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quarta-feira, 15 de abril de 2020

DIÁRIO DA PANDEMIA - 15.04.2020

     

                      Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 40 anos em 2020. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.brhttp://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

Hoje é dia 15 de abril e a escalada da pandemia do coronavírus continua em ascenção, infelizmente. As “autoridades” ficam dizendo, a cada semana, principalmente no Brasil, que a próxima é a semana de pico, que então a “curva” começará a descer, mas nunca desce, pelo contrário. O pico nunca chega e a subida fica cada vez mais íngreme.
Hoje chegamos ao número de 1.736 mortos pelo covid19 no Brasil e 28.320 infectados, números fornecidos pela CNN Brasil. Como já disse ontem, o número de suspeitos não está sendo informado. E a rixa presidente x ministro da saúde continua. Será que ele sai, quando é que sai, quem manda mais, o presidente ou o ministro? Só no Brasil mesmo. Mas o ministro continua, pelo menos até amanhã, pois se não foi despedido hoje, agora só amanhã.
Em Santa Catarina, hoje, já são 28 mortes e 853 casos de infecção. E lá também o prefeito está peitando o governador, pois o Estado está começando a liberar algumas coisas e a capital continua com o isolamento por mais esta semana. Vou verificar o prazo correto e amanhã informo.
Em Portugal, as mortes pelo coronavírus chegam hoje a 599, o número de infectados é de 18.091 e os suspeitos são 151 mil. É um número alarmante? Pode ser, mas isso mostra que o país está fazendo testes. E isso é bom.
Vamos rezar para que a curva comece a cair logo. Precisamos disso. Disso depende o futuro. Precisamos ter fé e esperança e, junto com isso, ter responsabilidade e consciência: temos que ficar em casa para não facilitar o contágio. Temos que usar máscaras, se tivermos que sair, pois isso ajuda a bloquear o vírus.
E vamos à quarentena: Começamos o dia com o Rio e com ele não tem dia ruim. Às vezes ele até fica entediado, mas nada que uns amassos e umas brincadeiras não resolvam. Como sempre, li os jornais Notícias do Dia, para ver como vão as coisas em Santa Catarina, e o Diário da Manhã de Goiânia. Para saber do Brasil, vejo a CNN Brasil.  E trabalhei no meu livro de crônicas, que quero terminá-lo logo para fazer a editoração. Espero que meu editorador esteja trabalhando, não é, Urda?
À tarde, com a bunda quadrada de ficar sentando escrevendo e lendo, almoçamos: lentilha com bife, arroz basmati e salada. Estava ótimo, uma comidinha bem brasileira, pra variar. Stela e Daniela saíram para ir ao supermercado, no final da tarde, num horário que há menos gente na rua – e aqui tem pouca gente na rua o dia inteiro. Eu continuei a escrever.
À noite, jantamos uma sopa creme de alho poró com croutons e queijo, que estava excelente. Depois, de sobremesa, uma torta de banana com coco que estava muito, muito boa. Feita pelo Pierre. Pois já que falamos no Pierre, ele está sempre às voltas com a sua nova casa de concertos (shows) on line, que tem feito sucesso no Face, no Instagram e agora está migrando para o Zoom, um novo aplicativo de vídeoconferência muito bom.
Mas ele treina um pedal, na rua quando o tempo está bom e em casa mesmo, com a bicicleta numa base que não sei como se chama. E tem feito coisas de quarentena: já fez vários vidros de verduras e legumes fermentados, para comermos de salada, fez cidra de maçã, fez levedura natural para fazer pão e hoje foi feito pão com a novidade. E agora à noite fez a torta de bananas que ele vinha prometendo há dias. Disse que vai fazer, também, chucrute. E massa de pizza, ainda, com a levedura natural.
Hoje não deu pra terminar de ler os dois livros que comecei. Um está quase no fim. Quem sabe amanhã. Também comecei a ver um filme ontem, O Homem Invisível – não aquele velho, um novo deste ano que não tem nada a ver com o outro. Já era quase três da matina e fui dormir.
Então, vou ver o final do filme e amanhã voltamos no mesmo horário e canal. Não saia de casa se não for imperativo que saia. Vamos sabotar o vírus virulento.

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