Deparei-me com uma boa
notícia em um
jornal, há uns
três ou quatro
pares de anos
- e olhe que
notícia boa em
jornal não é
muito comum,
cá pra nós.
Falo do
Projeto Livro
Aberto, do
Ministério da
Cultura, que
prometia
implantar
cento e trinta
novas
bibliotecas no
país, naquele
ano de 2005.
Até o final de
2006, a meta
era zerar a
quantidade de
cidades
brasileiras
sem salas de
leitura. Não
era uma boa
notícia?
Isso significava que as pequenas cidades que até então não tinham o benefício e a opção da leitura, passariam a ter a sua biblioteca pública municipal, com um acervo inicial de dois mil livros. Do kit faria parte também um computador com o acervo cadastrado, mesas e cadeiras.
Isso significava que as pequenas cidades que até então não tinham o benefício e a opção da leitura, passariam a ter a sua biblioteca pública municipal, com um acervo inicial de dois mil livros. Do kit faria parte também um computador com o acervo cadastrado, mesas e cadeiras.
Só que os anos passaram
e, assim como
tantas outras
promessas do
governo
anterior, essa
também não foi
cumprida.
O tal projeto Livro Aberto seria um alento para a acirrada luta que travamos com o objetivo de se conseguir disseminar a leitura nesse país, para que se consiga despertar o gosto pela leitura. Mas não vingou.
O tal projeto Livro Aberto seria um alento para a acirrada luta que travamos com o objetivo de se conseguir disseminar a leitura nesse país, para que se consiga despertar o gosto pela leitura. Mas não vingou.
Então me deparo,
recentemente,
com outra
notícia
parecida com
aquela de
tantos anos
atrás:
“Biblioteca
será
obrigatória
nas escolas do
Brasil em
2020”. Para
uma promessa
que já havia
sido feita há
bastante
tempo,
prevendo que
em 2006 não
haveria mais
cidade
brasileira sem
biblioteca
pública,
prometer isso
de novo com
tão largo
prazo é uma
confissão de
nossos
governantes de
que não
cumprem as
suas
promessas.
Como os
notebooks para
os alunos de
primeiro e
segundo graus,
prometidos há
anos atrás e
que também não
foi cumprido.
Essa promessa
também foi
reeditada, só
que com
tablets.
O interessante é que, com
todo esse
prazo, a lei federal 12.244/10, que determina que
todas as
instituições
de ensino
públicas e
privadas do
Brasil devem
ter
bibliotecas
até o ano de
2020, foi
sancionada em
2010, já com
três anos de
defasagem,
portanto.
Segundo
o movimento
Todos pela
Educação,
72,5% das
escolas
públicas do
país não têm
bibliotecas. O
Brasil teria
que começar já
a entregar
bibliotecas,
para dar conta
do recado. Não
me consta que
estejam
inaugurando
bibliotecas
públicas por
aí,
diariamente,
então ficamos
em dúvida
quanto ao
cumprimento de
mais essa
promessa. E
precisamos de
bibliotecas,
precisamos de
livros,
precisamos
incutir o
hábito da
leitura. E sem
bibliotecas
públicas e
escolares,
isso fica bem
difícil, ainda
mais com o
sucateamento
da educação
que todos
estamos vendo
em nosso país.
Mas
como o poder
público terá a
parceria do
Instituto
Ecofuturo, da
Academia
Brasileira de
Letras (ABL),
do Conselho
Federal de
Biblioteconomia
(CFB) e da
Fundação
Nacional do
Livro Infantil
e Juvenil
(FNLIJ) – que
aceitaram
fazer parte da campanha Eu Quero Minha Biblioteca,
vamos esperar
que a coisa
ande.
Municípios
brasileiros
que não têm
biblioteca,
por favor não
deixem de se
inscrever no
programa Eu
quero Minha
Biblioteca”. E
cobrem a sua.
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