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segunda-feira, 20 de setembro de 2021

 CRÕNICA SEMANAL DA PANDEMIA - 12-18.09.2021

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor, cadeira 19 da Academia SulBrasileira de Letras, fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, com 41 anos de trajetória. A ILHA na internet www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Esta semana foi cheia. Há uma lista de coisas para fazer antes de viajar e tive que sair de casa quase todos os dias. Ir fazer exames de laboratório, ir à clínicas, ir a médicos, providenciar documentos online e depois imprimir, certificados idem, seguros, consertar o computador, que estava entupido, fazer consertos e aviamentos em casa, cortar o cabelo, comprar remédios, etc., etc. E a pandemia e a politicagem comendo soltas lá fora. O presidente voltou atrás nas ameaças anticonstitucionais e antidemocráticas do 7 de setembro, mas não muito. No mesmo dia em que divulgou a carta dizendo que não era bem aquilo que queria dizer, que foi no calor da empolgação, fez live reafirmando tudo novamente. A vacinação continua capenga, porque a distribuição pelo ministério da Saúde é lenta, devagar e não chega a ponta com a rapidez que a gravidade do memento exige, onde estão as pessoas a serem vacinadas. Mas o ministro diz que que a vacinação no Brasil é a melhor que há. Outra anta, esse ministro da Saúde. Mais do mesmo. E assim caminhamos.
O nosso neto está um rapagão, cada vez maior e mais fofão. Esta semana andou de novo de bicicleta por Lisboa, com o pai, apesar dos seus só dois aninhos e meio. É claro que a bicicletinha é daquela sem pedal, para criança bem pequena e ele usa os pés. Mas é muito legal ver ele andando de bicicletinha. Ele tem ligado quase todos os dias para nós, com vídeo, e conversa muito. Ele conta histórias, canta, toca instrumentos musicais, ri e brinca com mil brinquedos. E pede para a gente ligar o dinossauro, o robô Duck e a motinha, brinquedos que a gente vai levar para ele. Agora ele fala muita coisa em português, eu as vezes não entendo, mas quase tudo o que ele fala já é português. O bebenês e o bebeguês vai ficando em segundo plano. Vale lembrar que no final de semana foi a um concerto da Rua das Pretas, num Festival de Música em Lisboa e maravilhou-se com tanta luz e tanta música. Papai Pierre comanda o Rua das Pretas.No final de semana foi, também, a piscina. Ele quase não gosta de água e está aproveitando o finalzinho do verão. Vamos passear muito no outono de Lisboa.
Na segunda, costatou-se que a variante Delta do coronavírus já chegou a todos os 26 estados brasileiros e ao Distrito Federal. A informação da FioCruz. O Tribunal de Contas da União suspendeu, por 45 dias, o auditor Alexandre Marques, que produziu um relatório falso sobre a suposta supernotificação de mortes por Covid no país em 2020. O "levantamento" chegou a ser divulgado por Bolsonaro em junho e, depois, replicado nas redes sociais por apoiadores do presidente.Fazer fakenews e achar que o presidente não vai divulgar é brincadeira. Ele adora isso.
Na terça, vimos que o Brasil está em 62º lugar no ranking global de aplicação de doses da vacina contra Covid-19. A CPI da Covid ouviu o advogado e empresário Marcos Tolentino, apontado como sócio oculto do FIB Bank. A empresa ofereceu uma carta-fiança de R$ 80,7 milhões no contrato firmado entre a Precisa Medicamentos e o Ministério da Saúde para a compra da Covaxin. Ele também é amigo de Ricardo Barros, líder do governo Bolsonaro na Câmara. Na sessão, o depoente disse conhecer o deputado "há muitos anos" e negou participação em negociações da vacina indiana. Também afirmou que não é sócio do FIB Bank, mas se calou quando questionado sobre qual seria a sua relação com a instituição. Tá bom. É uma mentirada só. Deslavada.
O Brasil registrou queda na taxa de transmissão da Covid-19, segundo dados da Imperial College, de Londres. O país chegou a 0,81 – o menor número registrado em 2021. O índice acompanhado e divulgado pela Imperial College mostra a quantidade de pessoas que podem ser infectadas a partir de um único indivíduo diagnosticado com o novo coronavírus, além de indicar a evolução da pandemia nos países. A CPI da Covid aprovou na quarta-feira (15) a convocação de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro. O requerimento foi aprovado durante o depoimento do advogado, empresário e lobista Marconny Faria, amigo de Ana Cristina e de Jair Renan Bolsonaro, o filho "04" do presidente. A comissão diz ter indícios de que Ana Cristina mantinha relação de proximidade com o lobista e que, a pedido dele, atuou para fazer indicações para cargos no governo federal.
Na quinta, uma pesquisa feita pelo Instituto Ipsos em treze países apontou que o Brasil a população está mais disposta a se vacinar contra a Covid-19 doo que em outos países: 96% dos brasileiros entrevistados afirmaram que querem essa proteção. Para 83% dos brasileiros será preciso tomar pelo menos um reforço anual da vacina para se manter protegido. O Ministério da Saúde voltou atrás a respeito da vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades. A orientação agora é que as doses não sejam aplicadas nesse grupo. Assim, a imunização deve ficar restrita a três perfis: adolescentes com comorbidades, adolescentes com deficiência permanente e adolescentes que estejam privados de liberdade.
Ao afirmar, na quinta, que adolescentes sem comorbidades não devem mais ser vacinados contra a Covid, o ministranta da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que acompanhava o caso de uma jovem de SP que teria morrido depois de tomar o imunizante da Pfizer. Não havia conclusão, àquela altura, a respeito de uma possível relação entre o óbito e a aplicação da dose. Pois bem. Na sexta, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo concluiu que a causa foi uma doença autoimune chamada púrpura trombocitopênica trombótica (PTT). O número de casos e mortes por Covid no Brasil teve a maior queda deste ano, segundo o Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz. O levantamento mostra que são 12 semanas consecutivas de diminuição do número de mortes.
A CPI da Covid deu sinais claros, neste final de semana, de que pretende investigar mais a fundo a empresa que está no centro do escândalo para a compra de vacinas contra a pandemia. Por determinação do Supremo Tribunal Federal, após análise do pedido feito por senadores integrantes da comissão, a Polícia Federal realizou busca e apreensão de documentos na sede da Precisa Medicamentos, em São Paulo. O objetivo era encontrar o contrato firmado entre a Precisa e o laboratório indiano Bharat Biotech, responsável pela produção da vacina Covaxin. Segundo as investigações reveladas pela CPI, a Precisa intermediou com o ministério da Saúde a compra do imunizante no valor de R$ 1,6 bilhão.
Graças a Deus os números da pandemia estão baixando, a curva esta baixando, apesar da ineficiência do ministerio da saúde em distribuir as vacinas. Continuemos a cuidar, que a Delta está aí. Vamos colaborar para que os números baixem ainda mais.
(Foto: meu pé de maracujá doce está cheio de flores, apesar do vento e da chuva e carregado de frutos novos)

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