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domingo, 31 de março de 2013

DE NOVO, TODA CIDADE COM BIBLIOTECA

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br                                                          

Deparei-me com uma boa notícia em um jornal, há uns três ou quatro pares de anos - e olhe que notícia boa em jornal não é muito comum, cá pra nós. Falo do Projeto Livro Aberto, do Ministério da Cultura, que prometia implantar cento e trinta novas bibliotecas no país, naquele ano de 2005. Até o final de 2006, a meta era zerar a quantidade de cidades brasileiras sem salas de leitura. Não era uma boa notícia?

Isso significava que as pequenas cidades que até então não tinham o benefício e a opção da leitura, passariam a ter a sua biblioteca pública municipal, com um acervo inicial de dois mil livros. Do kit faria parte também um computador com o acervo cadastrado, mesas e cadeiras.

Só que os anos passaram e, assim como tantas outras promessas do governo anterior, essa também não foi cumprida.

O tal projeto Livro Aberto seria um alento para a acirrada luta que travamos com o objetivo de se conseguir disseminar a leitura nesse país, para que se consiga despertar o gosto pela leitura. Mas não vingou.

Então me deparo, recentemente, com outra notícia parecida com aquela de tantos anos atrás: “Biblioteca será obrigatória nas escolas do Brasil em 2020”. Para uma promessa que já havia sido feita há bastante tempo, prevendo que em 2006 não haveria mais cidade brasileira sem biblioteca pública, prometer isso de novo com tão largo prazo é uma confissão de nossos governantes de que não cumprem as suas promessas. Como os notebooks para os alunos de primeiro e segundo graus, prometidos há anos atrás e que também não foi cumprido. Essa promessa também foi reeditada, só que com tablets.

O interessante é que, com todo esse prazo, a lei federal 12.244/10, que determina que todas as instituições de ensino públicas e privadas do Brasil devem ter bibliotecas até o ano de 2020, foi sancionada em 2010, já com três anos de defasagem, portanto.

Segundo o movimento Todos pela Educação, 72,5% das escolas públicas do país não têm bibliotecas. O Brasil teria que começar já a entregar bibliotecas, para dar conta do recado. Não me consta que estejam inaugurando bibliotecas públicas por aí, diariamente, então ficamos em dúvida quanto ao cumprimento de mais essa promessa. E precisamos de bibliotecas, precisamos de livros, precisamos incutir o hábito da leitura. E sem bibliotecas públicas e escolares, isso fica bem difícil, ainda mais com o sucateamento da educação que todos estamos vendo em nosso país.

Mas como o poder público terá a parceria do Instituto Ecofuturo, da Academia Brasileira de Letras (ABL), do Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB) e da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) – que aceitaram fazer parte da  campanha Eu Quero Minha Biblioteca, vamos esperar que a coisa ande.

Municípios brasileiros que não têm biblioteca, por favor não deixem de se inscrever no programa Eu quero Minha Biblioteca”. E cobrem a sua.

sábado, 30 de março de 2013

O PEDÁGIO MILIONÁRIO DA BR 101 SOB SUSPEITA


   Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

A imprensa está cada vez mais questionadora, denunciando e cobrando desmandos e mazelas da administração pública. Desta vez o que vem à tona é a verdadeira fraude que é o pedágio concedido à Autopista, entre Curitiba e Palhoça, cobrado há cinco anos.

A concessionária cobra o pedágio de todos os usuários, com reajustes sucessivos no período, sem realizar as obras previstas no contrato firmado com a ANTT. Aliás, venho denunciando o não cumprimento do contrato da Autopista e a falta de fiscalização da ANTT há anos, em vários artigos publicado em vários jornais aqui no Estado de Santa Catarina e por todo o Brasil, mas ninguém se deu ao trabalho de responder alguma coisa.

Felizmente o Ministério Público já entrou com várias ações contra a falta de cumprimento do que está no contrato firmado com a Autopista. Nada foi julgado ainda e o trecho entre Curitiba e Palhoça continua esburacado, mal remendado e mal sinalizado. Mas a tarifa continua a ter reajustes.

Espero que agora, com a imprensa colocando o pedágio – a concessionária e a agência reguladora – sob suspeita, esse estado de coisas deplorável e inaceitável venha a ser apurado para que o usuário não continue a ser desrespeitado, enganado.

Já é hora de tirar a limpo essa história que vem durando cinco anos, sem que ninguém tome alguma providência. Em outro país qualquer, a Autopista já teria perdido a concessão. Mas no Brasil, ela não só continua descumprindo o contrato, como ainda aumenta o preço da tarifa.

