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sábado, 18 de abril de 2020

DIÁRIO DA PANDEMIA - 18.04.2020

  
Silvia, em Portugal


                                                     Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 40 anos em 2020. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.brhttp://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br


Hoje é sábado, 18 de abril, e sábado é dia de Rua das Pretas. Com a pandemia em ser, tudo fechado em Lisboa, qualquer reunião proibida, o espetáculo – ou concerto, como se diz aqui em Portugal – agora é on line, virtual. Então vejo e ouço a tertúlia apresentada pelo Pierre, criador do novo e revolucionário formato do Rua das Pretas – música intimista com bons vinhos portugueses como se fosse na sala da gente -  e com a participação de cantores brasileiros, portugueses e de outros países, pelo Zoom, enquanto escrevo este capitulo de hoje do meu diário da pandemia. Música popular brasileira, música portuguesa, música do mundo da melhor qualidade.
Pra começar, vamos falar de coisa boa, que depois vamos ter de falar também do vírus virulento, que ataca o mundo todo. Pois esse diário é publicado em meu blog, CRÔNICA DO DIA, e o blog é divulgado na minha página e na página do nosso Grupo Literário A IILHA, no Face, no Instagram, etc. E recebemos comentários no próprio blog, no face, no Whatsapp, no Messenger. Procuramos, aqui neste diário, falar destes dias de isolamento, de como passamos o tempo, o que fazemos, de maneira leve até de bom humor, quando é possível. E aí a gente recebe uma ligação de Las Vegas, da  diva Silvia Aderne, atriz do Circo de Soleil, contadora de história master, para dizer que está lendo o meu Diário da Pandemia todos os dias, que tem gostado muito, porque ela gosta de poder saber do cotidiano de outras pessoas numa situação que nunca enfrentamos antes. E falou mais tanta coisa bonita que fico acanhado de aqui reproduzir, pois acho que nem mereço. Não é reconfortante, não é gratificante? É por coisas assim que vale a pena escrever. Obrigado, Silvia, desde que a conheci, agradeço a Deus por ter tido a oportunidade de encontrá-la em meu caminho. Grande beijo.
O dia aqui na Luzboa foi lindo hoje e dá uma vontade danada de sair à rua. Mas não dá pra facilitar a propagação do coronavírus, senão muito mais pessoas podem perecer e a nossa economia, a economia mundial será mais e mais destroçada e nós ficaremos sem emprego, sem lugar pra trabalhar e sem isso não se vive. Mas como as autoridades portuguesas começaram a mencionar um possível início da liberação do comércio e das atividades no país, a partir de maio,  parece que as pessoas estão tomando isso como uma autorização para sair de suas casas e já tivemos, ontem e hoje, mais pessoas nas ruas, pelo menos aqui em Lisboa. Como já disse antes, esperemos que a curva comece o seu declínio, pois o povo cumpriu, até agora, o isolamento e isso tem funcionado. O número de mortes aqui em Portugal, hoje, foi de 657. E os casos confirmados são 19.022. Há uma certa estabilidade na progressão desses números e esperemos que este seja o pico, para em seguida começar a cair.
No Brasil, onde o presidente vem instigando o povo a sair de casa há bastante tempo, dizendo que as pessoas têm que trabalhar, há muita gente na rua, nos últimos dias, conforme tenho visto na CNN Brasil e tenho sabido por amigos de lá. Temo que o pico não tenha chegado lá e que essa liberação quase geral venha a aumentar muito as infecçoes pelo coronavírus. Espero que não, mas temo que sim, pela situação que vem se desenhando. O número de mortes na nossa terra tupiniquim é, até agora, de 2.141. Casos confirmados somam 33.682. Mas segundo quem entende do assunto, se houvesse um número de testes adequados – a quantidade de pessoas que vem sendo testadas é muito aquém do que seria necessário – esses números não devem refletir a realidade, pode ser bem maior. Espera-se que não, mas as evidências…
O isolamento aqui em Portugal já passa de um mês, mas seguimos bem, pois temos Rio, o nosso neto português, que acabou de completar um ano, para nos fazer companhia e nos dar alegria todos os dias. Hoje li um pouco, ouvi música, tomei sol com o Rio e comecei a revisão do meu livro de crônicas. Fiquem bem, todos, e não saiam de casa, a não ser que seja estritamente necessário. Com máscara e álcool gel.

sexta-feira, 17 de abril de 2020

DIÁRIO DA PANDEMIA - 17.04.2020


    
O sol de Luzboa, da minha janela no Chiado.


 Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 40 anos em 2020. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.brhttp://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

Chega mais um final de semana – e nada de “hoje é sexta-feira”, porque vamos continuar em casa do mesmo jeito.  Hoje, 17 de abril,l  apesar do sol na Luzboa, não fiz nada. Não li um livro, não escrevi nada, a não ser esta crônica, não fiz a revisão do meu novo livro de crônicas que acho que consegui terminar, não saí, apenas li dois jornais, brinquei com o Rio, nosso bom humor salvador, e criei coragem para assistir a CNN Brasil. Mas antes de falar nisso, argh!, quero dizer que ouvi música. Não, hoje o Pierre Aderne também não tocou nada, apesar de ter o espetáculo Rua das Pretas on line, amanhã, lá pelas dez da noite, se não me engano. E vai estar imperdível, muitos convidados, via Zoom.
Vi um post da Maura, no Face, onde ela colocou o linke de uma música antiga, muito antiga, mas que é linda, traz saudades de um tempo que já vai meio longe e diz muito de hoje, na sua letra. Trata-se de “Alone Again” – Sozinho, novamente, com Gilbert O´Sullivan.Eu ouvi a música umas duas ou três vezes, pois sempre gostei dela, e agradeço à Maura pelo flashback. Eu, graças a Deus não estou sozinho, estou aqui no nosso apartamento no Chiado, em Lisboa, com a Stela, a Daniela e o Pierre e o Rio, que encanta nossos dias, apesar da pandemia que grassa lá fora. Mas penso em amigos que realmente estão sozinhos, como a Maura, aqui em Portugal e no Brasil e queria poder ir lá fazer companhia a eles, ou convidá-los para virem aqui, que seria um grande prazer recebê-los. Mas o vírus virulento não deixa. Então abraço-os virtualmente e mando-lhes o meu carinho e o meu diário, para dizer-lhes do meu dia e que estou com eles em pensamento.
Ouvi também música infantil com o Rio e ouvi música clássica – Vivaldi e outros grandes compositores – também com o Rio. Ele gosta. E eu também. Sempre gostei de música clássica, desde bem pequeno. Um dos discos que eu tinha na minha adolescência, junto com alguns da Jovem Guarda, era de Mantovani e Orquestra, executando Mozart. Uma lástima que o festival de música clássica que existe aqui em Lisboa, mais ou menos nos moldes de Festival de Música de Santa Catarina, em Jaraguá do Sul, não vai acontecer este ano. Ano passado fomos assistir, no Centro Cultural de Belém, e foi uma beleza.
Mas vamos falar do coronavírus e das suas implicações, essa peste que se abateu sobre nós. O pior é que não dá pra saber quando ela vai terminar, se já atingimos pico – parece que ele ainda está por vir, mais dantesco do que já está. E quanto mais a pandemia se arrasta, mais incerto será o futuro, pois a economia dos países, do mundo, vai ficando cada vez mais prejudicada. Mas temos que ter fé.
O problema é ter essa fé quem é brasileiro, com a bagunça que vem acontecendo na politicália do Brasil. O Ministro Mandetta foi demitido ontem, depois de mais de uma semana ou duas de ameaças. Deram posse hoje ao novo ministro, que não tem uma ficha nada boa e uma fama pior ainda. Vi umas entrevistas dela falando de velhos, antes de ser indicado para ministro da Saúde, e fiquei preocupado. Paralelo a isso, o presidente do Brasil, que dá cada vez mais mostras de desequilíbrio, ao mesmo tempo que demitiu o ex-ministro, declarou guerra ao Rodrigo Maia, que também não é flor que se cheire. Aliás, algum “político” é? Talvez para tentar desviar o foco da demissão do ex-ministro da Saúde, será?  O presidente parece não se dar conta de que é óbvia a inveja que ele sente da popularidade do ex-ministro Mandetta. E eu nem sei se é pra tanto.
A verdade é que está rolando um diz que diz que, bem baixaria, que não se coaduna com um cargo como o de presidente do nosso país. Infelizmente, é esse o panorama do coronavírus no Brasil: virou guerra de poder,  de egos, bem baixo nível. Como será o combate ao covid-19 daqui em diante e o que será feito para frear a pandemia no Brasil, ninguém sabe. Esperemos que o novo ministro,que jurou fidelidade eterna o presidente, faça o seu trabalho com eficiência. A curva continua subindo, para terror de todos nós. No Brasil, hoje, já são 2.141 mortos e 33.682 casos de contaminação. Em Portugal, 657 mortos e 19.022 contaminados. Então é preciso trabalhar e não perder tempo.
Independente do que seja feito, procure só sair de casa se for imperativo que o faça. Não vamos dar facilidade para que o vírus se alastre ainda mais. Use máscara, obedeça a distância entre pessoas, se tiver que sair, no ambiente de trabalho, etc. Vamos evitar a contaminação.

