimos apenas uma
terça parte, mas valeu a pena. E não há como explicar, não adianta eu tentar
discorrer sobre tudo o que há lá. Apenas uma constatação: a gente não sabe o
que é arte antes de conhecer o Louvre. É uma loucura! Não há como não ficar
maravilhado, quando se vê a capacidade do ser humano de criar maravilhas.
Amanhã tem mais.
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
EDUCAÇÃO E SEGURANÇA
Explorando os bairros e as ruas
de Lisboa, descubro sempre mais singularidades, mais diferenças que me chamam a
atenção e me encantam. São costumes diferentes, palavras novas, palavras
conhecidas com sentidos diferentes e similitudes – palavra bonita, essa, como
diria o Pierre Aderne, nosso anfitrião, o cantor-compositor-poeta, brasileiro/português,
que na verdade é francês de nascimento - ou semelhanças, ou singularidades,
como queiram.
Vejo numa rua, da qual não
lembro o nome, imperdoavelmente, um cartaz onde está escrito, em bom português:
“ – professores + alunos = pior ensino. Se a educação é cara, experimente a
ignorância.” Não é uma situação bem nossa conhecida, bem conhecida dos
brasileiros? Pois então. Acho que aqui em Lisboa o problema é menor, a crise
econômica está diminuindo o número de professores nas salas de aula. Isso, com
certeza, como já vimos no Brasil, vai comprometer a qualidade do ensino. E isso
é só o começo.
No Brasil, a educação está comprometida
não só por isso: além das salas com número excessivo de alunos, o salário é
baixo, as escolas estão mal equipadas e a sua manutenção é precária. As modificações
no ensino fundamental e médio, feitas pelos últimos dois governos, sucatearam
ainda mais a educação, ao invés de melhorá-la. O prazo para alfabetização, no
primeiro grau, foi dilatado pelo poder público, para tapear a má estrutura, o
sucateamento da educação, assim como a redução das treze ou mais matérias em
apenas quatro “áreas” – o que na verdade significa redução do conteúdo programático,
para parecer que o ensino público está dando conta do recado, para parecer que
está tudo bem, quando na verdade estão legalizando a derrocada do ensino das
nossas crianças e jovens. O que vai refletir no ensino superior, que formará
profissionais cada vez menos preparados.
Então desejo veementemente que
a educação portuguesa não chegue a este ponto. Acho, mesmo, que os governantes
portugueses não deixarão que isso aconteça.
Uma impressão daquelas com
matrizes vazadas, com spray, também me antenou: “Sorria! A sua liberdade está a
ser violada”. E não é que é verdade? Há câmaras em todos os lugares, as pessoas
são vigiadas constantemente. Nas ruas, em qualquer lugar, pelas câmaras, na
internet, em programas de relacionamento, todo tipo de programa de comunicação
que há agora disponível e até nos telefones.
Ao ler a denúncia, lembrei de
um caso recente acontecido em Florianópolis, que ilustra bem esse tipo de
coisa: a gente é vigiado, mas quando essa vigilância pode nos ser benéfica,
nada acontece. Minha cunhada mora no mesmo bairro que eu e recentemente foi
colocada uma câmara 360 graus na esquina da casa dela. Até então, nada havia
sido roubado da casa dela. Pois logo depois da instalação da câmara, ela chegou
em casa à noite e não havia energia elétrica, pois haviam roubado os fios que
levam a eletricidade do poste, na rua, até o interior da residência.
Até que ponto precisamos de
toda essa exposição, essa vigilância, se quando precisamos ela não reverte em
nosso benefício? Há outro caso de roubo de documentos em um restaurante, mas as
câmeras no lugar onde aconteceu o roubo e dos lugares onde os ladrões compraram
também não serviram para nada, pois ou as imagens não foram cedidas, ou a
polícia não as usou para prender os culpados.
domingo, 11 de novembro de 2012
ALTO DOURO, TRÁS OS MONTES
Passar rapidamente por Portugal é uma coisa. Ficar aqui por
um tempo e visitar pontos diferentes, várias cidades, olhar tudo com atenção,
encher os olhos, é outra coisa. Não se consegue ver tudo, pois há muito, muito
pra se ver. A riqueza de detalhes, a beleza da natureza, que foi muito generosa
com este pedaço de chão, a sua arquitetura e a sua gente são seus maiores
patrimônios. A gastronomia, os seus vinhos, os seus queijos, são um caso à
parte, temos ido a lugares em Lisboa, no Porto, no alto Douro e experimentado
pratos fabulosos. É claro que experimentamos a comida mais popular, como a “francesinha”,
na casa mais premiada do Porto.
Mas o Douro, ah o Douro. Por mais que eu tente explicar, não
vou conseguir expressar todo o meu encantamento por aquele quadro de um grande
mestre. As vinhas estão por todo o lugar, nas encostas, nos morros, nos
baixios, nos terraços pedregosos, com suas folhas coloridas, que oscilam do
verde até o roxo e o marrom, passando pelo amarelo, alaranjado, vermelho... E
existem, ainda outras árvores que se vestem de amarelo, quase como o ipê, há o plátano,
que também fica com suas folhas coloridas, algumas de suas árvores ostentando
tons de vermelho fabulosos.
E o Rio Douro e outros rios oferecem paisagens fantásticas,
que não nos enchem só os olhos, enchem nossos corações, enchem nossas almas de
beleza e de uma sensação de leveza, que nos faz quase que sair de nossos corpos
e pairar sobre essa tela divina.
Entendi que conhecer Portugal sem conhecer o alto Douro não
é conhecer esse país belíssimo. É claro que deve haver muito mais, ainda, para
ver e sei que ainda vou me surpreender, mas o Douro é muito lindo. E há muita,
muita oliveira, há nogueiras, há amendoeiras, os pés de avelãs...
Como ter vivido sem ter visto e sentido Trás os Montes?
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
DESCOBRINDO PORTUGAL
Andar pelas ruas de Lisboa, passear pelos bairros de Lisboa proporciona à gente, sempre, um leque de descobertas. Não é só o fato de estarmos no lugar histórico do qual herdamos muito da nossa cultura, das nossas tradições e costumes. É a emoção de poder absorver toda a beleza dessa terra onde o moderno se mescla com o histórico, com o antigo, com o tradicional, numa harmonização incrível.
Voltei à Baixa Chiado e redondezas para rever a arquitetura tão característica dessa terra mãe, fui em Belém para visitar lugares por onde passei rapidamente em outra oportunidade. Fui comer, desta vez, o pastel de Belém original, incomparável.
Nos dois primeiros dias na terrinha, andei por bairros dos quais nem lembro o nome, mas todos com seus encantos e atrações. Vi vários prédios muito antigos sendo restaurados, o que me deixou muito feliz. Ainda há muitos para restaurar, mas sabemos que o custo é bem alto e o país atravessa um crise, como todos sabem. O curioso é que, com todo o tamanho da crise divulgado, apesar de termos andado por vários lugares, a impressão que fica é que o Brasil está com muito mais problemas que Portugal. Até vimos alguns mendigos, coisa que não tínhamos visto na visita anterior, há alguns anos, e isso evidencia a falta de vagas no mercado de trabalho
Estive na faculdade de motricidade humana, onde minha filha Daniela faz mestrado na área de dança e fiquei conhecendo um complexo esportivo gigantesco. Foi lá, inclusive, que fiquei surpreso e encantado com uma coisa que vi, algo inesperado, mas que tem muito a ver conosco, brasileiros, principalmente do sul do país. Havia um canal que dava para o mar e a maré estava subindo. Pois passando por uma ponte sobre o canal, prestei atenção nos peixes se avolumando na água que ainda estava rasa, mas ia subindo. Um cardume cada vez maior, uma quantidade imensa de peixes que não me pareciam ser estranhos, não muito grandes, mas também não muito pequenos. Era o meio da tarde e o tempo estava um pouco nublado, mas estava claro, com o sol aparecendo de vez em quando. E o peixes, conforme a sua dança, como se fora uma coreografia do grande grupo, brilhavam suas escamas prateadas, exibindo-se para nós.
Perguntei a uma senhora que passava, moradora da região, que peixe era aquele. Tainhas, respondeu-me ela. E eu fiquei ali, admirando a subida do cardume pelo canal, enquanto a maré subia. Faz todo o sentido, pensei. Estamos em meados do outono, aqui, o frio está chegando. E sabemos, nós do sul do Brasil, que a tainha chega para nós em julho, quando é inverno.
Interessante é que não havia ninguém pescando por ali. Agradeci à Mãe Natureza por ter permitido que eu tivesse assistido aquele espetáculo. Mais um ponto de convergência entre nós, brasileiros e portugueses. Lembrei da cambira que faço, no tempo da tainha, lá em Florianópolis.
