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quinta-feira, 23 de setembro de 2021

terça-feira, 21 de setembro de 2021

ÁRVORES, CONDIÇÃO SINE QUA NON


    Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor. Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras, fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, com 41 anos de trajetória. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

 

A primavera chega no dia 22 de setembro e o Dia da Árvore chegou um dia antes, para anunciar a mais bela estação do ano. Infelizmente, acho que não temos muito para comemorar, pois nós, seres humanos, não sabemos ou não queremos cuidar bem da natureza. Nós não cuidamos do nosso meio ambiente, não protegemos as árvores que nos dão tudo, até o ar que respiramos e sem o qual não vivemos. O resultado é um planeta cada vez mais maltratado e poluído, com cada vez menos condições de dar sustentação à vida.

Eu não tenho árvores grandes em minha casa, pois meu jardim é pequeno e é o único lugar onde tem um pouquinho de terra para plantar. E gostaria, gostaria de ter uma grande área para plantar muitas árvores e cuidar bem delas.

Nem meus pés de jacatirão tenho mais, que morreram, mas que floresciam lindamente. Tenho só alguns pés de araçá, pequenos, embora produzam abundamentemente e dois pés de mamão papaia, dos quais um já frutificou, mas eu não colho, deixo os mamões para os passarinhos que vem cantar no meu jardim e nas minhas calhas, nas minhas janelas e no chão da minha cozinha. Eles me fazem festejar o dia da árvore, eles me lembram da importância vital do verde para o ser humano.
E por falar em jacatirão, o manacá-da-serra, aquela variedade de jacatirão do inverno, que floresce em julho, ainda está florido, fazendo companhia para os ipês, que estão cobertos de sol. Já nem sei mais direito a época de florescência deles, dos ipês, com todo esse descompasso do tempo, resultado do nosso descaso para com o meio ambiente, que têm mudado tudo, inclusive as estações.
Dá gosto ver árvores majestosas como o ipê e o jacatirão exibirem suas flores e suas cores ao mesmo tempo e é uma coisa que não é normal, pois o manacá-da-serra floresce em julho, dificilmente alcançaria a florada do ipê. E a nossa primavera entra, assim, ornada com as flores douradas do ipê, que irradiam luz, e as flores do jacatirão-manacá, que ainda persistem. Persistem, apesar do nosso descaso para com Mãe Natureza.

Como eu já disse em outra crônica, eu gosto de árvores. Gosto de muitas coisas: de um sorriso de criança, de um rio de águas claras, de flores, campos e praças. Gosto de natureza, simplicidade, pureza, de terra, mar e de sol. E gosto muito de árvores. Gosto delas na primavera, no inverno, no verão e até no outono. Gosto do verde das árvores, gosto da cores das suas floradas, gosto da sua sombra, dos seus frutos. Gosto de árvores pequenas, médias e grandes, símbolos da natureza. E parabenizo a todas elas, que nos dão tanto, a todos nós, até purificam o ar que respiramos e nós cuidamos tão pouco delas... 

Que não nos lembremos de refletir sobre o valor das árvores em nossas vidas apenas num dia do ano reservado a elas. Precisamos nos conscientizar que sem elas, não sobreviveremos neste planeta que já foi mais azul. Se não protegermos nossas matas, nosso verde, a água desaparecerá e tudo virará deserto. E a vida não resiste em desertos.

Todo dia é dia das árvores, é dia da vida.

