Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Passei o Natal na Serra Gaúcha, em Nova Petrópolis e acabo de voltar de lá. O Rio Grande do Sul é lindo, sua gente é fantástica, mas a cobrança de pedágio nas estradas gaúchas é um absurdo. Quando vou para o Rio Grande do Sul prefiro ir pela 116, ao invés de pegar a 101, porque o caminho é muito mais bonito e tranquilo. Mas o valor do pedágio é de indignar qualquer um.
De Vacaria até Nova Petrópolis são quatro pedágios de seis reais cada um. Aliás, em Vacaria, existem dois pedágios com apenas vinte quilômetros de intervalo entre eles. É possível isso? Pode não ser, mas está lá, há vários e vários anos. É legal? Provavelmente não, pois a estrada não é nova e não é duplicada. Em alguns pontos, na serra, não tem nem acostamento, porque originalmente foi entalhada na pedra (encosta da serra) apenas o espaço suficiente para as duas pistas de rolamento. O asfalto não é novo, como deveria ser, pelo preço do pedágio que pagamos, pelo contrário, é todo remendado, remendos quase que de boa qualidade, mas remendos.
Mais uma vez, defendo que por seis reais, deveríamos ter uma rodovia de primeiro mundo, um asfalto novo e plano, liso, da melhor qualidade. No entanto, a gente passa pela 116 e outras estradas do Estado, como a RS122, onde o pedágio também é seis reais, e não se vê ninguém trabalhando, fazendo alguma restauração, algum reparo.
Vou todo ano para a serra gaúcha, mais de uma vez, e desta vez decidi mudar para ver se melhorava. Peguei a RS122 – por isso sei que a parte com pedágio cobra o mesmo preço da BR 116 – e a decepção foi maior. O primeiro trecho da RS122, logo que a gente sai da 116, não tem pedágio. E isso fica óbvio de cara, pois os buracos – eu diria crateras - são constantes e enormes. Se a gente cair em num dos imensos buracos que há na estrada, corremos o risco de ter a viagem interrompida. Aliás, é comum ver-se pobres vítimas paradas à beira da estrada com o carro estropiado.
Que governo é esse que não faz manutenção daquela estrada? Há que se exigir o cuidado devido, o povo riograndense merece melhores estradas. Eu já falei em outras oportunidades do valor escorchante do pedágio praticado no estado, sem a contrapartida, que deve ser estradas em perfeitas condições, e também do fato de não ver, em jornais ou na TV, comentários a respeito, reclamações e exigência de providências. Mandei artigo a respeito para vários jornais gaúchos, não sei se algum publicou, mas o fato é que de uns dois anos para cá comecei a ver, na seção de cartas de um outro jornal de Porto Alegre e região alguns leitores tocando no assunto.
Parece que é tabu, o governo do estado não é cobrado, a imprensa não toca muito no assunto, os políticos, então, nem tomam conhecimento, será porque não lhes interessa que diminua a polpuda arrecadação do pedágio milionário?Já imaginaram quanto dinheiro entra por dia em todos os pedágios do estado? E pra onde vai todo esse dinheiro, se não o vemos ser aplicado nas estradas? Fazer remendo, pagar o pessoal que trabalha na cobrança e alguns outros que não se vê trabalhar, cortar o mato da beirada da estrada, com certeza, não consome toda a bolada arrecadada.
Estamos sendo roubados, mais uma vez. Pagamos caro por estradas perfeitas que, na verdade, não são nem metade do que deveriam ser.
AMORIM,passei para desejar um ótimo ano para vc e sua família. Muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito obrigada pela sua disposição com meus alunos. Vc é muito especial para nós. Abraços
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