Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Recebi de uma amiga brasileira que vive no exterior, uma apreciação de quem está vendo de fora o panorama das publicações literárias e culturais no Brasil. Ela percebe que as revistas e jornais alternativos, publicados por pessoas ou grupos ligados à cultura, mas que não têm nenhum apoio da “cultura oficial”, são na verdade aqueles que dão impulso ao desenvolvimento da literatura brasileira.
Recebi de uma amiga brasileira que vive no exterior, uma apreciação de quem está vendo de fora o panorama das publicações literárias e culturais no Brasil. Ela percebe que as revistas e jornais alternativos, publicados por pessoas ou grupos ligados à cultura, mas que não têm nenhum apoio da “cultura oficial”, são na verdade aqueles que dão impulso ao desenvolvimento da literatura brasileira.
Sempre defendemos essa idéia, de que é através das publicações alternativas, de
grupos alternativos, que muitos autores de talento são revelados. Houve época
em que existiram muito mais páginas culturais e suplementos literários nos
grandes jornais, isto é: havia muito mais espaço para a literatura nos meios de
comunicação em massa. Além dos jornais, existiram bons programas na televisão,
programas de rádio onde se declamavam poemas, etc.
O tempo foi passando e as
páginas foram sumindo, os suplementos foram rareando e o que perdurou, mesmo,
foram as publicações alternativas. Até os jornais culturais das imprensas
oficiais dos estados sumiram, mesmo sendo custeados com recursos públicos e
publicando normalmente os mesmos autores, quase sempre ligados à “cultura
oficial”.
Então aplaudo o trabalho da escritora Teresinka Pereira sobre escritores,
poetas, artistas e editores alternativos do Brasil, pois é um reconhecimento
que eles merecem, por manter espaços valiosos em prol da divulgação do novo que
aparece na arte literária.
Apesar de viver nos Estados Unidos há vários anos, ela mantém contato com
grande número de agitadores culturais deste nosso imenso Brasil e sabe o que
está acontecendo. E olhar de fora, ter uma vista panorâmica do cenário
literário brasileiro estando longe, apenas observando as manifestações
culturais, vendo com lucidez e reconhecendo o trabalho desses “heróis na
batalha contra a ignorância, a inaptidão e a indiferença da política do governo”
é, no mínimo, meritório.
Ela reconhece o valor destes abnegados e faz uma lista das publicações
brasileiras existentes, num trabalho completo, dando, inclusive os endereços.
Transcrevo um trecho do artigo da escritora, com o qual não é preciso dizer mais nada: “Aos leitores de colunas literárias, dos suplementos e das revistas que contém poesia e artigos de literatura, não é necessário lembrar a importância dos mesmos. Embora nos países capitalistas sempre se fale de liberdade de imprensa e de pensamento, o que vemos é sempre o contrário do que dizem. O governo não faz investimentos na literatura porque diz que os escritores sempre pertencem à esquerda radical ou são anarquistas e usam a pena para falar mal dos políticos eleitos. E mesmo que assim não fosse, não há ajuda para publicações literárias.”
Transcrevo um trecho do artigo da escritora, com o qual não é preciso dizer mais nada: “Aos leitores de colunas literárias, dos suplementos e das revistas que contém poesia e artigos de literatura, não é necessário lembrar a importância dos mesmos. Embora nos países capitalistas sempre se fale de liberdade de imprensa e de pensamento, o que vemos é sempre o contrário do que dizem. O governo não faz investimentos na literatura porque diz que os escritores sempre pertencem à esquerda radical ou são anarquistas e usam a pena para falar mal dos políticos eleitos. E mesmo que assim não fosse, não há ajuda para publicações literárias.”
Nós do Grupo Literário A ILHA sabemos bem disso,
nunca conseguimos sequer uma sala para nos reunirmos, mas estamos completando
33 anos de atividades neste mês de junho, sempre abrindo espaços para os novos
e também para os não novos. E somos alternativos e independentes, sim, com
muito orgulho. Nunca tivemos que
escrever sob encomenda ou muito menos que modificar nossos textos, por causa de
censura de órgãos públicos, como já aconteceu em outros grupos dos quais
participamos e que tinham vínculo com a cultura oficial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário