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quarta-feira, 23 de março de 2016

FLORIANÓPOLIS, 343 ANOS

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor, Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que este ano completa 36 anos de literatura, Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Http://www.prosapoesiaecia.xpg.uol.com.br    

E a capital da nossa Santa e bela Catarina completa mais um aninho, neste 23 de março. Mas não são apenas 290 anos, tão jovenzinha que era até o ano passado: neste ano de 2016,ela completa 343 anos. A partir deste ano, não se considera mais a emancipação do município de Laguna em 1726, mas sim a data de fundação, em 1673. O projeto de mudança foi vetado pelo atual prefeito, mas a Câmara de vereadores derrubou o veto em 02.09.2015 e a capital torna-se a capital mais antiga do sul do Brasil. O marco zero de Florianópolis passa a ser a chegada do bandeirantes Dias, que permaneceu aqui, caracterizando a fundação do povoado.
As comemorações oficiais já foram mais entusiásticas, em outras épocas. Este ano Florianópolis comemora pouco e timidamente o seu aniversário, infelizmente. Serão os tempos de crise? Mas em anos anteriores as comemorações também foram mornas…
Florianópolis é mágica, não só pelo mito das bruxas, mas pelas suas belezas naturais, e merecia ser mais comemorada. A capital catarinense tem dezenas de praias belíssimas, tanto na ilha quanto no continente: praias de águas mansas ou de mar agitado, de acesso fácil ou por meio de trilhas, com infra-estrutura ou semi-desertas. Tem a Lagoa da Conceição: “Num pedacinho de terra / beleza em par! / Jamais a natureza / reuniu tanta beleza / jamais algum poeta / teve tanto pra cantar!”, como já dizia Zininho, em seu “Rancho de Amor à Ilha”, hino oficial de Florianópolis. Tem também a Ponte Hercílio Luz, que apesar de não ser mais usada é o cartão postal da cidade, conhecido no mundo todo e tombada como patrimônio histórico e artístico. O poder público promete devolvê-la aos florianopolitanos, mas a data sempre é empurrada para frente. Agora prometem para 2018. Será?
Tem as rendeiras, tradicionais, que ainda fazem a renda de bilros, criando peças belíssimas. Tem a velha figueira, centenária, na Praça XV, a receber todos sob seus tantos longos braços, outro cartão postal. Tem os manezinhos, nativos da ilha, gente acolhedora e alegre que faz desta terra um lugar feliz. Infelizmente, a violência e a insegurança aumentam nesse pedaço de chão privilegiado.
Essa terra, abençoada por tanta beleza, cativa a gente de tal maneira, que uma vez aqui, é difícil ir embora, é difícil deixá-la.
Parabéns, Florianópolis, por mais um aniversário. Beijo o teu chão e desejo, veementemente, que a tua beleza maculada com a violência e a ganância, com desamor e desprezo pelo ser humano e pela natureza deixe de ser refém de criaturas indignas e de todos aqueles que a ferem, para que, num futuro próximo, possamos comemorar com mais alegria o seu aniversário.

terça-feira, 22 de março de 2016

DIA MUNDIAL DA ÁGUA: PENSAR O FUTURO DA VIDA



Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, com 35 anos de trajetória, Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Http://www.prosapoesiaecia.xpg.uol.com.br

Hoje é dia 22 de março, o Dia Mundial/Internacional da Água, criado pela ONU em 1993, por indicação da ECO-92, realizada no Rio de Janeiro. O Dia da Água não dá pra deixar passar em branco, até porque estamos enfrentando uma crise nos nossos mananciais de água, comprometidos com o clima quente e seco que castiga nosso país, principalmente o sul e sudeste, nos últimos meses. Felizmente nos últimos tempos tem muito e a situação melhorou em São Paulo, por exemplo.

Como já disse em outras oportunidades, estamos cuidando muito mal do nosso planeta, do nosso meio-ambiente, do lugar em que vivemos. Estamos cuidando muito pouco ou quase nada da nossa água, nem diria só da água doce: não cuidamos de nada: não cuidamos do mar, do ar, do solo, não protegemos a natureza.
A água é vida, para nós, seres humanos. Se não houver água, nós não existiremos. E nós insistimos em poluir os rios e o mar, jogando lixo, desaguando esgoto, rejeitos industriais, agrotóxicos que contaminam os rios e vão parar no mar, envenenando a nossa água.
Quando vamos aprender? Quando for tarde demais? Já não chega os tantos rios mortos que cortam as nossas cidades, alguns até escondidos em galerias, pois o ser humano sente vergonha do que faz, mas não se emenda.
A água de nossos rios está tão poluída que o tratamento pelo qual ela passa, para ir para nossas casas e podermos bebê-la, já quase não está conseguindo limpá-la, torná-la potável. Isso é muito grave. Já é temerário beber água da torneira.
Precisamos nos conscientizar de que, se inutilizarmos a água que ainda temos, ela não vai se filtrar sozinha para voltar para nós. A natureza é generosa, mas ela tem limites. E temos visto que ela se rebela, com tanto desrespeito, tanta irresponsabilidade.
Então, temos que nos unir em volta do planeta para proteger a água, proteger o nosso meio ambiente. Sem água não há futuro. Mas isso todos nós sabemos. Então, por que não fazemos nada?

sábado, 19 de março de 2016

A POESIA E O SEU DIA EM ÂMBITO UNIVERSAL




Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://prosapoesiaecia.xpg.com.br/


O dia 21 de março é o Dia Internacional da Poesia. E há que se comemorar produzindo e lendo poemas, pois o mundo atual, tão conturbado e tão violento, precisa da sensibilidade e do lirismo da poesia. O ser humano precisa cultivar a poesia, para não se deixar endurecer mais ainda.