Então pegamos o trem, depois o metrô e fomos fazer um lanche. Comemos um prego, cada um. Muito bom. À noite, a comemoração do aniversário de Daniela. Muita gente interessante e simpática, inclusive brasileiros que vivem aqui. Muito vinho do bom, que aqui é comum, uma moqueca com pirão e bolo de aniversário.
No final da noite, um show do Pierre Aderne, exclusivo para nós. Ele cantou para nós todas as músicas do seu novo CD, “Bem me quer, mar me quer”, e mais algumas. Um espetáculo particular.
No dia seguinte, depois de andar mais por Lisboa, à noite fomos no Bairro Alto, no restaurante/bar do Pedro, um português boa praça que nos serviu pratos deliciosos: bacalhau, polvo, porco, pato, sopa e muito vinho. E um vinho do porto de trinta anos. Uma loucura.
Hoje voltamos do Douro, depois de uma viagem agradabilíssima, e ainda estou embriagado, não do vinho de ontem, mas da beleza daquele lugar. É uma coisa indescritível, é um lugar de uma beleza sem par. Mas falo disso amanhã, depois de tirar mais algumas fotos para tentar mostrar esse lugar fantástico, onde a geografia e o clima favorecem o cultivo da uva e as vinhas estão em todo o lugar. E a gente não quer mais ir embora.
sábado, 3 de novembro de 2012
VERDE VALE EM BRAILE
Por Luiz Carlos Amorim - Escritor - Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
O primeiro livro da romancista e historiadora Urda Alice Klueger, "Verde Vale", está sendo publicado pela Fundação Cultural de Blumenau, em braile.
É uma iniciativa das mais importantes, continuar publicando obras em braile, principalmente de autores catarinenses, ainda mais de uma escritora catarinense que representa fortemente a nossa literatura para o Brasil e para o mundo.
Feliz dos leitores com deficiência visual que tem uma Fundação Cultural como a de Blumenau, que vem publicando, sistematicamente, obras em braile. Há algum tempo atrás foi uma antologia com autores da terra, que teve a participação de, entre outros, Enéas Athanázio.
Parabéns pela iniciativa. E mais livros em braile venham a ser publicados, para este público que ainda tem poucas opções.
O primeiro livro da romancista e historiadora Urda Alice Klueger, "Verde Vale", está sendo publicado pela Fundação Cultural de Blumenau, em braile.
É uma iniciativa das mais importantes, continuar publicando obras em braile, principalmente de autores catarinenses, ainda mais de uma escritora catarinense que representa fortemente a nossa literatura para o Brasil e para o mundo.
Feliz dos leitores com deficiência visual que tem uma Fundação Cultural como a de Blumenau, que vem publicando, sistematicamente, obras em braile. Há algum tempo atrás foi uma antologia com autores da terra, que teve a participação de, entre outros, Enéas Athanázio.
Parabéns pela iniciativa. E mais livros em braile venham a ser publicados, para este público que ainda tem poucas opções.
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
CRÔNICA TRISTE
Por Luiz Carlos Amorim - Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Hoje minha crônica não vai ser literária, nem romântica, nem poética. Vai ser apenas triste. Porque é dia 2 de novembro, dia daquela saudade de nossos queridos que se foram doer um pouquinho mais. E a primavera me traz flores e vida, esperança e desejo de renovação, mas também me traz uma enorme sensação de perda.
O início de novembro tem Finados e o final de um outubro antigo levou um pedaço de mim, há muitas primaveras. Trinta primaveras, para ser exato. Então, esse dia de saudade, para mim, é um dia no qual aquela dorzinha escondida, que fincou raízes lá no fundo do peito, doendo um pouquinho sempre, agora dói um tanto mais.
Saudades, saudades infinitas de uma convivência que poderia ter existido, mas não aconteceu. E ter saudades de alguém que chega e já se vai, sem deixar nada para ser lembrado, é ainda mais doído. Até me disseram, quando Vanessa se foi, no dia seguinte ao do seu nascimento, que era melhor assim, era melhor do que se ela tivesse ficado algum tempo e depois tivesse ido, doeria menos. Eu não concordo.
Ficou um vazio enorme, uma saudade de ter do que ter saudades, aquela imagem nítida da luta pela vida, ferrenha, mas perdida.
E uma imagem quase romântica, no meio de tanta aridez: no dia em que Vanessa se foi, as primeiras flores dos primeiros jacatirões nativos se abriram. Fiz até um poema, que depois virou lápide: “A primeira flor / de jacatirão / da primavera, / em outubro, / tem um nome: / saudade...”
Mas os jacatirões estão florescendo novamente, este ano, e amanhã eu vou estar melhor, prometo. E volto a falar de poesia e de livros. Porque a vida é assim. O que seria dos momentos felizes, se não fossem os tristes, para valorizá-los?
Hoje minha crônica não vai ser literária, nem romântica, nem poética. Vai ser apenas triste. Porque é dia 2 de novembro, dia daquela saudade de nossos queridos que se foram doer um pouquinho mais. E a primavera me traz flores e vida, esperança e desejo de renovação, mas também me traz uma enorme sensação de perda.
O início de novembro tem Finados e o final de um outubro antigo levou um pedaço de mim, há muitas primaveras. Trinta primaveras, para ser exato. Então, esse dia de saudade, para mim, é um dia no qual aquela dorzinha escondida, que fincou raízes lá no fundo do peito, doendo um pouquinho sempre, agora dói um tanto mais.
Saudades, saudades infinitas de uma convivência que poderia ter existido, mas não aconteceu. E ter saudades de alguém que chega e já se vai, sem deixar nada para ser lembrado, é ainda mais doído. Até me disseram, quando Vanessa se foi, no dia seguinte ao do seu nascimento, que era melhor assim, era melhor do que se ela tivesse ficado algum tempo e depois tivesse ido, doeria menos. Eu não concordo.
Ficou um vazio enorme, uma saudade de ter do que ter saudades, aquela imagem nítida da luta pela vida, ferrenha, mas perdida.
E uma imagem quase romântica, no meio de tanta aridez: no dia em que Vanessa se foi, as primeiras flores dos primeiros jacatirões nativos se abriram. Fiz até um poema, que depois virou lápide: “A primeira flor / de jacatirão / da primavera, / em outubro, / tem um nome: / saudade...”
Mas os jacatirões estão florescendo novamente, este ano, e amanhã eu vou estar melhor, prometo. E volto a falar de poesia e de livros. Porque a vida é assim. O que seria dos momentos felizes, se não fossem os tristes, para valorizá-los?
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
NOVO LIVRO DE APOLÔNIA
Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Um dos livros da nova safra da fecunda escritora Apolônia Gastaldi é “Destino de Mulher”. Digo da nova safra, porque ela está lançando quatro novos livros: o quinto e último volume da saga “A Força do Berço” – “Samir”, o livro de contos “Memórias”, o novo livro de poemas “Emoções” e o romance “Destino de Mulher”.
“Destino de Mulher” é um romance rural, eu diria, de época, talvez, pois se passa ainda no tempo do cruzeiro, do Karman Ghia. É uma trama densa de dramaticidade, de humanidades e desumanidades. São seres humanos lidando com a dualidade bem e mal, numa história que prende o leitor do início ao fim. Posso dizer que é a história de uma mulher de fibra tentando mudar o seu destino, mas é só isso, senão tiro toda a emoção da leitura, o suspense, a descoberta da inventividade da autora, ao fazer da realidade uma obra de ficção.
A autora, como sempre, é de uma criatividade magistral, pois pega um tema tão comum, como a infidelidade conjugal e a violência contra a mulher e os leva a extremos, conduzindo a narrativa a altos índices de tensão.
Apolônia Gastaldi transita com segurança por vários gêneros literários, como o conto, a crônica, a poesia, mas o romance talvez seja o que mais lhe tenha consagrado como escritora talentosa que é, como um dos grandes ícones da literatura catarinense. O seu “Barra do Cocho” já se transformou num clássico da nossa literatura e “Destino de Mulher” vai cativar muitos leitores.
A escritora Apolônia Gastaldi é, sem dúvida, uma grande representante da literatura produzida em Santa Catarina. Não é à toa que a sua obra, mais de uma dezena de livros, está sendo distribuída e vendida por todo o Brasil.
Um dos livros da nova safra da fecunda escritora Apolônia Gastaldi é “Destino de Mulher”. Digo da nova safra, porque ela está lançando quatro novos livros: o quinto e último volume da saga “A Força do Berço” – “Samir”, o livro de contos “Memórias”, o novo livro de poemas “Emoções” e o romance “Destino de Mulher”.