quinta-feira, 16 de abril de 2020

DIÁRIO DA PANDEMIA - 16.04.2020





                                               Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 40 anos em 2020. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.brhttp://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

Vi a crônica da Urda, nesta quinta-feira, dia 16 de abrill, mas só li a primeira linha, porque tenho que escrever a minha e colocar no blog. Em seguida, porém, vou ler, porque não perco uma. Urda é a nossa romancista catarinense e a cronista do coração, também. Do coração dela e de todos nós.
Ela dizia, iniciando o diário: “Hoje fui ver o mar…” E eu já fiquei com inveja, aqui, pois o mar que ela vê é o mar da Enseada de Brito, no litoral da Grande Florianópolis, o paraíso dela e do Zorrilho, do Atahualpa, da Teresa Batista e da Domitila – os três primeiros são cães e a última é uma gata. Eu eu digo que fico com inveja porque o paraíso da Urda é lindo e dá vontade de ir lá visitá-la. Pena que é um pouquinho longe, mas na verdade nem é a questão da distância, todo um oceano pra atravessar. É que a gente não pode viajar, mesmo. Temos mais é que ficar em casa, para ludibriar o vírus virulento.
A minha sorte é que a Praça do Comércio, ou o Terreiro do Paço, como queiram, fica à margem do Tejo, e é pertinho daqui do Chiado. Então, uma ou duas vezes a gente saiu para ir ao supermercado e fomos dar uma sapeada na beira do Tejo, dizer olá, ver como ele está. Não vi lá as tainhas, não sei se não é tempo agora, mas elas são um espetáculo à parte. Aqui não se come as tainhas do Tejo.
Na verdade, queria ir a muitos lugares aqui em Portugal, mas com esse coronavírus que jogaram em cima de nós, nada de sair, precisamos ficar aqui, sossegadinhos, torcendo para que essa pandemia acabe logo e a gente possa voltar a viver quase normalmente. Quase normalmente, porque é claro que não vamos mais voltar ao nosso normal de antes tão cedo. A economia do Brasil, do mundo, estará destroçada e precisaremos de força para continuar lutando para recuperar tudo o que perdemos, que não é pouco, a começar pelos empregos e pelo funcionamento das empresas, para que os empregos sejam possíveis.
Hoje não arredei pé de casa de novo, até precisava ir à farmácia para comprar vitamina C com selênio, que aqui não tem Prevelip, e um desodorante 48 horas, que o que eu trouxe do Brasil tá acabando.  Amanhã, se der tempo bom, eu vou. Talvez precise ir no supermercado, também. Mas não é pra comprar pão, não. O Pierre está trabalhando com a massa mãe dele, um fermento natural e tem feito pães e mais pães, ele, a Stela e a Dani.
Hoje choveu de manhã e um poquinho à tarde, até saiu um solzinha na Luzboa, mas as nuvens estavam lá, toldando o azul do céu de brigadeiro, que estava sempre aqui. Moramos sete meses aqui, no ano passado, e quase não vimos chuva. Desta vez está chovendo um poquinho mais, mas nem reclamo, porque como já disse, em uma crônica do meu novo livro de crônicas sobre Corupá, a minha terra, que estou terminando: gosto do barulho da chuva na janela, no telhado, nas calhas. E uma boa chuva, por aqui é bom, pois vai encher as albufeiras e, assim, não teremos nenhuma ameaça de problema com água.
Então é isso: hoje fiquei de novo com a bunda quadrada de tanto ficar sentado, mas quase terminei meu livro. Agora é fazer a revisão para mandar para a editoração. Depois volto à minha antologia de contos e em seguida começo a tratar da edição de aniversário da nossa revista SUPLEMENTO LITERÁRIO A ILHA, que completa quarenta anos de circulação no próximo mês de junho. Então, vamos trabalhar. Em casa. Só saia se for indispensável.
Hoje não falei dos números da pandemia e da bagunça politiqueira no Brasil. De propósito. Não li jornal, não assisti telejornal, não ouvi rádio. De proposito, pois é preciso tirar uma folga de tanta coisa negativa. Até comecei a ver uma comédia, mas meu Popcorn Time travou. Amanhã falamos de novo.

