Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor - Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, 35 anos de trajetória, Cadeira 19 na Academia Sulbrasileira de Letras. -Http://www.prosapoesiaecia.xpg.uol.com.br
Em meados de 2013, a imprensa catarinense anunciava
que a literatura de Santa Catarina finalmente passaria a ter um evento
significativo, forte, representativo. Uma empresa baiana de eventos teria
resolvido investir em Florianópolis e iria organizar uma festa literária do tipo
da FLIP, de Paraty. Teríamos, enfim, escritores nacionais e internacionais como
convidados num evento em Florianópolis, dando efervescência ao meio literário
da capital.
A primeira edição da Festa Literária Internacional de
Santa Catarina – Flisca, a princípio, deveria acontecer em meados ou mais para
o final do segundo semestre de 2014 e teria mais de vinte convidados ilustres
das letras: 9 locais, 8 nacionais e 7 internacionais. O local deveria ser o
Forte de São José da Ponta Grossa, no norte da Ilha de Santa Catarina.
A Flisca integrar-se-ia ao calendário cultural de
Santa Catarina e seria, a partir da primeira, itinerante, sem uma sede definitiva.
Poderia acontecer em vários pontos do Estado. O projeto da festa já estaria
elaborado, segundo a empresa idealizadora.
A perspectiva de uma revitalização no nossos meio
cultural, de grandes nomes entre nós, de uma grande festa para aproximar
leitores e escritores era e sempre será alentadora. Novas ideias, diferentes maneiras
de pensar, de ver o mundo, sempre são bem-vindas.
Pois passou 2014 e nada mais se disse a respeito da
festa literária de Santa Catarina. Agora, em meados de 2015, leio na imprensa
que está confirmada para outubro deste ano, ainda, a primeira edição da Festa
Literária Catarinense, mas promovida por gente daqui, sem a interferência de
nenhuma empresa baiana, a princípio. Pelo menos nada foi mencionado a respeito.
A ideia é que a festa catarinense siga a receita da Festa Literária de Paraty.
Esperamos e torcemos que assim seja. Precisamos de uma festa literária de
grande porte em Santa Catarina, um evento para trazer grandes nomes nacionais e
internacionais da literatura e da cultura e também para promover os nossos
escritores e não só os “medalhões”, mas todos os novos talentos da terra.
O importante é que qualquer iniciativa neste sentido é
bem-vinda. Os realizadores da festa, que deverá ter todos os eventos
relacionados à literatura, como lançamentos de livros, palestras, debates e
oficinas, tem à frente Valério Gomes, da Pedra Branca Cidade Criativa, com a
parceria da Propague e da Editora Insular.
Como cogitado
na primeira divulgação da festa que não aconteceu, em 2013, a festa literária
barriga verde deverá entrar para o calendário cultural catarinense, mas não só
catarinense: os organizadores falam em entrar para o calendário cultural
brasileiro. Esperemos que sim. Precisamos de um evento importante assim.