“Destino de Mulher” é um romance rural, eu diria, de época, talvez, pois se passa ainda no tempo do cruzeiro, do Karman Ghia. É uma trama densa de dramaticidade, de humanidades e desumanidades. São seres humanos lidando com a dualidade bem e mal, numa história que prende o leitor do início ao fim. Posso dizer que é a história de uma mulher de fibra tentando mudar o seu destino, mas é só isso, senão tiro toda a emoção da leitura, o suspense, a descoberta da inventividade da autora, ao fazer da realidade uma obra de ficção.
A autora, como sempre, é de uma criatividade magistral, pois pega um tema tão comum, como a infidelidade conjugal e a violência contra a mulher e os leva a extremos, conduzindo a narrativa a altos índices de tensão.
Apolônia Gastaldi transita com segurança por vários gêneros literários, como o conto, a crônica, a poesia, mas o romance talvez seja o que mais lhe tenha consagrado como escritora talentosa que é, como um dos grandes ícones da literatura catarinense. O seu “Barra do Cocho” já se transformou num clássico da nossa literatura e “Destino de Mulher” vai cativar muitos leitores.
A escritora Apolônia Gastaldi é, sem dúvida, uma grande representante da literatura produzida em Santa Catarina. Não é à toa que a sua obra, mais de uma dezena de livros, está sendo distribuída e vendida por todo o Brasil.
terça-feira, 30 de outubro de 2012
INCENTIVO À CULTURA, FINALMENTE?
Por Luiz Carlos Amorim – Escritor - Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
O jornalista Marcos Espíndola fez um filtro do que os prefeitos eleitos das três maiores cidades do Estado prometeram fazer no que diz respeito à política cultural em seus governos. Muito a propósito, pois precisamos cobrar, já que as “políticas culturais” praticamente inexistem, principalmente na capital. Nem municipal, nem estadual, lamentavelmente.
Vejamos os propósitos para a cultura do prefeito eleito de Florianópolis:
1 –“ Rediscutir o modelo de editais, dotando de mais recursos e submetendo-os à consulta popular.” Pois então. Em março de 2011, a Prefeitura de Florianópolis criou o Fundo Municipal de Cultura em Florianópolis, que já nasceu proclamado o maior de Santa Catarina. O Fundo, lançado oficialmente na Fundação Cultural Franklin Cascaes, deveria beneficiar todas as áreas da cultura e arte, com exceção do audiovisual, porque já existem recursos municipais para essa modalidade. A matéria não especifica mais, infelizmente, porque gostaríamos de saber quanto seria destinado ao edital de Literatura, por exemplo, quais as artes que seriam beneficiadas, quando sairiam os editais, como funcionariam, que prêmios dariam. São informações importantes que continuamos aguardando, pois a novidade ficou nisso, nada aconteceu ainda. Esperamos que o novo prefeito faça as coisas acontecerem, pois outras cidades, como Joinville, Jaraguá, Blumenau, etc., têm seus editais de incentivo à cultura e beneficiam, com isso, varias modalidades de arte: livros são publicados, espetáculos são montados, tanto musicais quanto teatrais, discos são lançados, etc. A capital, infelizmente, não tem nada. Esperamos, durante todo este ano, que saíssem os editais de incentivo à cultura em Florianópolis, como prometido, mas em vão. Temos a esperança – e precisamos ter – de que os editais beneficiem os produtores de arte da capital de maneira justa, sem privilegiar panelinhas, como era comum acontecer no âmbito do Estado.
2 – “Definir mínimo de 2% do orçamento municipal para investimento na cultura.” Contamos com isso, pelo menos daqui para diante. O Fundo Municipal de Cultura, do qual já falamos no primeiro item, foi criado com orçamento de um milhão e duzentos mil reais para lançar editais para todas as modalidades de arte, exceto cinema. Tivemos esperança de que os editais desse novo fundo privilegiasse e alavancasse a cultura da capital, tão carente de dispositivos que contemplem artes como a literatura, por exemplo. Mas nada aconteceu até agora. Onde foram “investidos” o milhão e duzentos mil reais que foram destinados à cultura?
3 – “Fortalecer a Fundação de Cultura de Florianópolis Franklin Cascaes.” Bem a propósito, é a Fundação que deverá conduzir, provalmente, os editais de incentivo à cultura, pois o Fundo Municipal de Cultura está atrelado àquela instituição. Provavelmente os gestores da Fundação Franklin Cascaes não serão os mesmos, na próxima administração, e isso pode ser bom. Novas cabeças pensando a cultura da cidade. O senhor prefeito deve pesar bem os nomes que estarão à frente da Fundação, para que a cultura não continue no marasmo e abandono de até aqui.
Então são essas algumas das ideias do prefeito em relação à cultura da capital. Aguardamos para vê-las sendo compridas. Os produtores de arte e cultura da capital estarão atentos para cobrar.
O jornalista Marcos Espíndola fez um filtro do que os prefeitos eleitos das três maiores cidades do Estado prometeram fazer no que diz respeito à política cultural em seus governos. Muito a propósito, pois precisamos cobrar, já que as “políticas culturais” praticamente inexistem, principalmente na capital. Nem municipal, nem estadual, lamentavelmente.
Vejamos os propósitos para a cultura do prefeito eleito de Florianópolis:
1 –“ Rediscutir o modelo de editais, dotando de mais recursos e submetendo-os à consulta popular.” Pois então. Em março de 2011, a Prefeitura de Florianópolis criou o Fundo Municipal de Cultura em Florianópolis, que já nasceu proclamado o maior de Santa Catarina. O Fundo, lançado oficialmente na Fundação Cultural Franklin Cascaes, deveria beneficiar todas as áreas da cultura e arte, com exceção do audiovisual, porque já existem recursos municipais para essa modalidade. A matéria não especifica mais, infelizmente, porque gostaríamos de saber quanto seria destinado ao edital de Literatura, por exemplo, quais as artes que seriam beneficiadas, quando sairiam os editais, como funcionariam, que prêmios dariam. São informações importantes que continuamos aguardando, pois a novidade ficou nisso, nada aconteceu ainda. Esperamos que o novo prefeito faça as coisas acontecerem, pois outras cidades, como Joinville, Jaraguá, Blumenau, etc., têm seus editais de incentivo à cultura e beneficiam, com isso, varias modalidades de arte: livros são publicados, espetáculos são montados, tanto musicais quanto teatrais, discos são lançados, etc. A capital, infelizmente, não tem nada. Esperamos, durante todo este ano, que saíssem os editais de incentivo à cultura em Florianópolis, como prometido, mas em vão. Temos a esperança – e precisamos ter – de que os editais beneficiem os produtores de arte da capital de maneira justa, sem privilegiar panelinhas, como era comum acontecer no âmbito do Estado.
2 – “Definir mínimo de 2% do orçamento municipal para investimento na cultura.” Contamos com isso, pelo menos daqui para diante. O Fundo Municipal de Cultura, do qual já falamos no primeiro item, foi criado com orçamento de um milhão e duzentos mil reais para lançar editais para todas as modalidades de arte, exceto cinema. Tivemos esperança de que os editais desse novo fundo privilegiasse e alavancasse a cultura da capital, tão carente de dispositivos que contemplem artes como a literatura, por exemplo. Mas nada aconteceu até agora. Onde foram “investidos” o milhão e duzentos mil reais que foram destinados à cultura?
3 – “Fortalecer a Fundação de Cultura de Florianópolis Franklin Cascaes.” Bem a propósito, é a Fundação que deverá conduzir, provalmente, os editais de incentivo à cultura, pois o Fundo Municipal de Cultura está atrelado àquela instituição. Provavelmente os gestores da Fundação Franklin Cascaes não serão os mesmos, na próxima administração, e isso pode ser bom. Novas cabeças pensando a cultura da cidade. O senhor prefeito deve pesar bem os nomes que estarão à frente da Fundação, para que a cultura não continue no marasmo e abandono de até aqui.
Então são essas algumas das ideias do prefeito em relação à cultura da capital. Aguardamos para vê-las sendo compridas. Os produtores de arte e cultura da capital estarão atentos para cobrar.
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
DIA DO LIVRO
Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Hoje é o Dia Nacional do Livro. Livro, este objeto mágico que pode trazer no seu interior um mundo de conhecimento, de fantasia, de imaginação. O guardião da história da humanidade, o registro de tudo o quanto o ser humano já fez neste mundão de Deus. O receptáculo de toda a inteligência do homem, até das teorias do que poderá vir a ser o futuro.
