Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/
E a discussão sobre a substituição do livro tradicional, de papel, pelo livro eletrônico, ganhou força, há duas semanas, com o anúncio de que a Amazon, maior vendedora de livros pela internet dos Estados Unidos, vendeu mais e-books do que livros de capa dura nos últimos meses.Não duvido, pois o Kindle, leitor de livros eletrônicos pioneiro e mais popular é da Amazon, é o mais vendido atualmente. A loja vende os livros digitais para o Kindle, mas eles também podem ser lidos no novo leitor multimídia da Aplle, o I-pad. No entanto, precisamos levar em consideração que aquela loja, a Aplle, edita e vende livros digitais, além do livro comum, é o seu forte. Enquanto o resto do mundo vende os livros impressos, tradicionais, tão nossos conhecidos.
Então a percentagem de vendas divulgada se refere a centro de venda específico, sem levar em conta a venda dos livros físicos em todas as outras livrarias tradicionais pelo mundo, que talvez não sejam tantas quanto desejaríamos, mas são em grande número. E é só olhar as relações de livros mais vendidos nas grandes revistas semanais e nos jornais em vários países para ver que a venda dos livros de papel estão num crescendo.
De maneira que todo aquele que tem um leitor eletrônico nos Estados Unidos e em vários outros países compram o livro digital na Amazon. O que não tira o mérito das vendas de livro eletrônico, mas não significa que o livro de capa dura, manuseável, folheável, vai sumir. Ele tem vendido cada vez mais.
Com a notícia, voltaram as previsões que vaticinam o fim do livro como o conhecíamos até agora. Há quem dê apenas mais dez anos para que apenas vinte e cinco por cento dos livros publicados sejam impressos em papel. Penso que a venda de leitores de livros eletrônicos pode continuar crescendo e com isso a venda de e-books também, mas não dou prazo tão curto para que o consumo dele se equipare ao livro de papel. Como já disse, eles deverão conviver harmonicamente. Até porque não há, como já disse, o livro eletrônico disponível em qualquer livraria. As editoras, a não ser a Amazon, a Apple e outras poucas, ainda não estão publicando na versão eletrônica os livros que são publicados em papel. E não sabemos quando acontecerá a equiparação das duas versões, apesar de já se estar pensando nela.
É certo que o e-book é mais barato do que o livro impresso, pois é apenas um arquivo para ser lido em aparelhos como o Kindle ou I-pad ou outro leitor, e o preço desses leitores pode até ser mais barato lá fora do que aqui no Brasil, mas não é tão barato que qualquer um possa comprá-los.
E sempre haverá quem prefira o livro físico, com volume, com cheiro, com textura, sem a necessidade de qualquer aparelho para lê-lo, sem necessidade de qualquer energia a não ser a luz e a nossa vontade de ler.
Apenas para confirmar se o meu comentário anterior chegou. Eu o escrevi de maneira tão gostosa, mas parece que o computador não registrou. Amo sua forma de escrever. Muito bom ler seus textos. Abraços.
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