Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor
e revisor – Presidente do Grupo Literário A ILHA – 35 anos de trajectória,
cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Http://www.prosapoesiaecia.xpg.uol.com.br
Há
pouco tempo atrás, a Cristina Davet leu uma crônica minha que sugeria que
lêssemos mais para nossas crianças e comentou: “Hoje lemos poemas seus num
sarau lá na casa da dona Helen Debyn. Você escreve muito, Amorim, parabéns!”
Não é pra ficar feliz com uma notícia dessas
Passada
a emoção, fiquei matutando cá com meus botões: mas a Cristina não mora em
Genebra, na Suiça? Pois mora. E a dona Helen, que cedeu a casa para o sarau, também,
e é nada mais nada menos do que a brasileira que esteve no Salão
Internacional do Livro de Genebra, procurando-me para me dar um abraço e
comprar meus livros. E foram esses livros que fizeram com que meus poemas
fossem lidos na casa da dona Helen, no sarau que reuniu muita gente boa: além
da Cristina, o Marinaldo, sobrinho da dona Helen, escritor de Joinville, a
escritora brasileira Maria Clara Machado, que eu também conheci no Salão e mais
muita gente boa que gosta de poesia.
Não
é uma beleza? É sensacional ter a poesia da gente correndo o mundo, sendo
ouvida em alto e bom som, na voz de outros poetas, num cantinho aconchegante da
Suiça. Dona Helen é um criatura amantíssima, é um poema de ternura, só podia
ser ela a acolher uma plêiade de poetas e possibilitar que acontecesse um sarau
internacional. Ela foi uma das leitoras brasileiras que me procurou no Salão
Internacional do Livro de Genebra, anunciando pelo sistema de som do evento que
estava a me procurar.
O
Marinaldo eu já conhecia aqui do Brasil, pois ele participou do Grupo Literário
A ILHA, desde tenra idade. As
outras pessoas aqui citadas, eu conheci em Genebra, daí a importância da
participação em Salões Internacionais do Livro. Por isso a minha atenção com os
leitores de outras nacionalidades, publicando meu livro de poemas em inglês,
espanhol, italiano e francês: para levar a poesia daqui a salões de Londres, da
Suécia, da Itália, etc. Em 2016, estarei voltando à Suiça para esse grande
evento literário e para abraçar de novo a dona Helen, a Maria Clara, a Cristina
Davet e tantos outros amigos que fiz por lá. Como a Jacqueline e o Paulo, que
possibilitam a participação de nós, brasileiros, em tão grande evento.
Aproveitarei para participar também da Feira do Livro de Lisboa, onde estarei
lançando meu livro publicado naquele querido chão português.
É
muito gratificante ver o trabalho da gente viajando pelo mundo. Como quando um
poeta indiano me enviou trabalho meu vertido para o bengalês e publicado em
revista de lá, como quando recebi recortes de escritor russo com vários poemas
meus traduzidos para a língua dele e publicados em jornais, como quando vi meu
primeiro livro publicado fora do Brasil, nos Estados Unidos, etc., etc. Para um
escritor de Corupá, o Vale das Águas, no pé da Serra do Mar, é um orgulho
ultrapassar fronteiras, levando as letras da terra bem longe.
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