É bem verdade que ainda não é tão popular quanto deveria, pelo menos no Brasil, pois ainda é caro para uma grande parcela do nosso povo, mas para quem gosta de ler há alternativas como as bibliotecas municipais, escolares, de clubes e associações, os sebos, etc. Essas bibliotecas nem sempre terão os últimos lançamentos em seus acervos, mas sempre haverá algum bom título que não lemos. Assim como os sebos, que oferecem um sem número de opções a preços razoáveis.
Com o avanço da tecnologia digital, o e-book, ou livro eletrônico, e os leitores eletrônicos - e-readers - estão se popularizando cada vez mais e já há uma pequena legião de seguidores. Vivemos, na verdade, uma revolução cultural. Eles, os tablets – Kindle, Ipad e tantos outros similares que estão à disposição no mercado, inclusive no Brasil, começam a virar o sonho de consumo de muita gente, inclusive daqueles que não têm condições de adquiri-los. Ainda que muitos daqueles que os adquirem acabem esquecendo da função de leitores digitais dos aparelhos, tantas são as opções que eles oferecem: jogos, filmes, internet, comunicação através de programas como skype, programas de relacionamento, etc.
De qualquer maneira, o livro impresso, de papel, o tradicional livro como o conhecemos até agora continuará por muito tempo ainda. E por mais que ele mude, ainda continuará a se chamar livro, o objetivo de perenizar e divulgar a cultura e o conhecimento será o mesmo. Certeza é que o livro de papel poderá conviver harmoniosamente com o livro eletrônico e vice-versa.
Com a tecnologia da informática a serviço da leitura, a tendência é que o hábito de ler se intensifique, até porque além do livro tradicional e do livro digital, temos ainda o áudiolivro, que possibilita que os deficientes visuais sejam, também, consumidores de literatura.
Então talvez devamos comemorar tanta tecnologia a serviço da leitura, mesmo considerando que o livro físico, aquele que podemos folhear, rabiscar e ler sem dependência de nenhuma fonte de energia, a não ser a nossa visão e a vontade de ler, não será extinto. Ao contrário, ele continuará firme, mesmo com todas as outras formas de leitura que existem ou que porventura poderão vir a existir.
De maneira que rendo minha homenagem a esse objeto tão importante para o progresso das civilizações em todo o mundo.
Vida longa para o livro, como quer que seja concebido.
Hoje é o Dia Nacional do Livro. Livro, este objeto mágico que pode trazer no seu interior um mundo de conhecimento, de fantasia, de imaginação. O guardião da história da humanidade, o registro de tudo o quanto o ser humano já fez neste mundão de Deus. O receptáculo de toda a inteligência do homem, até das teorias do que poderá vir a ser o futuro.
É bem verdade que ainda não é tão popular quanto deveria, pelo menos no Brasil, pois ainda é caro para uma grande parcela do nosso povo, mas para quem gosta de ler há alternativas como as bibliotecas municipais, escolares, de clubes e associações, os sebos, etc. Essas bibliotecas nem sempre terão os últimos lançamentos em seus acervos, mas sempre haverá algum bom título que não lemos. Assim como os sebos, que oferecem um sem número de opções a preços razoáveis.
Com o avanço da tecnologia digital, o e-book, ou livro eletrônico, e os leitores eletrônicos - e-readers - estão se popularizando cada vez mais e já há uma pequena legião de seguidores. Vivemos, na verdade, uma revolução cultural. Eles, os tablets – Kindle, Ipad e tantos outros similares que estão à disposição no mercado, inclusive no Brasil, começam a virar o sonho de consumo de muita gente, inclusive daqueles que não têm condições de adquiri-los. Ainda que muitos daqueles que os adquirem acabem esquecendo da função de leitores digitais dos aparelhos, tantas são as opções que eles oferecem: jogos, filmes, internet, comunicação através de programas como skype, programas de relacionamento, etc.
De qualquer maneira, o livro impresso, de papel, o tradicional livro como o conhecemos até agora continuará por muito tempo ainda. E por mais que ele mude, ainda continuará a se chamar livro, o objetivo de perenizar e divulgar a cultura e o conhecimento será o mesmo. Certeza é que o livro de papel poderá conviver harmoniosamente com o livro eletrônico e vice-versa.
Com a tecnologia da informática a serviço da leitura, a tendência é que o hábito de ler se intensifique, até porque além do livro tradicional e do livro digital, temos ainda o áudiolivro, que possibilita que os deficientes visuais sejam, também, consumidores de literatura.
Então talvez devamos comemorar tanta tecnologia a serviço da leitura, mesmo considerando que o livro físico, aquele que podemos folhear, rabiscar e ler sem dependência de nenhuma fonte de energia, a não ser a nossa visão e a vontade de ler, não será extinto. Ao contrário, ele continuará firme, mesmo com todas as outras formas de leitura que existem ou que porventura poderão vir a existir.
De maneira que rendo minha homenagem a esse objeto tão importante para o progresso das civilizações em todo o mundo.
Vida longa para o livro, como quer que seja concebido.
domingo, 28 de outubro de 2012
AINDA A CAPITAL CLASSE A (SEM PORTO)
A malfadada história da capital catarinense dos ricos,
publicada por um repórter do Globo, que veio a Florianópolis para colher
informações para fazer a matéria, continua rendendo. O “repórter” escreveu um monte de absurdos e
Florianópolis acabou virando piada na internet e nos jornais. Além de merecer
outra reportagem no estilo, em jornal internacional. O The Wall Street
Journal fez matéria neste final de
semana, elogiando o “glamour” da capital e estampando foto de Ponta dos
Ganchos, em Governador Celso Ramos. Não sei se a repórter que assina a
reportagem veio a Florianópolis, mas como o repórter do Globo, esses “profissionais”
da informação deveriam ter mais cuidado com o que escrevem, deveriam comprovar
primeiro o que dizem, para não dizerem inverdades.
Aliás,como já dissemos em crônica anterior sobre a matéria
do Globo, Florianópolis é linda, sim, com todas as suas belíssimas praias, a
Lagoa da Joaquina e outros cartões postais, mas a verdade que as suas belezas
naturais – mal cuidadas, por sinal – não garantem que aqui seja o paraíso que
todos apregoam. Não temos segurança, não temos mobilidade, a saúde aqui é um
caos total, a educação está falida por falta de interesse do município, do
Estado e da União.
O turismo não é aquilo tudo, apesar do potencial inegável da
cidade. Florianópolis é uma Ilha e uma parte dela é continente. Quer dizer: o
mar é tudo para Florianópolis. No entanto, não temos um porto. Os cruzeiros na
costa brasileira deveriam fazer escala aqui, mas não podem, então fazem escala
em Porto Belo, Itajaí ou São Francisco do Sul.
Um novo prefeito foi eleito para Florianópolis. O mar, como
principal atração para o turismo, na região, será valorizado pelo novo
prefeito? Ele terá muito o que fazer, já que a cidade esteve praticamente
abandonada, nos últimos anos, mas terá que se preocupar também com o turismo.
Precisará se ocupar da saúde, da educação, da segurança, da cultura, da
mobilidade da cidade e também do desenvolvimento do turismo. Empenhar-se-á na
consecução de um porto que Florianópolis tanto precisa? Florianópolis não
precisa tanto de marinas, como a reportagem do Globo destacou, mas precisa
muito do porto.
Com a palavra, o prefeito eleito de Florianópolis.
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
UM TRIBUTO À LITERATURA CATARINENSE
Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br Estive ontem, dia 15, na Academia Catarinense de Letras, participando do lançamento do livro “”Literatura Catarinense – Espaços e Caminhos para uma Identidade”, de autoria do Mestre Celestino Sachet. O livro é um panorama completo da literatura produzida pelos catarinenses e já sai com uma segunda edição. A primeira é completa, com seiscentas e tantas páginas, e a segunda é uma edição resumida, em formato grande, com capa dura, que o governo do nosso Estado fez para distribuir como brindo de final de ano. Isso vai ajudar muito na divulgação não só da obra, como também da literatura catarinense que ela revela.
As ilustrações são do artista Rodrigo de Haro e o reunião desses dois artistas num mesmo livro – Celestino, o artista da palavra e Rodrigo, o artista plástico – foi uma das coisas mais felizes que podiam acontecer. O livro contempla tudo – mas tudo mesmo – o que foi escrito em Santa Catarina em prosa, verso e também teatro. É um livro que estava sendo esperado há muito, pois livros deste tipo, atualizados, reunindo informações sobre obras literárias e os escritores catarinenses, não existiam. O mais recente é do nosso saudoso Lauro Junkes e data de 1992. A segunda edição do livro de Celestino – esta que está sendo lançada é a terceira – é de 1985.
