Por Luiz Carlos
Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Os nossos telejornais, cá pra nós, infelizmente, quase que
só dão notícias ruins. Vejo, nesta última semana de março, uma notícia que é
bem típica do governo brasileiro: mexem no que não precisa ser mexido e nem
tchum para o que precisa de atenção,
precisa de atitude, de providência.
O Brasil vai importar banana do Equador, acreditam? Pois é.
Deve ser a continuação daquela “política” generosa de nossos sábios
governantes, de repassar recursos, seja de que maneira for, para os países
vizinhos e/ou “parceiros”. É que nós podemos, porque há dinheiro sobrando e a
saúde, a educação, a segurança, a infraestrutura, tudo está falido no Brasil e não há porque investir em
massa falida, não é mesmo? Então sobra dinheiro público, que vai para construir
portos em outros países – os nossos não precisam de investimento, imaginem, por
que precisariam? -, para refinarias de petróleo onde só se injeta recursos, sem
que ela produza nada, para importação de
médicos que ganham uma décima parte – conforme a mídia divulgou – do que o
governo brasileiro paga por cada um – o resto fica com o país exportador. E por
aí afora...
É novidade a falta de banana no Brasil. O Estado de Santa
Catarina é o maior produtor aqui do Sul, São Paulo é o maior produtor do
sudeste e outras regiões pelo Brasil também produzem a fruta. A autorização de
importação de banana do Equador faz
parte, mesmo, da distribuição de benesses a outros países, pelo visto.
A agricultura familiar vai ser, mais uma vez, prejudicada,
desmontada. Como ficam os produtores de Corupá, no norte catarinense, por
exemplo, onde centenas de famílias vivem da bananicultura? A banana do Equador
vai chegar, provavelmente, mais barata do que a nativa é vendida por aqui. Sem
a importação, já houve época em que os bananicultores de Corupá e região viram
a sua produção apodrecer empilhadas nas estradas ao lado das culturas, por
falta de preço. O que acontecerá agora? Mais uma ação para acabar com a
agricultura no país, com o trabalho no campo?
Nenhum comentário:
Postar um comentário