Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 41 anos em 2021. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br
O
terrível ano de 2021, não sei ainda se mais ou menos do que o ano de 2020, está
acabando, graças a Deus. E termina com a descoberta de uma nova variante do vírus,
mais contagiosa que as anteriores, cogita-se. Estão fazendo estudos para saber
o quão contagiosa ela é, se as vacinas existentes vão cobrí-la e se ela é mais
letal ou não. Espera-se que as vacinas que estão aí tenham eficácia e combatam
também esta nova cepa do coronavírus. Tomara, pois justo agora que se via o fim
deste flagelo que contaminou o mundo todo e que já matou mais de cinco milhões
pelo planeta, aparece uma notícia dessas. Mais um Natal com pandemia,
infelizmente.
O fato é
que a data maior da cristandade está aí e 2022 está para começar e temos que
confiar que a renovação, o renascimento que o Natal nos traz fortificará a
nossa fé no Universo para que o novo ano seja melhor. E será. As vacinas anti-covid
hão de ser eficazes e seguras para a nova e temerosa cepa, uma boa parcela das
pessoas pelo mundo estão imunizadas,
apesar do negacionismo e das campanhas anti-vacinas. Teremos que continuar com
os cuidados, ainda em 2022, enquanto as vacinas seguem sendo administradas em
todo o planeta, sim, para que o flagelo diminua e possamos respirar mais
aliviados, falar com as pessoas de perto, abraçar e beijar nossa família,
nossos amigos, nossos amores.
Poderemos
trabalhar, ir à escola, a restaurantes, ao teatro, visitar os amigos, reunirmo-nos
novamente, voltar ao “normal”, mesmo que não seja o normal de antigamente,
mesmo que seja um novo “normal”. Porque a falta de proximidade, a solidão, a
falta do abraço e da convivência em 2020 e parte de 2021 nos mudou, a pandemia
mudou todo o mundo e precisamos nos adaptar a um “novo” normal. Mas se passamos por dois anos de pandemia, terríveis, como não nos
adaptarmos a um “novo” normal? Desde que a ameaça seja afastada, enfrentaremos
tudo, e há muito que enfrentar, pois a economia está seriamente prejudicada, a
inflação está subindo a olhos vistos e não há trabalho para todos que ficaram
sem ele, mais do que antes da pandemia. Temos muita dificuldade pela frente,
mas se for sem a covid 19, com uma covid 19 mais amena, venceremos.
O Natal
será feliz, o ano de de 2022 será melhor, se Deus quiser. Que venha 2022, o ano
do abraço, do beijo, do sorriso com os dentes à mostra, do abraço de mãos.
Nunca imaginei que não poder ver o sorriso do outro doeria tanto em nós. Mas
aprendemos a sorrir com os olhos, não foi? Então o novo ano do abraço, do
beijo, das mãos abraçadas será o ano do sorriso com dentes, que acompanhará,
finalmente, de novo, o sorriso dos olhos. Tenho plena consciência do valor
disso tudo, pois nesses dois últimos anos abençoados deixei de abraçar meu neto, minhas filhas, meus
irmãos, minha mãe, meus amigos. Sei a falta que isso faz. Então vamos fazer um
Natal feliz, sem aglomerações, com cuidado, pois o vírus ainda está circulando
por aí. Vamos pedir de presente de Natal que o vírus fatídico perca a força,
que vire só “uma gripezinha”, mesmo que fique indefinidamente por aí e que
tenhamos que tomar vacinas todos os anos, como fazemos para a gripe.
Feliz Natal
para todos. E quando digo isso, não é da boca pra fora, não é uma formalidade.
É um desejo forte, uma certeza como nunca tive antes. Precisamos comemorar o
Natal segundo o que ele realmente é. E Natal não é Papai Noel, simplesmente,
que é no que ele se transformou, infelizmente. Natal é um Menino nascendo nos
corações das pessoas, é renascimento, é renovação. Não esqueçamos disso. Vamos
comemorar o aniversário do Menino com ele presente. Na nossa alma, em nosso
coração.
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