quarta-feira, 15 de abril de 2020

DIÁRIO DA PANDEMIA - 15.04.2020

     

                      Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 40 anos em 2020. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.brhttp://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

Hoje é dia 15 de abril e a escalada da pandemia do coronavírus continua em ascenção, infelizmente. As “autoridades” ficam dizendo, a cada semana, principalmente no Brasil, que a próxima é a semana de pico, que então a “curva” começará a descer, mas nunca desce, pelo contrário. O pico nunca chega e a subida fica cada vez mais íngreme.
Hoje chegamos ao número de 1.736 mortos pelo covid19 no Brasil e 28.320 infectados, números fornecidos pela CNN Brasil. Como já disse ontem, o número de suspeitos não está sendo informado. E a rixa presidente x ministro da saúde continua. Será que ele sai, quando é que sai, quem manda mais, o presidente ou o ministro? Só no Brasil mesmo. Mas o ministro continua, pelo menos até amanhã, pois se não foi despedido hoje, agora só amanhã.
Em Santa Catarina, hoje, já são 28 mortes e 853 casos de infecção. E lá também o prefeito está peitando o governador, pois o Estado está começando a liberar algumas coisas e a capital continua com o isolamento por mais esta semana. Vou verificar o prazo correto e amanhã informo.
Em Portugal, as mortes pelo coronavírus chegam hoje a 599, o número de infectados é de 18.091 e os suspeitos são 151 mil. É um número alarmante? Pode ser, mas isso mostra que o país está fazendo testes. E isso é bom.
Vamos rezar para que a curva comece a cair logo. Precisamos disso. Disso depende o futuro. Precisamos ter fé e esperança e, junto com isso, ter responsabilidade e consciência: temos que ficar em casa para não facilitar o contágio. Temos que usar máscaras, se tivermos que sair, pois isso ajuda a bloquear o vírus.
E vamos à quarentena: Começamos o dia com o Rio e com ele não tem dia ruim. Às vezes ele até fica entediado, mas nada que uns amassos e umas brincadeiras não resolvam. Como sempre, li os jornais Notícias do Dia, para ver como vão as coisas em Santa Catarina, e o Diário da Manhã de Goiânia. Para saber do Brasil, vejo a CNN Brasil.  E trabalhei no meu livro de crônicas, que quero terminá-lo logo para fazer a editoração. Espero que meu editorador esteja trabalhando, não é, Urda?
À tarde, com a bunda quadrada de ficar sentando escrevendo e lendo, almoçamos: lentilha com bife, arroz basmati e salada. Estava ótimo, uma comidinha bem brasileira, pra variar. Stela e Daniela saíram para ir ao supermercado, no final da tarde, num horário que há menos gente na rua – e aqui tem pouca gente na rua o dia inteiro. Eu continuei a escrever.
À noite, jantamos uma sopa creme de alho poró com croutons e queijo, que estava excelente. Depois, de sobremesa, uma torta de banana com coco que estava muito, muito boa. Feita pelo Pierre. Pois já que falamos no Pierre, ele está sempre às voltas com a sua nova casa de concertos (shows) on line, que tem feito sucesso no Face, no Instagram e agora está migrando para o Zoom, um novo aplicativo de vídeoconferência muito bom.
Mas ele treina um pedal, na rua quando o tempo está bom e em casa mesmo, com a bicicleta numa base que não sei como se chama. E tem feito coisas de quarentena: já fez vários vidros de verduras e legumes fermentados, para comermos de salada, fez cidra de maçã, fez levedura natural para fazer pão e hoje foi feito pão com a novidade. E agora à noite fez a torta de bananas que ele vinha prometendo há dias. Disse que vai fazer, também, chucrute. E massa de pizza, ainda, com a levedura natural.
Hoje não deu pra terminar de ler os dois livros que comecei. Um está quase no fim. Quem sabe amanhã. Também comecei a ver um filme ontem, O Homem Invisível – não aquele velho, um novo deste ano que não tem nada a ver com o outro. Já era quase três da matina e fui dormir.
Então, vou ver o final do filme e amanhã voltamos no mesmo horário e canal. Não saia de casa se não for imperativo que saia. Vamos sabotar o vírus virulento.

terça-feira, 14 de abril de 2020

DIÁRIO DA PANDEMIA - 14.04.2020


   Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 40 anos em 2020. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.brhttp://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

