Eu noDouro, depois da vindima, no início do inverno passado.
Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Não sei bem explicar, mas quando vejo fotos ou vídeos de
Lisboa ou de qualquer outro lugar de Portugal, dá uma saudade tão grande
daquela terra, que sinto o coração se apertar. Já visitei outros países, mas
Portugal instalou-se no meu coração de uma maneira tal, que transformou-se em inquilino vitalício.
Quando ouço um fado, então... Parece até que minha terra
natal é Portugal. Não renego minha terra, em absoluto, mas acho que essa paixão
não é de hoje, vem de bem longe no tempo. Eu ainda não tinha doze anos, quando
aconteceu um concurso de redações, aqui no Brasil, sobre a afinidade
Brasil-Portugal e, na minha cidade, Corupá, eu tirei o primeiro lugar, com
direito a troféu e tudo.
O tema do concurso era “Portugal, Meu Avozinho”, e então,
sem nem mesmo conhecer nada da terrinha, a não ser o que nos contavam os livros
de história, eu consegui escrever algo
que definia essa “saudade antecipada”. Estava escrito que eu faria muitas vezes
a travessia do Atlântico para me encantar, cada vez mais, com aquele pequeno
grande país. Na verdade, encantei-me com tudo: com as gentes, com os lugares,
como o Douro, como Lisboa, Porto, etc., com os vinhos, com a comida, com os
cheiros, com as paisagens, com tanto mais...
Não é só a língua que temos em comum, é a simpatia do povo,
é a cultura, são os costumes, são tantas coisas. Portugal tem os lugares mais
lindos do mundo, tem as vinhas, que depois da vindima, ficam com as folhas de tantas
cores, um colorido natural e fantástico que vai do verde até o marrom, passando
pelo alaranjado, o vermelho, uma beleza. Tem o Rio Douro, tem o Rio Tejo, tem a
arquitetura tão sua característica, tem o pastel de Belém, tem o vinho do
Porto, o vinho Madeira, o vinho Verde, tem todos os vinhos. Tem o queijo de
ovelha da Serra da Estrela, que só tem lá, tem bacalhau, tem o presunto pata
negra, tem o fado, tem uma literatura contemporânea da melhor qualidade ...
Portugal tem as cidades históricas, os castelos, o
Oceanário... Mas tem muito mais do que
isso. Ainda tenho que voltar lá muitas vezes, pois tudo o que conheço é muito
pouco e tenho muito a descobrir, adiante, sobre essa terra fantástica. Acho que
ainda vou morar lá.
visite o norte de Portugal e para além do Douro visite Guimarães e o Minho
ResponderExcluiros portugueses, em geral, também têm uma fixação pelo Brasil
Sou portuguesa e gosto de o ler
Conheço o Douro até o Crasto. Não conheço Guimarães, mas a próxima vez que eu for, com certeza não deixarei de ir. Estávamos no Porto, mas perdemos uma condução e não conseguimos ir mais. Você mora onde?
ResponderExcluirGrande abraço do Amorim
Moro perto do Porto, mas sou transmontana/duriense
Excluirum destes dias, quando estiver com menos trabalho, apresento-me
leio muitas vezes o seu blog
um abraço
Conceição
Venha morar cá , Portugal vai recebê-lo de braços abertos, Luiz Carlos Amorim!!!!
ResponderExcluirPedro Jorge - Lisboa
Jà trabalhei em sala com essa crÔnica. MUito boa.
ResponderExcluirMariza Schiochet
que beleza amado Amorim Luiz Carlos Amorim , venha venha, navegue e venha, pois cá já compramos para o natal a lenha/ venha venha coloque a família na caravela/ já colocamos a guirlanda na porta, estão abertas as janelas/ venha venha amarre os poemas na proa/ chegaram os queijos da serra e com o milho fizemos tantas broas/ venha venha faça escala nos açores, em cabo verde e na madeira/ o presépio está foi montado cá os vinhos dão em cachoeira/ venha, traga fernanda, stela e quem mais quiser/ espero-te aos pés do tejo a cantar o fado no cais do sodré
ResponderExcluirPierre Aderne - Lisboa
Parabéns, Amorim, pela cronica e pelos versos lindos que receste.
ResponderExcluirMary Bastian - Jlle