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segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

CRÔNICA SEMANAL DA PANDEMIA – 09-15.01.2022

   Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 41 anos em 2021. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br


Semana complicada, essa, quando a pandemia volta fica mais forte com a variante ômicron, aumentando número substancialmente número de casos por dia, com novos recordes e também número de mortes. Trabalhei bastante na revista ESCRITORES DO BRASIL, também no meu livro de viagem. Li um pouco, escrevi outro tanto e assisti um ou outro dos novos filmes que estão no cinema, mas assisti em casa. Continuo vendo o noticiário brasileiro e internacional, não é o melhor programa, mas é preciso saber como as coisas vão andando.

E continuo morando em Lisboa, para ficar perto do neto. No domingo ficamos em casa, que estávamos cansados do passeio do sábado, quando andamos dezoito quilômetros até Belém e voltamos. Na segunda fomos jantar com o Rio um bacalhau a Brás que a mãe dele fez, uma delicia. E brincar um pouco com ele, claro. Brincamos de esconder, lemos um pouco juntos, coisa que fazemos sempre. Rio adora ler um livro e a gente lê com ele. Na terça também fomos visitar o Rio, que a gente não consegue ficar muito tempo longe dele. Na quarta ele veio visitar fofó e fofô, que ele adora vir aqui e almoçou a comidinha da vovó. Mamãe também veio e almoçou conosco. Na quinta pegamos o Rio e passeamos com ele pelo príncipe Real. Apesar do frio, Rio e vovó tomaram um sorvete de polpa de cacau e ele brincou muito no parquinho. Depois fomos ao miradouro do Príncipe Real e Rio olhou a cidade  pelo binóculo que há lá e gostou muito. Na sexta, vovó foi lá brincar um pouco com o Rio e passearam no parque da Estrela. Depois saímos para fazer compras. Os saldos de fim de ano que vão até março foram liberados no dia dez. Muito preço bom, mas vai ficar ainda melhor. No sábado, fomos para a casa do Rio para ficar com ele, pois mamãe e papai viajam para o Porto, para começar a produção do concerto Rua das Pretas no Coliseu de lá. Antes de todo mundo ir dormir, fizemos  uma cuca alemã de amora (aqui, framboesa) e mirtilo. Rio ajudou.

E pandemia vai ficando pior, infelizmente, de novo. Muito mais casos, a cada dia, embora no Brasil os números pareçam baixos, mas há muita subnotificação, devido ao apagão por causa da “invasão de hackers” no SUS. Quem quiser que acredite que esse apagão não foi provocado. O Ministério da Saúde anunciou na segunda que o período de isolamento para pessoas recém-recuperadas de Covid passa a ser menor, diminuindo de 10 para 5 dias para pessoas que estão sem sintomas respiratórios e que tenham resultado negativo para teste PCR ou de antígeno. Além disso, o ministério vai pedir à Anvisa uma autorização para o uso de autoteste no Brasil. Outros países já utilizam esse teste para agilizar o diagnóstico da doença. Atualmente, a venda do autoteste não é liberada no nosso país. Mais cedo, o ministranta da saíude, Queiroga, disse também que a Pfizer antecipará 600 mil doses da vacina pediátrica contra a Covid. Não é muito pouco, não? Vai acontecer o que aconteceu com a vacina para adultos, que começou e parou por falta da compra de doses?

O mundo registrou, na terça, pela 1ª vez mais de 3 milhões de casos de Covid em apenas 24 horas. É o quarto recorde diário nos últimos 8 dias. Essa explosão de infecções é impulsionada pela variante ômicron. Mais transmissível, a variante pode contaminar metade dos europeus até março, segundo alerta da OMS.

A variante ômicron segue avançando assustadoramente no Brasil e no mundo. Um levantamento do Instituto Todos pela Saúde apontou a presença da variante em 98,7% dos mais de 3 mil testes positivos coletados entre 2 e 8 de janeiro, em 24 estados e no DF. Em SP, o número de internados por Covid dobrou e levou o governo a recomendar limitação de público a 70% em estádios e eventos Além disso, a Anvisa recomendou o cancelamento da temporada de cruzeiros no país. Já não era sem tempo. Os testes para diagnosticar a Covid podem acabar por falta de insumos, segundo alerta da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica. A recomendação da entidade é priorizar pacientes graves. Enquanto isso, a Anvisa aguarda documentos do Ministério da Saúde para liberar os autotestes.

Em nota técnica divulgada na quinta, o Observatório Covid-19 Fiocruz trouxe um alerta para o aumento da ocupação de leitos UTIs no Sistema Único de Saúde (SUS). No documento, os pesquisadores destacam, ainda, que é preciso: 1 - reorganizar a rede de serviços de saúde, para dar conta dos desfalques de profissionais afastados; 2 - garantir a atuação eficiente da atenção primária em saúde no atendimento a pacientes com uso, por exemplo, da telemedicina; 3 - e seguir vacinando a população. O mundo registrou 3,6 milhões de casos de Covid em 24 horas e bateu um novo recorde. Os Estados Unidos seguem liderando o ranking de novas infecções (894 mil em 24h), mas a alta desta vez foi impulsionada pela Índia, que registrou seu maior número diário de casos da pandemia (442 mil).

Um menino indígena de 8 anos foi a primeira criança vacinada contra a Covid no Brasil, na sexta. Davi Seremramiwe Xavante recebeu a dose durante um ato simbólico em São Paulo. Nesta primeira fase, a vacinação será apenas para crianças com algum tipo de comorbidade ou deficiência, além de indígenas e quilombolas. Não será necessário apresentar receita médica. Há exato um ano, o Brasil viveu um dos momentos mais dramáticos e tristes de toda a pandemia: a crise do oxigênio no Amazonas. Até hoje, ninguém foi responsabilizado pelo caos sanitário que deixou mais de 60 mortos.

A Pfizer deve pedir o registro do medicamento Paxlovid, pílula antiviral contra a covid-19, na Anvisa nas próximas semanas. A presidente da Pfizer no Brasil, Marta Díez, explica que o medicamento tem 90% de eficácia em pacientes de alto risco com sintomas de covid, para que sejam evitadas a forma grave da doença e a morte.
Então a pandemia está mais forte e precisamos cuidar mais, por conseguinte. Voltemos para a máscara (eu nunca deixei de usar), álcool gel e distanciamento físico.

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