Vi as obras de recuperação sendo feitas na 101, antes e depois do início do pedágio. O trecho Curitiba-Florianópolis da BR 101 foi entregue duplicado e em ótimo estado, tendo sido usado o dinheiro dos nossos impostos, para entregá-la zerinho à concessionária que então agora está cobrando de novo de nós.

Na verdade o pedágio é inconstitucional, pois todo cidadão tem o “direito fundamental de ir e vir”, como está nos “Direitos e Garantias Fundamentais”, da Constituição Federal de 1988, mais especificamente o inciso XV do artigo 5: “é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens". O direito de ir e vir é cláusula pétrea na Constituição Federal, o que significa que não é possível violar esse direito. Todo brasileiro tem livre acesso em todo o território nacional. O que significa que o pedágio vai contra a constituição.
Além disso, o pedágio é taxa, espécie tributária, então não pode ser cobrado por particular (concessionárias), conforme artigo 7º do Código Tributário Nacional, que diz que “a competência tributária e indelegável”.
Sem contar o fato de as estradas pertencerem ao povo, pois são “de uso comum do povo”(artigo 99, do código Civil). O estado não pode dar, conceder, o que não tem.
E já pagamos, incluso no valor da gasolina, o imposto de Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico (Cide) e parte dele é destinado às estradas, além do IPVA.
Precisamos cobrar dos detentores do poder, em quem votamos, ações contra tanta irregularidade.

sexta-feira, 29 de março de 2013

AS CORES DA PÁSCOA

 
Por Luiz Carlos Amorim – Escritor - Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

A quaresmeira, tipo de jacatirão que tem esse nome porque floresce na quaresma, está em plena florescência, talvez a temporada com mais flores de que me lembro. Em Rancho Queimado, na grande Florianópolis, há um trecho da 282 que está uma beleza, tingido de vermelho e vinho dos dois lados da estrada. Na serra gaúcha também há muitos deles, principalmente nos jardins, e a quantidade de flores é um espetáculo à parte.
Este tipo de jacatirão, a quaresmeira, tem as flores menores do que o jacatirão nativo, que floresce na primavera/verão, mas é mais colorido, tem cores mais vivas, mais vibrantes. Então não dá pra não notar uma quaresmeira fechada de flores. O manacá-da-serra, outro tipo de jacatirão que floresce no inverno, é mais parecido com o nativo.
Fico encantado com as manchas vermelhas que as quaresmeiras deixam na mata, nos jardins, nas beiras das estradas. Mas não é um encantamento comum, simples, é um encantamento mágico, pois meus olhos são atraídos pelas cores das pétalas vermelhas e lilazes, no meio do verde, e meu olhar flutua em direção a elas, como se minha alma seguisse com ele em direção às cores. E então meus olhos brilham, como faróis, e o raio de luz é o canal de ligação com meu coração.
É assim que me sinto encantado com a generosidade das flores do jacatirão, encantamento que envolve meu olhar, minha alma, meu coração.

Mas parte deste encantamento, ainda, é o porquê de eu chamar o jacatirão de “flor da Páscoa”. Acho que ele é a flor de Cristo, também, porque ele está florescido em dezembro, quando nasce o Menino Jesus para todos nós. E uma variedade desse mesmo jacatirão, a quaresmeira, está florescida na Páscoa, quando aquele Menino, feito homem, é cruscificado e sobe aos céus. O jacatirão está presente tanto na chegada quanto na partida do Menino, filho do Pai. Não é uma flor divina?

Pois a Páscoa não é simplesmente ovos e coelhos de chocolate. A palavra Páscoa vem do hebraico e significa "passagem". Os judeus comemoravam esse dia antes mesmo do nascimento de Cristo, desde há muito tempo, então com outro sentido: o de liberdade, ou seja, a libertação de anos de escravidão no Egito. Para os cristãos, a Páscoa passou a celebrar o renascimento de Cristo, a passagem dEle deste mundo para o Pai.                                              

Páscoa, então, é renascimento, renovação, a festa da libertação. Época de repensar a vida e renová-la, de refletir sobre o Menino que se tornou homem, morreu e ressuscitou, elevando-se ao céu, provando aos homens que há uma força divina, maior, regendo nossos destinos.

