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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

CRÔNICA SEMANAL DA PANDEMIA – 30.01-05.02.2022


Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 41 anos em 2021. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

Semana sem chuva na Luzboa, com muito sol e céu de brigadeiro e aquela luz única que o sol, em parceria com o Tejo, conferem à capital portuguesa. Trabalhei na divulgação da revista ESCRITORES DO BRASIL e comecei a trabalhar na nova edição da revista SUPLEMENTO LITERÁRIO A ILHA, que completa 42 anos de circulação neste 2022. Saímos pouco, por causa do avanço da pandemia. O frio já não é tão intenso como em janeiro. A imprensa já fala em “primavera antecipada” por aqui. Temos passado bastante tempo com o Rio, ele adora vir na casa do vovô e da vovó.
Rio continua crescendo, cada vez mais inteligente e bonitão. No domingo não fomos à casa dele, pois a semana ia ser cheia, uma vez que há concerto da Rua das Pretas no Coliseu de Lisboa, para gravação de mais um episódio da série para a RTP TV, e eles ficaram curtindo a companhia mútua. Na segunda, Rio veio ficar com fofô e fofó, pois mamãe e papai estavam às voltas com a produção do concerto no Coliseu, o que dá muito, muito trabalho. Na terça, fofó foi ao parquinho para ele brincar um pouco e tomar sol e depois veio almoçar na casa da fofó e do fofô. Eu assisti um pouco de desenhos da Patrulha Pata e Léo, o Caminhão, com ele, ele almoçou arroz e feijão, carne de panela e banana assada, e de sobremesa suco e salada de laranja. Depois tirou um soninho, não sem antes enrolar um monte. Depois da sonequinha fez um lanchinho, brincamos um pouco e mais tarde ele jantou e foi para casa, pois havia ensaio na casa dele e ele adora participar, os músicos são todos seus amigos. Na quarta, dia do concerto Rua das Pretas no Coliseu de Lisboa, a correria foi grande, então ficamos mais um pouco com o Rio e à noite fomos ao concerto. Ele fez sucesso, mesmo não indo ao microfone: nos camarins, na plateia, nos bastidores. Dançou, cantou, fez maquiagem, correu, encantou. Aliás, ele estreou no Coliseu com um aninho, na primeira vez do Rua das Pretas no palco daquela casa tão tradicional de Lisboa, no palco e tudo. Depois do concerto, Rio veio para a casa de vovô e vovó e dormiu aqui. Chegamos já era mais de meia noite, ele ainda fez festa, pulou do sofá na cama que fizemos no chão com o colchão inflável e adorou. No dia seguinte, na quinta, acordamos, vovó fez um pequeno almoço para ele, mas ele não comeu muito e fomos almoçar com mamãe e papai num restaurante perto da casa dele, com a cantora brasileira Karla, a moça do vozeirão. Depois do almoço Rio foi para casa, para tirar um soninho e nós, vovó e vovô, fomos ao supermercado, pertinho. Mas deu um dó imenso, pois Rio não queria que fôssemos, segurou a mão de vovó e não queria largar, foi embora chorando. Mas fez o soninho da tarde e acordou bem. Na sexta, foi fazer o pequeno almoço com papai num restaurante perto de casa, enquanto mamãe e vovó se ocupavam da casa. No sábado, mamãe foi comprar peixe e aipim (aipim ou mandioca, aqui, é importado da África e até do Brasil) em Saldanha, um bairro quase perto de nossas casas e fomos todos juntos. Rio aproveitou muito o parquinho que existe ao lado do mercado e brincou muito. À tarde Rio teve almoço com amigos e à noite teve visitas.
Infelizmente, os números da pandemia continuam crescendo em todo o mundo. No Brasil, o número de mortes diário já passou de mil e isso é muito grave.
Na segunda, no Rio, a Secretaria Municipal de Saúde informou que, por falta de doses, suspendeu a a vacinação das crianças contra a Covid-19, até que o Ministério da Saúde envie nova remessa de vacinas para a cidade. E assim em outros lugares. É lamentável que o ministério da saúde (leia-se presidanta e ministranta da saúde) não esteja comprando e distribuindo a vacina em tempo hábil. Enquanto isso, pessoas morrem.
O Brasil pode atingir o pico de 1,3 milhão de infectados por dia pela Covid-19 em meados de fevereiro por causa da disseminação da variante Ômicron, apontam estimativas da Universidade de Washington. Essa nova onda será um “tsunami” de casos em relação a tudo que se viu na pandemia até agora. Conforme os pesquisadores, o país já deve ter hoje mais de 430 mil pessoas se infectando todos os dias.
A Fundação Oswaldo Cruz identificou os primeiros casos da subvariante BA.2, da Ômicron. São dois casos no estado de São Paulo; dois no Rio de Janeiro; e um em Santa Catarina, totalizando cinco registros no país. Em nota, o ministério da saúde esclarece “que a sublinhagem da VOC Ômicron não tem impacto no diagnóstico laboratorial e eficácia das vacinas. Ah, enão tá. Até o momento, não existem evidências relacionadas à nova linhagem que demonstrem mudanças na transmissibilidade, quadro clínico, gravidade ou resposta vacinal”. Quer dizer: não estão nem aí.
Entre 24 e 31 de janeiro, oito estados e o Distrito Federal registraram ocupação crítica nos leitos de UTI para Covid-19, informou um boletim divulgado na quinta pela Fundação Oswaldo Cruz. Na semana passada, seis estados, além do DF, estavam nessa situação. A ocupação crítica significa uma taxa de 80% ou mais dos leitos ocupados.
O Brasil registrou na sexta-feira 1.074 mortes pela Covid-19 em24 horas, totalizando 631.069 óbitos desde o início da pandemia. Voltamos a ter registro de mais de mil mortos por Covid em um só dia pela primeira vez desde 19 de agosto do ano passado (quando foram 1.030).
No sábado, foram registrados 197.442 mil casos de covid-19 e 1.308 mortes em 24 horas. Desde o início da pandemia, foram notificados 26.473.273 casos e 631.802 óbitos em decorrência do novo coronavírus. O boletim, divulgado no sábado (5), não traz os dados do Mato Grosso e do Distrito Federal, que não foram atualizados pelas respectivas secretarias da Saúde. O que quer dizer que, na verdade, os números são muito maiores, pois além de não haver informações de duas unidades da federação, há a subnotificação do final de semana, quando as secretarias estaduais não funcionam ou funcionam precariamente.
A progressão da pandemia é muito forte, a situação está cada vez mais grave. É preciso que nos cuidemos. Ou essa pandemia não acabará nunca.

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