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quarta-feira, 13 de maio de 2015

O MESTRE JÚLIO DE QUEIROZ E “A CIDADE AMADA”


       Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

Júlio de Queiroz, nascido no Espírito Santo, mas catarinense por adoção, é um dos maiores escritores de Santa Catarina. Há décadas vivendo na Ilha de Santa Catarina, ele chegou e encontou-se com a magia e a beleza desta terra e aqui produziu a maior parte de sua literatura.

No ano passado, ele foi protagonista de um dos mais concorridos eventos da Academia Catarinense de Letras, casa onde ocupa a cadeira de número 10. Fez o lançamento de quatro obras, numa noite de autógrafos que reuniu centenas de pessoas. Fizeram uma enorme fila para obter o autógrafo do Mestre em pelo menos um dos livros que estavam sendo entregues ao público. Os quatro livros novos então publicados, eram: “Em Companhia da Solidão”, “Amor e Morte – os dançarinos da vida”, os dois de contos, “A Mulher e a Humanidade”    ensaio, e “Pelas Frestas da Caverna”, ensaios do pensador, filósofo, tradutor e escritor Júlio de Queiroz, que a escritora Salma Ferraz assina com ele, como organizadora. É um volume histórico de “ensaios com marca de literatura e poesia, que trazem reflexões fisosóficas, teológicas, éticas, na tentativa de entender o homem, a literatura, este mundo e sua complexidade”, como bem o disse a parceira nesse encorpado volume, uma joia que reúne o pensamento de um homem extremamente culto e inteligente.

Recentemente, Júlio me enviou os originais de um novo livro de contos, prestes a ser publicado – ele é um dos mais importantes produtores do conto, um dos maiores escritores do gênero. É um privilégio poder ler em primeira mão um livro do mestre, que também é um dos maiores poetas que temos em Santa Catarina. Os livros anteriores dele, como “Em Companhia da Solidão” e “Amor e Morte”, os mais recentes, “Encontros de Abismos” e tantos outros, já me tinham encantado pela qualidade dos contos. E a sobriedade, a elegância, a excelência da escritura de Júlio consegue ser ainda mais evidente nesta nova obra, que leva o título de um dos contos, “A Cidade Amada”.

É muito fácil e ao mesmo tempo muito difícil falar da obra de Júlio, pois ele escreve com tanta naturalidade, que faz parecer muito fácil escrever bem. Mas não é só o trato com a língua, a correção e a clareza de ideias de quem está acostumado trabalhar com a palavra que chamam a atenção nos contos de Júlio. A criatividade do autor, transformando o cotidiano em literatura da mais alta qualidade é de uma excelência a toda prova: ler o Júlio é o mesmo que estar conversando com ele, ouvindo ele a contar histórias, quando a gente nem o interrompe, porque ninguém sabe contar fatos e casos como ele.  Toda a cultura, toda a sabedoria do Júlio é usada, com humildade e empatia,  para encantar e prender a gente na leitura do seu texto.

Então é um privilégio poder ler este novo livro de Júlio de Queiroz, inédito, em primeira mão. Mais uma obra prima desse escritor maior que engrandece as letras de Santa Catarina. A escritura de Júlio é aquela para a qual a gente volta, lê de novo e sente prazer redobrado. É a obra de um Mestre.

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