De maneira que Páscoa é fé em uma força maior que rege nossos destinos e é  também jacatirão, a flor que anuncia o Natal e enfeita a Páscoa, que anuncia a chegada e a elevação do Menino filho de Deus.

quarta-feira, 27 de março de 2013

AS VISITAS DO MEU AVÔ


    Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

A Páscoa esta chegando e ela me traz a lembrança, mais uma vez do meu avô Lúcio.
Digo que a Páscoa faz que ele se faça mais presente na lembrança, porque ele morava em Corupá, quando eu era criança, mas quando eu tinha uns 6 ou 7 anos ele mudou-se para Joinville. Ele era ferroviário, assim como quase todos na família, e a imagem dele chegando a nossa casa com uma cesta de vime pendurada no braço direito não me sai da memoria. Nossa casa ficava distante da estação ferroviária, em Corupá, mais ou menos uns dois quilômetros. Mas lá vinha ele, a pé, com a cesta cheia de guloseimas para nós, os netos. Ele trazia aquelas balas grandes e coloridas, do tamanho de um ovo de galinha, que hoje já não existem mais, trazia coco Indaial, um coco amarelo do tamanho de um ovo de galinha, também, com uma ou duas amêndoas dentro, do tamanho de uma castanha do Pará, talvez, coisa que já não vejo há décadas, infelizmente. Trazia tucum maduro – uma fruta parecida com butiá, mas preta - a gente come a casca e o coquinho que tem dentro. Trazia goiabas, trazia maria-mole, trazia aquelas balas coloridas que eram cortadas em fatias grossas, nem sei se elas ainda existem.

Era uma festa a chegada do meu avô a nossa casa em Corupá. Acho que ele ficava colecionando todas essas frutas e doces para encher a cesta e, num seu dia de folga, tocar para Corupá para entregar tudo aquilo pra gente. Coisas simples, mas que eram oferecidas com carinho e tinham um valor incomensurável.

Hoje os avôs não dão, absolutamente, esse tipo de presente. Hoje os avôs dão brinquedos eletrônicos, como jogos, telefones, tablets, consoles, etc. Mas aqueles tempos do meu avô eram felizes e dá uma saudade muito grande.

Não lembro mais do rosto do meu avô, só lembro que ele era careca, tinha apenas uma coroa ao redor da cabeça. Acho que lembro disso porque também estou ficando careca e talvez fique igual a ele. E, engraçado, apesar de não lembrar do rosto dele, eu ainda o vejo chegando com a cesta no braço, cheia de oferendas. Saudade.

segunda-feira, 25 de março de 2013

O NOVO ROMANCE DE MEIRA


    Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

Marcos Meira, escritor catarinense que começou sua carreira produzindo poesia, enveredou por novo gênero e foi muito bem sucedido. Seu primeiro romance, “Gurita”, deu-lhe o prêmio Revelação Literária, conferido pela Academia Catarinense de Letras.

Pois no ano seguinte, em 2012, ele publica seu segundo romance, “Desenho a Giz”. Um detalhe que chama a atenção, entre outras coisas, na obra de Marcos é o amor pela sua terra, pelo bairro onde vive, em São José: Barreiros. Seu primeiro romance tem como cenário o bairro de Barreiros e boa parte do segundo também. O escritor eterniza nuances do bairro tanto atuais como de um tempo anterior, registrando sua gente, seus costumes, sua geografia e sua história.

Mas “Desenho a Giz” é um romance de escritor maduro, escrito com elegância e sobriedade. A história do protagonista, que viveu grande parte de sua vida em Barreiros e, depois de ficar algum tempo fora, volta para resolver algumas pendências, é dinâmica e interessante. Uma busca no presente que envolve o passado.

Meira é um ótimo contador de história, com domínio pleno da língua portuguesa e com criatividade e imaginação a serviço da boa literatura. Personagens muito ricos, cenários ecléticos e verdadeiros, uma história que pode identificar-se com muitos dos leitores.

sexta-feira, 22 de março de 2013

FELIZ ANIVERSÁRIO, FLORIANÓPOLIS

 
          Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br  
       


E a capital da nossa Santa e bela Catarina completa mais um aninho. Apenas duzentos e oitenta e sete aninhos, jovenzinha ainda. Há que comemorarmos o fato de se poder viver num dos lugares mais lindos do mundo, ainda que este paraíso esteja ameaçado pela falta de segurança, pela falta de estrutura, pela ganância imobiliária e pela ocupação indiscriminada do solo, por “políticos” que passam por ela apenas para usá-la como degrau.
Florianópolis é mágica, não só pelo mito das bruxas, mas pelas suas belezas naturais.
A capital catarinense tem dezenas de praias belíssimas: praias de águas mansas ou de mar agitado, de acesso fácil ou por meio de trilhas, com infra-estrutura ou semi-desertas. Tem a Lagoa da Conceição: “Num pedacinho de terra / beleza em par! / Jamais a natureza / reuniu tanta beleza / jamais alguma poeta / teve tanto pra cantar!”, como já dizia Zininho, em seu “Rancho de Amor à Ilha”, hino oficial de Florianópolis. Tem também a Ponte Hercílio Luz, que apesar de não ser mais usada é o cartão postal da cidade, conhecido no mundo todo e tombada como patrimônio histórico e artístico. O poder público promete devolvê-la para uso em 2014. Será?
Tem as rendeiras, tradicionais, que ainda fazem a renda de bilros, criando peças belíssimas. Tem a velha figueira, centenária, na Praça XV, outro cartão postal. Tem os manezinhos, nativos da ilha, gente acolhedora e alegre que faz desta terra um lugar feliz. Infelizmente, a violência e a insegurança aumentam nesse pedaço de chão privilegiado.