Então agora temos uma obra de referência, no que diz respeito à literatura dos catarinenses, um livro que reúne todas as informações sobre a produção literária aqui no Estados até a contemporaneidade.
O Grupo Literário A ILHA está registrado em “A Literatura dos Catarinenses – Espaços e Caminhos para um Identidade” – mereceu até um capítulo próprio. Todos os integrantes do grupo, com obra publicada, estão lá.
Estudiosos, leitores, estudantes, todos temos, agora, uma obra de pesquisa, um lugar onde saber tudo sobre a literatura dos catarinenses.
Estava faltando, não está mais.
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
"A LITERATURA DOS CATARINENSES"
Por Luiz Carlos Amorim – Escritor - Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br O escritor, professor e historiador Celestino Sachet lança, nesta quinta-feira, dia 25 de outubro, a terceira edição do seu livro sobre a literatura produzida pelos escritores de Santa Catarina, “Literatura dos Catarinenses – Espaços e Caminhos para uma Identidade – Poema, prosa , teatro”, com o selo da editora Unisul. Celestino estará autografando seu novo a nova edição, ampliada, do seu livro na sede da Academia Catarinense de Letras, a partir de 19 horas.
O professor Celestino é um grande pesquisador da produção literária dos catarinenses. Nada do que é publicado em nosso Estado lhe passa desapercebido , tudo é lido e apreciado por ele. Por isso este livro passa a ser, a partir de agora, a maior referência da literatura produzida pelos escritores catarinenses ou radicados em Santa Catarina. Se procurarmos um documento que nos dê o registro de quem escreve em nosso Estado, com certeza é o livro do professor Celestino Sachet que devemos consultar.
A primeira edição do livro, com modestas 291 páginas, saiu nos anos 70, com o o título de “A literatura de Santa Catarina”, segundo o próprio autor da obra, em artigo que será publicado na edição de dezembro do Suplemento Literário A ILHA. Lá ele apresentava os escritores das principais cidades catarinenses.
Em 1985, saiu a segunda edição, ampliada, com 350 páginas, muito mais informação sobre a nossa literatura e um título diferente, por sugestão do editor, o saudoso Odilon Lunardelli: “A literatura catarinense”.
Conforme o próprio autor no seu artigo acima citado, “a partir de fevereiro de 2000 transferi minhas energias do magistério ara uma pesquisa mais ampla sobre o tema dos dois livros anteriores. E o resultado está aí, com uma nova cara: “A literatura dos catarinenses – Espaços e Caminhos de uma identidade”, um calhamaço de 600 páginas e exatos 1.179 autores apresentados, muitos deles submetidos a uma resumida análise.”
“- A literatura dos catarinenses?” – Celestino pergunta e ele mesmo responde: “Claro! Quem escreve não é a entidade, o Estado; quem escreve é o cidadão, aqui nascido, aqui vivido ou aqui vivendo.”
No convite do lançamento do livro, a editora apresenta a obra: “Um amplo painel da lilteratura produzida pelos catarinenses desde “Assembleia das Aves”, obra publicada por Marcelino Antonio Dutra em 1847, considerada a primeira de autor catarinense, até os dias atuais. Distribuída em poema, prosa e teatro, a obra foi temperada com o sabor de dois condimentos: preferência pela expressão “literatura dos catarinenses”, e não “literatura catarinense” e indicativos de uma identidade regional difusa, de vez que o operário industrial de Blumenau-Joinville-Jaraguá do Sul pouco se relaciona com o pescador do litoral, com o serrano de Planalto, com o colono de Nova Trento-Urussanga-Nova Veneza ou com o “gaúcho” do Oeste e vice-versa.”
terça-feira, 23 de outubro de 2012
UMA GRANDE ESCRITORA CATARINENSE
Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Apolônia Galtaldi é uma escritora catarinense das mais produtivas: ela já tinha doze volumes de sua obra publicados: romances, livros de poemas, infanto juvenil.
A escritora de Ibirama, que já tinha publicado seu primeiro romance “A Força do Berço”, em 86, não parou de produzir. Além de poesia, que publicava em jornais e revistas, estava escrevendo romances, crônica, contos. Ela, que atuou no magistério em Joinville nas décadas de 70 e 80, lançou, em 2005, sua produção literária desde final dos anos 80, nada menos que oito novos livros: os romances “Herança”, “Segredos”, “Sinais” e “Regresso” - que contam a saga de uma francesa, chamada “A Força do Berço”, mas que podem ser lidos independentes uns dos outros e em qualquer ordem; “Barra do Cocho” - romance, cinquenta anos da vida dos colonizadores do Vale do Itajaí, de 1893 a 1943; “Anjos Azuis” – romance infanto-juvenil; “Mar” - poema, e “Amor” – livro de poemas, intimista, pessoal.
Agora ela está com mais quatro títulos publicados, prontos para lançamento: a quinta e última parte da saga “A Força do Berço”, “Samir”, o livro de contos “Memórias”, o novo livro de poemas “Emoções” e o romance “Destino de Mulher”.
Apolônia é assim, ela não para, está sempre escrevendo. Alguns de seus livros já tem segunda edição, pois é uma das escritoras catarinenses que mais tem se projetado pelo Brasil afora. Seus livros têm sido distribuídos para quase todos os Estados brasileiros e ela tem representado a literatura dos catarinenses muito bem fora de Santa Catarina.
Neste final de ano ela faz o lançamento dos novos livros em várias cidades de nosso Estado e também em cidades de outros Estados.
Apolônia Galtaldi é uma escritora catarinense das mais produtivas: ela já tinha doze volumes de sua obra publicados: romances, livros de poemas, infanto juvenil.
A escritora de Ibirama, que já tinha publicado seu primeiro romance “A Força do Berço”, em 86, não parou de produzir. Além de poesia, que publicava em jornais e revistas, estava escrevendo romances, crônica, contos. Ela, que atuou no magistério em Joinville nas décadas de 70 e 80, lançou, em 2005, sua produção literária desde final dos anos 80, nada menos que oito novos livros: os romances “Herança”, “Segredos”, “Sinais” e “Regresso” - que contam a saga de uma francesa, chamada “A Força do Berço”, mas que podem ser lidos independentes uns dos outros e em qualquer ordem; “Barra do Cocho” - romance, cinquenta anos da vida dos colonizadores do Vale do Itajaí, de 1893 a 1943; “Anjos Azuis” – romance infanto-juvenil; “Mar” - poema, e “Amor” – livro de poemas, intimista, pessoal.
Agora ela está com mais quatro títulos publicados, prontos para lançamento: a quinta e última parte da saga “A Força do Berço”, “Samir”, o livro de contos “Memórias”, o novo livro de poemas “Emoções” e o romance “Destino de Mulher”.
Apolônia é assim, ela não para, está sempre escrevendo. Alguns de seus livros já tem segunda edição, pois é uma das escritoras catarinenses que mais tem se projetado pelo Brasil afora. Seus livros têm sido distribuídos para quase todos os Estados brasileiros e ela tem representado a literatura dos catarinenses muito bem fora de Santa Catarina.
Neste final de ano ela faz o lançamento dos novos livros em várias cidades de nosso Estado e também em cidades de outros Estados.
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
sábado, 20 de outubro de 2012
DIA DO POETA
Por Luiz Carlos Amorim – Escritor - Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
E hoje é dia do poeta, esse ser estranho e singular, iluminado, que vê a vida com o coração e tenta passar essa visão a todos aqueles que tiverem sensibilidade para recriar a sua visão. Então quero enviar a minha homenagem a todos os bardos deste imenso Brasil e do mundo, pois é das penas deles que flui a emoção e o sentimento dessa arte que se chama literatura.
É o poeta que torna esse nosso mundo, tão belo e ao mesmo tempo tão conturbado, um pouco mais sensível, é ele que desnuda a alma para que a nossa alma seja menos dura, menos intolerante, mais solidária, mais humana.
É o poeta que nos leva a contemplar o amor, que nos leva a pensar a paz, que nos lembra de que somos irmãos gêmeos da natureza e por isso mesmo precisamos amá-la e respeitá-la, para que ela nos proteja e não nos desampare.
Precisamos comemorar esse dia produzindo e lendo versos, todos nós, pois o mundo atual, tão corrido e tão violento, precisa da singeleza e do lirismo da poesia. O ser humano precisa cultivar a poesia, para não se deixar endurecer mais ainda, para não deixar de ser gente.
Ao contrário do que alguns pensam, a poesia é necessária. Como deixar fluir a alma através das pontas dos dedos, a não ser pela criação de um poema? A poesia é sentimento, é emoção, é alma, é coração. Como sermos humanos sem tudo isso?
