Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e
revisor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Dia 20
de julho é o Dia do Amigo e o Dia Internacional da Amizade. Vendo uma matéria
sobre abraços trocados por livros, na televisão, lembrei-me da data
comemorativa e, também, de uma moça que oferecia poesia em troca, apenas, de um
sorriso.
O rapaz
de Joinville distribui livros em troca de abraços e a moça, coincidentemente
também de Joinville, chegava de mansinho e perguntava se gostávamos de poesia,
perguntava o que acharíamos de alguém chegar, de repente, onde quer que nos
encontrássemos, e nos dissesse, a queima-roupa, um poema. Não é fenomenal? Não
precisávamos ir atrás da poesia, a poesia vinha ao nosso encontro. E ela,
então, declamava um poema, como “Retrato”, de Cecília Meirelles, e abria um
sorriso, realizada por aceitarmos o poema ofertado.
Helena,
a moça de branco, dos lábios cheios de poesia, sorria e ia embora, deixando um
rastro de ternura, de sensibilidade e lirismo. Fiquei feliz por ver que existem
mais pessoas do que eu pensava, preocupadas em levar a poesia a todos, tornar a
poesia conhecida e apreciada.
Agora
fico sabendo de Tiago, um escritor da Cidade do Festival de Dança que angaria
livros e sai à rua para distribuí-los em troca de um abraço. É verdadeiramente
espetacular. E ele não dá apenas os livros dele, ele distribui obras de vários
autores, consagrados ou não.
Para
nós, que vivemos lutando pelo incentivo à leitura, valorizando as iniciativas
neste sentido, é um alento e tanto, é um sinal de que há esperança no fim do
túnel, é um sinal de que há muita criatividade, ainda, para levar o livro e o
hábito da leitura para quem não teve, ainda, a felicidade de usufruir dessa
fonte de conhecimento, de cultura, de magia e de encantamento.
Numa
época tão oportuna como na véspera da comemoração do dia do amigo e da amizade,
o gesto fica ainda mais grandioso, pois unir abraço com literatura é uma
excelente receita. Aliás, vou mandar livros meus e de outros autores para o
escritor de Joinville distribuir, pois transformar nossa obra em abraço é uma
coisa interessante e original, pelo menos por aqui.
E
abraçar, como sabemos, é ter dois corações no peito. Então, cá pra nós, juntar
abraço e literatura é uma coisa que só pode fazer bem aos corações.
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