Essa terra, abençoada por tanta beleza, cativa a gente de tal maneira, que uma vez aqui, é difícil ir embora, é difícil deixá-la.                                                                                

Parabéns, Florianópolis, por mais um aniversário. Beijo o teu chão e desejo, veementemente, que a tua beleza maculada com a violência e a ganância, com desamor e desprezo pelo ser humano e pela natureza deixe de ser refém de criaturas indignas e de todos aqueles que a ferem, para que, num futuro próximo, possamos comemorar com mais alegria o seu aniversário.

quinta-feira, 21 de março de 2013

ÁGUA, CONDIÇÃO SINE QUA NON


                      Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br


O Dia da Água, 22 de março, é uma data especial para refletirmos sobre o futuro e a importância dessa substância vital, indispensável para que possamos continuar existindo.

E é urgente que pensemos sobre o assunto, é preciso agir no sentido de preservar esse tesouro inestimável que está se esvaindo, porque não cuidamos de nossos rios, de nossos mananciais de água doce. O ser humano polui cada vez mais o meio ambiente, envenena seus rios, seca seus mananciais por não tratar convenientemente as matas à beira dos cursos d´água, por não praticar a agricultura racionalmente, usando agrotóxicos demais e provocando o assoreamento da terra, por não proteger as nascentes.

Então o Dia da Água serve para chamar a nossa atenção sobre esse grande problema que precisa ser pensado agora, imediatamente, pois já há previsões de que em poucos anos algumas de nossas cidades não terão mais água doce suficiente para distribuição à população. E não podemos discutir esse assunto só no Dia da Água, há que reflitamos sobre ele todos os dias, para encontrar soluções e prevenir um futuro que pode ser terrível se não tomarmos providências. Há necessidade premente de mais investimentos na captação, tratamento e distribuição de água em quase todas as cidades, sob pena de termos colapso no fornecimento em poucos anos.

Precisamos ter muito mais cuidado com nossos rios, começando por uma coisa bem simples, que é não jogar lixo de qualquer espécie neles nem em qualquer outro lugar que não seja destinado especificamente ao lixo. Tudo o que jogamos em local não apropriado acaba indo parar nos rios.

De maneira que depende de todos nós que a água potável, condição sine qua non para que o ser humano continue habitando esse planeta, não desapareça da face da Terra. Nós, humanos, temos que trabalhar para que esse líquido precioso não acabe, acabando também com a nossa espécie.

Há que não lembremos de tudo isso apenas no Dia da Água. Temos que pensar nisso todos os dias. A água é a nossa condição maior de sobrevivência, condição única de existência para nossos filhos e netos, num futuro próximo. A natureza já se volta, indignada, contra o descaso do ser humano com relação a ela, com a falta de cuidado com o lugar onde ele vive. As grandes tempestades, grandes enchentes que estão de novo, abalando nosso país configuram  uma amostra.  Há poucos anos atrás a chuva em excesso vinha em janeiro, mas estão vindo cada vez mais tarde. Está ficando muito tarde, precisamos tomar atitudes em favor da água, em favor da vida. Haverá tempo?

terça-feira, 19 de março de 2013

LITERATURA CATARINENSE NA EUROPA


   Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

O Salão Internacional do Livro de Genebra é o autêntico encontro entre editores, autores, promotores, distribuidores, mídias e outros atores do mundo literário e da cultura. São aproximadamente 100.000 visitantes ao evento. O Salão do Livro de Genebra é um local onde visitantes de todas as idades e profissionais de todos os ramos da comunicação impressa se encontram durante cinco dias para compartilhar e trocar ideias em torno de uma mesma paixão: a cultura através da leitura, dos livros, da literatura e os encontros com os autores presentes.