A poesia é mágica, como já disse Quintana – e quem mais poderia dizê-lo? – como neste poema que toma a liberdade de transcrever:
”Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês. Quando fechas o livro, eles alçam voo como de um alçapão.Eles não têm pouso nem porto; alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias, no maravilhado espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti...”
Que mais posso eu dizer? Rendo a minha homenagem a você, poeta, que não deixa morrer a poesia que existe, ainda, em nossas vidas. E viva a poesia mundial, e viva Quintana, e viva nós, poetas.
E hoje é dia do poeta, esse ser estranho e singular, iluminado, que vê a vida com o coração e tenta passar essa visão a todos aqueles que tiverem sensibilidade para recriar a sua visão. Então quero enviar a minha homenagem a todos os bardos deste imenso Brasil e do mundo, pois é das penas deles que flui a emoção e o sentimento dessa arte que se chama literatura.
É o poeta que torna esse nosso mundo, tão belo e ao mesmo tempo tão conturbado, um pouco mais sensível, é ele que desnuda a alma para que a nossa alma seja menos dura, menos intolerante, mais solidária, mais humana.
É o poeta que nos leva a contemplar o amor, que nos leva a pensar a paz, que nos lembra de que somos irmãos gêmeos da natureza e por isso mesmo precisamos amá-la e respeitá-la, para que ela nos proteja e não nos desampare.
Precisamos comemorar esse dia produzindo e lendo versos, todos nós, pois o mundo atual, tão corrido e tão violento, precisa da singeleza e do lirismo da poesia. O ser humano precisa cultivar a poesia, para não se deixar endurecer mais ainda, para não deixar de ser gente.
Ao contrário do que alguns pensam, a poesia é necessária. Como deixar fluir a alma através das pontas dos dedos, a não ser pela criação de um poema? A poesia é sentimento, é emoção, é alma, é coração. Como sermos humanos sem tudo isso?
A poesia é mágica, como já disse Quintana – e quem mais poderia dizê-lo? – como neste poema que toma a liberdade de transcrever:
”Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês. Quando fechas o livro, eles alçam voo como de um alçapão.Eles não têm pouso nem porto; alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias, no maravilhado espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti...”
Que mais posso eu dizer? Rendo a minha homenagem a você, poeta, que não deixa morrer a poesia que existe, ainda, em nossas vidas. E viva a poesia mundial, e viva Quintana, e viva nós, poetas.
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
FLORIANÓPOLIS, A CIDADE DOS RICOS
Li a matéria “Os ‘sem lancha’ da Cidade Classe A”, publicada
no jornal O Globo e reproduzida no Diário Catarinense, aqui de Florianópolis,
do repórter Henrique Gomes Batista. Tem sido muito divulgado, nos últimos anos,
pelo Brasil e pelo mundo, que a capital catarinense é um paraíso, que é o
melhor lugar para se viver. A cidade é linda, suas praias são, talvez, as mais
bonitas do mundo, sua Lagoa da Conceição é a personificação da beleza, sua
ponte Hercílio Luz, sempre em reforma, é um atrativo a mais. Mas a propaganda que
vem sendo feita nas últimas décadas, continuamente, traz muita gente para cá e
não é só gente boa, não.
O DC, muito generosamente, comenta que a reportagem “reforça
a imagem de um lugar especial para trabalhar e viver”. O que o senhor repórter
do Globo fez foi afirmar, com muita ênfase, muito mais do que já vinha sendo
dito, que Florianópolis é uma cidade de ricos, de cidadãos que podem ter até
uma lancha, além de todo o resto.
Já no começo da matéria, o repórter afirma que “Florianópolis
é a única capital que, até agora, não contou com qualquer empreendimento do
programa Minha Casa Minha Vida”, como se a população fosse toda ela tão rica
que não precisasse de financiamento para comprar suas casas. Quem foi que disse
isso a ele? Ele foi à Caixa para saber se havia financiamentos do programa para
moradores da capital? A afirmação já sugere, de cara, que não há “pobres” em
Floripa.
Em seguida, para reforçar, ele diz que “a cidade tem a maior
proporção de ricos entre as capitais.” E publica a afirmação de Mané Ferrari,
presidente da Associação Catarinense de Marinas: “Hoje, ter um barquinho é
desejo de muitos aqui, virou apetrecho familiar”. Ora, ter o desejo, todos têm.
Mas daí a virar “apetrecho familiar”... Tenha a santa paciência.
Depois de dar vários índices e fatores reafirmando que nossa
capital é muito rica, ele vem com outra pérola: a capital impede a ocupação desordenada
e preserva a natureza e a população de Florianópolis é pequena, apenas 420 mil
habitantes. Esse repórter deve ter ido direto para Jurerê e não saiu de lá. A
cidade não tem mobilidade nenhuma, está travada, e a ocupação indevida é
constante, em razão, mesmo, de propaganda como essa que ele fez. A natureza é
cada vez mais desrespeitada, o poder público parece não se importar com o meio
ambiente, a população vive cada vez mais insegura, com a violência, o tráfico e
a mendicância.
E tem mais: nosso amigo repórter afirma que na Ilha não
existe pobre, que os pobres são expulsos para o continente. Isso é o que dá quando alguém se mete a falar de
alguma coisa que não conhece. Deveriam ter contratado alguém daqui para
escrever a matéria, alguém que vivesse aqui e realmente conhecesse a vida na
capital. Não é verdade que na Ilha só há ricos e que no continente só há
pobres. O nobre “jornalista” sabia que há favelas na Ilha?
Deveríamos exigir que houvesse uma retratação, que fizessem
uma nova matéria sobre o tema, contando as verdades como elas são. Para não
atrair mais personas non gratas que
vêm para cá atrás das posses da profusão de gente rica que estaria vivendo
aqui, segundo “jornalistas” como esse senhor Henrique.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
O SUCESSO DE NORMA
A autora, Norma Bruno
Eu e Fátima de Laguna, a escritora/fotógrafa, e sua exposição.
Por Luiz Carlos Amorim - Escritor - Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Hoje aconteceu o lançamento do livro "Cenas Urbanas e Outras nem tanto", da escritora Norma Bruno, no Museu Histórico de Santa Catarina, localizado no Palácio Cruz e Sousa. Um festa grandiosa, que contou com a presença de muitos convidados.
A noite de autógrafos de Norma foi bastante concorrida. Um ambiente agradável com muita gente interessante, reunida para admirar e cultivar a arte e a cultura.
Junto com o lançamento do livro de crônicas de Norma - a cronista oficial da ILHA, uma escritora atenta ao cotidiano, atenta a tudo o que a cerca, a também escritora e fotógrafa Maria de Fátima Barreto Michels estava abrindo a sua exposição de fotos, com imagens únicas baseadas em textos da obra de Norma. Nada como uma poeta para fotografar e captar imagens maravilhosas de temas que nos passam despercebidos.
Poucos escritores estiveram lá para prestigiar o lançamento de Norma Bruno, mas a verdade é que um grande público de leitores esteve presente e isso é que fez o sucesso da noite.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
AOS PROFESSORES, NO SEU DIA
Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Que esses profissionais sejam reconhecidos e melhor remunerados, valorizados, para que possam melhorar a nossa educação que anda tão relegada a último plano pelos donos do poder, que fazem questão de que o ensino público seja ruim, pois é mais fácil dominar um povo sem cultura. Parabéns e obrigado pelo seu trabalho, professores.
Esta segunda-feira é o Dia do Professor, aquela pessoa que educa, transmite conhecimento para que nós, seres humanos, nos tornemos pessoas produtivas e capazes, pessoas inteligentes e honestas, para que saibamos cuidar da Natureza e do meio ambiente e assim podermos ter uma perspectiva de futuro.
Quero parabenizar os professores de todo o Brasil, principalmente aqueles abnegados, completamente dedicados ao magistério, como alguns que conheço e dos quais tenho orgulho de poder dizer que são meus amigos.
Então rendo minha humilde homenagem a esses profissionais, notadamente aqueles do primeiro grau, aqueles que ensinam a ler e a escrever nos primeiros anos da escola, pois eles dão a base que o cidadão vai precisar para sermos bem sucedidos no segundo grau, na universidade, na vida. Apesar dos donos do poder, que a cada dia comprometem mais a educação brasileira, fazendo modificações que só empobrecem o nosso sistema de ensino, além da falta de reconhecimento ao corpo docente da escola pública.
Quero parabenizar os professores de todo o Brasil, principalmente aqueles abnegados, completamente dedicados ao magistério, como alguns que conheço e dos quais tenho orgulho de poder dizer que são meus amigos.