Hoje, terça-feira, 14 de abril e a pandemia continua crescendo aqui em Portugal e mais ainda  no Brasil. No Brasil, agravada pela rixa entre a direita e a esquerda, coisa absurda, de um povo sem educação e sem cultura, e do presidente – assim mesmo, com letra minúscula -  e o ministro da saúde: o líder da Saúde sai ou não sai? A quem seguir, pergunta o povo brasileiro: o presidente ou o homem da saúde? Situação extremamente difícil, trágica, eu diria, quando os casos de infecção vão aumentando e número de mortes também. Até hoje morreram 1532 pessoas de coronavírus – covid19, eu deveria dizer, não é? -, no Brasil, duzentos e poucos em 24 horas. E são já 25.212 infectados, até as 16 horas de hoje. Sem contar que este número deve ser maior, infelizmente, pois os testes estão aquém do que deveriam ser. E o presidente e sua “equipe” insistem em dizer que o pico já passou, que a curva está descendo. Não dá pra entender.
Li uma série de constatações, hoje, feitas no dia de Páscoa, pela Amarilis, de Joinville, e passo adiante porque achei, no mínimo, interessante e tem tudo a ver, mesmo, com o nosso momento pandemia – como ela diz, é de começar a duvidar do mundo:
1) O The New York times denuncia que Trump, amigo de Bolsonaro, que aliás não é médico, é militar da reserva porque, lembremos, foi pego com a boca na botija quando fazia greve, com um plano para dinamitar adutora do Rio de Janeiro, é sócio do laboratório que fabrica a CLOROQUINA;
2) O governo compra papéis PODRES (ou seja: dívidas que NUNCA SERÃO PAGAS), no valor de aproximadamente 140 bilhões, para SALVAR OS BANCOS – sim, aqueles que nunca salvam ninguém, que não são parceiros em crise nenhuma!
3) Se amarram pra salvar o povo com 40 bilhões (o que, diga-se de passagem, salvará muito empresário, porque será destinado ao consumo!)
4) O governo de SC quer construir, PASMEM, um hospital em regime de urgência, destinando 76 MILHÕES DE REAIS para isto... não seria muito mais inteligente dividir este valor por 7 e incrementar 7 hospitais que já existem, naquilo que eles estão PRECISANDO, QUE SÃO  LEITOS DE UTI? ISTO MAIS ME CHEIRA a outra intenção!
5) O governo de SC é capitaneado por um policial militar e eu trabalhei com um coronel da PM na Secretaria de Justiça e Cidadania, em 1999, e posso assegurar que eles têm organização, método e competência técnica para, em não atendendo ao capitão que não é médico, AO MANTER A QUARENTENA, MAPEAR E CONTROLAR ESTA DOENÇA... Chamem os estatísticos da Universidades, os biomédicos, tenham a humildade de fazer parcerias com quem tem conhecimento técnico.
6) Por que é que o poder público brasileiro fica arranjando desculpa pra não paramentar os profissionais de saúde adequadamente? Poderiam comprar das empresas brasileiras os paramentos, máscaras, jalecos, etc., bastava dizer , por exemplo, ao UDO DOEHLER, que a partir de amanhã o governo compra a produção de todos os paramentos que ele conseguir produzir na fábrica dele, mudando provisoriamente a sua linha de produção! Se faz isto em clima de guerra. E não se faz agora, porquê? Querem  prerrogativa de guerra pra comprar só o medicamento do laboratório do presidente americano? Por que não produtos brasileiros para prestigiar e salvar aqueles que estão reclamando QUE VÃO QUEBRAR? E, finalmente, vai aí a minha dúvida maior: esta falta de METODOLOGIA seria burrice ou má intenção? E onde estão os deputados da nossa região? Que atuação medíocre! E o povo, sem qualquer colaboração para que o isolamento dê certo! Sempre fomos pouco expressivos - porém agora, estamos abaixo da crítica em representatividade - e isto se pode ver nestes momentos. Está muito difícil, mesmo!
E então, o que acharam? Eu, particularmente, acho que ela tem razão em muitos pontos. Aqui em Portugal o povo está colaborando, existe muito pouca gente na rua, as pessoas estão ficando em casa. E eu, que não saio há uns três dias, estou lendo, brincando com o Rio, escrevendo, brincando com o Rio, vendo filmes – hoje vi “Submersos – Underwater -, brincando com o Rio e trabalhando no meu livro de crónicas sobre Corupá, a Cidade das Cachoeiras no pé da Serra do Mar. Há que se manter a serenidade, por mais difícil que isto seja.