Visitantes de toda a Europa afluem para o Salão do Livro de Genebra. A Livraria Varal do Brasil, sediada também em Genebra, estará presente com um stand onde estará apresentando a literatura brasileira e de língua portuguesa em geral, com os autores conquistando uma janela de visibilidade muito expressiva num dos mais renomados eventos literários da Europa.

O Grupo Literário A ILHA, de Santa Catarina, estará participando do Salão Internacional de Genebra, através de seu coordenador, este que vos escreve, com o lançamento de três obras de sua autoria, além de participação da antologia Varal do Brasil 3 e do lançamento da revista Suplemento Literário A ILHA.

Somos o único representante catarinense no Salão Internacional de Genebra e será muito importante representar a literatura produzida em nosso Estado nessa importante feira que é realizada na Europa. A revista do Grupo Literário A ILHA estará levando até a Suiça uma amostra da obra de muitos dos integrantes do Grupo Literário A ILHA, a maioria deles autores catarinenses.

O Salão acontece no início de maio e autores de outros estados brasileiros, que participam da antologia Varal do Brasil 3, também estarão lá. A antologia, organizada pela editora do Varal do Brasil, conta com a participação de outros integrantes do Grupo A ILHA, e será lançada no Brasil, também, mais exatamente em Florianópolis, em agosto. Autores que estão na antologia, de vários pontos do país, estarão em Florianópolis para o lançamento brasileiro do novo volume da antologia Varal do Brasil.

segunda-feira, 18 de março de 2013

MEC CONFIRMA FALÊNCIA DA EDUCAÇÃO


    Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br


O escândalo do ENEM da vez é a correção das redações das provas do ano passado.  O MEC, agora, é obrigado a dar vistas da redação corrigida ao prestador da prova. Então o jornal O Globo pediu que quem tivesse tirado nota mil na redação do Enem enviasse cópia da mesma, para expor bons desempenhos, bons exemplos. Acontece que o jornal recebeu redações nota 1000 com muitos erros, com erros crassos que evidenciam o fato de que aqueles textos não mereciam a nota máxima que lhe foi conferida.

As redações apresentavam erros de grafia e graves problemas de concordância verbal, acentuação e pontuação. “Rasoavel”, “enchergar” e “trousse”, são alguns dos muitos  problemas encontrados. Quando questionado, o Inep justificou: “uma redação nota 1.000 deve ser sempre um excelente texto, mesmo que apresente alguns desvios em cada competência avaliada. A tolerância deve-se à consideração, e isto é relevante do ponto de vista pedagógico, de ser o participante do Enem, por definição, um egresso do ensino médio, ainda em processo de letramento na transição para o nível superior”. Ainda o Inep: “um texto pode apresentar eventuais erros de grafia, mas pode ser rico em sua organização sintática, revelando um excelente domínio das estruturas da língua portuguesa”. Se faço erro de grafia e de concordância, como posso ter excelente domínio da língua portuguesa? Que “especialistas” em linguística e língua portuguesa são esses? Inep deve ser abreviação de ineptos, pelo visto.             

Quer dizer, o MEC dá nota máxima para redações com “desvios”, confirmando a má qualidade do ensino no Brasil, atestando, mais uma vez, a falência da nossa educação. Que gestores da educação de um país dão nota máxima para uma redação com erros crassos, erros de quem tem uma escola ruim, que não consegue ensinar os estudantes a escrever com correção a língua mãe? E ainda justifica a irresponsabilidade de quem corrige as redações, como se fosse uma coisa normal?

Não é normal, absolutamente, sucatear a educação, não qualificando e não pagando decentemente professores, não fazendo manutenção de escolas, não as equipando minimamente. Não é normal fazer modificações no ensino que empobrecem cada vez mais a educação brasileira, como aumentar o prazo para alfabetização de nossas crianças – de sete para oito anos, como foi feito recentemente. Ou alterar o sistema de alfabetização, que sempre funcionou tão bem, para um novo que faz com que as crianças cheguem ao terceiro, ao quarto ano, sem saberem, efetivamente, ler e escrever.

Por incompetência dos gestores da educação, nossos estudantes estão indo para as universidades cada vez menos preparados e saem de lá cada vez mais profissionais que não estão aptos a exercer a profissão escolhida.

E esses mesmos gestores não tem nenhum problema em confirmar isso, dizendo que é “normal” dar nota máxima para uma redação com erros.

 


 

domingo, 17 de março de 2013

UMA BEBÊ VELHINHA


 
 Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www,prosapoesiaecia.xpg.com.br

Nossa “bebê” Pituxa, uma pinscher que vai fazer dezenove anos este ano, está velhinha, muito velhinha. Acho que já disse isso em outra oportunidade, mas ela está completamente surda, quase completamente cega e já quase não sente cheiro, também.  Eu converso com ela o tempo todo, mas sei que ela não ouve nada. É muito frustrante falar com ela e saber que ela não está ouvindo nada.