Então rendo minha humilde homenagem a esses profissionais, notadamente aqueles do primeiro grau, aqueles que ensinam a ler e a escrever nos primeiros anos da escola, pois eles dão a base que o cidadão vai precisar para sermos bem sucedidos no segundo grau, na universidade, na vida. Apesar dos donos do poder, que a cada dia comprometem mais a educação brasileira, fazendo modificações que só empobrecem o nosso sistema de ensino, além da falta de reconhecimento ao corpo docente da escola pública.
Rendo minha homenagem àquele que forma o adulto de amanhã – com a ajuda da família, que já deveria ter começado e dado um bom encaminhamento na educação das suas crianças – mas não ganha um salário condizente com a sua missão e com a sua dedicação. Não só na escola pública, como na particular também.
Professor, aquela criatura abnegada e totalmente devotada ao ensino, que na maioria das vezes estuda muito, fazendo um curso superior como Letras, Pedagogia, História, Geografia, Matemática, Educação Física, etc. e que quer transmitir conhecimento para as novas gerações, contribuir para que a educação seja melhor, apesar de nossos governantes.Que esses profissionais sejam reconhecidos e melhor remunerados, valorizados, para que possam melhorar a nossa educação que anda tão relegada a último plano pelos donos do poder, que fazem questão de que o ensino público seja ruim, pois é mais fácil dominar um povo sem cultura. Parabéns e obrigado pelo seu trabalho, professores.
sábado, 13 de outubro de 2012
ÁRVORE DA FELLICIDADE
Transcrevo crônica publicada aqui há algum tempo e que está sendo publicada pela escritora Jaqueline Sampaio em material didático de Língua Portuguesa para 5º. ano para a Editora IBPEX de Curitiba (sistema de ensino).
A ÁRVORE DA FELICIDADE
Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Hoje o tempo está carrancudo, até já chuviscou, mas eu saí assim mesmo para caminhar. Passando pela Avenida Atlântica, meu caminho da roça, vi alguns homens cortando os galhos de uma árvore da felicidade, até então majestosa nos seus quase cinco metros de altura. Ela fica perto das pracinhas que marcam a divisa de Florianópolis e São José, na frente de uma casa singular.
Não sei o motivo que levou a podarem-na tão drasticamente, pois ela não tem galhos muito pesados, as folhas são pequenas, não oferece nenhum risco, aparentemente.
Parei para olhar, mas segui em frente, porque doeu ver aquilo. Passo sempre por ali e sei que aquela árvore, além de linda, é abrigo de centenas, talvez milhares de passarinhos, que na boca da noite, vêm se aninhar em seus galhos para dormir. Aquela cantoria anunciando que a noite estava chegando, aquele coral com hora marcada já não será mais ouvido, pois quando os pássaros chegarem, hoje à noitinha, encontrarão apenas galhos podados, desnudos, da grande e generosa árvore. Há outras árvores, os passarinhos com certeza as acharão, eu sei, mas qualquer delas que desaparece, é uma grande perda.
Isso me lembra dos pés de jacatirão que secaram e outro que está morrendo, em outra rua, e fico eu cá, matutando, que a natureza tem razão em não nos dar mais voto de confiança. Não fazemos por merecer.
A ÁRVORE DA FELICIDADE
Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Hoje o tempo está carrancudo, até já chuviscou, mas eu saí assim mesmo para caminhar. Passando pela Avenida Atlântica, meu caminho da roça, vi alguns homens cortando os galhos de uma árvore da felicidade, até então majestosa nos seus quase cinco metros de altura. Ela fica perto das pracinhas que marcam a divisa de Florianópolis e São José, na frente de uma casa singular.
Não sei o motivo que levou a podarem-na tão drasticamente, pois ela não tem galhos muito pesados, as folhas são pequenas, não oferece nenhum risco, aparentemente.
Parei para olhar, mas segui em frente, porque doeu ver aquilo. Passo sempre por ali e sei que aquela árvore, além de linda, é abrigo de centenas, talvez milhares de passarinhos, que na boca da noite, vêm se aninhar em seus galhos para dormir. Aquela cantoria anunciando que a noite estava chegando, aquele coral com hora marcada já não será mais ouvido, pois quando os pássaros chegarem, hoje à noitinha, encontrarão apenas galhos podados, desnudos, da grande e generosa árvore. Há outras árvores, os passarinhos com certeza as acharão, eu sei, mas qualquer delas que desaparece, é uma grande perda.
Isso me lembra dos pés de jacatirão que secaram e outro que está morrendo, em outra rua, e fico eu cá, matutando, que a natureza tem razão em não nos dar mais voto de confiança. Não fazemos por merecer.
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
OS MENINOS
Luiz Carlos Amorim
Outra vez menino,
aprendo engatinhares,
vou vivendo novas vidas,
sorrindo novos sorrisos,
sentindo mais emoções.
Menino de novo,
divido tantos e tantos sonhos,
aprendo novos amares,
descubro luz nos caminhos
e vejo a força do amor.
Menino que sou,
olhos sem vendas, coração criança,
ainda vejo a natureza,
vejo cores, vejo luzes,
apesar do abandono
do homem à própria vida.
O mundo precisa de muitos,
muitos e muitos meninos
para ensinarem aos homens
a salvar a natureza...
Outra vez menino,
aprendo engatinhares,
vou vivendo novas vidas,
sorrindo novos sorrisos,
sentindo mais emoções.
Menino de novo,
divido tantos e tantos sonhos,
aprendo novos amares,
descubro luz nos caminhos
e vejo a força do amor.
Menino que sou,
olhos sem vendas, coração criança,
ainda vejo a natureza,
vejo cores, vejo luzes,
apesar do abandono
do homem à própria vida.
O mundo precisa de muitos,
muitos e muitos meninos
para ensinarem aos homens
a salvar a natureza...
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
TODAS AS CRIANÇAS
Luiz Carlos Amorim
Tenho pequenos sorrisos grandes,
saudáveis, perfeitos, felizes,
inspiração maior dos meus versos,
motivos do meu viver.
Tenho pequenos abraços grandes,
apertados, singelos, vivazes,
cálices transbordantes
de carinho e de alegria.
Tenho pequenos beijos grandes,
lambuzados, melados, molhados,
expressão maior do amor
que tenho prá dividir.
E os sorrisos presos nos lábios?
E os abraços não dados?
E os beijos sem endereço?
Quanto amor desperdiçado...
Tanto amor abandonado...
Tenho pequenos sorrisos grandes,
saudáveis, perfeitos, felizes,
inspiração maior dos meus versos,
motivos do meu viver.
Tenho pequenos abraços grandes,
apertados, singelos, vivazes,
cálices transbordantes
de carinho e de alegria.
Tenho pequenos beijos grandes,
lambuzados, melados, molhados,
expressão maior do amor
que tenho prá dividir.
E os sorrisos presos nos lábios?
E os abraços não dados?
E os beijos sem endereço?
Quanto amor desperdiçado...
Tanto amor abandonado...
terça-feira, 9 de outubro de 2012
EU, CRIANÇA
Por Luiz Carlos Amorim - Escritor - Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Com a proximidade de mais um dia da criança, impossível não lembrar da minha infância. Sou de Corupá, terra de dezenas de cachoeiras, pequena cidade aos pés da Serra do Mar, perto de Joinville. Vivi toda a minha infância lá, com exceção de um ano, quando fui estudar em Mafra, mais ao norte de Santa Catarina, em meados dos anos sessenta.
Não lembro de praticamente nada de antes dos seis, véspera de minha ida para a escola, pois aquela nova aventura era uma incógnita e eu não sabia como seriam as coisas lá. Mas vi que não era o fim do mundo, gostei da escola, fiz amigos e até tirava boas notas. Dentre os amigos que fiz, havia um que eu gostava de visitar, pois a família dele fazia passas de carambolas e como tanto eu como ele gostávamos das revistinhas Disney – Pato Donald, Mickey, Zé Carioca, Tio Patinhas, sentávamos debaixo dos tabuleiros onde as frutas secavam para ler e comer as passas. Por um bom tempo eu pegava a bicicleta de minha mãe, mesmo que não conseguisse pedalar direito e ia para a casa daquele amigo para ler gibis e comer carambolas secas.
Por falar na bicicleta, minha mãe fazia biscoitos de araruta com coco e eu levava a massa para assar na padaria, de bicicleta. Eu já era um pouquinho maior, conseguia pedalar, ainda que precisasse ficar de pé. E foi numa dessas viagens à padaria que escorreguei e fiquei preso na corrente da bicicleta, ficando sem a pele de uma boa parte de cima do pé esquerdo. Ainda tenho a marca. Foi um dos muitos sustos que dei em minha mãe, ao chegar em casa com o pé ensangüentado.