O Grupo Literário A ILHA existe há trinta e seis anos com o objetivo principal de divulgar a literatura, principalmente a poesia, talvez o gênero mais produzido atualmente e, paradoxalmente, o que menos vende, ainda que não o menos lido. Através de meios como a publicação da revista Suplemento literário A ILHA, também prestes a completar o seu trigésimo sexto ano de circulação, do Varal da Poesia, depois Poesia no Shopping, do Recital de Poemas, do portal Prosa, Poesia & Cia, na internet (www.prosapoesiaecia.xpg.uol.com.br ), do Projeto Pacote de Poesia, do Projeto Poesia na Escola, do Projeto Poesia Carimbada, do Projeto O Som da Poesia e da publicação de livros e antologias, através das Edições A ILHA, o grupo chega ao leitor ao longo de todos esses trinta e um anos, levando a obra poética de poetas já conhecidos e de novos autores.

Ao contrário do que alguns pensam, a poesia é necessária. Como deixar fluir a alma através das pontas dos dedos, a não ser pela criação de um poema? A poesia é sentimento, é emoção, é alma, é coração. Como sermos humanos sem tudo isso? É a poesia que traduz tudo isso.

A poesia é mágica, como já disse Quintana – e quem mais poderia dizê-lo? – como neste poema que toma a liberdade de transcrever:

Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês. Quando fechas o livro, eles alçam voo como de um alçapão.Eles não têm pouso nem porto; alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias, no maravilhado espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti...”

Que mais posso eu dizer? E viva a poesia mundial, e viva Quintana, e viva nós, poetas e todos os seres humanos.



Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://prosapoesiaecia.xpg.com.br/


O dia 21 de março é o Dia Internacional da Poesia. E há que se comemorar produzindo e lendo poemas, pois o mundo atual, tão conturbado e tão violento, precisa da sensibilidade e do lirismo da poesia. O ser humano precisa cultivar a poesia, para não se deixar endurecer mais ainda.

O Grupo Literário A ILHA existe há trinta e seis anos com o objetivo principal de divulgar a literatura, principalmente a poesia, talvez o gênero mais produzido atualmente e, paradoxalmente, o que menos vende, ainda que não o menos lido. Através de meios como a publicação da revista Suplemento literário A ILHA, também prestes a completar o seu trigésimo sexto ano de circulação, do Varal da Poesia, depois Poesia no Shopping, do Recital de Poemas, do portal Prosa, Poesia & Cia, na internet (www.prosapoesiaecia.xpg.uol.com.br ), do Projeto Pacote de Poesia, do Projeto Poesia na Escola, do Projeto Poesia Carimbada, do Projeto O Som da Poesia e da publicação de livros e antologias, através das Edições A ILHA, o grupo chega ao leitor ao longo de todos esses trinta e um anos, levando a obra poética de poetas já conhecidos e de novos autores.

Ao contrário do que alguns pensam, a poesia é necessária. Como deixar fluir a alma através das pontas dos dedos, a não ser pela criação de um poema? A poesia é sentimento, é emoção, é alma, é coração. Como sermos humanos sem tudo isso? É a poesia que traduz tudo isso.

A poesia é mágica, como já disse Quintana – e quem mais poderia dizê-lo? – como neste poema que toma a liberdade de transcrever:

Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês. Quando fechas o livro, eles alçam voo como de um alçapão.Eles não têm pouso nem porto; alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias, no maravilhado espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti...”

Que mais posso eu dizer? E viva a poesia mundial, e viva Quintana, e viva nós, poetas e todos os seres humanos.

quarta-feira, 16 de março de 2016

DESCASO COM A NATUREZA



Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor, fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA com 35 anos de literatura, cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

O ser humano deve, com certeza, ter feito coisas muito ruins, coisas terríveis para termos contra nós a ira gigantesca da natureza que estamos vendo a se manifestar de várias maneiras e em diferentes partes do mundo. São tragédias umas mais terríveis do que as outras, acontecendo com frequência cada vez maior.
E não podemos dizer, nós, brasileiros, que estamos assistindo as calamidades terríveis acontecerem ao longe, pois elas têm se abatido sobre o Brasil, também. Enquanto acontecem terremotos, tsunamis, guerras, terrorismo e outras tragédias pelo mundo, por exemplo, as chuvas torrenciais e a irresponsabilidade e a ganância humana, como no caso das barragens em Mariana, causam enchentes, deslizamentos, destruição de cidades e do meio ambiente, e mais mortes.
Mortos aos milhares, desabrigados aos milhões, cidades devastadas, um sem número de lares destruídos. O ser humano precisa refletir sobre a sua trajetória sobre o nosso planeta, pois tudo o que fazemos de errado parece que está se voltando contra nós.
Sei que o ser humano não tem influência sobre tragédias como terremotos, mas sabemos o que fizemos errado e a natureza suporta até certo ponto ser agredida. Chega uma hora que ela não aguenta, se exaspera e dá nisso que estamos vendo. Gostaria que o que já tivemos fosse tudo, que as tragédias parassem por aí, mas sabemos que mais deve vir. Quando vamos aprender? Não quero ser pessimista, mas receio não termos mais tempo para nos redimirmos. Ou será que temos?