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domingo, 11 de novembro de 2012

ALTO DOURO, TRÁS OS MONTES




   Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

Passar rapidamente por Portugal é uma coisa. Ficar aqui por um tempo e visitar pontos diferentes, várias cidades, olhar tudo com atenção, encher os olhos, é outra coisa. Não se consegue ver tudo, pois há muito, muito pra se ver. A riqueza de detalhes, a beleza da natureza, que foi muito generosa com este pedaço de chão, a sua arquitetura e a sua gente são seus maiores patrimônios. A gastronomia, os seus vinhos, os seus queijos, são um caso à parte, temos ido a lugares em Lisboa, no Porto, no alto Douro e experimentado pratos fabulosos. É claro que experimentamos a comida mais popular, como a “francesinha”, na casa mais premiada do Porto.

Mas o Douro, ah o Douro. Por mais que eu tente explicar, não vou conseguir expressar todo o meu encantamento por aquele quadro de um grande mestre. As vinhas estão por todo o lugar, nas encostas, nos morros, nos baixios, nos terraços pedregosos, com suas folhas coloridas, que oscilam do verde até o roxo e o marrom, passando pelo amarelo, alaranjado, vermelho... E existem, ainda outras árvores que se vestem de amarelo, quase como o ipê, há o plátano, que também fica com suas folhas coloridas, algumas de suas árvores ostentando tons de vermelho fabulosos.

E o Rio Douro e outros rios oferecem paisagens fantásticas, que não nos enchem só os olhos, enchem nossos corações, enchem nossas almas de beleza e de uma sensação de leveza, que nos faz quase que sair de nossos corpos e pairar sobre essa tela divina.

Entendi que conhecer Portugal sem conhecer o alto Douro não é conhecer esse país belíssimo. É claro que deve haver muito mais, ainda, para ver e sei que ainda vou me surpreender, mas o Douro é muito lindo. E há muita, muita oliveira, há nogueiras, há amendoeiras, os pés de avelãs...

Como ter vivido sem ter visto e sentido Trás os Montes?

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