Júlio de Queiroz e Salma Ferraz
Por Luiz Carlos
Amorim – Escritor, editor e revisor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Hoje, 29 de maio de 2014, foi o dia do escritor Júlio de
Queiroz. O auditório da Academia Catarinense de Letras estava lotado de
leitores, amigos e admiradores deste que é um dos maiores, senão o maior
escritor de Santa Catarina, sem nem mesmo ser catarinense. Aliás, eu já o
naturalizei catarinense em um artigo anterior, pois ele chegou em nosso Estado
há mais de quarenta anos, encantou-se com esta terra e nunca mais saiu daqui.
Por isso, não há como não considera-lo catarinense.
Júlio apresentou quatro novos livros: “Em companhia da
solidão” e “Amor e morte – os dançarinos da vida”, os dois de contos, e “Pelas
frestas da caverna”, obra organizada pela escritora Salma Ferraz que reúne suas
palestras, discursos esparsos e dispersos em jornais, vídeos, etc. São,
conforme a própria organizadora afirma, ensaios com marca de literatura e
poesia, que trazem reflexões filosóficas, teológicas, éticas, na tentativa de
entender o homem, a literatura, este mundo e sua complexidade. Sem esquecermos
o quarto livro, “A mulher na Humanidade”, ensaio.
Fui abraçar Júlio e parabeniza-lo pela obra lançada, claro.
Os dois livros de contos eu já havia lido, pois ele mandou entregar-me na porta
da minha casa, assim que saíram do prelo. São obras primas do talentoso amigo
escritor. Então queria conhecer o de ensaios, “Pelas Frestas da Caverna”, que
era novidade para mim, pois ele, Júlio, nem falara dele em nossas conversas,
acho que queria fazer surpresa. E fez.
Assisti à sessão solene da Academia, em homenagem ao Júlio,
fiquei para o coquetel, revi amigos e conheci escritores que eu não conhecia
ainda pessoalmente, como a Salma Ferraz e depois peguei os livros e vim embora,
pois queria abrir o novo livro e saber o que ele continha, pois vindo de Júlio
de Queiroz, só podia ser coisa muito boa.
Já comecei a ler “Pelas Frestas da Caverna” e a expectativa só
se confirma: é muito bom. E a surpresa: o livro fecha com uma “Homenagem a
Júlio de Queiroz”. Assinada por quem, adivinhem? Pois então, por este que vos
escreve. A organizadora achou um artigo que escrevi quando da entrega do Prêmio
Vilson Mendes de Literatura, pela Academia Desterrense de Letras, em 2012, e
publicou. O artigo falava do meu constrangimento por ter perdido a homenagem
a Júlio, por ter confundido a data. E
mencionava a minha admiração ao amigo e grande escritor, pessoa humana
incrível, homem culto e carismático.
Então agradeço à organizadora por me fazer presente na obra
de Júlio, uma honra que talvez eu nem merecesse.
Eu sou uma nova leitora do grande escritor Júlio de Queiroz e cada vez mais encantada com a sensibilidade com que ele colore cada frase que nos presenteia.
ResponderExcluirParabéns por essa homenagem merecida!