Por Luiz Carlos Amorim – Escritor
– Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Como
já escrevi em
outras
oportunidades,
temos uma
pinscher, a
Pitucha, que
acabou virando
Xuxu e está
com 19 anos,
mas é como se
fosse o nosso
bebê. Ela está
surda, cega e
o olfato
parece não
funcionar
quase nada.
Xuxu conhece
um pouco a
nossa casa,
mas mesmo
assim fica
esbarrando em
tudo. Até
machucou um
dos olhos e
está tomando
remédios para
combater a
infecção.
Estamos
colocando,
inclusive,
barreiras de
espuma em
redor das
coisas, pela
casa, para que
ela não
esbarre e não
se machuque.
Colocamos,
também,
almofadas em
vários
lugares, para
que ela
encontre sua
caminha para
deitar sem ter
que procurar
muito.
Xuxu
fica bastante
tempo deitada,
quietinha, mas
ultimamente
tem estado
mais alerta e
tem caminhado
mais. Então a
gente fica
atrás dela,
inclusive
tocando nela,
pegando ela no
colo – ela tem
medo de cair –
e fazendo
carinho, para
ela saber que
não está
sozinha. Às
vezes ela fica
meio perdida,
sem saber para
onde ir e a
gente a leva
para a
almofada.
Para
pedir comida,
primeiro ela
procura.
Depois ela
late e não
para de latir
até que a
gente lhe dê
alguma coisa
para comer. Às
vezes demora:
há que se
cozinhar
alguma coisa
que seja mole
ou cortar em
pedaços muito
pequenos, pois
ela quase não
tem mais
dentes. Alguns
caíram e
outros tiveram
que ser
arrancados por
causa do
tártaro. De
uns dois ou
três anos para
cá não podemos
mais levar
para limpar o
tártaro dos
dentes, pois
ela não
suporta mais
anestesia.
Tudo
isso é muito
triste e
precisamos
estar sempre
com a Xuxu,
pois ela
precisa da
gente agora
mais do que
nunca. Está
muito velhinha
e até para
andar, às
vezes, é
difícil. Mas o
que tem doído
mais para nós,
talvez, do que
para ela, é o
fato de que
quando
chegamos em
casa, não tem
mais aquela
festa, aquela
correria, as
lambidas na
cara, os pulos
nas pernas, os
latidos. Xuxu
não ouve nada
e não vê mais
a gente, o
olfato não
mais nos
denuncia.
Então nós é
que temos que
procura-la e
fazer um
carinho. Não
sabemos se ela
sabe que somos
nós a lhe
acarinhar, mas
achamos que
sim.
Não
viajamos mais
para longe,
pois não dá
para levá-la,
ela pode fazer
xixi em
qualquer lugar
e na casa dos
outros, isso não é possível. Em casa, ela fazia
cocô e xixi no
banheiro, mas
agora ela já
não se
localiza mais
e faz onde
estiver. Às
vezes a casa
cheira a xixi,
por mais que
se limpe, mas
Xuxu já nos
deu muitas
alegrias, por
muitos anos,
com a sua
companhia,
então isso é o
de menos.
Xuxu
é o nosso bebê
velhinho. Está
indo embora,
devagarinho. E
a vida vai
ficando mais
triste.
Amorim, acessei seu blog para ver a nossa revista (Suplemento Literário a Ilha) e me deparei com esse texto lindo sobre a sua Xuxu... Comprei uma Shih Tzu em dezembro para dar de presente para a minha filha no Natal. No começo achava q iria dar uma olhada nela de vez em quando, que não queria ela dentro de casa, que ela dormiria num cantinho da minha área de churrasqueira, que a Camilla é quem iria ter que se responsabilizar por ela com a higiene, comida, etc... Ledo engano, A "Flor", a nossa cachorrinha é um presente na vida de nós duas, minha"netinha peluda"...srsrs
ResponderExcluirDorme na caminha dela que fica ao lado da minha..rsrsr Eu sou a primeira a lembrar da comidinha dela, que é especial para a nutrição de filhotes da raça dela. Eu não imaginava que amaria tanto um cão como amo a Flor, ela está sempre nos nossos pés, fazendo festa quando chegamos em casa do trabalho ou da escola, sempre buscando estar perto de nós, pedindo um carinho. O que esta pequena não sabe é que nossas vidas nunca mais serão as mesmas se um dia ela não estiver mais conosco... meu amigo, agradeça a Deus pela Xuxu estar tanto tempo perto de você e da Stela, é um milagre ela estar aí proporcionando amor tão grande, e com certeza é por este amor que ela ainda respira... Eu li seu texto e imediatamente fiz um oração, rogando que a nossa Flor possa viver tanto tempo quanto a sua Xuxu! Que Deus nos permita demonstrar o amor enorme que sentimos por ela em cada dia da vida dela, de cadelinha linda e carinhosa; que mesmo que ela, um dia, não possa mais nos ver ou ouvir, ela possa sentir de alguma maneira, o quanto a amamos. Tenha certeza de uma coisa, a Xuxu sabe que vocês cuidam dela, ela sabe que é amada, porque a linguagem do amor não precisa de olhos, nem de ouvidos...