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sábado, 17 de outubro de 2015

AOS PROFESSORES, RECONHECIMENTO



Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor, Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, com 35 anos de trajetória, cadeira 19 na Academia SulBrasileira de Letras. http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

Eu teria falado dos professores na semana passada, mas todos estavam falando sobre o tema e não podemos valorizá-los apenas por ocasião de um dia dedicado a eles. Temos que defender melhores condições para nossos professores, pois essa é a profissão mais importante dentre todas, porque é aquela que forma todos os profissionais de qualquer área.
Professor é aquela criatura abnegada e dedicada, na maioria das vezes, que estuda muito, fazendo um curso superior como Letras, Pedagogia, História, Geografia, Matemática, Educação Física, etc. e que quer transmitir conhecimento para as novas gerações, contribuir para que a educação seja melhor, apesar de nossos governantes.
Mas a verdade é que os “gestores” da educação neste nosso país, os donos do poder, dão muito pouca importância aos professores que estão nas frentes de trabalho, nas salas de aula tocando a educação como podem, sem motivação e incentivo, com salários bem aquém do que deveriam receber.
Falo, principalmente dos professores do primeiro e segundo graus, que deveriam ser os mais bem remunerados, pois estão formando os adultos de amanhã, estão formando os adultos que poderão conduzir, logo adiante, os destinos do Brasil.
O que acontece, no entanto, é a má valorização do profissional, falta de professores nas salas de aula e pessoas não qualificadas, às vezes, à frente dessa importante missão.
Há lugares, neste nosso país, em que professores ganham quase nada para dar aulas à sombra de árvores, com a desculpa de que não existe dinheiro para pagar um salário melhor àqueles que se entregam de corpo e alma à educação, para pagar transporte de alunos para que tenham um lugar adequado para estudar.
A máquina administrativa do Brasil gasta demais, os políticos corruptos drenam o dinheiro público com altos salários, muitas vantagens e roubalheiras, mas para a educação, para a saúde, para a segurança, não há dinheiro.
Esperemos (e mais do que ter esperança deveríamos ter candidatos decentes em quem votar) que os nossos governantes parem de gastar (gastar?) o dinheiro público em benefício próprio e olhem com mais atenção para esses problemas que só se agravam: corrupção, impunidade, roubalheira, deterioração da educação, falência da saúde, da segurança, da justiça. Um país sem educação e sem governo dá nisso que aí está. Há que conferirmos o devido valor aos nossos professores, há que respeitarmos e nos conscientizarmos da importância crucial de que tudo se resume a uma boa educação, coisa que nosso país não tem. E quando digo educação, estou falando também em ensino, podem conferir o dicionário o significado da palavra. Precisamos exibir qualificação para nossos professores, salários dignos, manutenção nas escolas públicas, equipamentos para que os professores possam trabalhar. Só assim a categoria não terá que entrar em greve todo ano, para exigir um salário decente, pelo menos. Coisa que não conseguem nem com greve. É que o poder adora provocar e fazer com que eles entrem em greve, para colocar neles a culpa da falta de aulas, quando a culpa é do patrão - o governo - que não quer pagar o que é de direito, não quer dar condições de trabalho a nossos professores.

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