Ela vê muito pouco, então vive esbarrando na parede, nas cadeiras, nas portas, nas pernas da gente. Acho que ela toma água porque sabe onde esta o pote, pois tomamos o cuidado de deixar a água e a comida sempre no mesmo lugar. A almofada onde ela dorme, ao lado da nossa cama, também fica sempre no mesmo lugar, assim como a almofada maior, na sala. Xu, ou Xuxu, como acabou sendo chamada carinhosamente, consegue subir no seu pufe, na sala e, às vezes, daí para o sofá. Quando estamos perto, a gente ajuda. Mas é triste vê-la querer descer de alturas diferentes, como do sofá, que é alto, e da almofada que fica ao lado do sofá, que é bem mais baixo. Ela não tem como saber qual é a distância e hesita muito. Quando resolve pular, acaba caindo de mau jeito no chão.

Como deve enxergar só vultos, acho que reconhece a gente pelo pouco de cheiro que ainda consegue sentir. Quando há estranhos em casa, ela demora a perceber. Quando percebe, até late, mas não vai atrás de ninguém.

Xuxu fica muito tempo deitada no seu pufe ou no sofá. Quando acorda e sai pra andar um pouquinho, as pernas cambaleiam um pouquinho, como se estivessem fracas. Outras vezes, ela até corre, dá umas galopadas e isso nos deixa muito felizes.

Atualmente ela está apenas magra, mas já esteve esquelética e a gente pensou até que ela estava prestes a ir-se. É que ela fica dias sem comer, às vezes. Graças a Deus, ultimamente, ela tem comido bem e não está mais tão ossuda.

Acho que nossa Xu vai longe, ainda. Pena que os poucos dentes que ela ainda tem não fazem nada bem a ela, pois não podemos mais levar ao veterinário para tirar o tártaro, uma vez que ela não pode mais tomar anestesia.

Nossa Xuxu está muito, muito velhinha. Mas continua sendo a nossa bebê.

 

sexta-feira, 15 de março de 2013

COMPRANDO LIVROS PARA ESCOLAS


Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br     

A polêmica da compra de livros didáticos e infantis, sem licitação e pelo dobro do preço, pela Prefeitura de Palhoça, não é uma coisa nova.  O caso foi denunciado neste dia 15 de março no começo da tarde e um pouco mais à tarde já existia, na internet, a versão da “empresa” que vendeu a coleção – por que não foi comprado diretamente da editora, para evitar “comissões”? A “justificativa” é de que, na verdade foram vendidas duas coleções, não só uma. Então tá. O que não invalida o fato de que não houve licitação.

A verdade é que compras milionárias feitas por prefeituras como a de Florianópolis, já foram feitas, sem nenhum retorno para o grande montante de dinheiro público dispendido, como o show do tenor italiano. Andréa Bocelli foi contratado por mais de três milhões de reais, o show foi pago, mas não aconteceu. Até hoje não sei se o dinheiro foi devolvido aos cofres públicos.

Mas no campo da educação, a coisa foi escancarada no governo anterior. A Secretaria da Educação de Santa Catarina comprou várias coleções milionárias – quatro ou cinco – uma compra foi a do livro impróprio para os estudantes, adquirido aos milhares, que foi retirado das escolas e teria sido distribuído às bibliotecas municipais catarinenses. E outras coleções, como uma do sistema escolar de São Paulo, que não tinha sequer um autor catarinense. E nunca ninguém questionou nada. Havia licitação? O preço era apropriado? Os livros eram necessários? Foram usados nas escolas?

Interessante que para fazer a manutenção das escolas, equipá-las, pagar os professores, não havia dinheiro. É inegável que precisamos de bibliotecas atualizadas em todas as escolas públicas, mas essa escolha unilateral do que teria que ir para as bibliotecas municipais ou escolares não é um tanto suspeita? São compradas coleções que não são o que as escolas realmente precisam e, paralelamente, fica faltando atualização frequente das bibliotecas. Títulos importantes e atuais não são comprados, porque não há verba.

Quando a educação vai ser tratada com respeito e quando o dinheiro público vai ser empregado onde realmente importa?