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

 CRÕNICA SEMANAL DA PANDEMIA - 12-18.09.2021

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor, cadeira 19 da Academia SulBrasileira de Letras, fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, com 41 anos de trajetória. A ILHA na internet www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Esta semana foi cheia. Há uma lista de coisas para fazer antes de viajar e tive que sair de casa quase todos os dias. Ir fazer exames de laboratório, ir à clínicas, ir a médicos, providenciar documentos online e depois imprimir, certificados idem, seguros, consertar o computador, que estava entupido, fazer consertos e aviamentos em casa, cortar o cabelo, comprar remédios, etc., etc. E a pandemia e a politicagem comendo soltas lá fora. O presidente voltou atrás nas ameaças anticonstitucionais e antidemocráticas do 7 de setembro, mas não muito. No mesmo dia em que divulgou a carta dizendo que não era bem aquilo que queria dizer, que foi no calor da empolgação, fez live reafirmando tudo novamente. A vacinação continua capenga, porque a distribuição pelo ministério da Saúde é lenta, devagar e não chega a ponta com a rapidez que a gravidade do memento exige, onde estão as pessoas a serem vacinadas. Mas o ministro diz que que a vacinação no Brasil é a melhor que há. Outra anta, esse ministro da Saúde. Mais do mesmo. E assim caminhamos.
O nosso neto está um rapagão, cada vez maior e mais fofão. Esta semana andou de novo de bicicleta por Lisboa, com o pai, apesar dos seus só dois aninhos e meio. É claro que a bicicletinha é daquela sem pedal, para criança bem pequena e ele usa os pés. Mas é muito legal ver ele andando de bicicletinha. Ele tem ligado quase todos os dias para nós, com vídeo, e conversa muito. Ele conta histórias, canta, toca instrumentos musicais, ri e brinca com mil brinquedos. E pede para a gente ligar o dinossauro, o robô Duck e a motinha, brinquedos que a gente vai levar para ele. Agora ele fala muita coisa em português, eu as vezes não entendo, mas quase tudo o que ele fala já é português. O bebenês e o bebeguês vai ficando em segundo plano. Vale lembrar que no final de semana foi a um concerto da Rua das Pretas, num Festival de Música em Lisboa e maravilhou-se com tanta luz e tanta música. Papai Pierre comanda o Rua das Pretas.No final de semana foi, também, a piscina. Ele quase não gosta de água e está aproveitando o finalzinho do verão. Vamos passear muito no outono de Lisboa.
Na segunda, costatou-se que a variante Delta do coronavírus já chegou a todos os 26 estados brasileiros e ao Distrito Federal. A informação da FioCruz. O Tribunal de Contas da União suspendeu, por 45 dias, o auditor Alexandre Marques, que produziu um relatório falso sobre a suposta supernotificação de mortes por Covid no país em 2020. O "levantamento" chegou a ser divulgado por Bolsonaro em junho e, depois, replicado nas redes sociais por apoiadores do presidente.Fazer fakenews e achar que o presidente não vai divulgar é brincadeira. Ele adora isso.
Na terça, vimos que o Brasil está em 62º lugar no ranking global de aplicação de doses da vacina contra Covid-19. A CPI da Covid ouviu o advogado e empresário Marcos Tolentino, apontado como sócio oculto do FIB Bank. A empresa ofereceu uma carta-fiança de R$ 80,7 milhões no contrato firmado entre a Precisa Medicamentos e o Ministério da Saúde para a compra da Covaxin. Ele também é amigo de Ricardo Barros, líder do governo Bolsonaro na Câmara. Na sessão, o depoente disse conhecer o deputado "há muitos anos" e negou participação em negociações da vacina indiana. Também afirmou que não é sócio do FIB Bank, mas se calou quando questionado sobre qual seria a sua relação com a instituição. Tá bom. É uma mentirada só. Deslavada.
O Brasil registrou queda na taxa de transmissão da Covid-19, segundo dados da Imperial College, de Londres. O país chegou a 0,81 – o menor número registrado em 2021. O índice acompanhado e divulgado pela Imperial College mostra a quantidade de pessoas que podem ser infectadas a partir de um único indivíduo diagnosticado com o novo coronavírus, além de indicar a evolução da pandemia nos países. A CPI da Covid aprovou na quarta-feira (15) a convocação de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro. O requerimento foi aprovado durante o depoimento do advogado, empresário e lobista Marconny Faria, amigo de Ana Cristina e de Jair Renan Bolsonaro, o filho "04" do presidente. A comissão diz ter indícios de que Ana Cristina mantinha relação de proximidade com o lobista e que, a pedido dele, atuou para fazer indicações para cargos no governo federal.
Na quinta, uma pesquisa feita pelo Instituto Ipsos em treze países apontou que o Brasil a população está mais disposta a se vacinar contra a Covid-19 doo que em outos países: 96% dos brasileiros entrevistados afirmaram que querem essa proteção. Para 83% dos brasileiros será preciso tomar pelo menos um reforço anual da vacina para se manter protegido. O Ministério da Saúde voltou atrás a respeito da vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades. A orientação agora é que as doses não sejam aplicadas nesse grupo. Assim, a imunização deve ficar restrita a três perfis: adolescentes com comorbidades, adolescentes com deficiência permanente e adolescentes que estejam privados de liberdade.
Ao afirmar, na quinta, que adolescentes sem comorbidades não devem mais ser vacinados contra a Covid, o ministranta da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que acompanhava o caso de uma jovem de SP que teria morrido depois de tomar o imunizante da Pfizer. Não havia conclusão, àquela altura, a respeito de uma possível relação entre o óbito e a aplicação da dose. Pois bem. Na sexta, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo concluiu que a causa foi uma doença autoimune chamada púrpura trombocitopênica trombótica (PTT). O número de casos e mortes por Covid no Brasil teve a maior queda deste ano, segundo o Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz. O levantamento mostra que são 12 semanas consecutivas de diminuição do número de mortes.
A CPI da Covid deu sinais claros, neste final de semana, de que pretende investigar mais a fundo a empresa que está no centro do escândalo para a compra de vacinas contra a pandemia. Por determinação do Supremo Tribunal Federal, após análise do pedido feito por senadores integrantes da comissão, a Polícia Federal realizou busca e apreensão de documentos na sede da Precisa Medicamentos, em São Paulo. O objetivo era encontrar o contrato firmado entre a Precisa e o laboratório indiano Bharat Biotech, responsável pela produção da vacina Covaxin. Segundo as investigações reveladas pela CPI, a Precisa intermediou com o ministério da Saúde a compra do imunizante no valor de R$ 1,6 bilhão.
Graças a Deus os números da pandemia estão baixando, a curva esta baixando, apesar da ineficiência do ministerio da saúde em distribuir as vacinas. Continuemos a cuidar, que a Delta está aí. Vamos colaborar para que os números baixem ainda mais.
(Foto: meu pé de maracujá doce está cheio de flores, apesar do vento e da chuva e carregado de frutos novos)