Além dos gibis, quando não tínhamos dever de casa para fazer e eu não tinha que cuidar de meus irmãos – minha mãe também trabalhava, por isso tinha que ajudar – gostava de ouvir fábulas no rádio. Havia um horário, à tarde, em que uma emissora tocava contos infantis e aquilo era uma coisa mágica, encantada, só suplantado por uma tia contadora de histórias, que infelizmente nos visitava muito pouco, apenas em datas especiais.
Havia algumas árvores frutíferas em nossa casa, como laranjeiras, limeiras, abacateiros, goiabeiras, ameixeiras e outras que não lembro. O que lembro é que em “tardes fagueiras” eu subia num abacateiro amigo, sentava num galho e cantava até quase estourar, por pura felicidade de ser criança. Uma das canções, que ainda sei de cor, era “Meus oito anos”, de Casimiro de Abreu.
Mas não era só isso. Naquele tempo não havia televisão, vídeo-games, computadores, apenas o rádio e o cinema, de vez em quando. Um domingo ou outro a gente ia à matinê, assistir a um filme de caubói. E isso dava margens a novas brincadeiras, como as de faroeste, imitando os filmes que víamos.
Foi uma infância feliz, abençoada infância. Brincávamos de coisas que hoje algumas crianças nem ouviram falar, como bolinha de gude, peteca, bilboquê, etc. E já que mencionei este último brinquedo, na última viagem ao Rio Grande, recentemente, tive uma autêntica volta à infância. Eis que, senão quando, ao passear na pracinha de Nova Petrópolis, perto do labirinto verde, encontrei bilboquês de madeira, numa lojinha de um quiosque. Comprei um, afinal ele é quase o botão de ligar o túnel do tempo, embora hoje meus braços não ajudem muito e eu possa brincar pouco tempo. Mas ainda acerto.
Aprendi a nadar muito cedo, pois sempre havia um rio por perto – eu disse que minha cidade é a Cidade das Cachoeiras? Gostava de pescar e aprendi até a pegar peixe na toca, com as mãos. Só não aprendi a pescar de tarrafa. Mas isso fica para uma outra infância.
Até os dez ou onze anos, morei num lado da cidade, perto de um rio. Depois mudamos para o centro, perto de outro rio de um lado e perto da estrada de ferro do outro. Isto significa que parte da minha infância e quase toda a adolescência eu passei às margens dos trilhos do trem, que naquele tempo ainda tinha passageiros. Viajávamos para Joinville, São Francisco, Mafra, Jaraguá do Sul, Curitiba, de trem.
Andávamos a pé pelos trilhos, para cortar caminho para ir à escola, por exemplo. E para ir até a ponte que ficava mais adiante, do lado oposto da cidade, para mergulhar no rio lá de cima. Coisa que minha mãe não sabia, é claro.
Como já mencionei, eu tirava boas notas. E foi na escola, nos tempos de ginásio (a segunda parte do primeiro grau de hoje), que fui descobrir que gostava de escrever. O colégio onde estudava participou de um concurso de redações sobre as afinidades Brasil/Portugal e eu tirei o primeiro lugar da cidade, com recebimento de troféu em solenidade no cinema e tudo. Poucos anos depois, já adolescente, ganhei outro concurso de contos da revista Rainha, que assinávamos, com prêmio em dinheiro, inclusive. Foi um grande incentivo.
Minha infância não teve grandes aventuras, mas foi feliz. Fui criança, e é o quanto basta.
Com a proximidade de mais um dia da criança, impossível não lembrar da minha infância. Sou de Corupá, terra de dezenas de cachoeiras, pequena cidade aos pés da Serra do Mar, perto de Joinville. Vivi toda a minha infância lá, com exceção de um ano, quando fui estudar em Mafra, mais ao norte de Santa Catarina, em meados dos anos sessenta.
Não lembro de praticamente nada de antes dos seis, véspera de minha ida para a escola, pois aquela nova aventura era uma incógnita e eu não sabia como seriam as coisas lá. Mas vi que não era o fim do mundo, gostei da escola, fiz amigos e até tirava boas notas. Dentre os amigos que fiz, havia um que eu gostava de visitar, pois a família dele fazia passas de carambolas e como tanto eu como ele gostávamos das revistinhas Disney – Pato Donald, Mickey, Zé Carioca, Tio Patinhas, sentávamos debaixo dos tabuleiros onde as frutas secavam para ler e comer as passas. Por um bom tempo eu pegava a bicicleta de minha mãe, mesmo que não conseguisse pedalar direito e ia para a casa daquele amigo para ler gibis e comer carambolas secas.
Por falar na bicicleta, minha mãe fazia biscoitos de araruta com coco e eu levava a massa para assar na padaria, de bicicleta. Eu já era um pouquinho maior, conseguia pedalar, ainda que precisasse ficar de pé. E foi numa dessas viagens à padaria que escorreguei e fiquei preso na corrente da bicicleta, ficando sem a pele de uma boa parte de cima do pé esquerdo. Ainda tenho a marca. Foi um dos muitos sustos que dei em minha mãe, ao chegar em casa com o pé ensangüentado.
Além dos gibis, quando não tínhamos dever de casa para fazer e eu não tinha que cuidar de meus irmãos – minha mãe também trabalhava, por isso tinha que ajudar – gostava de ouvir fábulas no rádio. Havia um horário, à tarde, em que uma emissora tocava contos infantis e aquilo era uma coisa mágica, encantada, só suplantado por uma tia contadora de histórias, que infelizmente nos visitava muito pouco, apenas em datas especiais.
Havia algumas árvores frutíferas em nossa casa, como laranjeiras, limeiras, abacateiros, goiabeiras, ameixeiras e outras que não lembro. O que lembro é que em “tardes fagueiras” eu subia num abacateiro amigo, sentava num galho e cantava até quase estourar, por pura felicidade de ser criança. Uma das canções, que ainda sei de cor, era “Meus oito anos”, de Casimiro de Abreu.
Mas não era só isso. Naquele tempo não havia televisão, vídeo-games, computadores, apenas o rádio e o cinema, de vez em quando. Um domingo ou outro a gente ia à matinê, assistir a um filme de caubói. E isso dava margens a novas brincadeiras, como as de faroeste, imitando os filmes que víamos.
Foi uma infância feliz, abençoada infância. Brincávamos de coisas que hoje algumas crianças nem ouviram falar, como bolinha de gude, peteca, bilboquê, etc. E já que mencionei este último brinquedo, na última viagem ao Rio Grande, recentemente, tive uma autêntica volta à infância. Eis que, senão quando, ao passear na pracinha de Nova Petrópolis, perto do labirinto verde, encontrei bilboquês de madeira, numa lojinha de um quiosque. Comprei um, afinal ele é quase o botão de ligar o túnel do tempo, embora hoje meus braços não ajudem muito e eu possa brincar pouco tempo. Mas ainda acerto.
Aprendi a nadar muito cedo, pois sempre havia um rio por perto – eu disse que minha cidade é a Cidade das Cachoeiras? Gostava de pescar e aprendi até a pegar peixe na toca, com as mãos. Só não aprendi a pescar de tarrafa. Mas isso fica para uma outra infância.
Até os dez ou onze anos, morei num lado da cidade, perto de um rio. Depois mudamos para o centro, perto de outro rio de um lado e perto da estrada de ferro do outro. Isto significa que parte da minha infância e quase toda a adolescência eu passei às margens dos trilhos do trem, que naquele tempo ainda tinha passageiros. Viajávamos para Joinville, São Francisco, Mafra, Jaraguá do Sul, Curitiba, de trem.
Andávamos a pé pelos trilhos, para cortar caminho para ir à escola, por exemplo. E para ir até a ponte que ficava mais adiante, do lado oposto da cidade, para mergulhar no rio lá de cima. Coisa que minha mãe não sabia, é claro.
Como já mencionei, eu tirava boas notas. E foi na escola, nos tempos de ginásio (a segunda parte do primeiro grau de hoje), que fui descobrir que gostava de escrever. O colégio onde estudava participou de um concurso de redações sobre as afinidades Brasil/Portugal e eu tirei o primeiro lugar da cidade, com recebimento de troféu em solenidade no cinema e tudo. Poucos anos depois, já adolescente, ganhei outro concurso de contos da revista Rainha, que assinávamos, com prêmio em dinheiro, inclusive. Foi um grande incentivo.
Minha infância não teve grandes aventuras, mas foi feliz. Fui criança, e é o quanto basta.
Assinar:
Postagens (Atom)