 

quarta-feira, 13 de março de 2013

DIA DA POESIA


         Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://luizcarlosamorim.blogspot.com

 
O dia 14 de março é o dia da poesia e aproveito para homenagear o poeta, esse ser estranho e singular, iluminado, que vê a vida com o coração e tenta passar essa visão a todos aqueles que tiverem sensibilidade para recriar a sua visão. Então quero enviar a minha homenagem a todos os bardos deste imenso Brasil e do mundo, pois é das penas deles que flui a emoção e o sentimento dessa arte que se chama literatura.

É o poeta que torna esse nosso mundo, tão belo e ao mesmo tempo tão conturbado, um pouco mais sensível, é ele que desnuda a alma para que a nossa alma seja menos dura, menos intolerante, mais solidária, mais humana.

É o poeta que nos leva a contemplar o amor, que nos leva a pensar a paz, que nos lembra de que somos irmãos gêmeos da natureza e por isso mesmo precisamos amá-la e respeitá-la, para que ela nos proteja e não nos desampare.

Precisamos comemorar esse dia lendo e produzindo versos, todos nós, pois o mundo atual, tão corrido e tão violento, precisa da singeleza e do lirismo da poesia. O ser humano precisa cultivar a poesia, para não se deixar endurecer ainda mais, para não deixar de ser gente, de ser humano.

Ao contrário do que alguns pensam, a poesia é necessária. Como deixar fluir a alma peças pontas dos dedos, a não ser pela criação de um poema? A poesia é sentimento, é emoção, é alma, é coração. Como sermos humanos sem tudo isso?

A poesia é mágica, como já disse Quintana – e quem mais poderia dizê-lo? – como neste poema que toma a liberdade de transcrever:

”Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês. Quando fechas o livro, eles alçam voo como de um alçapão. Eles não têm pouso nem porto; alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias, no maravilhado espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti...”

Que mais posso eu dizer? Rendo a minha homenagem a você, poeta, que não deixa morrer a poesia que existe, ainda, em nossas vidas. E rendo minha homenagem a você, leitor, que não deixa morrer a poesia, recriando-a. E viva a poesia mundial, e viva Quintana, e viva nós, poetas e vivam todos os leitores.

quarta-feira, 6 de março de 2013

FESTIVAL DO CONTO EM FLORIANÓPOLIS


        Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

Gostei de saber que o Festival Nacional do Conto vai ser realizado, neste ano, em Florianópolis, de 19 a 23 de março. Até então, o referido festival era realizado em Jaraguá do Sul, onde foi iniciado.

É oportuno a realização de um festival desse gênero que vem sendo resgatado, nos últimos tempos, na literatura brasileira. Mais concursos do gênero vem sendo realizados, mais livros bem sendo publicados, novos bons autores do gênero vem sendo revelados.

Aliás, por falar em concurso, sou jurado do concurso literário do Varal do Brasil e já li algumas peças desse gênero que estão concorrendo e tive agradável surpresa, com a leitura de texto muito bom. O conto está retornando com a força que já teve em outras épocas e essa evolução é muito importante para a literatura de um modo geral, pois é da produção do conto que acabam surgindo bons romancistas.

O festival vai propiciar que os praticantes do conto se atualizem com a experiência de autores já consagrados no gênero, como Luiz Vilela, João Silvério Trevisan, Silveira de Souza e outros. E o encontro com outros escritores do gênero é outro fato importante que acontecerá nos cinco dias do festival.

Vai ser ótimo falar do conto com outros escritores que o praticam, trocar experiências, conviver com pessoas que fazem o gênero existir, com seus diferentes estilos e maneiras de contar estórias curtas.

terça-feira, 5 de março de 2013

PARABÉNS, JOINVILLE


Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

Joinville, a Cidade das Flores, a Capital da Dança completa 162 anos nesse dia 9 de março. Conheço Joinville desde os anos 60, quando era menino e vinha visitar minha avó, que morava no Boa Vista. Morei em Joinville nos anos 70, então mudei para São Francisco do Sul, mas voltei a viver na Manchester Catarinense no anos 80 e aí permaneci até o fim dos anos 90. Minhas filhas são joinvillenses. Publiquei meu primeiro livro em Joinville, na Univille. Comecei no jornalismo publicando uma coluna de literatura, semanal e outra diária, de música, no Jornal de Joinville, dos Diários Associados. Com o fim do jornal, passei para A Notícia, publicando a coluna sobre música semanalmente, depois as crônicas sobre cultura e literatura.
Vi a trajetória de crescimento dessa cidade de gente trabalhadora. Participei do desenvolvimento cultural da cidade, com a transferência do Grupo Literário A ILHA, de São Francisco do Sul para Joinville, levando para a praça, para as escolas, para as festas, para lojas e bancos, até para bares, o Varal da Poesia e o Recital de Poemas, publicando a revista literária mais perene do gênero em Santa Catarina, o Suplemento Literário A ILHA e criando as Edições A ILHA, que editou dezenas de títulos de autores da terra. Levando a poesia para a rua, ganhamos um título novo para a cidade: Cidade da Poesia. Se tenho saudade da Joinville de outras décadas? Tenho, mas gosto da Joinville de hoje, cidade próspera e moderna. Mas o crescimento trouxe, junto com o progresso, junto com gente boa, o lado negativo, que é a violência e a falta de segurança, como em quase todos os lugares. Nem por isso deixarei de voltar a Joinville para visitá-la, rever as palmeiras, faceiras e majestosas, o Mirante, vigilante, a estação ferroviária, o cartão postal da cidade, desbotado pelo tempo, o Festival de Dança - minha filha tem dançado lá - a Festa das Flores e a gente querida e amiga que deixei aí. E para levar flores para minha Vanessa, que repousa em seu seio, pedaço de mim que ficou para sempre em Joinville.
Eu te saúdo e te festejo, Joinville.

