Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/
Andei procurando, por vários dias, em quase todas as livrarias da cidade, o livro “O Fantástico na Ilha de Santa Catarina”, de Franklin Cascaes. Em algumas delas me disseram que faz algum tempo que não têm nada do autor, que as edições de seus livros estão esgotadas.
Não desisti e continuei procurando, até que em uma delas me disseram que havia, ainda, um exemplar da segunda edição de “O Fantástico na Ilha de Santa Catarina”. Esperei quase meia hora pela procura, achei que iam chegar à conclusão que o estoque estava errada e ali também o livro estava esgotado. Mas finalmente encontraram e eu comprei o último exemplar. Fiquei feliz, pois foi minha filha que está morando em Lisboa, fazendo um mestrado, que pediu.
Como é que um autor, um artista da importância de Cascaes, que já esgotou várias edições de seus dois livros, não tem a sua obra em todas as livrarias da cidade? Um artista da terra, que deve ser valorizado, não pode deixar de estar nas prateleiras de toda e qualquer livraria da Ilha e da Grande Florianópolis.
Franklin Cascaes dedicou sua vida ao estudo da cultura açoriana na Ilha de Santa Catarina e região, incluindo aspectos folclóricos, culturais, suas lendas e superstições, registrando as histórias que ouvia do jeito que o ilhéu falava.
No ano de sua morte, 1983, um acervo chamado "Coleção Professora Elizabeth Pavan Cascaes" foi criado, com doações do próprio autor contendo suas obras artísticas. São aproximadamente 3.000 peças em cerâmica, madeira, cestaria e gesso; 400 gravuras em nanquim; 400 desenhos a lápis e grande conjunto de escritos que envolvem lendas, contos, crônicas e cartas, todos resultados do trabalho de 30 anos de Franklin Cascaes junto a população ilhoa coletando depoimentos, histórias e estórias místicas em torno das bruxas, herança cultural açoriana, que ficaram sob a guarda da Universidade Federal de Santa Catarina.
Tomara que novas edições dos livros de Cascaes sejam feitas, por um escritor e artista do seu quilate merece ter a sua obra disponível. O centenário do nascimento do artista já vai longe, ocorreu em 2008, mas temos que comemorar a sua obra sempre.
ADOREI SEU CANTINHO LUIZ! VISITAREI SEMPRE. BJS
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