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sábado, 14 de maio de 2016

O FIM DA CULTURA



       Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Escritor, editor e revisor – Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, completando 36 anos de literatura neste ano. Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br -  http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/

Vejo o noticiário deste final de semana com o destaque, entre outras coisas, que o cenário “político” está fervendo, em nosso país, que o Ministério da Cultura foi extinto, pelo “novo” governo que acaba de tomar posso e passa a dividir espaço com o Ministério da educação. Mais um retrocesso, que causa mais indignação ao cidadão brasileiro e aos produtores de cultura neste país, já tão relegados a segundo plano. Isso me lembrou de uma entrevista, no Estadão, há algum tempo, quando Antônio Fagundes protestava contra a falta de uma política cultural no Brasil: “Quando falo de política cultural, quero dizer tudo: educação, hábitos que não foram criados, o dinheiro que, para a cultura, não existe. Sim, porque 0,2 %, apenas, da dotação orçamentária, vai para a cultura.”

Também lembrei de outra publicação, na época, onde o presidente da Academia Catarinense de Letras, Péricles Prade, cobrava do governador de Santa Catarina mais atenção à cultura, pedindo a criação de uma secretaria exclusiva para a cultura do Estado, exigindo uma política cultural que não existe.

Eu já havia escrito, dias antes, no meu blog, a crônica “Política Cultural para Santa Catarina”, que foi publicada, também, em alguns jornais de cidades catarinenses.

Os escritores, artistas e produtores culturais de vários pontos de nosso estado fizeram manifestações, nas principais cidades, à época, reivindicando do Estado uma política cultural atuante e abrangente, que contemple todas as artes que são praticadas em qualquer canto dessa nossa terra catarina.

Então podemos ver que muitas vozes estão se juntando em uníssono, para conscientizar os nossos governantes de que estão em dívida para com a nossa cultura, de que é hora de parar de dizer não às reivindicações culturais, coisa que Raimundo Colombo é pródigo em fazer, como bem disse o presidente da Academia Catarinense de Letras. E essas vozes têm que voltar a se levantar, agora para combater o descaso com a cultura por parte da União, que agora se escancara ainda mais, com o fim do Minc.

Um povo sem cultura não tem identidade. A cultura é o bem mais valioso de um povo. Por que nossos políticos parecem não dar nenhum valor a ela? Na hora de se candidatarem, de pedirem votos, eles até prometem dar prioridade à cultura. Mas depois que se elegem, esquecem dela, aliás, fazem questão de enterra-la. Precisamos atentar para isso, lembrar disso na hora de votar. A cultura, como a educação, como a saúde, está sendo cada vez mais relegada a último plano.

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