domingo, 3 de março de 2013

SUPLEMENTO LITERÁRIO A ILHA ULTRAPASSANDO FRONTEIRAS

 

    Por Luiz Carlos Amorim - Escritor - Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

É março e o ano começa, de verdade, agora. E o Suplemento Literário A ILHA, revista do Grupo Literário A ILHA,  também volta com uma nova edição, iniciando o ano literário em Santa Catarina.
Logo mais, em abril, o Grupo Literário A ILHA participa da Feira do Livro de Joinville, com o lançamento desta edição da sua revista e do livro "O rio da Minha Cidade", crônicas deste que vos escreve. Em maio, o Grupo estará participando do Salão do Livro de Genebra, com o lançamento desta revista e dos livros "Nação Poesia" - antologia poética, "O Rio da minha cidade" - crônicas e "Borboletas nos Jacatirões" - crônicas. Também participaremos, na Suiça, do lançamento da terceira antologia do Varal do Brasil, pois dois integrantes do Grupo Literário A ILHA estão presentes naquele livro.
O Grupo Literário A ILHA continua na sua caminhada, integrando cada vez mais escritores, sejam eles catarinenses ou não. Para o 33º aniversário, em Junho, o lançamento de mais um volume da coleção Letra Viva.
Por enquanto, veja a edição 124, de março, recheada de autores da terra e de outros pontos do país, até de outros países. Em junho voltamos, com uma edição especial de aniversário e muitas outras novidades para comemorar os nossos trinta e três anos de atividades literárias e culturais.

sexta-feira, 1 de março de 2013

RESGATAR A LITERATURA CATARINENSE


   Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

A Fundação Catarinense de Cultura anunciou, recentemente, a continuidade de alguns projetos culturais que foram abandonados há alguns anos. É alvissareiro ter a promessa do Estado que o Prêmio nacional Cruz e Sousa, um dos concursos literários mais importante do país, vai ser resgatado mais uma vez. É importante saber que o Edital para escolha de livros de autores catarinenses que serão distribuídos para as bibliotecas municipais vai sair de novo.

A última edição do Prêmio Cruz e Sousa foi em 2009. Esse concurso é um dos mais importantes, senão o mais importante, porque projeta o Estado de Santa Catarina no cenário  literário do país. Então é hora de reeditá-lo, é hora de resgatar um dos projetos culturais que deveria ser mais valorizado pelo poder público. Deveria ter, até, uma edição todos os anos.

O Edital de Aquisição de Livros, da Comissão Catarinense do Livro é promovido pelo Governo do Estado e vai selecionar e adquirir obras de autores catarinenses ou residentes há mais de dez anos em Santa Catarina. Deverão ser selecionadas até dez obras, que terão 300 exemplares de suas tiragens compradas e distribuídas para bibliotecas públicas municipais. Essa, na verdade, é Lei Grande, que existe há uns 20 anos, mas não vinha sendo cumprida há muito, muito tempo. Teve uma edição em 2009 e deveria ser levada a efeito todos os anos, mas essa vai ser a terceira edição. Esperamos que engrene daqui para diante.

Independente disso, a Fundação Catarinense de Cultura promete, também, publicar livros de novos escritores catarinenses através da FCC Edições. Essa é uma promessa das mais promissoras, pois pode revelar novos talentos nas letras. O que se espera é que os livros editados não sejam das mesmas figurinhas carimbadas de sempre, ligadas ao Estado.

São projetos importantes para a cultura catarinense e para os produtores da arte literária. Que o Estado cumpra a intenção de coloca-los em prática.